Terça-feira, Abril 29, 2025
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Dívida de 46,7 milhões fecha emblemático café Golden Gate no Funchal

As portas fechadas, desde segunda-feira, de um dos mais emblemáticos cafés do Funchal, o Golden Gate, devido a dívidas na ordem dos 46,7 milhões de euros, estão a causar surpresa a quem circula naquela zona da cidade.

As portas fechadas, desde segunda-feira, de um dos mais emblemáticos cafés do Funchal, o Golden Gate, devido a dívidas na ordem dos 46,7 milhões de euros, estão a causar surpresa a quem circula naquela zona da cidade.

Para Cristiano Ferreira, funcionário público que diariamente passa naquele local, o cenário com que se confrontou na manhã de segunda-feira foi “um verdadeiro murro no estômago”, recordando que aquele café, conhecido como Esquina do Mundo, marca a vivência de várias gerações de madeirense e estrangeiros.

“O Funchal e a Madeira ficam mais pobres. Esperemos que haja uma solução e alguém retome este belo estabelecimento comercial”, acrescenta, considerando que “o Golden está para o Funchal como o Majestic e a Versailles estão para o Porto e Lisboa“.

A situação também não é indiferente para Madalena Vieira, uma funchalense interessada pelo património regional, que recorda ter ali passado muitos momentos na sua juventude e declara que o encerramento deste espaço com 173 anos de história “cria um vazio”.

“Além do aspeto social, porque são as pessoas que ficam sem os seus postos de trabalho, há também o ponto de vista do património. Não é à toa que foi referenciado por escritores nacionais e internacionais, como Alan Lethbridge”, o qual, em 1924, escreveu que a esplanada com cadeiras manufaturadas do então Hotel Golden Gate era conhecida tanto Xangai como em S. Francisco.

Madalena Vieira diz que o “Funchal perdeu um ponto emblemático”, vincando ter a esperança de que o encerramento do Golden “seja por pouco tempo”.

Ao longo da avenida Arriaga, à sombra dos plátanos, algumas pessoas sentadas nos bancos também têm os olhos postos nas portas fechadas do café e a situação do Golden é tema de muitas conversas.

É o caso de Manuel Marques, reformado, que junto de dois amigos admite ter ficado “um pedacinho triste” quando viu os trabalhadores do café, na segunda-feira de manhã, à frente da porta do estabelecimento agora encerrado.

“É uma tristeza para o Funchal aquilo estar fechado”, adianta, salientando que aquela esplanada “era a esquina da cidade“.

“O Funchal ficou a perder, logo à entrada da cidade”, reforça, sublinhando ter, contudo, a “esperança de que abra em breve”.

No burburinho da cidade vão-se ouvindo comentários anónimos, críticas e expressões de revolta.

“É pena”, diz baixinho um reformado, enquanto outro transeunte cola mesmo a cara ao vidro da porta do café, tentando descobrir o que se passa no interior daquele estabelecimento que data de 1841 e que funcionou no domingo pela última vez.

A perplexidade é manifestada, também, por crianças, que estranham a falta das mesas e cadeiras de vime na explana, agora amontoadas no interior do edifício.

O emblemático Golden Gate, estabelecimento onde trabalhavam cerca de 30 pessoas, espera agora que se resolva o problema, criado pela insolvência da empresa Santolido.

A Esquina do Mundo, à espera que um outro empresário que consiga reabrir as suas portas.

ZAP/Lusa

Açores têm guia online de turismo e lazer para pessoas com necessidades especiais

d.r. azoresforall.com

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A cooperativa de economia solidária Cresaçor lançou esta semana um site para promover o turismo inclusivo nos Açores, disponibilizando informações sobre atividades lúdicas e desportivas para pessoas com necessidades especiais e turistas em geral.

“Neste site há atividades de animação para qualquer turista, mas também para pessoas com necessidades especiais, desde canoagem, passeios pedestres com ‘joellette’ (uma cadeira especial)… Há informação sobre acessibilidades, nomeadamente, sobre alojamento, restauração e equipamentos de apoio”, afirmou Manuela Soeiro, responsável pelo turismo na Cresaçor, em declarações à Lusa.

