Sexta-feira, Abril 25, 2025

Viajar para a “segunda cidade”: nova moda permite fugir ao caos do turismo

Zakharova/DepositPhotos

Verona, Itália.

Menos multidões, preços mais baixos, experiências inesperadas. Viajar para a “segunda cidade” é solução para muitos viajantes. Eis como evitar o caos das férias.

À medida que a época de viagens se aproxima, destinos populares como Roma, Paris, Tóquio e Nova Iorque preparam-se para receber multidões de turistas. Embora estes locais emblemáticos ofereçam muitas atrações, as multidões e os preços exorbitantes incomodam muitos viajantes.

Para aqueles que procuram uma experiência mais descontraída, as viagens à “segunda cidade” são uma alternativa apelativa.

O que é viajar para uma “segunda cidade”?

Viajar para uma segunda cidade é a expressão usada para a visita a destinos menos conhecidos, em vez dos locais mais famosos ou populosos de um país.

Embora inicialmente o termo descrevesse a segunda maior cidade de um país, abrange na verdade destinos mais pequenos e pouco conhecidos dentro de uma nação. Estes destinos podem não ter o reconhecimento global das suas congéneres mais famosas, mas muitas vezes oferecem muita cultura e sabor local.

“Muitas vezes, é a cidade mais pequena e menos conhecida de uma região”, disse Laura Lindsay, especialista em tendências e destinos de viagem na plataforma Skyscanner.

As vantagens de viajar para a “segunda cidade”

Os especialistas em viagens destacam várias vantagens de optar por cidades secundárias.

1. Menos multidões e preços mais baixos: as segundas cidades normalmente oferecem uma experiência mais económica e tranquila.

2. Autenticidade: as viagens a uma segunda cidade promovem mais interações com os habitantes locais e uma imersão cultural mais profunda.

3. Experiências únicas e inesperadas: desde explorar Creta na Grécia a Maiorca em Espanha, há destinos ricos em charme local, cozinha autêntica e uma atmosfera descontraída, e que muitos não conhecem.

As viagens em cidades secundárias também promovem a sustentabilidade, ao reduzir a pressão ambiental em destinos superlotados.

“Viajei recentemente para Itália e Veneza, e fiz uma viagem de comboio de uma hora até Verona, que oferece comida incrível, pontos de referência e jóias escondidas. A melhor parte é que não era demasiado povoada”, diz Ravi Roth, especialista em viagens e apresentador do “The Gaycation Travel Show”, ao Huffpost.

“Estas viagens podem proporcionar oportunidades de contacto com os habitantes locais e de imersão na cultura, o que leva a uma compreensão mais profunda da cidade”, defende Gordon Gurnik, diretor de operações da Hilton Grand Vacations.

Os desafios

Para tirar o máximo partido de uma viagem a uma segunda cidade, é fundamental um planeamento minucioso.

Embora as segundas cidades ofereçam inúmeros benefícios, também podem ter alguns desafios extra, uma vez que estes destinos podem não ter pontos de referência emblemáticos ou infraestruturas bem desenvolvidas. Os viajantes podem ter de navegar pelos sistemas de transporte locais, alugar carros ou aperfeiçoar a língua local em regiões onde o inglês é menos comum.

Além disso, é fundamental pesquisar sobre a segurança e a acessibilidade, especialmente em áreas menos desenvolvidas.

Apesar das desvantagens, viajar para uma segunda cidade oferece uma alternativa gratificante aos pontos turísticos tradicionais.

ZAP //



Antes de morrer tem de ir a estas 10 praias com “extras” únicos. Duas são portuguesas

Jervis Bay Wild

Bioluminescência em Jervis Bay, na Austrália

Há praias que oferecem mais do que sol, areia e boa disposição. Há praias que são tão únicas, que se tornam destinos que apontamos na nossa bucket list — a lista das coisas que queremos fazer antes de morrer.

Desde ver os aviões nas Caraíbas aos passeios com pinguins na África do Sul: há coisas que temos de ver em pessoa antes de morrer.

Aa revista Forbes elaborou esta terça-feira uma lista com 10 praias extraordinárias que merecem um lugar na sua bucket list — e, surpresa, surpresa: duas delas “moram” em Portugal.

1. Praia da Gruta de Benagil, Portugal

Gruta de Benagil

Esta já todos conhecemos. Localizada no Algarve, a Gruta de Benagil é uma encantadora caverna marinha com uma claraboia natural que permite que a luz do sol ilumine o seu calcário laranja e as águas azuis.

