Quinta-feira, Maio 8, 2025
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McDonald’s rejeita “não” de Florença e pede 18 milhões por não poder abrir restaurante

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Réplica da estátua de David, de Miguel Angelo, na Piazza della Signoria, em Florença. A original está na Accademia Gallery, e está em perigo.

O McDonald’s não aceita o não da Câmara de Florença, que não lhe dá autorização para a abertura de um restaurante na cidade italiana, e vai processar a autarquia, reclamando uma indemnização de 18 milhões de euros por discriminação.

O desaguisado entre o McDonald’s e a autarquia de Florença começou em Junho passado, quando o presidente da Câmara Dario Nardella rejeitou o projecto da empresa norte-americana para abrir um restaurante na Piazza del Duomo, uma das praças mais centrais e marcantes da cidade.

A decisão foi depois apoiada por uma comissão técnica que tem como missão a preservação do coração histórico de Florença, uma das mais turísticas de Itália e particularmente apreciada pela sua arquitectura gótica e renascentista.

O McDonald’s ainda alterou o projecto, com o intuito de ir ao encontro das exigências da autarquia, mas nada feito.

A Câmara mantém o não e a empresa avança assim com um processo, onde reclama uma indemnização de 17,8 milhões de euros por danos que prevê perder nos próximos 18 anos, por não poder abrir o restaurante.

A gigante da fast-food argumenta que está a ser discriminada e refere que tinha planeado “operar respeitosamente perante as políticas locais, até aceitando introduzir produtos locais típicos” na sua oferta de venda, conforme uma nota divulgada pela BBC.

“Concordamos por completo que a herança cultural e artística e os centros históricos das cidades italianas têm que ser protegidos e garantidos, bem como as tradições e as pequenas lojas históricas, mas não podemos aceitar regulações discriminatórias que lesam a liberdade da iniciativa privada sem serem vantajosas para ninguém”, afiança ainda a McDonald’s, segundo transcrição da BBC.

Mas nada vai fazer mudar de ideias o irredutível autarca Dario Nardella que já vincou bem a sua posição.

“O McDonald’s tem o direito de submeter um pedido porque é permitido pela lei, mas nós também temos o direito de dizer não“, destaca o presidente da Câmara de Florença.

ZAP

A maior onda do mundo atrai turistas à Nazaré há cinco anos

(dr) Tó Mané

A 1 de novembro de 2011, Garrett McNamara bateu pela primeira vez o recorde da maior onda surfada, na Nazaré, com esta onda.

A 1 de novembro de 2011, Garrett McNamara bateu pela primeira vez o recorde da maior onda surfada, na Nazaré, com esta onda.

A onda que há cinco anos valeu a Garrett McNamara um recorde do mundo e consagrou a Nazaré como destino de ondas gigantes atrai cada vez mais turistas à vila onde o surf faz crescer a economia.

A maior onda do Mundo “sempre lá esteve”, lembra Garrett McNamara, mas foi ele que a 01 de novembro de 2011, faz hoje 5 anos, a mostrou ao mundo, surfando na Praia do Norte uma onda de cerca de 30 metros. A proeza foi difundida pelas cadeias CNN e BBC, tornando a Nazaré conhecida mundialmente.

A hospitalidade, não só dos nazarenos como dos portugueses em geral, a comida, o clima ameno e o “efeito dominó”, fizeram o resto, diz o surfista, que não esconde o “orgulho e a honra” de estar ligado ao fenómeno que “tornou a Nazaré o destino de ondas grandes número um da Europa” e que acredita poder transformar a vila no principal destino mundial deste tipo de turismo.

A notoriedade gerada pela onda leva mesmo o surfista a apelidá-la de “monstro de Loch Ness de Portugal“, numa alusão ao monstro mítico associado a um lago da Escócia, só que, neste caso, “real” e atraindo “toda a gente para o ver”.

Walter Chicharro, presidente da Câmara Municipal da Nazaré, reconhece na onda “um ativo” que nos últimos cinco anos trouxe não só reconhecimento mediático, atraindo surfistas de todo o mundo durante a temporada de ondas grandes, como “impactos económicos visíveis”.