Passeios pedestres, passeios de jipe ou bicicleta, jogos tradicionais portugueses e golfe rústico açoriano são outras das atividades possíveis de serem praticadas por pessoas com necessidades especiais e que constam da página azoresforall.com, que tem versão em português e inglês.

manuela.soeiro / Facebook

Manuela Soeiro, responsável pelo turismo na Cresaçor

Manuela Soeiro, responsável pelo turismo na Cresaçor

Para Manuela Soeiro, esta iniciativa da Cresaçor surgiu para colmatar a “falta de informação fidedigna” na região especificamente direcionada para pessoas com necessidades especiais, um “nicho de mercado que importa apostar e desenvolver”.

“Para mim, o que está a falhar é a parte da promoção e o que temos de fazer nesse momento é promover os Açores. Já existe recursos, uma série de infraestruturas que estão adequadas e que faz com que o cliente possa vir cá”, referiu Manuela Soeiro, acrescentando que os Açores podem captar turistas com necessidades especiais dos EUA, Canadá ou Espanha.

Segundo disse a responsável pelo turismo na Cresaçor, este público-alvo “viaja com os familiares, no inverno e têm grande poder económico, mas são muito exigentes”.

Em 2005, a Cresaçor, com sede na ilha de São Miguel, criou uma empresa de animação turística e tornou-se membro da ENAT — European Network of Accessible Tourism para impulsionar a democratização do turismo nos Açores e promover atividades de recreio e lazer acessíveis a todos.

A Cresaçor, em parceria com a Associação de Juventude da Candelária, possui um posto de ecoturismo na freguesia das Sete Cidades, ilha de S. Miguel, denominado “Loja Eco-Atlântida”, que tem por finalidade o desenvolvimento local, a promoção do ecoturismo e a disponibilização de informação turística sobre os Açores.

/Lusa

Prémio de Melhor Organismo Oficial da Europa para Turismo de Portugal

d.r. Philippe Imbault, TurismodePortugal / Facebook

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O Turismo de Portugal venceu os World Travel Awards 2014, também conhecidos como “Óscares do Turismo”, na categoria de melhor organismo oficial de turismo europeu.

A entrega do prémio da 21.ª edição dos World Travel Awards decorreu este sábado, em Atenas, na Grécia.

A eleição, que distingue o Turismo de Portugal de entre os restantes dez nomeados à categoria de melhor organismo oficial de turismo europeu, surge como resultado de uma votação em que participaram milhares de profissionais do sector, oriundos de todos os países do mundo, refere o Turismo de Portugal, em comunicado.

Segundo aquele organismo, Portugal, que já tinha ganho esta categoria em 2008, concorreu com os organismos oficiais da Grécia, Áustria, França, Alemanha, Grécia, Espanha, Itália, Turquia, Reino Unido e Inglaterra.

Da lista de vencedores nas diferentes categorias constam ainda diversos empreendimentos e operadores turísticos nacionais, entre os quais a Douro Azul, que venceu a categoria de “Melhor Empresa Europeia de Cruzeiros Fluviais”, e o Porto de Lisboa, “Melhor Destino de Cruzeiro da Europa”.

A Madeira, por seu lado, foi considerada pelo segundo ano consecutivo o “Melhor Destino Insular da Europa”.

ZAP / Lusa

EasyJet apresenta queixa contra agências de viagens online

PhillipC / Flickr

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A easyJet apresentou uma queixa contra diversas agências de viagens online por falta de transparência nos preços, más práticas empresariais e prejuízo aos consumidores portugueses, denunciados pela DECO – Associação de Defesa do Consumidor.

Em comunicado, a companhia aérea low cost adiantou que apresentou queixa na Direção-Geral do Consumidor, no Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) e na Autoridade da Concorrência contra diversas agências de viagens online, tendo em conta que “os consumidores portugueses estão a pagar mais do que deviam por viagens na easyJet”.

Esta queixa surge na sequência do estudo realizado pela DECO, que avaliou os preços praticados por quatro agências de viagens online – Rumbo, eDreams, Logitravel e netviagens – e os preços reais pagos pelo consumidor.

A easyJet explica que os preços anunciados por estas agências são mais baixos do que o preço real e o processo de compra leva o passageiro a pagar mais do que devia, situação que não acontece numa compra no site da easyJet, onde o preço se mantém inalterável durante todo o processo.