Acessível apenas por barco ou caiaque — que, atenção, pode vir a ser pago —, é uma das atrações costeiras mais deslumbrantes da Europa.

2. Praia Maho, São Martinho

Para os entusiastas da aviação, a Praia Maho oferece uma experiência raríssima. Nesta praia de São Martinho, os aviões descem por cima dos banhistas antes de aterrarem no Aeroporto Internacional Princess Juliana.

Os visitantes podem relaxar nas areias brancas ou desfrutar de bebidas em bares como o Sunset Bar and Grill, que têm localizadores de voo para aqueles que desejam observar as aeronaves com mais atenção.

3. Parque Nacional The Baths, Ilhas Virgens Britânicas

The Baths, localizado nas Ilhas Virgens Britânicas, tem enormes rochas de granito liso que criam piscinas naturais e cavernas — um cenário único para nadar e explorar.

4. Harbour Island, Bahamas

Famosa pela sua areia cor-de-rosa, a curiosa tonalidade da linha costeira de Harbour Island vem dos insetos microscópicos dos corais conhecidos como Foraminifera.

Fica a dica: as areias de cor pastel são mais vibrantes entre dezembro e maio. É sem dúvida um destino de sonho.

5. Praia de Navagio, Grécia

Também conhecida como Praia dos Naufrágios, a Praia de Navagio, em Zakynthos, é o lar de um naufrágio de contrabandista que repousa contra penhascos imponentes.

Esta icónica praia grega, muitas vezes identificada como a mais bonita de todo o país, deverá reabrir em 2025, depois de esforços de conservação para evitar deslizamentos de terra.

6. Baía de Jervis, Austrália

Bioluminescência em Jervis Bay, na Austrália

A Baía de Jervis é um dos poucos locais onde os visitantes podem testemunhar o raro fenómeno da bioluminescência.

Durante os meses mais quentes, o plâncton na água emite uma luz azul néon brilhante, criando uma visão hipnotizante — e assustadoramente bela — à noite.

7. Praia da Falésia, Portugal

Outra “tuga” algarvia, nomeada a melhor praia do mundo pelos prémios Travelers’ Choice do Tripadvisor, entra neste ranking da aclamada Forbes.

A Praia da Falésia é conhecida pelas suas impressionantes falésias vermelhas e águas serenas, o que a torna uma praia ideal para famílias com uma paisagem de cortar a respiração.

8. Boulders Beach, África do Sul

Boulders Beach, perto de Simon’s Town, na África do Sul, é o lar de uma colónia de pinguins africanos. Os visitantes podem observar estas criaturas encantadoras a partir de um passadiço, enquanto apreciam a costa cénica.

9. Doze Apóstolos, Austrália

Ao longo da Great Ocean Road da Austrália, os Doze Apóstolos são as imponentes formações de calcário que se erguem do oceano.

Melhor vistos ao nascer ou ao pôr do sol, oferecem um espetáculo natural digno deste top10, com passeios de helicóptero disponíveis para uma diferente perspetiva aérea.

10. Praia de Reynisfjara, Islândia

Com areia vulcânica preta e dramáticas colunas de basalto, a praia de Reynisfjara, na Islândia, contrasta sem dúvida com as praias tropicais tradicionais.

Os seus visitantes podem vislumbrar algo que não podem ver em nenhuma outra praia: a aurora boreal.

ZAP //



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Maior cadeia de hotéis em Espanha vai oferecer alojamento para atrair trabalhadores

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Hotel Melia em Bilbau

O objetivo é atrair mais trabalhadores sazonais, numa altura em que os salários no setor hoteleiro não acompanham a inflação das rendas.

A maior cadeia hoteleira espanhola, Meliá Hotels, começou a comprar propriedades para alojar trabalhadores sazonais que lutam para pagar as rendas nos pontos turísticos do país, uma vez que o agravamento da crise da habitação ameaça criar escassez de mão de obra no setor da hotelaria.

O CEO da Meliá, Gabriel Escarrer, revelou que a empresa já adquiriu um antigo hostel em Menorca e está a tentar expandir iniciativas semelhantes em Ibiza, Maiorca, Ilhas Canárias e na Espanha continental. A iniciativa surge em resposta à subida das rendas, impulsionada pelo aumento dos arrendamentos de férias de curta duração em plataformas como a Airbnb.

