A Greenpeace disse esta quarta-feira que detetou “pontos quentes” de radiação perto do local partida do próximo lançamento da chama olímpica pelo Japão, escreve o jornal britânico The Guardian.
A organização ambientalista diz que detetou taxas de radiação de 1,7 microsieverts por hora a um metro de acima do solo nesta zona e ao nível do solo foram detetados “pontos quentes” de 71 microsieverts por hora, detalha a SIC Noticias.
De acordo com as normas de segurança do Japão, a taxa permitida é de 0,23 microsiervert por hora. Em Tóquio, a taxa normal ronda os 0,04 microsieverts por hora.
No geral, garante o Ministério do Ambiente do Japão, a zona é segura e as comunidades locais estão atentas até à abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, a 24 de julho.
O Executivo japonês pretende utilizar o evento olímpico para mostrar que a zona de Fukushima recuperou do desastre. A central nuclear, recorde-se, sofreu um grave acidente a 11 de março de 2011 depois de ser afetada por um terramoto de magnitude 9 e um tsunami, que terminou no desastre nuclear.
A Greenpeace, por sua vez, exige novas medições e mais esforços de limpeza, uma vez que as últimas investigações apontaram níveis elevados de radiação no complexo desportivo J-Village, localizado a cerca de 20 quilómetros da central nuclear destruída.
O site da J-Village tem um quadro com valores detetados na região, dando conta que à entrada do centro a taxa detetada, na passada quarta-feira, era 0,111 microsieverts.
A Greenpeace diz ainda que enviou as suas medições ao Governo japonês, bem como aos organizadores locais e internacionais dos Jogos Olímpicos.