A hotelaria alcança atualmente, no inverno, “uma faturação 50% acima do normal”, tal como a restauração, que regista uma subida entre os “20% e os 50%”, atraindo uma clientela “que gasta mais dinheiro”, revelou o presidente da autarquia, cuja faturação de água e recolha de resíduos aumentou “também cerca de 30%”.

O aumento dos turistas é igualmente visível no ascensor – de ligação entre a Nazaré e o Sítio – que, “em 2013, transportou cerca de 600 mil passageiros e, em 2015, chegou aos 840 mil”. Até setembro deste ano registou “805 mil passageiros”.

O farol, sede dos projetos ligados às ondas, registou o ano passado 125 mil visitantes, número que a Câmara não tem dúvidas de que será ultrapassado este ano, podendo atingir “os 200 mil pagantes”.

 

A marca “Praia do Norte”, que comercializa produtos ligados ao marketing das ondas e do surf, atingiu vendas na ordem dos 30 mil euros e, estima Walter Chicharro, ” tem potencial para, a muito breve prazo, chegar aos 100 a 150 mil euros de vendas anuais”.

Este dinamismo económico é confirmado por comerciantes locais, como Isabel Maria, vendedora de frutos secos no Sítio da Nazaré, que reconhece “o boom” [de visitantes] que a onda e McNamara trouxeram.

O verão, “foi muito bom para o negócio”, mas o outono, desde que abriu a temporada de ondas grandes, não lhe fica atrás, afirma Isabel Maria, satisfeita por o mês de outubro parecer “agosto”, com a Nazaré “cheia de estrangeiros”.

Para Rosário Pombinha, a Nazaré “subiu ao auge” e nem num dia em que as “ondas” puxaram mais público do que clientes deixa de demonstrar satisfação por estarem no lugar “14 motas de água e surfistas”, deixando o acesso à Praia do Norte sem lugar “para se estacionar”, tal o número de espetadores.

Nada que espante Maria Vítor, habituada a receber clientes vindos propositadamente para ver o que considera ser “um espetáculo da natureza, inacreditável e lindo”.

Enquanto no restaurante da família almoçam, a meio da tarde, jovens de Viseu, da margem Sul do Tejo e um siciliano, que atestam terem ido “ver a onda”, Maria Vítor recorda que, como proprietária de um alojamento local, já no dia anterior recebeu, “às duas da manhã, clientes de Sintra, com amigos da República Checa“.

Estes são sinais de que a Nazaré “está bastante melhor, derivado ao surf”, conclui.

// Lusa



Depois dos britânicos e franceses, os italianos “descobrem” o Algarve para viver

ronsaunders47 / Flickr

Vilamoura, Algarve

Vilamoura, Algarve

Depois dos britânicos, nórdicos e franceses, regista-se agora uma vaga de turistas italianos que estão a instalar-se no Algarve para viver parte do ano, sobretudo em Olhão, atraídos pelos benefícios fiscais, proximidade cultural e segurança.

“Está a ver esta praça? Já não é a praça da Restauração, agora é a praça dos Italianos”, graceja a italiana Marina Nagy, que se mudou para o Algarve há 14 meses, aludindo à quantidade de conterrâneos que por ali circulam diariamente, entrando e saindo de uma agência especializada no mercado italiano que abriu há dois anos, em Olhão.

Este é um dos locais mais procurados pelos italianos no Algarve – a par de Tavira, Vilamoura, Vila Real de Santo António, Lagos e Faro -, sobretudo reformados que querem mudar-se para a região e passar a receber o valor bruto das suas reformas, escapando aos pesados impostos em Itália, durante dez anos, tendo, para isso, de cumprir determinados requisitos.

A possibilidade de viver uma reforma “dourada” foi um dos fatores que atraiu ao Algarve o italiano Catello Deiudecibus, de 69 anos, residente em Olhão desde março e que admitiu à Lusa receber, em Portugal, o dobro do valor que receberia em Itália pela sua reforma como gerente de uma empresa de telecomunicações.

“Portugal tem a vantagem de fazer parte da União Europeia, não há problemas relacionados com a alfândega, é um país tranquilo e cheio de pessoas muito educadas e respeitosas”, contou à Lusa num português quase perfeito, fruto dos anos que trabalhou no Brasil.

Atento à “descoberta” de Portugal por parte dos italianos, Rosario Fazio, natural da Sicília, abriu há dois anos no centro de Olhão uma agência que presta assistência e informação aos cidadãos que queiram transferir-se para o país.