Espanha recebeu um recorde de 94 milhões de turistas em 2023, com 30% optando por propriedades de aluguel de curto prazo em vez de hotéis tradicionais. Esta tendência, combinada com um declínio na construção de novas casas desde a crise financeira de 2012, reduziu significativamente as opções de habitação a preços acessíveis para os residentes e trabalhadores locais.

“O boom dos alugueres de curta duração tornou a procura de um apartamento para a época uma odisseia”, afirmou Escarrer. “Pagar bem aos empregados já não é suficiente – temos de garantir que há alojamento disponível para a nossa força de trabalho.”

Nos últimos dois anos, o Meliá foi forçado a acomodar temporariamente alguns funcionários em quartos de hotel para evitar a falta de pessoal. No entanto, os especialistas do setor alertam para o facto de nem todas as cadeias hoteleiras poderem disponibilizar alojamento. Ramón Estalella, diretor geral do grupo hoteleiro espanhol CEHAT, observou que, embora esta iniciativa funcione para uma empresa como a Melia, não é uma solução viável ou generalizada.

Os salários dos trabalhadores do setor hoteleiro aumentaram apenas 3% em 2023, enquanto os preços das rendas subiram 11,5% em 2024, de acordo com o site do sector imobiliário Idealista. Nas Ilhas Baleares, alguns residentes foram obrigados a viver em caravanas devido ao aumento dos custos da habitação.

Os líderes sindicais argumentam que as margens de lucro dos hotéis estão a crescer, mas os salários não estão a acompanhar a inflação. Nas Ilhas Canárias, o sindicato CCOO convocou uma greve de dois dias durante a Páscoa para exigir melhores salários e condições de trabalho, refere a Reuters.

Em resposta ao aumento das rendas e à frustração do público com o turismo de massas, as autarquias dos principais destinos turísticos começaram a restringir as autorizações para arrendamentos de curta duração. Cidades como Barcelona e as Ilhas Baleares também introduziram taxas turísticas mais elevadas para resolver o problema.

ZAP //



O “turismo silencioso” é a nova grande moda das viagens para 2025

Vários destinos de férias populares, como a Itália ou a Turquia, estão a oferecer experiências para quem quer fazer uma “desintoxicação” do ruído e aproveitar umas férias tranquilas.

À medida que a vida moderna se torna cada vez mais barulhenta e estimulante, uma nova tendência de viagem está a ganhar popularidade: o turismo silencioso. Desde praias onde é proibido falar a passeios guiados pelos locais mais calmos de uma cidade, cada vez mais viajantes procuram escapadelas pacíficas para se desligarem do burburinho constante da vida quotidiana.

Para os que anseiam pela solidão, Eremito, na Úmbria, Itália, oferece um retiro verdadeiramente silencioso. Aninhado numa floresta de 3000 hectares protegida pela UNESCO, este histórico eremitério de pedra foi concebido para a desintoxicação digital e a autorreflexão, explica a Euronews.

Sem Internet, sinal de telefone ou televisão, os hóspedes podem mergulhar na simplicidade. Os quartos espartanos imitam o estilo de vida monástico dos eremitas do passado, enquanto os jantares silenciosos – acompanhados apenas por cantos gregorianos – incentivam a introspeção. O retiro é ideal para os viajantes que querem escapar às distracções diárias e abraçar um modo de vida minimalista.

A capital da Suécia também está a abraçar o turismo tranquilo com o seu “Guia do Silêncio”, um mapa que destaca os locais serenos da cidade. O guia apresenta 19 parques, incluindo 11 reservas naturais com 65 trilhos para caminhadas.

Entre os locais tranquilos está o Sinnenas Trädgård, ou o Jardim dos Sentidos, onde os visitantes podem descontrair entre flores perfumadas, o som suave da água a ondular e o ruído do cascalho sob os pés. Entretanto, o Aluddsparken, na ilha de Stora Essingen, oferece um refúgio tranquilo à beira do lago, protegido da agitação da cidade.

Enquanto a Costa Turquesa da Turquia é conhecida pela sua animada vida noturna, a Baía de D Maris oferece uma alternativa mais tranquila. Rodeado por pinhais e olivais, o resort dispõe da Praia do Silêncio, uma enseada isolada onde a música e os ruídos altos são estritamente proibidos. Esta praia só para adultos oferece uma rara oportunidade de relaxar em paz ininterrupta, tornando-a um refúgio ideal para quem procura uma pausa das estâncias cheias de gente e cheias de festas.

