Segunda-feira, Abril 28, 2025
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Na Islândia, não há McDonalds. Último hambúrguer tem 10 anos e é peça de museu

(dr) Snotra House

A última loja da McDonalds encerrou na Islândia, em 2009. Nessa altura, Hjörtur Smárason comprou um hambúrguer, acompanhado pelo respetivo pacote de batatas fritas. Mas não o comeu. 

Tanto o hambúrguer como o pacote de batatas fritas têm estado guardado nas embalagens originais e não apresenta sinais de decomposição. Encontram-se expostos e tem direito a transmissão em direto.

“Ouvi algo sobre [os produtos] da McDonald’s nunca entrarem em decomposição, por isso queria descobrir se isso era verdade ou não”, explicou Smárason, de acordo com a BBC. Depois de ter guardado o hambúrguer na garagem durante três anos, doou-o ao Museu Nacional da Islândia.

Foi só depois de um especialista dinamarquês ter dito à equipa do museu que não era possível preservar algo do género que este foi levado para uma estalagem dos amigos do homem que decidiu comprar o último hambúrguer do último McDonald’s do país.

Na semana passada, fez 10 anos desde que a refeição foi comprada. Hoje, ainda está num hostel islandês, o Snotra House. “Ainda está lá, sentindo-se muito bem. Na verdade, ainda parece muito bom”, disse o proprietário da pousada, Siggi Sigurdur. “É uma coisa divertida, é claro, mas faz pensar no que estamos a comer. Não há mofo, é apenas o embrulho de papel que parece velho”.

De acordo com o hostel, pessoas de todo o mundo visitam o hambúrguer e o site recebe até 400 mil visitas por dia.

Smarason não é primeira pessoa a fazer uma experiência deste género com comida do McDonald’s. Karen Hanrahan comprou um hambúrguer em 1996 e, 14 anos depois, disse que não parecia diferente. Em 2010, a fotógrafa Sally Davies comprou um Happy Meal e tirou uma foto diariamente por seis meses. Segundo ela, não apodrecia, não cheirava mal nem desenvolvia larvas.

Em 2013, a McDonald’s disse mesmo que “no ambiente certo, os nossos hambúrgueres, como a maioria dos outros alimentos, poderiam decompor-se”, mas que, sem a humidade do ambiente, era “improvável que ficasse com mofo ou bactérias ou se decompusessem”.

ZAP //



A Finlândia criou o Zerobnb para desafiar o Airbnb a promover casas sustentáveis

A Zerobnb passou o ano de 2018 a incentivar o popular site Airbnb a incluir uma categoria de opções ecológicas. Entretanto, está a organizar a sua própria lista como parte de uma iniciativa maior.

As pessoas que desenvolveram Zerobnb são as mesmas por trás da Nolla Cabin, uma casa com estrutura em A, batizada com a palavra finlandesa para “zero” e construída com materiais sustentáveis, como madeira e pinho local, de acordo com a revista Dezeen. A Zerobnb foi criada pela Neste e inspirada pela iniciativa Think Sustainably.

Think Sustainably é um serviço desenvolvido em Helsínquia, na Finlândia, que ajuda as pessoas a escolheres formas de viver mais sustentáveis. O serviço filtra o conteúdo do site de marketing da cidade para sugerir serviços locais sustentáveis, como restaurantes, lojas, pontos turísticos, eventos e lugares para ficar.

“Como o Nolla Cabin foi um enorme sucesso tanto para o Airbnb como para o Neste, foi uma evolução natural combinar os conceitos por trás do Nolla Cabin e o serviço Think Sustainably”, disse Tia Hallanoro, diretora da Helsinki Marketing, de acordo com o Adweek. “O resultado foi Zerobnb”.

Os esforços fazem parte de uma iniciativa da Think Sustainably para que a cidade de Helsínquia se torne completamente neutra em carbono até 2035.

O Zerobnb tem uma aparência semelhante ao Airbnb e inclui exemplos de casas sustentáveis ​​do serviço. O alojamento dos EUA listado em Zerobnb inclui uma casa ecológica em Portland, Oregon; uma casa na árvore em Fernwood, Idaho; e uma “sala de terra” em Sante Fe, Novo México.

As pessoas podem enviar as suas próprias listas sustentáveis ​​para o Zerobnb. “Talvez a sua casa seja autossuficiente com painéis solares ou você tenha uma estação de reciclagem de ponta – ainda não precisa de ter emissões zero“, de acordo com o site Zerobnb. “O mais importante é que esteja a tomar medidas para um futuro com zero emissões”.