“A easyJet quer garantir que todos os seus passageiros pagam o valor correto pela sua viagem. A atividade desenvolvida por algumas agências de viagens online leva-nos a crer que milhares de portugueses e perto de um milhão de passageiros easyJet em toda a Europa anualmente estão a pagar mais do que deviam pelas suas viagens”, afirma o diretor-geral da easyJet Portugal, Javier Gandara.

A companhia aérea de baixo custo adiantou que está também em contacto com os reguladores europeus uma vez que as agências de viagem online operam em toda a Europa.

Através da compra simulada de “dezenas” de viagens, com e sem bagagem e seguro, só de ida e de ida e volta, entre outros exemplos, a associação encontrou, especialmente no que toca aos preços, “muitas irregularidades”, de acordo com a jurista da DECO, Carla Varela.

“Os preços que a Rumbo e a eDreams anunciam são sempre mais baratos do que os efetivamente cobrados”, contou, explicando que no final da operação de compra é que estas agências dão a conhecer a cobrança de comissões de serviço, de gestão ou de reserva.

Em algumas simulações em agências de viagens, os técnicos da DECO depararam-se com preços mais baratos do que os anunciados pela própria transportadora aérea, um valor que a associação diz que se “vem a verificar não ser verdade”.

/Lusa

5 dicas para se manter ciberseguro em viagem

B!T

Como podemos manter a nossa informação segura quando viajamos? Desde atualizar o software do dispositivo até usar uma rede segura ou correr um antivírus, o Facebook descreve passo a passo mais aconselhado.

1. Atualizar o software

Antes de partirmos para férias, podemos consultar o menu do telemóvel, portátil ou tablet que planeamos levar e atualizar o software para a última versão disponível. Esta medida vai ajudar a proteger o dispositivo das ameaças mais recentes.

2. Definir uma password para cada dispositivo e encriptá-la

Ninguém planeia perder o telemóvel ou portátil, mas é algo que pode acontecer mesmo quando se é cauteloso. Por isso, devemos certificarmo-nos de que a password de cada dispositivo é forte, dificultando assim o acesso de estranhos à informação. Se possível, o mais indicado é mesmo encriptar todos os dados do dispositivo.

3. Remover a informação desnecessária

Quando se tem tendência para guardar muitos documentos no desktop, em vez de recorrer a sistemas online, remover a informação que não vai precisar antes de viajar é a melhor solução.

4. Recorrer a redes de confiança

Antes de nos conectarmos, devemos escolher apenas um número limitado de redes em que possamos confiar. Dar preferência a sites seguros que prevejam a privacidade e a integridade dos dados, como os HTTPS ou SSL, é outra medida importante – muitos sites, como o Facebook e geralmente os portais dos bancos ou de comércio eletrónico surgem desta forma por definição. Se queremos ser extra cautelosos, podemos ainda procurar um software VPN para proteger melhor a nossa rede de comunicações.

5. Correr o antivírus quando se chega a casa

Depois de chegar a casa, tirar uns minutos extra para correr um antivírus no computador é a chave para se ter a certeza de que não trazemos “surpresas” indesejadas das férias.

B!T

Espanha intensifica controlo de animais domésticos na fronteira para evitar raiva

slack12 / Flickr

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O governo e as autoridades competentes espanholas intensificaram as medidas de controlo de animais domésticos que cruzado as fronteiras da União Europeia, com os seus donos, durante as férias para evitar que animais infetados com raiva propaguem a doença.

Muitos viajantes desconhecem os requisitos que os animais devem cumprir e, em particular os cães e gatos, para voltarem a Espanha depois de uma estadia fora da União Europeia, o que levanta uma questão importante nos fins de semana desta altura do ano, com grande afluência de trânsito nas fronteiras.

Segundo dados da subdelegação do governo de Cadiz, são esperados cerca de 75.000 veículos vindos dos portos do Norte de África para esta província e da União Europeia, durante este fim de semana e o próximo.

Os animais domésticos podem chegar por avião, sendo que no aerporto de Madrid num dia de verão poderão chegar 15 animais domésticos por dia de países fora da União Europeia, os quais têm de passar por um apertado controlo para evitar a entrada de animais infetados com raiva, uma doença erradicada em termos gerais na União Europeia.