Para os viajantes que gostam de atividades em grupo mas preferem evitar conversas de circunstância, a Silent Walks no sudeste de Inglaterra oferece a solução perfeita. Fundada por pessoas que gostam de caminhar em companhia enquanto apreciam momentos de silêncio, essas caminhadas guiadas incentivam a atenção plena e uma conexão mais profunda com a natureza. Embora os participantes sejam livres de socializar antes e depois da caminhada, a viagem em si permanece livre de palavras, permitindo a reflexão e a clareza mental.

À medida que as pessoas procuram cada vez mais formas de se desligarem do ruído digital e da sobre-estimulação, espera-se que o turismo silencioso cresça.

ZAP //



Autorização obrigatória para viajar para o Reino Unido já está disponível. Custo vai subir

A partir desta quarta-feira, os cidadãos europeus que queiram visitar o Reino Unido já podem pedir a Autorização de Viagem, que é obrigatória a partir de 2 de abril. Custa 12 euros, mas o preço deverá subir nas próximas semanas.

A partir do dia 2 de abril, quem quiser viajar para o Reino Unido terá de ter uma autorização prévia obrigatória.

Essa autorização é eletrónica e ficou disponível esta quarta-feira.

O processo é inteiramente digital e demora cerca de 10 minutos a completar, mas implica um custo de 10 libras (12 euros), valor que deverá subir para 16 libras (19 euros) nas próximas semanas.

O parlamento britânico aprovou esta semana legislação para aumentar o valor da Autorização de Viagem Eletrónica (Electronic Travel Authorisation, ETA), aguardando apenas a promulgação para o fazer.

O sistema é idêntico ao que outros países como os Estados Unidos (ESTA) e a Austrália (Australian ETA) já têm em prática; e que a União Europeia pretende implementar este ano para turistas e visitantes com estadias curtas (ETIAS).

Uma questão de segurança

O Governo britânico entende que a ETA vai tornar o sistema de imigração digital mais simples, rápido e seguro, permitindo a identificação das pessoas antes de elas entrarem no país.

“A expansão da ETA a nível mundial reforça o nosso compromisso de melhorar a segurança através da tecnologia e da inovação”, afirmou a secretária de Estado para a Migração e a Cidadania, Seema Malhotra.

Assim, antes da entrada no Reino Unido, os viajantes devem submeter um pedido pela Internet ou através da aplicação de telemóvel, providenciando dados pessoais e biométricos e respondendo a várias perguntas, incluindo sobre eventual cadastro criminal.

Autorização válida por dois anos

As autoridades britânicas garantem uma decisão no prazo de três dias, embora a maioria seja mais rápida, podendo demorar apenas alguns segundos ou minutos.

A ETA, que fica associada ao passaporte, é válida por dois anos, mas tem de ser renovada se o passaporte, entretanto, expirar.

A autorização permite um número ilimitado de estadias ao longo de dois anos no Reino Unido durante um período máximo consecutivo de seis meses e é diferente de um visto, necessário para poder estudar, trabalhar e até casar no país.

Também se aplica a escalas

A ETA é requerida mesmo que viajantes estejam apenas de passagem pelo país, por exemplo, em escala de viagem para outro destino.

No entanto, após queixas das companhias aéreas e aeroportos, foi criada uma isenção temporária para passageiros que o fazem sem sair do aeroporto e, por conseguinte, não passam pelo controlo fronteiriço, como em Heathrow ou Manchester.

A ETA não se aplica aos detentores de autorização de residência, como os inscritos no Sistema de Registo de cidadãos da União Europeia [EU Settlement Scheme, EUSS] aberto depois do Brexit, trabalhadores com visto ou estudantes, nem a irlandeses, que partilham uma zona comum de viagens com o Reino Unido.

O Reino Unido começou a emitir ETA em 2023 para os cidadãos do Qatar, Bahrein, Kuwait, Omã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Segundo o Ministério do Interior, desde a introdução do regime em outubro de 2023 até dezembro de 2024 já foram emitidas cerca de 1,1 milhões de ETA.

O regime vai ter um período de adaptação nos próximos meses, podendo as autoridades permitir a entrada no país mesmo sem autorização, mas aqueles que tentem contornar o sistema de imigração podem ser processados criminalmente.

Países lusófonos como Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe ou Timor-Leste, não são elegíveis para uma ETA e os seus cidadãos terão de solicitar previamente um visto para entrar no Reino Unido.

ZAP // Lusa



Um Porto de extremos: saturado por hotéis, libertado pelo metro

(dr) Metro do Porto

122 novos hotéis na cidade, investimento de quase 250 milhões de euros. Por outro lado, “zonas importantes” do Porto serão libertadas.

