Um artigo do jornal norte-americano New York Times, assinado pelo jornalista Eric Lipton, rasga largos elogios ao Alentejo, região que considera ser de “incomparável beleza e autenticidade”.
A publicação fala de Melides, que Lipton observa que fica apenas a “uma hora de Lisboa”, e da Comporta, mas é a primeira freguesia que arrecada mais elogios.
Melides é uma “aldeia simples”, a “a meio de um processo de transformação, à medida que uma onda de super-ricos descobre este local extraordinariamente bonito”. O jornalista escreve que a freguesia tem cerca de “quatro restaurantes, uma igreja, algumas lojas pequenas e um supermercado”.
E há ainda as praias: “Situa-se a meio de um trecho de 64 km de praias quase intocadas e próximo de centenas de quilómetros quadrados de campos de sobreiros, vinhas e arrozais”.
A aldeia, “quase vazia”, é como “Saint-Tropez costumava ser nos anos 1950, antes de Brigitte Bardot, ou Ibiza, antes da primeira vaga de festas de Verão ter ouvido falar daquele hot spot no Mediterrâneo”, compara.
O jornalista e a sua família – que chegaram ao Alentejo quase por acaso, impulsionados por um desconto da TAP – ficaram alojados em Melides, onde o designer Christian Louboutin se prepara para construir o primeiro hotel da aldeia.
Outros nomes têm procurado este “paraíso português“: a produtora de vinhos Noemi Marone Cinzano, o do designer Philippe Starck, o artista alemão Anselm Kiefer, o pintor inglês Jason Martin, elenca o semanário Expresso. “O Alentejo é uma região sem paralelismo na beleza e na autenticidade”, frisa o repórter.
Já a Comporta, no entender do jornalista está transformada “numa mini-versão dos Hamptons”. “Carros luxuosos enchem as estradas, casais vestidos de modo boémio passeiam pelas galerias de arte, as lojas de decoração e utilidades domésticas, bares, discotecas e esplanadas. Na descrição não são os esquecidos os ataques dos mosquitos à noite na localidade construída em cima dos campos de arroz”.
“Toda a gente sabe que isto dificilmente poderá durar, com gente rica a acorrer a uma comunidade rural imaculada em busca de natureza e solidão. Mas, pelo menos por agora, o Alentejo é uma região de incomparável beleza e autenticidade”.