O Egito “abriu as portas” dos seus túmulos, que agora podem ser visitados virtualmente. Entre os monumentos arqueológicos estão o túmulo da Rainha Meresankh III e o Mosteiro Vermelho do século IV.
Os passeios em 3D mostram os locais antigos do Egito com detalhes impressionantes, permitindo que os espetadores “percorram” diferentes partes das ruínas. Funciona como a navegação no Google Street View.
O Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito começou a publicar os passeios online na semana passada, como uma forma de os partilhar com pessoas que estão em casa para ajudar a “achatar a curva” durante a pandemia de covid-19, anunciou o ministério num comunicado no Facebook.
Até à data, de acordo com o LiveScience, há quatro lugares disponíveis para a visita 3D. O primeiro é o Túmulo de Menna, “um dos mais visitados e mais bem preservados” dos túmulos de elite da 18ª Dinastia (1549 a.C a 1292 a.C. A tumba, localizada na necrópole de Theban (atual Luxor), é conhecida pelas suas pinturas bem preservadas.
Pouco se sabe sobre Menna, mas o seu túmulo oferece algumas pistas sobre a sua vida na elite do Egito. Os títulos encontrados na sepultura sugerem que era um escriba e que supervisionava os campos do faraó e o templo de Amon-Re, uma forma do deus do Sol.
A esposa de Menna, Henuttawy, aparece em quase todas as cenas da capela da tumba. Uma das cenas mostra o coração de Menna a ser pesado contra uma pena na frente de Osíris, o deus egípcio da vida após a morte.
O túmulo da rainha Meresankh III também está disponível para visita. A rainha era neta do faraó Khufu, que provavelmente encomendou a Grande Pirâmide de Gizé. O túmulo mostra cenas esculpidas e pintadas da rainha Meresankh III e da família real, além de servas, artesãos e padres funerários.
Os outros passeios mostram o Mosteiro Vermelho, um mosteiro copta ortodoxo conhecido pelas suas paredes de tijolo vermelho, e a Mesquita-Madrassa medieval do sultão Barquq, construída no final do século XIV.
Os passeios virtuais “permitem que as pessoas em todo o mundo desfrutem da civilização antiga durante o confinamento em casa”.