A importância do turismo no Porto é cada vez mais visível – e nos próximos tempos não vai abrandar, pelo menos na hotelaria.

122 processos de novos empreendimentos turísticos (87 deles são hotéis) em curso. Em 63 deles, as obras já começaram. Os dados são do boletim estatístico da Câmara Municipal do Porto, citados pelo Jornal de Notícias.

Passará a ser um total de 35 mil camas (mais 12 mil do que agora), num investimento global de 248,2 milhões de euros nestes novos edifícios.

É um “exagero”, critica Diogo Petiz, representante do movimento Habitação Hoje: “Numa simples caminhada até ao supermercado vamos encontrar três hotéis“.

“Isto vai reduzir o direito dos moradores à cidade”, continua na TSF: “A estratégia local da habitação do Porto indicava que 7 mil pessoas estariam em situação de carência económica e estamos agora a falar da possibilidade de 6 mil novos quartos, o que também revela uma espécie de impossibilidade política de resolvermos o problema da habitação, mas para o turismo temos esta capacidade brutal de continuar a construir”.

O Porto já está muito saturado e vai ficar ainda mais, vai sobrecarregar não só a baixa, como também os serviços públicos, e empurra-nos para fora da cidade”, acrescenta Diogo Petiz.

Liberdade

Por outro lado, e noutro contexto, o Porto vai ficar menos saturado de obras e com maior liberdade de circulação.

A Metro do Porto anunciou que, daqui até Junho, vão acabar os condicionamentos em vários pontos centrais: Rotunda da Boavista, Praça da Galiza, Hospital de Santo António, Praça da Liberdade e Praça Almeida Garrett.

O metrobus na Boavista começa em Junho, a Linha Rosa (São Bento-Casa da Música) fica pronta em 2025 e a Linha Rubi (Casa da Música-Santo Ovídio) será inaugurada em 2026 – provavelmente só parte do percurso.

Em relação às indemnizações aos comerciantes afectados pelos trabalhos, Tiago Braga, presidente do Conselho de Administração da Metro do Porto, disse ao Jornal de Notícias que foi pago até agora 861.304 euros, só na Linha Rosa. “Gostaríamos de ajudar mais, gostaríamos de compensar mais. É o possível”.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //



Vila turística chinesa pede desculpa após usar algodão e água com sabão para criar neve falsa

Weibo

A vila, conhecida pela sua neve no inverno, recorreu a lençóis e água com sabão para criar imagens onde parece ter nevado. Os turistas dizem-se enganados e serão ressarcidos pelas viagens.

Uma aldeia turística em Chengdu, capital da província de Sichuan, emitiu um pedido de desculpas depois de ter tentado criar neve artificial utilizando algodão e água com sabão durante o feriado do Ano Novo Lunar, que foi invulgarmente quente. A iniciativa provocou reações negativas dos visitantes que se sentiram enganados pela neve sintética, que pretendia reproduzir o cenário típico do inverno na região.

A Aldeia de Neve de Chengdu, um destino popular conhecido pelas suas paisagens de neve, enfrentou um desafio inesperado este ano, quando as temperaturas durante o Ano Novo Lunar subiram acima da média, impedindo a queda de neve natural que normalmente atrai os turistas. Num esforço para preservar a atmosfera festiva, a aldeia recorreu à utilização de algodão para simular neve, publicando imagens do cenário de inverno nas redes sociais, explica a CNN.

No entanto, os turistas rapidamente se aperceberam da neve falsa, com muitos a expressarem o seu desapontamento online. Um utilizador das redes sociais comentou: “Uma aldeia de neve sem neve“, enquanto outros chamaram a atenção para os grandes lençóis de algodão espalhados pela aldeia, alguns dos quais estavam a cobrir casas. Apesar de não divulgar claramente que a neve era artificial, a aldeia foi criticada por criar uma impressão enganadora.

Em resposta aos protestos, o projeto da Aldeia de Neve de Chengdu emitiu um pedido formal de desculpas na plataforma chinesa de comunicação social WeChat. A declaração dizia: “Pedimos desculpa pelo incómodo e pela desilusão causados. Os visitantes receberão o reembolso dos seus bilhetes”. A aldeia também reconheceu que a neve sintética não correspondeu às expectativas, deixando uma “muito má impressão” nos turistas.

Embora a neve falsa já tenha sido removida da área, o incidente destaca os crescentes desafios colocados pelas alterações climáticas na China. O país tem registado ondas de calor mais longas e mais intensas, bem como padrões de precipitação imprevisíveis, que se estão a tornar mais frequentes devido à alteração dos padrões meteorológicos.

