A partir de 2020, a cidade de Amesterdão irá aumentar as suas já consideráveis taxas turísticas. Atualmente, todas as pernoitas incluem a taxa obrigatória de 7% do valor do alojamento. Com o novo aumento, nos hotéis cada turista terá de somar àquela percentagem o valor de três euros por noite e por pessoa.
Segundo noticiou o Público na quarta-feira, já nas estadias via AirBnb e similares, a percentagem subirá para 10%.
A taxa, aplicada apenas a viajantes com mais de 16 anos, é também válida noutros tipos de alojamentos, mas mais baixa, caso dos parques de campismo, em que o valor é de um euro. Também há uma taxa para os visitantes que chegam de barco (oito euros) ou para os passageiros de autocarros e barcos turísticos (0,66 por passageiro).
Os novos valores “deverão fazer com que Amesterdão, em média, tenha a taxa turística de pernoita mais elevada da Europa”, comentou à CNN Tim Fairhurst, da European Tourist Association, que reúne empresas turísticas que operam no continente e que tem analisado as taxas aplicadas em cada destino.
Já um porta-voz da autarquia de Amesterdão comentou que “os visitantes irão contribuir mais para os altos custos de manter a cidade limpa e segura, e para a manutenção do bom estado de pavimentos, cais, pontes e ruas”.
Por comparação às taxas turísticas de Amesterdão, em Portugal, nas cidades que aplicam a taxa de pernoita, esta varia entre um e dois euros; Roma cobra entre dois e sete euros por noite e por pessoa; Paris vai até a um máximo de cinco euros; Berlim cobra 5% do valor do alojamento e Dortmund sobe aos 7%.
Em Veneza o valor varia entre um e cinco euros, dependendo da época e tipologia (mas com planos para aumentar e passar a cobrar entre três e 10 euros a turistas que visitam mas não dormem na cidade); Barcelona cobra no máximo 2,25 euros (ou cinso euros, mas só em locais com casinos). Enquanto isso, grandes capitais como Madrid ou Londres (ainda) não aplicam a taxa turística.
Nos últimos anos, Amesterdão tem introduzido várias medidas restritivas para controlar o sobreturismo na cidade. Além de novas taxas, restringe os arrendamentos como o AirBnb, aplicou novas regras para visitas turísticas, como no caso do Red Light District, ou retirou mesmo da praça dos Museus o icónico sinal iamsterdam – paragem obrigatória para as ‘selfies’ dos turistas.