O Zerobnb foi criado no Dia Internacional da Ação Climática, comemorado ao dia 24 de outubro. Hallanoro diz que o lançamento original foi feito para atrair o interesse do Airbnb e lançar a iniciativa Think Sustainably.

Para já, a Airbnb ainda não respondeu ao desafio publicamente, de acordo com a revista Forbes. Segundo Hallarno, “o site funcionou e ajudou a facilitar as discussões com o Airbnb. Ainda estamos a discutir ativamente com o Airbnb e atualmente a partilhar novas ideias, com o objetivo de vincular o conceito geral do Zerobnb ao Think Sustainably”.

A Zerobnb diz no seu site que apenas quer que o Airbnb adicione uma nova categoria para opções de casas sustentáveis. “Depois disso, podemos livrar-nos do Zerobnb.”

ZAP //



TAP muda refeições e classe económica fica reduzida a “snacks”

Profilbesitzer / Flickr

A partir de 27 de outubro, o tipo de assentos não será a única diferença entre a classe executiva e a classe económica dos voos da TAP. Este mês, as refeições servidas a bordo também serão distintas.

Por agora, os voos de médio curso da transportadora aérea portuguesa operados em aviões da Airbus, como pelos países da Europa, têm direito a uma refeição composta de wrap, queijo, bolachas – ou elementos de pastelaria e padaria portuguesa – e o serviço completo de bebidas.

A TAP vai dividir a classe económica em dois: a classe “economy” e a “economyXtra” – a primeira estará nos assentos verdes, a segunda nos vermelhos. Aí, além da distinção entre a qualidade dos assentos, passará a haver diferença nas refeições, como se depreende da nota que a empresa liderada por Antonoaldo Neves emitiu esta terça-feira, citada pelo semanário Expresso.

Os assentos verdes, em cadeiras não reclináveis, sem encosto de cabeça ajustável e sem suporte para tablet, só darão direito a um “snack” (batata frita e/ou pastel de nata) e a bebidas (vinhos, refrigerantes, café, água ou sumo).

Já os assentos vermelhos, que dispõem daquelas comodidades e ainda uma tomada elétrica e de USB, com espaço extra para as pernas, terão direito a comida quente nas refeições principais em voos de duração superior a 1h45.

Na classe EconomyXtra, haverá diferença consoante a duração do voo. Os mais curtos, terão um conjunto entre wraps, frutos secos e fruta fresca. Aqueles que se duram até 4h vão já ter pequeno-almoço com iogurtes, fruta e croissant e, nas horas de lanche, sandes e wraps, com pastelaria queijo e bolachas. Aqueles que se estendem entre 4h e 4h30 vão ter refeições sempre quentes, com pequeno-almoço incluído.

A diferenciação dentro da classe económica existirá nas rotas operadoras por Airbus, mas não nos equipamentos Embraer e ATR.

Questionada sobre se esta diferenciação não deixa clientes sem uma refeição reforçada nos voos, a assessoria de imprensa da TAP defende que “o objetivo desta evolução foi criar um produto com valor acrescentado para os passageiros, aumentando a flexibilidade na escolha da forma como cada um pretende viajar”.

“Ajustamos os serviços em terra e a bordo consoante cada tarifa. Nenhum passageiro deixará de ter refeição a bordo, apenas passar-lhe-á a ser oferecido um produto adequado à tarifa escolhida”, continua.

As tarifas mais baixas, a Discount e a Basic, vão permanecer na zona económica, a dos assentos verdes, e as restantes, mais elevadas (como Classic e Plus), na zona vermelha. “Mas há opção de compra para quem quiser passar para EconomyXtra”, sublinha a assessoria de imprensa. Para isso, terá um acrescento ao preço entre 20 a 30 euros, consoante o destino, de acordo com a nota.

A TAP é detida em 50% pela sociedade estatal Parpública, em 45% pela Atlantic Gateway e em 5% pelos trabalhadores numa relação acionista que tem sido marcada por alguma tensão com a gestão, encabeçada por Antonoaldo Neves.

ZAP //



Serviço de carros voadores da Uber pode avançar até 2023

Juan Galiardo, diretor da empresa em Espanha, avançou que a proposta da Uber de criar uma rede de carros voadores pode avançar até 2023.