O gabinete meteorológico da China avisou que estes fenómenos meteorológicos extremos deverão aumentar nos próximos anos, complicando ainda mais o turismo e outros setores dependentes de condições climáticas estáveis.

ZAP //



Biquínis e calções proibidos não é só em Albufeira: Barcelona fê-lo em 2011 e outros foram atrás

Albufeira não é caso único na Europa: vários locais de Espanha, Itália e Croácia têm medidas semelhantes contra roupa de banho em zonas públicas.

A partir desta sexta-feira está em consulta pública o Código de Comportamento do Município de Albufeira, que prevê coimas para a nudez e para circulação com biquínis ou fatos de banho em áreas públicas.

O documento estabelece a proibição de “permanecer ou circular em estado de parcial nudez” e a exposição em zonas públicas com “roupa de banho — biquíni, triquíni, fato de banho e similares, calção e cueca”, exceto nas praias, zonas balneares e acessos, como parques de estacionamento, ou nos espaços exteriores de utilização coletiva das unidades hoteleiras.

Até abandonar carrinhos de supermercado poderá ser alvo de multas que chegam aos 1.500 euros.

Mas nada disto é exclusivo a Albufeira. Há medidas idênticas em várias cidades europeias, algumas delas no país vizinho.

Espanha

Barcelona foi ao que tudo indica a primeira a definir a tendência para a proibição de fatos de banho em espaços públicos. A cidade espanhola promulgou a sua primeira lei em 2011, com o objetivo de travar o afluxo de turistas que usavam apenas calções de banho e biquínis enquanto passeavam pela famosa La Rambla e outras ruas do centro da cidade.

Embora fique à beira-mar, não é uma estância balnear, e alguns habitantes expressaram o seu desconforto com o ambiente informal e festivo dos turistas.

A capital das Ilhas Baleares, Maiorca, seguiu os passos de Barcelona ao implementar uma lei semelhante em 2014. A lei proíbe o uso de fatos de banho em espaços públicos como ruas e restaurantes, fora das zonas de praia. Muitos estabelecimentos impedem a entrada a quem não esteja completamente vestido.

Croácia

Dubrovnik é outra cidade que reprimiu o uso de trajes de banho em público. A croata, que tem sofrido uma enorme sobrelotação devido ao turismo, introduziu a sua política “Respeitar a Cidade” em 2019, para incentivar os turistas a respeitarem os costumes e o património locais, especialmente na Cidade Velha, protegida pela UNESCO.

As autoridades deixaram claro que não é aceitável andar em fato de banho ou em topless. A multa por desrespeito a esta regra pode chegar aos 265 euros para os reincidentes.

Split, outra joia croata na costa da Dalmácia, seguiu o exemplo de Dubrovnik ao impor códigos de vestuário semelhantes. A cidade introduziu multas até 300 euros para os turistas que forem apanhados a usar fatos de banho fora das zonas de praia.

A vizinha ilha de Hvar, conhecida pelo seu animado ambiente de festa, também proibiu a prática em 2017, com coimas que podem chegar aos 600 euros.

Itália

Na Costa Amalfitana, a pitoresca cidade de Sorrento faz parte à lista de cidades que proíbem o uso de fatos de banho nas suas ruas. Os turistas que ostentem biquínis e calções de banho fora das praias estão sujeitos a multas de até 500 euros.

Veneza foi uma das primeiras cidades italianas a desencorajar o uso de fatos de banho fora das zonas de praia. Em 2013, a cidade introduziu um conjunto de diretrizes sob o lema “Venezia è anche tua, rispettala!”, instando os visitantes a respeitar o património cultural da cidade. A campanha proibia explicitamente andar de biquíni e de calções de banho, para além de outros comportamentos como fazer piqueniques perto da Basílica de São Marcos ou nadar nos canais. Quem ignorar estas regras é punido com uma coima de 500 euros.

Albufeira: tudo o que será proibido e alvo de multas

Com a intenção de manter a tranquilidade, a segurança e a higiene pública, o Código impõe ainda contraordenações para quem “permanecer ou circular em estado de completa nudez” ou “circule ou permaneça com órgão sexual exposto” em zonas ou transportes públicos.

“Urge estabelecer medidas que permitam lidar eficazmente com a adoção de comportamentos abusivos, designadamente, por quem procura o concelho de Albufeira como destino turístico”, justificou o município no aviso publicado em Diário da República, sublinhando que quer “prevenir a prática de atos que, pela sua natureza, possam causar danos indesejáveis para a população residente e imagem do concelho enquanto destino turístico”.

