Ilhas Faroé fecham para “manutenção”. Turistas só podem entrar se “vierem ajudar”

As Ilhas Faroé, território autónomo sob a coroa dinamarquesa, isolado no Atlântico Norte entre a Islândia e a Noruega, vão estar fechadas para “manutenção” 26 e 27 de abril.

Na ilha vivem 50 mil habitantes e 80 mil caprinos. Por ano, visitam 100 mil turistas mas, no fim-de-semana de 26 e 27 de abril de 2019, só entram os que “vierem ajudar” nas limpezas e os que se queiram juntar às equipas de manutenção, pelo menos com apoio das autoridades. O número máximo: 100.

“Todos os grandes pontos turísticos da ilha estarão fechados aos turistas regulares mas abertos a todos que queiram ajudar a mantê-los“, lê-se no comunicado das autoridades do arquipélago. No site do Turismo das Faroé lança-se o apelo: “ajude-nos a manter a beleza.”

“Só aqueles que estiverem preparados para trabalhar com os habitantes neste fim-de-semana de manutenção é que poderão visitar-nos”, garantem.

Para agradecer aos que se aventurarem a colaborar nas limpezas destas ilhas oferece-se a uma centena de “ajudantes”, em jeito de agradecimento, “alojamento e alimentação para o período da manutenção”, isto é, para os dois dias e três noites.

A agenda de trabalhos para o fim-de-semana inclui ajudar a criar percursos pedestres “em zonas bem assinaladas”, construir plataformas de miradouros que ajudem a “preservar a Natureza e os santuários de aves” ou, entre outras atividades, na instalação de sinalética.

Este é “um dos lugares mais intocados e menos poluídos da Terra e estamos apostados em que as nossas ilhas verdes assim permaneçam”, garante-se no texto do Turismo local, citado pelo Público.

Quem quiser candidatar-se, só tem de inscrever-se no site oficial do Turismo das Faroé. As ilhas oferecem tudo, exceto os voos, que fica por conta dos “turistas-ajudantes”.

O Turismo das Faroé sublinhou que, “atualmente, não tem nenhum problema com turistas em excesso”, tendo em conta a sua média de 2.000 mil semanais – embora o contingente suba uns 10% cada ano. Contudo, o “frágil ambiente natural numa mão-cheia de pontos turísticos populares já se ressente dos efeitos do aumento de número de visitantes”. Por isso, “há áreas que precisam de uma mãozinha“.

A nação “recebe os visitantes de braços abertos” mas “também quer assegurar-se de que o turismo em excesso não se tornará um problema”. “A sustentabilidade é o nosso objetivo”, resumem.

Esperam ainda que a campanha de limpeza tenha um impacto internacional. “Esperamos que o nosso projeto inspire outros países a fazer o mesmo“, indicam.

ZAP //



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