Vários especialistas ouvidos pelo Business Insider garantem que o máximo de avanços que veremos no que toca a carros voadores nos próximos dez anos serão protótipos ou modelos recreativos. Posto isto, parece pouco provável que, até 2023, a Uber consiga estabelecer um serviço global de táxis deste tipo.

No entanto, apesar das reservas, Juan Galiardo, diretor da empresa em Espanha, disse acreditar que os carros voadores da empresa estarão disponíveis para transportar clientes até essa data.

A Uber anunciou, em 2017, que queria criar um futuro em que viagens que demoram mais de duas horas passem a ser possíveis em menos tempo. Para isso, a multinacional contratou um antigo engenheiro da NASA para desenvolver carros voadores.

Mark Moore foi o impulsionador do interesse pelos modelos de aviação para pequenas viagens urbanas com um relatório de 2010 sobre a viabilidade de se produzirem híbridos de automóveis e helicópteros.

Segundo o Público, a sua visão passa pela criação de veículos VTOL (veículos de descolagem e aterragem vertical) que, contrariamente aos atuais helicópteros, utilizam motores elétricos silenciosos com um sistema de propulsão elétrico.

Em junho, em Washington D.C., a empresa exibiu um modelo em tamanho real da primeira aeronave. De acordo com o matutino, a Uber espera lançar os voos elétricos compartilhados em aviões híbridos, entre o helicóptero e o avião, em cidades de todo o mundo.

O primeiro modelo chama-se North Star (Estrela do Norte), uma vez que é esperado que “guie os futuros projetos que realmente voaram”, revela o norte-americano Business Insider.

O serviço poderá custar tanto como uma viagem no modo Black da Uber, revelaram os executivos da empresa na terceira conferência Uber Elevate, e terão o mesmo nível de luxo. Segundo o Público, a aeronave pode atingir até 241 quilómetros por hora, numa viagem que será livre de emissões e que transportará até quatro passageiros.

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Turismo de terror. Bunker nazi vai ser transformado em hotel de luxo

(dr) Matzen Immobilien

Por pouco não foi demolido. Agora, está pronto para ganhar uma nova vida. O projeto para o bunker nazi, desenhado pelo NH Hotel Group, pretende criar um hotel com 136 quartos, com preços a rondar os 100 euros por noite.

Um antigo bunker nazi, que servia de proteção para milhares de alemães durante as ofensivas aéreas aliadas, será brevemente transformado num hotel de luxo em Hamburgo, na Alemanha.

Com 75 metros de largura e uns imponentes 35 metros de altura, a estrutura é também conhecida como “Hochbunker”, que se traduz em “bunker alto“. De acordo com a Visão, este edifício é um dos dos milhares de abrigos antiaéreos construídos em todo o país pelo Terceiro Reich.

Durante a II Guerra Mundial, foi projetado para abrigar cerca de 18.000 pessoas. Depois do conflito, esteve quase para ser demolido, mas a quantidade de explosivos necessários para deitar abaixo o edifício iria também demolir as habitações em seu redor. Face a esta situação, o espaço foi utilizado por uma estação televisiva alemã e como espaço para eventos culturais.

Agora, ganha uma nova vida: projetado pelo NH Hotel Group, o hotel de 136 quartos e será inaugurado em meados de 2021. Contará ainda com um bar, um café e um restaurante e o objetivo é estendê-lo por cinco andares, semelhantes a pirâmides, com um luxuoso jardim no telhado capaz de oferecer uma vista panorâmica da cidade.

Thomas L. Doughton, professor na Universidade de Holy Cross, em Massachusetts, leva os alunos a visitas guiadas pelo locais do Holocausto em toda a Europa, como forma de explorar a “política da memória”, e adianta que o maior desafio de integrar estes locais nas paisagens modernas é “como conciliar comemoração e consumo?”

Mas há um ponto positivo e prende-se com o turismo. Segundo o professor, cada vez mais turistas são atraídos pelo “turismo de terror”, contribuindo para aquilo que Doughton apelida de “gentrificação do terror”. Contudo, os habitantes de Hamburgo estão preocupados, uma vez que “o verdadeiro significado de alguns desses locais pode desvanecer”.

Segundo o site de turismo da cidade, consultado pela revista, até o final da II Guerra Mundial, mais de mil bunkers foram construídos em Hamburgo.

Em Portugal, foram vários os casos em que privados investiram em locais onde antes foram cenário de prisão, interrogatório ou tortura, como a antiga sede da PIDE/DGS. O edifício, em Lisboa, alugado na altura à Casa de Bragança e onde estava escrita a frase de Salazar “havemos de chorar os mortos se os vivos o não merecerem”, é atualmente um condomínio de luxo.