É também proibida a “prática ou simulação de qualquer tipo de ato sexual, de forma individual ou não”, o consumo de bebidas alcoólicas, pernoitar, defecar, urinar cuspir, acampar ou instalar qualquer acampamento, confecionar qualquer tipo de alimentos, assim como a prática desportiva, recreativa, cultural, de lazer ou artística fora dos locais especialmente vocacionados para o efeito”, determina o Código.

O ruído, tanto individual como em grupo, em zonas residenciais, a “utilização de mobiliário urbano de forma a impossibilitar ou dificultar a sua utilização” e o uso de bens municipais para fins que não estão previstos também estão proibidos pelo Código de Comportamento do município.

O vandalismo de estruturas de iluminação e de mobiliário público também são punidos como coimas pelo Código.

As multas

As contraordenações para uso de biquíni ou fato de banho fora de zonas autorizadas vão dos 300 e aos 1.500 euros. Quem praticar sexo ou andar totalmente despido na via pública sujeita-se a uma contraordenação entre os 500 e os 1.800 euros.

Prevê-se ainda o pagamento de valores dos 150 aos 750 euros para quem acampar ou praticar atividades desportivas em zonas não autorizadas para o efeito.

“A competência para instaurar procedimento contraordenacional, bem como para a aplicação de coimas, cabe ao presidente da Câmara Municipal de Albufeira, com faculdade de delegação nos termos da lei”, refere o aviso.

Podem também ser medidas punitivas a “cassação da licença de ocupação do espaço público”, a “remoção de esplanada aberta”, a “redução de horário de funcionamento”.

As contraordenações imputáveis aos agentes económicos vão dos 250 aos 1.200 , dos 500 aos 2.500 e dos 1.000 aos 4.000 euros, segundo o código.

A medida em Albufeira já está em vigor?

O projeto do Código de Comportamentos do Município de Albufeira foi aprovado em sessão de Câmara a 27 de janeiro e, após a incorporação dos contributos da consulta pública, será submetido à Assembleia Municipal para a aprovação.

O aviso foi publicado na quarta-feira em Diário da República e a consulta pública prolonga-se por 30 dias, a contar a partir do dia subsequente à data da sua publicação.

ZAP // Lusa



Lixo, álcool, vândalos e festas na “rota dourada”: japoneses estão fartos dos turistas

lspencer/DepositPhotos

Osaka, Japão.

Recorde de visitantes gera descontentamento entre a população. Por um lado, o problema é a ignorância e o desrespeito pelos costumes locais; pelo outro é todos quererem ver as mesmas atrações, na mesma altura do ano.

Para o Japão, 2024 foi um ano de recordes turísticos, e o país antecipa um novo pico, mas enquanto o setor de viagens e o Governo comemoram a bonança pós-pandemia, a população local está descontente: a vida é perturbada pela grande concentração de turistas nas principais destinos.

Em 2024, o país asiático recebeu 36,9 milhões de turistas, mais 47,1% do que no ano anterior, superando até os 31,9 milhões de 2019, antes de a pandemia de covid-19 interromper a euforia do setor.

Agora, nas cidades da “rota dourada” – Tóquio, Quioto e Osaka –, cresce a ira dos residentes contra os visitantes que, além de sobrelotarem o transporte público, não respeitam os costumes fundamentais à sociedade japonesa: muitos estarão a deitar lixo, a fumar e a beber nas ruas e a prejudicar a paz dos bairros residenciais com festas durante a noite em imóveis alugados.

Contornar a avalanche turística

A comunicação social japonesa tem destacado uma série de incidentes especialmente chocantes, como o caso de um turista norte-americano que foi preso por vandalizar o portão de madeira do histórico santuário Meiji Jingu, em Tóquio, ou a influencer chilena que se filmou a fazer flexões no portão torii sagrado de um templo xintoísta. Outro estrangeiro foi filmado a dar pontapés a um dos célebres veados da cidade de Nara.

Quioto, com os seus célebres palácios imperiais, templos, santuários e o bairro das geishas Gion, é um dos principais focos da invasão. “Os problemas são causados sobretudo pela concentração de turistas nas principais atrações, em determinadas épocas do ano e a determinadas horas do dia”, explica Toshinori Tsuchihashi, diretor de turismo da cidade.