Segundo o empresário, alguns dos seus clientes estão a escolher Portugal para “fugir” de países como a Tunísia e a Bulgária, para onde se mudaram muitos cidadãos italianos nos últimos anos, embora a grande maioria esteja a chegar diretamente de Itália, a um ritmo diário.

Natural de Piacenza, Marina Nagy é uma das clientes que, antes de viver no Algarve, esteve durante um ano na Tunísia, com o marido, mas acabou por desistir da experiência, devido à crise política e aos atentados terroristas.

Portugal é uma surpresa para mim, porque ninguém conhece Portugal em Itália!”, exclamou a tradutora, estimando que, atualmente, estejam a residir no concelho de Olhão aproximadamente 200 famílias italianas.

Segundo Rosario Fazio, a maioria está mais interessada em arrendar casa, mas, no último ano, pelo menos vinte dos seus clientes compraram casa no Algarve, preferencialmente apartamentos, já equipados, numa lógica de “chave na mão”.

A tendência, que se intensificou no último ano, é comprovada pela abertura de várias agências no Algarve que prestam informação e assistência aos cidadãos italianos e cujos responsáveis dizem já não ter mãos a medir perante as solicitações.

“Antes deste fenómeno, que começou há cerca de um ano, havia entre 400 a 600 italianos a residirem no Algarve. Agora deverão ser milhares”, estimou à Lusa Michela Meola, que diariamente recebe pedidos de informação, não só de reformados, mas também de pequenos empreendedores.

Gerente de uma empresa que presta assistência aos italianos que queiram transferir-se para Portugal, a empresária, natural de Veneza, a viver no Algarve há cinco anos, explicou que algumas pessoas estão a optar por Lisboa, não só pela dimensão da cidade, como pelo facto de não haver voos diretos para Itália a partir de Faro.

Atento a este fenómeno, o presidente da Câmara de Olhão, António Pina, disse à agência Lusa que a autarquia está a preparar a criação de um Gabinete de Turismo, que deverá ser uma realidade já em 2017.

“Com o crescimento do turismo em Olhão, a Câmara sentiu necessidade de proporcionar aos visitantes, de passagem ou futuros proprietários, um gabinete de apoio, bem como iniciar uma estratégia de divulgação da cidade e apostando em parcerias com os empresários do concelho”, concluiu.

Bom Dia

Cidade italiana inaugurou uma fonte permanente (e grátis) de vinho tinto

Uma quinta vitivinícola na cidade de Abruzzo, em Itália, acaba de inaugurar uma fonte de vinho pública que, para além de estar aberta 24h por dia, também é gratuita.

A fonte foi inaugurada pelos proprietários da vinha Dora Sarchese, e pretende saciar a sede dos peregrinos que percorrem a famosa rota “Cammino di San Tommaso“.

Milhares de turistas partem de Roma para Caldari di Ortona, em Abruzzo, todos os anos, para visitar a catedral onde estão os restos mortais do discípulo Tomás, segundo o Telegraph.

A nova “fontana del vino” tem o formato de um barril, com aproximadamente três metros de diâmetro, e tem uma torneira para que as pessoas possam recolher todo vinho que quiserem.

Os criadores da fonte destacam que a iniciativa é uma forma de dar boas vindas aos visitantes – mas salientam que não é local para “bêbados” ou “arruaceiros”.

Este projeto foi realizado com a organização sem fins lucrativos que mantém a rota de peregrinação e inspira-se na Fuente del Vino de Bodegas Irache, que pode ser encontrada ao longo da rota de peregrinação espanhola, Caminho de Santiago, mas onde o vinho é pago.

Entretanto, se algum dia decidir viajar até Itália e percorrer o “Cammino di San Tommaso”, já sabe onde pode matar a sede – e sem qualquer gasto.

BZR, ZAP

Governo prepara seguro de responsabilidade civil para alojamento local

Estela Silva / Lusa

Um casal de turistas observa a montra da Porto Gift, uma das muitas lojas de lembranças que surgiram no Porto com o aumento de visitantes

Um casal de turistas observa a montra da Porto Gift, uma das muitas lojas de lembranças que surgiram no Porto com o aumento de visitantes

A secretária de Estado do Turismo quer fazer “ajustes” ao regulamento do alojamento local, no que diz respeito à segurança e à higiene.