Em Espanha, é proibida a entrada de cães, gatos e furões com menos de três meses de vida.

As autoridades espanholas alertam que para evitar problemas, os animais devem ir ao veterinário e ter o boletim a informar que estão de perfeita saúde, estarem identificados por microchip e terem a vacina contra a raiva em dia no seu passaporte.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença da raiva, cujo contágio pode passar às pessoas, está presente em mais de 150 países e territórios e que por ano cerca de 55.000 pessoas morrem com esta doença, especialmente na Ásia e África, e na maioria dos casos os cães são a principal fonte de infeção.

/Lusa

Moradores das ruas da “movida” do Porto vão estacionar na Trindade

Ricardo Lêdo / FLickr

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Os moradores das ruas da zona da ‘movida’ da Baixa do Porto vão passar a poder estacionar gratuitamente no Parque da Trindade nas noites de fim de semana e vésperas de feriados, anunciou a autarquia.

A medida, que abrange o período entre as 20:00 e as 10:00, surge em resposta ao condicionamento de trânsito implementado na zona por um período experimental de quatro meses.

“Simultaneamente, o horário de interdição de circulação e estacionamento foi antecipado em duas horas, passando a vigorar desde as 20 horas e até às 4 horas da madrugada”, refere comunicado hoje divulgado.

No documento, a câmara do Porto recorda ter implementado “desde o dia 11 de julho, um conjunto de medidas que alargam a oferta de mobilidade na cidade do Porto e condicionam o trânsito automóvel na Rua das Carmelitas, Rua de Galeria de Paris, Rua Cândido dos Reis, Rua de Santa Teresa, Rua da Fábrica, Rua Conde de Vizela e Rua de Avis”.

Tal condicionamento, dizem, pretendeu melhorar “os níveis de segurança e tranquilidade daquela zona da baixa”, para além de “encorajar o uso do transporte público e avaliar a pedonalização definitiva e permanente de mais ruas no Centro Histórico do Porto”.

A autarquia informa ainda que os moradores das ruas interditadas podem aceder já sexta-feira ao estacionamento gratuito no Parque da Trindade, bastando para isso “que se façam acompanhar por prova de residência válida, como por exemplo um título de registo de propriedade, carta de condução, fatura de eletricidade ou da água que o comprovem”.

Na próxima semana, os moradores deverão “dirigir-se à União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, munidos do livrete do veículo e documentos comprovativos de residência nos arruamentos referidos para que a autorização de acesso gratuito ao Parque da Trindade se passe a efetuar de forma automática”.

Terça-feira a câmara do Porto admitiu fazer ajustes nos horários de interdição do trânsito na zona da movida da Baixa aos fins de semana, bem como encontrar soluções de estacionamento alternativas para os moradores.

A informação foi então avançada à Lusa após um incidente entre moradores e Polícia Municipal, relatado por correio eletrónico por um morador na rua da Fábrica, devido ao alegado reboque de viaturas dos moradores apesar de a sinalização indicar “exceção” para os mesmos.

/Lusa

Passe uma noite em Paris, pague o que quiser

Alfonso Jiménez / Flickr

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Que tal passar uma noite num quatro estrelas parisiense e pagar o que lhe parecer que é o “preço justo” pela estadia? É o que propõe a operação “pague o que quiser”, lançada por cinco hotéis da capital francesa.

A iniciativa, que estará em vigor até 10 de agosto, reúne hotéis de três e quatro estrelas situados nos 9° e 11° distritos de Paris, próximos, respectivamente, dos bairros da Ópera (Montmartre) e da Bastilha.

“A ideia é dar a palavra aos clientes e descobrir quanto eles querem pagar pelo produto oferecido”, disse à BBC Aldric Duval, que lançou a iniciativa.

Duval é proprietário do hotel La Tour d’Auvergne, um quatro estrelas que faz parte da cadeia Châteaux & Hôtels Collection de hotéis de charme em vários países.

O objetivo, segundo Duval, “é fazer com que os clientes reflitam sobre os serviços prestados e sobre a hotelaria em geral”.

“Pode ser difícil para os hóspedes entenderem os preços praticados. Os sites de viagens oferecem tarifas diferentes para o mesmo hotel. Isso dificulta que se saiba qual o preço de facto justo”, afirma Duval.

