Passadiços do Paiva vencem “Óscar do Turismo” na Europa

Os Passadiços do Paiva foram esta noite um dos premiados da edição de 2016 dos World Travel Awards, considerados os Óscares do Turismo a nível mundial, e que distinguiram o projeto de Arouca como o mais inovador da Europa.

Inaugurado em junho de 2015, os Passadiços do Paiva vieram permitir a visita a áreas de escarpa antes intocadas pela presença humana.

O percurso pedonal, que se estende por oito quilómetros ao longo das margens do Rio Paiva, venceu esta noite na Sardenha, em Itália, a categoria de Projeto de Desenvolvimento Turístico Líder na Europa.

Para Margarida Belém, vice-presidente da Câmara Municipal de Arouca, a distinção de hoje é “o corolário de uma estratégia bem sustentada, em que a autarquia e o Geopark tiveram a coragem de apostar”.

A autarca defende que os Passadiços do Paiva deram a conhecer ao público “um recurso até há pouco tempo inacessível e passaram a assumir-se como o polo aglutinador de uma oferta turística de relevância mundial, ligada aos recursos naturais”.

Os World Travel Awards foram instituídos em 1993 e propõem-se distinguir os melhores projetos mundiais no âmbito do Turismo, conferindo aos premiados um selo de qualidade que tem como objetivo elevar os standards do setor.

A lista de candidatos à 23.ª edição da iniciativa incluía centenas de candidatos distribuídos por diferentes categorias de competição: Tecnologias de Viagem, África, Ásia, Australásia, América Central, América do Norte, América do Sul, Caraíbas, Europa, Médio Oriente e Oceano Índico.

A escolha dos premiados resultou de uma votação online que decorreu entre 7 de março e 17 de julho, envolvendo público em geral e profissionais do setor.

Na categoria de Projeto de Desenvolvimento Turístico Líder na Europa, os Passadiços do Paiva competiam com o resort de luxo sustentável Costa Navarino, na Grécia, e com o Teh20 – Trail de Bydgoszcz de Água, Indústria e Artesanato, na Polónia.

“O prémio que recebemos representa uma responsabilidade acrescida, obrigando a que continuemos com esta dinâmica de dar a conhecer os nossos recursos naturais”, afirma Margarida Belém.

A autarca antecipa que os Passadiços deverão agora obter ainda maior visibilidade, na sequência do reconhecimento obtido com o World Travel Award.

O prémio traduz-se em promoção junto dos mercados e teremos que ser capaz de a capitalizar, para garantir uma procura constante ao longo de todo o ano e reduzir a sazonalidade no território “, anuncia.

Quanto ao facto de os Passadiços já duas vezes terem sido parcialmente destruídos por incêndios desde a sua abertura em 2015, a autarca admite que essa é uma questão sensível num território essencialmente florestal.

A ocorrência mais recente verificou-se em agosto deste ano, quando o incêndio local que chegou a ser combatido por mais de 900 bombeiros fez arder cerca de 700 metros da estrutura em madeira, após o que o percurso reabriu ao público em apenas metade da sua extensão habitual.

/Lusa

1 COMENTÁRIO

  1. Pois, muito bonitos, contudo seria de bem que estivessem construidos em terrenos da camara e nao abusivamente em terrenos de privados, sem que para tal tenham sequer solicitado uma mera autorizaçao.
    Assim se ganham oscare, com o alheio!!

    • Mais qual “privados”?!
      Aquilo é património publico e mais nada!!
      Estes magnatas rafeiros pensam que são donos de tudo e, daqui a pouco, estão a dizer que o rio Paiva também é privado…
      Ganhe juízo e vergonha e remeta-se ao silencio da sua insignificância!!

  2. Agora vão passar a passadiços da terra queimada e o que restará para visitar em cor de carvão penso que não será muito atraente para quem para lá se dirija, o flagelo dos incêndios é que será um assunto a tratar a sério com a maior das seriedades e prioridades.

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