“As concentrações tendem a acontecer durante a temporada das cerejeiras em flor e quando as folhas estão a mudar de cor, em agosto, causando congestionamentos nas estradas circundantes e nos autocarros municipais, assim como problemas de etiqueta.”

Visando “alcançar um equilíbrio harmonioso entre as vidas dos cidadãos e dos turistas”, promovendo maior compreensão e respeito, a municipalidade introduziu o Código de Conduta de Turismo em Quioto. Criaram-se ainda diversas iniciativas paralelas, de modo a distribuir a carga pela cidade.

Agora, autocarros expressos transportam os turistas entre os locais mais populares, evitando que sobrecarreguem os transportes públicos; novos sites e aplicações divulgam informações em vários idiomas. Separação parecida vai acontecer nas filas da Carris, em Lisboa.

Aprender com os outros

Outras cidades japonesas adotaram abordagens controversas. A câmara municipal de Himeji – onde se localiza o Castelo da Garça Branca, Património Mundial da UNESCO – está a considerar encarecer consideravelmente os ingressos, mas apenas para turistas estrangeiros.

O analista de marketing turístico Ashley Harvey recorda que diversas cidades de todo o mundo estão a procurar uma solução para o turismo excessivo, mas que o Japão deve aprender com outras experiências.

“Estamos a ver excesso de turismo em Londres, Barcelona, Veneza, Quioto. Isso é um problema há muitos anos, e difícil de resolver, por ser impulsionado pelo mercado. Podemos empurrar e influenciar segmentos do mercado, para começar a mitigar o problema, mas, fundamentalmente, todos os que vão ao Japão querem visitar Tóquio, mesmo que seja a terceira ou quarta vez.”

A meta deveria ser explorar áreas mais rurais, cujos locais turísticos estão a implorar por uma fatia do bolo, e onde os viajantes provavelmente vivenciariam um Japão mais autêntico, sem terem de se “acotovelar” uns aos outros.

“O problema do sobreturismo em poucas cidades é o resultado do sobreturismo em 90% do resto do mundo”, constata Harvey. “O governo estabeleceu uma meta de 60 milhões de ingressos até o fim da década – o que disparou os alarmes em alguns meios. O Japão é certamente capaz de abrigar 60 milhões de visitantes por ano – mas não Quioto sozinha.”

Para além do Monte Fuji e das cerejeiras

Segundo o analista turístico, o setor japonês tem apostado em ícones geográficos e sazonais, desde as cerejeiras em flor até o Monte Fuji, em vez de incentivar os turistas a explorarem essas mesmas atrações em locais diferentes.

“Não é um problema que possa ser resolvido com uma única ação: exige raciocínio conjunto, envolvendo todas as partes interessadas, para garantir que o Japão lucre o máximo possível com o turismo. Não tenho o menor problema com um imposto turístico, por exemplo, contanto que as verbas arrecadadas sejam revertidas para prover uma melhor infraestrutura, formação de guias, e assim por diante.”

// DW



Albufeira quer proibir biquínis, calções de banho e muito mais nas ruas. Multas até 1500 euros

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Albufeira, Algarve

Proibição estende-se a esplanadas e outros estabelecimentos, e excluem-se hotéis, praias e os seus estacionamentos. Até abandonar carrinhos de supermercado poderá ser alvo de multas que chegam aos 1.500 euros.

Biquínis, triquínis, fatos de banho — “e similares” —, calções, cuecas, troncos nus e não só.

A Câmara Municipal de Albufeira está a avançar com um novo regulamento que visa proibir toda esta indumentária na via pública, esplanadas e outros estabelecimentos com vista da rua.

A medida pretende combater a “nudez parcial” na cidade e pode implicar multas que variam entre 300 e 1.500 euros, avança o Correio da Manhã esta quinta-feira.

O novo regulamento, que já foi aprovado, proíbe, claro, nudez total ou exibição de órgãos sexuais, com multas, neste caso, de 500 a 1800 euros.

Além disso, o novo código de conduta de Albufeira também vai condenar simulações de atos sexuais e comportamentos indecorosos na via pública: urinar, defecar, cuspir ou fazer barulho em zonas residenciais são alguns exemplos do que o novo código da cidade algarvia vai condenar. Até abandonar carrinhos de supermercado poderá ser alvo de penalizações.

Exceções serão feitas apenas para as praias, respetivos parques de estacionamento e hotéis.

O novo Código de Comportamentos do Município de Albufeira entrou em consulta pública, por 30 dias, a partir desta quinta-feira.

ZAP //



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