Tristão da Cunha é uma ilha com apenas 250 habitantes, onde ninguém fala português. Não há hotel nem aeroporto.
Há quem parta em busca de um lugar sossegado para evitar as grandes multidões turísticas. Caso esteja a considerar um lugar isolado, a ilha Tristão da Cunha, localizado no arquipélago de mesmo nome, no sul do Oceano Atlântico, em território ultramarino britânico, é o seu lugar.
Tristão da Cunha, onde também está a cidade mais isolada do mundo, foi descoberto em 1506 pelo navegador português com o mesmo nome, mas aqui ninguém fala português.
De acordo com a revista Volta ao Mundo, a ilha fica a meio caminho entre o Rio de Janeiro e a Cidade do Cabo (a 3340 quilómetros de um e a 2800 da outra). O pedaço de civilização mais próximo é Santa Helena, a ilha que serviu de prisão a Napoleão Bonaparte, 2400 quilómetros a norte.
Foi descoberta em 1506 mas, de acordo com o jornal britânico The Telegraph, só se tornou habitável em 1700, quase 200 anos depois de ter sido descoberta por Tristão da Cunha, quando três caçadores de baleias americanos lá atracaram.
A ilha Tristão da Cunha é uma ilha vulcânica ainda ativa, com 246 habitantes e várias espécies raras de animais. É considerada a ilha mais remota do mundo pelo Guiness.
Apesar de estar isolada, a ilha é autossuficiente. Tem duas igrejas – uma anglicana e outra católica -, um posto de correios, um museu, lojas, bares, restaurantes, cafés, uma piscina, casas de banho públicas, discotecas, transportes públicos, um supermercado e alojamento. O idioma falado é o inglês, misturado com vários dialetos locais bastante distintos, que derivam de diversas línguas como o escocês, o sul-fricano, o alemão e o italiano.
A capital, Edimburgo dos Sete Mares, alberga toda a população, incluindo um polícia, um médico e cinco enfermeiros. Não há propriedade privada, todos participam no trabalho agrícola e a maior fonte de rendimento da pequena economia local é a pesca de lagostins e a venda de selos
Atualmente, a única forma de se chegar à ilha Tristão da Cunha continua a ser de barco, partindo da Cidade do Cabo, na África do Sul.
Mas nem toda a gente pode visitar a ilha. Para isso, é preciso fazer uma reserva, esperar que seja aceite pelo Administrador e pelo Conselho da Ilha e pagar.