Os hotéis reservam um a dois quartos diariamente para a operação. A reserva deve ser obrigatoriamente feita no site Payez ce que vous voulez (Pague o que quiser).

A tarifa média do La Tour d’Auvergne, com 26 quartos, é de 180 euros. Os clientes que já se beneficiaram do sistema, lançado na segunda-feira, pagaram em média 140 euros, segundo o proprietário.

“Eu já sabia que as pessoas não iriam pagar o preço fixado”, diz ele, acrescentando esperar que “não haja abusos”.

“Não é uma operação de promoção e sim de preço justo, de confiança com a clientela“, ressalta.

Por esse motivo, a iniciativa não inclui hotéis mais modestos, com apenas uma ou duas estrelas, onde o turista procura os preços mais baratos possíveis.

Duval afirma que poderá reduzir as tarifas do seu hotel caso boa parte dos clientes pague menos do que os preços praticados.

Balanço

Esse tipo de iniciativa pode não ser vantajosa em termos financeiros caso os clientes decidam pagar bem menos do que os preços praticados, mas garante ampla publicidade às marcas e empresas.

Em 2007, a banda britânico Radiohead lançou uma campanha que permitia fazer o download pela internet do seu 7º álbum, Rainbows, sem indicar preço. Os fãs meteram a mão ao bolso e a iniciativa foi considerada bem sucedida.

Em 2009, o site francês de artigos de moda de luxo Brandalley colocou milhares de artigos à venda, deixando os clientes escolher os preços que queriam pagar, embora houvesse uma indicação de preços.

85% dos compradores pagaram apenas 1€ pelos produtos. Mas o site recolheu 45 mil novos utilizadores registados.

Duval diz que o hotel está a registar “muitas reservas” neste período, inclusivamente de clientes franceses que provavelmente leram notícias sobre o assunto.

“Provavelmente, repetiremos esta campanha no futuro”, conclui Aldric Duval.

ZAP / BBC

5 mosteiros onde podes passar noite

Viajar com pouco dinheiro não é tarefa simples, certamente que já dormiste demasiadas noites em estações de comboio e paragens de autocarro. Pois que chegou a hora de tornar as tuas noites mais serenas e dormir num sítio calmo, onde os anfitriões são hospitaleiros e os preços não te levam à falência.
Há imensos mosteiros por este mundo fora que aceitam tanto homens como mulheres e também não discriminam a religião dos visitantes. Lê a selecção do AEIOU e do momondo com atenção e descobre estas alternativas baratinhas para passar a noite.

Mosteiro Dragomirna, Bucovina, Roménia

Ainda não chegaste ao Mosteiro Dragomirna, cercado pelas suas muralhas, e já estarás a ouvir o choro catártico dos pavões.
Já dentro da fortaleza, a alta igreja Gótica da Descendência do Espírito Santo está decorada com elaborados frescos, mesmo ao lado do Mosteiro, o qual é baixinho e humilde, por comparação.
Peregrinos e turistas são bem-vindos de Maio a Outubro com quartos a cerca de 12 euros por noite. Um pechincha.

Abadia de Pluscarden, Elgin, Escócia

A Abadia de Pluscarden é o único mosteiro medieval que mantém o seu propósito original em todo o Reino Unido, pelo que constituí um santuário único.
Homens e mulheres são acomodados em diferentes zonas, e os quartos são cobrados na base da doação, embora com valores mínimos recomendados. Só assim se consegue garantir que a tradição deste antigo mosteiro se mantenha bem viva.

Mosteiro Kopan, arredores de Kathmandu, Nepal

Mosteiro budista a 4 000 metros de altitude, Kopan é uma serena comunidade de 360 monges que acolhe pessoas de fora até ao máximo de um mês. As aulas de meditação são bem famosas e as regras da casa incluem não matar, mentir ou roubar, como seria de esperar.
As camas na camarata custam menos de 2 euros por noite e os quartos privados 7 euros, mas não te esqueças de trazer o teu saco cama. Pode fazer falta.