ZAP //



Oktoberfest produz dez vezes mais metano do que a cidade de Boston

Hostelworld.com

Oktoberfest, Munique (Alemanha)

O Oktoberfest, o famoso festival de cerveja que acontece todos os anos em Munique, na Alemanha, e dura 16 dias, produz dez vezes mais metano do que a cidade norte-americana de Boston.

Esta é a conclusão de uma nova investigação levada a cabo por cientistas ambientais da Universidade Técnica de Munique (TUM).

No ano passado, os cientistas realizaram uma pesquisa detalhada, percorrendo o perímetro do festival com sensores móveis. Os instrumentos detetaram quase 1.500 quilos de metano no ar, 10 vezes a quantidade detetada na cidade norte-americana no mesmo período de tempo, conta o jornal britânico The Guardian.

Os cientistas, que publicaram esta semana os resultados da investigação na revista Atmosfheric Chemistry and Physics, atribuem a maioria das emissões do Oktoberfest a fugas e combustões incompletas nos utensílios de cozinha e nos sistemas de aquecimento.

“Temos fortes indícios de que as emissões de metano de combustíveis fósseis por grades e aparelhos de aquecimento são as principais fontes [das emissões de metano]”, afirmou Jia Chen, professora de TUM, citada pelo jornal britânico.

Ao mesmo tempo, os cientistas enfatizam que cerca de 10% dos gases correspondem à flatulência e arrotos dos participantes do festival alemão.

Os cientistas alemães acreditam que a nova investigação pode ajudar os organizadores do festival a desenvolver novas políticas para reduzir as emissões de metano.

O Oktoberfest recebe mais de 6 milhões de visitantes todos os anos. Durante o festival, mais de 7 milhões de litros de cerveja, 100.000 litros de vinho, 500.000 frangos e 250.000 salsichas são consumidos.

ZAP //



Um ano depois do colapso, a ponte de Génova começa a ganhar uma nova vida

(dr) The Big Picture / Renovatio Design / Stefano Boeri Architetti

Génova está a reconstruir a ponte que, no ano passado, desabou e provocou 43 mortos. O novo projeto vai ter um caminho pedonal e um parque memorial para homenagear as vítimas deste desastre.

No dia 14 de agosto de 2018, um troço de cerca de cem metros da ponte Morandi, na cidade italiana de Génova, desabou, causando 43 mortos. Embora a causa do colapso ainda seja pouco clara, a cidade está atualmente a reconstruir esta estrutura, inaugurada em 1967, e planeia que a obra esteja finalmente concluída no próximo ano.

O trabalho está a ser feito pelo arquiteto Renzo Piano, de 82 anos, que nasceu em Génova e que, por isso, decidiu ficar responsável pelo projeto sem qualquer custo. Nas suas palavras, será “uma ponte bonita, tão bonita como a beleza de Génova” e “muito genovesa”, ou seja, “simples, mas sem ser banal”, cita o site Domus.

No entanto, de acordo o site Fast Company, esta ponte não vai ficar sozinha. Outra empresa italiana — Stefano Boeri Architecture — apresentou o seu projeto para construir um caminho pedonal que andará à volta da nova ponte de Piano.

O projeto, chamado “Red Circle” (“Círculo vermelho” na tradução para Português), é também uma forma de homenagear as pessoas que perderam a vida neste desastre. Trata-se de um impressionante anel de aço que dará acesso a um parque memorial que ficará debaixo da ponte.

Este parque vai ter uma instalação do artista genovês, Luca Vitone, chamada “Genova in the Wood” (“Génova no Bosque”). Trata-se de um espaço com 43 árvores — uma para cada vida perdida — onde as pessoas poderão caminhar, descansar, ler e estudar Botânica através dos livros disponíveis numa biblioteca que também vai ser lá construída.

Segundo o mesmo site, além de oferecer às pessoas um caminho pedonal, o percurso elevado também terá um outro propósito: ser uma fonte de energia para a cidade, não só através de painéis solares, mas também de pisos piezoelétricos e, mais impressionante ainda, uma torre eólica vermelha que se projeta no céu como uma chama.

Num comunicado, Boeri descreveu o projeto como uma forma de acolher as pessoas na cidade, acrescentando que Génova é “soberba, apesar de ser afetada por uma melancolia pungente e bonita, mesmo na dureza das suas contradições eternas”. “É uma cidade de aço e mar, esculpida pelo vento e pela tragédia, mas sempre capaz de permanecer alta”.