Ana Mendes Godinho quer criar um seguro de responsabilidade civil, até ao final do ano, de forma a controlar os requisitos de segurança dos alojamentos e a garantir melhores condições de higiene.

“Este tipo de unidades deve ter um seguro de responsabilidade civil para a proteção de todos – do proprietário, dos restantes condóminos e do turista. Ao mesmo tempo é uma forma de controlar os próprios requisitos de segurança das unidades”, referiu a secretária de Estado do Turismo, citada pela TSF.

A governante salientou ainda que “deixou de ser obrigatória a placa do alojamento local e isto, em termos de consumidor, não faz sentido“.

No entanto, apesar das incongruências na lei, Ana Mendes Godinho garante que Lisboa “está a anos-luz” de Barcelona no que diz respeito a constrangimentos provocados pelo turismo.

O Governo vai ainda lançar uma campanha de sensibilização em Inglaterra para diminuir eventuais consequências da saída do Reino Unido da União Europeia, no turismo português.

“Acho que ninguém pode pôr a cabeça na areia e fingir que isto não está a acontecer”, afirmou a secretária de Estado.

Com a campanha de sensibilização, Ana Mendes Godinho pretende que os ingleses saibam que estarão sempre seguros em Portugal e que “faremos tudo para que as relações se mantenham”.

Segundo o Público, o Governo está a analisar outra medida, que pretende equiparar o regime fiscal aplicado ao alojamento local, ao regime que é aplicado ao arrendamento “normal” – para habitação permanente ou comércio.

BZR, ZAP

Portugueses escaparam ilesos a explosão de barco na Indonésia

Gede Anta / EPA

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Explosão num barco turístico na ilha de Bali, na Indonésia, provocou dois mortos e vários feridos. Quatro turistas de nacionalidade portuguesa conseguiram escapar ilesos.

Duas pessoas morreram e mais de uma dezena ficaram feridas esta quinta-feira, na sequência da explosão do motor de um barco turístico na ilha de Bali, Indonésia.

O chefe da polícia do distrito de Karang Asem, Sugeng Sudarso, disse à AFP que a “explosão teve lugar cinco minutos depois de o barco partir”.

O barco, que fazia a ligação para as ilhas Gili, transportava 35 passageiros, todos turistas, e quatro membros da tripulação.

Uma das vítimas mortais é uma mulher que sucumbiu aos ferimentos na cabeça, não se sabendo ainda a sua nacionalidade.

Inicialmente, a polícia local informou haver turistas portugueses entre os feridos, bem como da Alemanha, Grã-Bretanha, Austrália e Coreia do Sul.

A secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas afirmou, porém, que o casal “não está ferido” e que já tinha regressado a Bali.

Mais tarde, em declarações ao Diário de Notícias, o assessor Vítor Pinto confirmou, afinal, a existência de quatro portugueses a bordo, mas nenhum sem ferimentos.

De acordo com a mesma fonte, os portugueses manifestaram a intenção de encurtar as férias e regressar a Portugal.

ZAP / Lusa

Passadiços do Paiva vencem “Óscar do Turismo” na Europa

Os Passadiços do Paiva foram esta noite um dos premiados da edição de 2016 dos World Travel Awards, considerados os Óscares do Turismo a nível mundial, e que distinguiram o projeto de Arouca como o mais inovador da Europa.

Inaugurado em junho de 2015, os Passadiços do Paiva vieram permitir a visita a áreas de escarpa antes intocadas pela presença humana.

O percurso pedonal, que se estende por oito quilómetros ao longo das margens do Rio Paiva, venceu esta noite na Sardenha, em Itália, a categoria de Projeto de Desenvolvimento Turístico Líder na Europa.

Para Margarida Belém, vice-presidente da Câmara Municipal de Arouca, a distinção de hoje é “o corolário de uma estratégia bem sustentada, em que a autarquia e o Geopark tiveram a coragem de apostar”.

A autarca defende que os Passadiços do Paiva deram a conhecer ao público “um recurso até há pouco tempo inacessível e passaram a assumir-se como o polo aglutinador de uma oferta turística de relevância mundial, ligada aos recursos naturais”.