Convento do Santo Ecce Homo, Jerusalém, Israel

Religiosos e ateus quem resiste a não fazer uma peregrinação à terra sagrada, sobretudo se houver a possibilidade de ficar a dormir num convento?
Situado perto da Porta de Damasco, nas muralhas da Cidade Velha, esta experiência única dá-te a possibilidade de ter vistas privilegiadas sobre a Cúpula da Rocha, ao mesmo tempo que ouves a musicalidade das orações.
Os hóspedes podem até conseguir alojamento sem pagar, basta estarem dispostos a trabalhar 30 horas por semana e receber os peregrinos calorosamente.

Mosteiro São Jorge Maior, Veneza, Itália

Alojamento de topo numa das maravilhosas ilhas de Veneza, não encontrarás melhor sitio para passar a noite que o Mosteiro de São Jorge Maior. Este pedaço paradisíaco de tranquilidade e paz recebe os estranhos com hospitalidade imoderada, independentemente do género ou inclinação religiosa.
Apenas cinco quartos de hóspedes estão disponíveis para reservar com antecedência, mas com sorte até terás uma varanda com vista para a Praça de São Marcos. Os hóspedes deverão pagar aquilo que podem mas lembra-te: nada de forretices que o Mais Poderoso estará de olho em ti!

AEIOU / momondo

Moda dos Hostels chega a Faro para acolher novos turistas

Há poucos anos contavam-se pelos dedos de uma mão os hostels localizados em Faro, mas o número tem vindo a crescer e aproxima-se agora de uma dezena, no que é considerado um boom local que atrai novos turistas.

Na Casa d’Alagoa, assumido como o primeiro destes estabelecimentos de alojamento a abrir em Faro, Diogo Perry, um dos gerentes, explica à Lusa que ao fim do primeiro ano, em 2011, já havia três na cidade, no que se veio a revelar rapidamente uma “moda”: “Neste momento, qualquer pessoa com um apartamento de três quartos já tem um hostel”.

Ainda assim, Nuno Fernandes, o outro sócio daquele espaço, sublinha que “é importante que haja outros hostels para dinamizar o destino”, acrescentando que este ano têm registado, no verão, uma taxa de ocupação “atípica”, de metade da de julho do ano passado, com as possíveis razões a irem do Campeonato Mundial de futebol à entrada da Ryanair em Lisboa.

Por seu lado, Jorge Guiomar, responsável pelo que é talvez o mais recente hostel da capital do Algarve, de nome FaroWay e aberto esta semana, realizou um estudo para analisar a ocupação turística local e apercebeu-se de “um aumento de turistas, que já não viram à esquerda na [Estrada Nacional] 125” em direção a Vilamoura, Albufeira ou Lagos.

O presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, sublinha a ideia de que os novos estabelecimentos têm “um público específico”, o que faz com que a existência de “quase uma dezena de hostels na cidade tenha trazido [a Faro] um determinado tipo de público, que é um público ótimo, jovem, com condições financeiras, que fica vários dias na cidade e traz retorno económico tanto para o hostel em si como para a economia do concelho”.

Nuno Fernandes refere que “o perfil do viajante de hostel é muito sensível ao preço“, mesmo que seja uma alteração entre os cinco e os 10 euros.

Luís Matoso, do Baixa-Portugal Terrace Hostel, assinalou em junho um ano de funcionamento e afirma à Lusa que “não fazia sentido o Algarve não ter o conceito de hostel desenvolvido a sério”.

De Loulé, mas com carreira feita em Lisboa, Luís Matoso responde sem dúvidas à pergunta sobre se o perfil do viajante de hostel continua a ser jovem e com poucos recursos financeiros: “Isso já não existe”, diz, antes de exemplificar que ainda há poucos dias tinha recebido três clientes do Porto com cerca de 70 anos, além de diversos casos de alemãs com mais de 60 anos, inglesas, entre outros.

Caso diferente é o de Francesco, italiano de Bari que decidiu abrir o Blablabla’ Faro em 2012 na companhia de Noelia, mas, devido a circunstâncias pessoais e conjunturais, afirma que o mais provável será encerrar em outubro.

Era um projeto de amor e o amor acabou”, diz Francesco à Lusa no terraço do hostel situado perto da estação de comboios, uma área que recebeu vários outros estabelecimentos, como o Hostel 33 ou o Sleepin Faro.

/Lusa

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