ZAP //



Joker está a transformar escadaria do Bronx numa atração turística

IMDB

O filme Joker está a transformar uma escadaria no bairro do Bronx numa das maiores atrações turísticas da cidade. E tudo por causa de uma cena icónica do filme.

O Bronx é um dos bairros mais povoados de Nova Iorque, mas também é um dos menos visitados por turistas. Ou pelo menos era, até que o filme Joker estreou no início deste mês. O filme realizado por Todd Phillips tem batido recordes de bilheteiras e tornou-se num sucesso crescente.

Uma das cenas mais icónicas do filme acontece numa das escadarias do Bronx, em Nova Iorque. A cena é marcada pelo momento em que Arthur Fleck – personagem interpretada por Joaquin Phoenix – faz a sua transformação para Joker. Vestido com a sua indumentária típica, vai dançando pela escadaria numa cena que se tem replicado pela Internet.

A cena é de tal maneira marcante que até já há pessoas a visitar o Bronx pela primeira vez para ver ao vivo o local onde foi gravada. No Instagram, vários são os ‘influencers’ que se dirigiram à rua 167 para partilhar com os seus seguidores.

Segundo o Mic, nem todos os cidadãos do Bronx têm apreciado a excessiva afluência de turistas ao bairro. Para agravar a situação, este bairro nova-iorquino é conhecido pela alta criminalidade, estando os turistas sujeitos a serem assaltados ou a episódios de violência.

Contra a sua vontade ou não, a escadaria vai reunindo uma grande atenção mediática. Além de ter batido recordes de bilheteira no fim de semana de estreia, também já é considerado um dos dez melhores filmes de sempre no IMDB, uma base de dados online sobre a indústria cinematográfica.

ZAP //



Dez anos depois de uma reunião do governo no fundo do mar, as Maldivas continuam a afundar-se

A 17 de outubro de 2009, o Governo das Maldivas, um dos países mais ameaçados pela subida da água dos oceanos, reuniu-se no fundo do mar para alertar para os efeitos das alterações climáticas.

Dez anos depois, o Presidente que promoveu o encontro está frustrado com a falta de ação e cansado da “linguagem jurássica” usada para defender o planeta

Há exatamente dez anos, o então Presidente das Maldivas, Mohamed Nasheed, promoveu um conselho de ministros original. A cinco metros de profundidade, de máscara posta e comunicando por gestos, o Presidente, 14 ministros e o Procurador-Geral do país assinaram um “SOS desde a linha da frente” para enviar às Nações Unidas.

“As alterações climáticas estão a acontecer e ameaçam os direitos e a segurança de toda a gente na Terra”, defenderam, de acordo com o Expresso. “Temos de nos unir num esforço mundial para parar mais aumentos de temperatura.”

A iniciativa foi um alerta para o mundo e um pedido de ajuda: a manter-se o aquecimento global e o consequente degelo dos graciares, as Maldivas — cujo ponto mais alto é inferior a dois metros — vão afundar-se no meio do oceano.

Em 2008, quando se tornou o primeiro Presidente democraticamente eleito — derrotando Maumoon Abdul Gayoom, que levava 30 anos na liderança do país —, Mohamed Nasheed comprometeu-se a tornar as Maldivas num exemplo a seguir em matéria de preservação ambiental.

Em 2012, foi afastado do poder. Acusado de traição, foi preso e julgado sem direito a testemunhas de defesa. Condenado a 13 anos de prisão, ficou impossibilitado de se recandidatar à presidência durante 16. Autorizado a sair do país para ser submetido a uma cirurgia, obteve asilo no Reino Unido, em 2016.

Em dezembro do ano passado, o ex-Presidente retomou o combate pelo futuro das Maldivas convidado pelo atual chefe de Estado, Ibrahim Mohamed Solih, para liderar a delegação nacional à Conferência de Katowice sobre as alterações climáticas. Para Nasheed, foi frustrante.

“Quase dez anos passaram desde que eu estive pela última vez nestas negociações climáticas, e devo dizer que nada parece ter mudado muito. Continuamos a usar a mesma linguagem jurássica de sempre”, denunciou. “As emissões de dióxido de carbono aumentam, aumentam, aumentam e tudo o que parece que fazemos é falar, falar, falar. E continuamos a fazer as mesmas observações entediantes.”