Os World Travel Awards foram instituídos em 1993 e propõem-se distinguir os melhores projetos mundiais no âmbito do Turismo, conferindo aos premiados um selo de qualidade que tem como objetivo elevar os standards do setor.

A lista de candidatos à 23.ª edição da iniciativa incluía centenas de candidatos distribuídos por diferentes categorias de competição: Tecnologias de Viagem, África, Ásia, Australásia, América Central, América do Norte, América do Sul, Caraíbas, Europa, Médio Oriente e Oceano Índico.

A escolha dos premiados resultou de uma votação online que decorreu entre 7 de março e 17 de julho, envolvendo público em geral e profissionais do setor.

Na categoria de Projeto de Desenvolvimento Turístico Líder na Europa, os Passadiços do Paiva competiam com o resort de luxo sustentável Costa Navarino, na Grécia, e com o Teh20 – Trail de Bydgoszcz de Água, Indústria e Artesanato, na Polónia.

“O prémio que recebemos representa uma responsabilidade acrescida, obrigando a que continuemos com esta dinâmica de dar a conhecer os nossos recursos naturais”, afirma Margarida Belém.

A autarca antecipa que os Passadiços deverão agora obter ainda maior visibilidade, na sequência do reconhecimento obtido com o World Travel Award.

O prémio traduz-se em promoção junto dos mercados e teremos que ser capaz de a capitalizar, para garantir uma procura constante ao longo de todo o ano e reduzir a sazonalidade no território “, anuncia.

Quanto ao facto de os Passadiços já duas vezes terem sido parcialmente destruídos por incêndios desde a sua abertura em 2015, a autarca admite que essa é uma questão sensível num território essencialmente florestal.

A ocorrência mais recente verificou-se em agosto deste ano, quando o incêndio local que chegou a ser combatido por mais de 900 bombeiros fez arder cerca de 700 metros da estrutura em madeira, após o que o percurso reabriu ao público em apenas metade da sua extensão habitual.

/Lusa

Síria quer atrair turistas em plena guerra civil

O Ministério do Turismo da Síria lançou na quarta-feira, no YouTube, um vídeo promocional que tem o propósito atrair turistas para o país que tem sido devastado por uma guerra civil, desde há cinco anos.

No vídeo promocional de 1m43s é exibida uma praia cheia de pessoas, jardins verdes com palmeiras, prédios modernos e bairros tranquilos.

Acompanhado por uma música eletrónica animada, o vídeo termina com a mensagem “Syria, always beautiful” (“Síria, sempre bonita”) e já foi visto mais de 200 mil vezes.

Segundo o USA Today, a praia que aparece no vídeo está localizada em Tartus, uma das cidades que foram atacadas pelo Estado Islâmico em maio – o que provocou a morte de mais de 140 pessoas.

A Lonely Planet, a maior editora de guias de viagem do Mundo, refere que a Síria é um dos locais mais perigosos do planeta e não aconselha qualquer visita ao país.

“Para sermos claros, não pode ir. E se for possível, não deve”, destaca.

A Síria era vista como um destino turístico popular devido à riqueza do seu património histórico, mas, desde que a guerra civil começou, em 2011 – causando mais de 470 mil mortos e cerca de 4,8 milhões de refugiados – o turismo diminuiu drasticamente.

No entanto, um comunicado publicado na página oficial do Ministério do Turismo da Síria no Facebook afirma que, no último ano, o número de turistas no país aumentou 30%.

BZR, ZAP

Um local nos Açores é “o mais belo do mundo” para férias

Situada num local remoto e de difícil acesso da ilha de São Jorge, nos Açores, a Fajã da Caldeira de Santo Cristo foi considerada pela National Geographic Traveller “o local mais belo do mundo para férias”.

Depois desta distinção, o local passou a integrar programas de empresas que apostam no turismo alternativo.

Não é fácil chegar à Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Quem viaja a partir do continente deve embarcar num avião para a ilha Terceira, nos Açores e depois continuar de barco até S. Jorge.

Mas o esforço compensa. Quem o diz adianta que durante o último troço da viagem, feito por mar, com sorte até se podem avistar golfinhos.

Neste fim do mundo quase não se passa nada. É a natureza que faz as honras da casa, dividida entre o verde da ilha e as ondas exuberantes do Atlântico.

Quem gosta de surf encontra aqui um dos spots mais estimulantes.

Houve até já um surfista que se estabeleceu no local como empresário de turismo alternativo, oferecendo um programa que inclui percursos de trekking pelas montanhas, surf e até yoga.

As poucas casas da aldeia têm vindo a ser recuperadas, pelo que tudo no local parece harmonioso.

Depois de a National Geographic Traveller ter descoberto a Fajã da Caldeira de Santo Cristo, o movimento turístico aumentou. Mas nada que perturbe ainda o sossego de quem quiser durante uns dias perder-se num paraíso distante do mundo.

Bom Dia

Críticas à CP levam operadoras do Douro a trocar comboio por autocarros

Três operadoras turísticas do Douro substituíram o comboio por autocarros como meio de transporte complementar ao barco, após críticas ao “mau serviço” prestado pela CP que poderá perder 30.000 passageiros até outubro.

A tomada de posição das operadoras Barcadouro, Rota Ouro do Douro e Tomaz do Douro aconteceu depois de muitas queixas por parte dos clientes que tinham que viajar de pé, apinhados e em carruagens sem ar condicionado.

Matilde Costa, da Barcadouro, disse à Lusa que, só neste fim de semana, seriam 1.172 pessoas, distribuídas por vários percursos das três empresas, que iriam utilizar o comboio, como meio complementar à viagem de barco.

A responsável referiu, entre 20 de agosto e 9 de outubro de 2016, o transporte de comboio previsto nos programas está a ser substituído por autocarros, mas ressalvou que, pontualmente, poderão utilizar os comboios – se a CP, entretanto, garantir o transporte dos clientes.

Estas empresas fornecem viagens de umas horas a um dia, que podem partir do Porto, do Peso da Régua, Pinhão ou Barca de Alva, e o pacote proporcionava a viagem de regresso de comboio.

Até outubro, a estimativa das empresas ronda aproximadamente os 30.000 turistas que poderão deixar de usar a linha ferroviária do Douro.

Matilde Costa salientou que a problemática com a CP não é recente, mas salientou que este ano “tem sido muito, muito complicado“, um ano em que, acrescentou, as empresas estão a ter maior procura, tal como a própria CP – Comboios de Portugal”.

“Gostávamos muito que esta situação ficasse resolvida o mais rapidamente possível, até porque os clientes preferem o comboio, a paisagem é muito mais bonita e o comboio é algo que está enraizado em nós, no nosso imaginário infantil”, salientou.

No sábado, nos cais da Régua ou do Pinhão, foram muitos os turistas que desceram dos barcos e apanharam o autocarro.

Um grupo de quatro brasileiros subiu desde o Porto até ao Pinhão e garantiu à Lusa que preferiam regressar ao Porto de comboio em vez de autocarro.

A viagem de barco foi magnífica, a paisagem é maravilhosa e sim, o regresso de comboio, seria muito mais bonito”, sustentou Celso Machado, um brasileiro filho de portugueses que repetiu a viagem pelo Douro.

Matilde Costa disse ainda que a “logística dos autocarros também não está a ser fácil” para as empresas, que têm agora que garantir autocarros para os quais os “fornecedores habituais não estavam preparados”.

“Tínhamos o trabalho organizado de determinada forma e agora tivemos que alterar, mas atingimos o ponto de não retorno“, frisou.

Estas três empresas representam cerca de 85% dos cruzeiros de um dia no rio Douro. A maior parte dos seus clientes é de nacionalidade portuguesa (90%).

O alerta das empresas foi lançado na semanada passada.

As operadoras queixaram-se de “ligações suprimidas em cima da hora, sobrelotação das carruagens, faltas de manutenção e avarias recorrentes do material circulante, falhas nos sistemas de ar condicionado, carruagens grafitadas (vidros incluídos) e o recurso reiterado a autocarros que fazem por via terrestre o percurso que milhares de turistas antecipadamente escolheram fazer por ferrovia”.

A CP já reconheceu que está a ter dificuldades em responder “aos crescimentos brutais” da procura na linha do Douro porque “a capacidade não é ilimitada” e adiantou que está a tentar encontrar soluções com a tutela.

Segundo dados da transportadora, no mês de junho, na linha do Douro, o transporte de grupos aumentou 73%, o que corresponde a mais 8.314 viagens realizadas, num total de 19.629 passageiros transportados em grupos nesse mês.

/Lusa

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