ZAP //



As temperaturas no Qatar estão tão altas que já há ar condicionado nas ruas

As temperaturas no Qatar, um dos lugares mais quentes do planeta, aumentaram tanto que as autoridades estão a instalar equipamentos de ar condicionado no exterior dos edifícios, nas ruas e nos mercados.

O país, onde as temperaturas podem chegar aos 46°C no verão, está a instalar aparelhos de ar condicionado nos estádios de futebol para o Campeonato do Mundo de novembro, informou esta sexta-feira o Independent. O receio de que o número de torcedores visitantes pudesse diminuir, levou à decisão de adiar o campeonato por cinco meses.

Frigoríficos gigantes foram também instalados ao longo dos passeios e em lojas de rua. Contudo, a utilização desses equipamentos faz parte de um círculo vicioso e acelerado, visto que a eletricidade que os alimenta provém de combustíveis fósseis, emitindo ainda mais dióxido de carbono para a atmosfera e agravando a emergência climática.

O Qatar, o país com maior emissão de gases de efeito estufa per capita, segundo o Banco Mundial – emite quase três vezes mais que os Estados Unidos e quase seis vezes mais que a China -, utiliza cerca de 60% de sua eletricidade na refrigeração.

Na China ou na Índia, por exemplo, os equipamentos de ar condicionado são responsável por menos de 10% do uso de eletricidade.

De acordo com a Conferência Distrital de Aquecimento e Resfriamento, a capacidade total de refrigeração do país – e as emissões – deverão duplicar até 2030, tendo em consideração os níveis de 2016.

“Se desligarmos os aparelhos de ar condicionado, será insuportável. Não funcionamos de forma efetiva”, disse ao Washington Post o fundador da Organização do Golfo para Pesquisa e Desenvolvimento, Yousef al-Horr.

Nas áreas urbanas em rápido crescimento no Oriente Médio, algumas cidades previstas podem se tornar inabitáveis, disse diretor sénior de pesquisa do Instituto de Pesquisa em Meio Ambiente e Energia do Catar, Mohammed Ayoub. “Estamos a falar de um aumento de 4 a 6 graus Celsius numa área que já tem altas temperaturas”, explicou.

O perigo é grande por causa da humidade. Quando esta é muito alta, a evaporação da pele abranda ou pára. Se estiver quente e húmido, e a humidade relativa perto dos 100%, é possível “morrer pelo calor produzido pelo próprio corpo”, indicou Jos Lelieveld, do Instituto Max Planck de Química, na Alemanha.

As temperaturas do Qatar já subiram mais de 2ºC, ultrapassando o objetivo internacional para limitar um desastre. Segundo os especialistas, isso acontece devido à natureza desigual das mudanças climáticas e ao aumento da construção, que afeta o clima em Doha, a capital. O ideal seria que a temperatura não aumentasse mais que 1,5 graus.

No verão, as temperaturas durante a noite raramente ficam abaixo dos 32°C. Numa onda de calor, em julho de 2010, as temperaturas atingiram a máxima histórica de 50,4°C.

No mercado Souq Waqif, nas lojas, nos restaurantes e nos pequenos hotéis, aparelhos de ar condicionado refrescam aos clientes. Mas o problema está no exterior. Uma reportagem de uma televisão alemã apontou para centenas de mortes de trabalhadores estrangeiros no Qatar nos últimos anos, levando a que tenham sido estabelecidos novos limites para o trabalho ao ar livre.

O governo disse que o Campeonato do Mundo de Futebol será neutro no que toca à emissão de carbono, tendo recentemente divulgado um projeto para plantar um milhão de árvores, ideia essa que pelo menos um especialista condenou como “irrealista”.

No novo estádio ao ar livre de Al Janoub, grades construídas sob os 40 mil assentos expelem o ar fresco. Como o ar frio desce, este chega até ao campo.

No mês passado, quando Doha sediou o Campeonato do Mundo de Atletismo, a maratona feminina foi alterada para a meia-noite e esponjas embebidas em água gelada eram entregues às atletas. Os socorristas superaram os participantes em número, mas mesmo assim alguns concorrentes tiveram que ser retirados em cadeiras de rodas.

“O Qatar é uma das áreas de aquecimento mais rápido do mundo, pelo menos fora do Ártico. As mudanças que lá ocorrem podem nos ajudar a ter uma noção do que o resto do mundo pode esperar se não tomarmos medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa”, afirmou o especialista em dados climáticos Zeke Hausfather.

ZAP //



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