Sexta-feira, Julho 11, 2025
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Praia finlandesa coberta de milhares de “ovos de gelo”

A praia de Marjaniemi, na ilha de Hailuoto, entre a Finlândia e a Suécia, foi invadida por milhares de “ovos de gelo”, um fenómeno meteorológico captado por um fotógrafo amador.

No domingo, Risto Mattila caminhava com a sua esposa na praia de Marjaniemi, na ilha de Hailuoto, quando foram surpreendidos por milhares de bolas de gelo. Segundo o fotógrafo amador, que não perdeu tempo a registar o fenómeno, as formas maiores tinham um tamanho semelhante a uma bola de futebol.

“Estava a passear com a minha mulher na praia Marjaniemi. Estava um dia de sol, com temperatura de -1ºC, e ventoso. Foi quando encontrei este extraordinário fenómeno. Havia neve e ovos de neve por toda a praia, na linha de água”, disse Mattila à BBC.

Esta grande “coleção” de “ovos de gelo” foi o resultado de uma conjugação rara de condições climáticas. As pequenas bolas de neve são enroladas em simultâneo por ação do vento e da água, neste caso em particular, as ondas do mar.

Foi uma vista incrível. Eu nunca vi este fenómeno antes. O maior dos ovos era do tamanho de uma bola de futebol”, acrescentou o fotógrafo.

Um especialista em meteorologia, consultado pelo The Guardian, explicou que estes “ovos de gelo” não são um fenómeno raro na Finlândia. O fenómeno pode ser observado uma vez por ano sob determinadas condições atmosféricas e meteorológicas como “temperatura do ar abaixo dos zero graus, temperatura da água do mar gelada, uma praia de areia rasa e ligeiramente inclinada e ondas calmas”.

Também James Carter, professor da Universidade do Illinois, nos Estados Unidos, explicou ao jornal que o gelo começa por ser uma espécie de “lama” na superfície da água, que com o movimento das ondas se vai cristalizando até solidificar.

ZAP //



Num jardim zoológico da Austrália, há concertos ao vivo (para entreter os elefantes)

O jardim zoológico de Melbourne está a desenvolver um programa mundial de músicos para tocar para a sua multigeracional manada de elefantes asiáticos em perigo de extinção para que melhore a ligação entre os seis animais.

À medida que os jardins zoológicos melhoram na forma de cuidar das necessidades físicas dos seus animais, também se estão a tornar cada vez mais preocupados em fornecer estímulo intelectual, também conhecido como enriquecimento.

“As manadas de elefantes na natureza deparar-se-ão com muitas coisas novas, seja um crocodilo no rio ou um pedaço de comida particularmente rica”, disse Erin Gardiner, ao IFLScience. “O ambiente do jardim zoológico pode tornar-se estático. O nosso objetivo é criar algo imprevisível”.

Quando uma banda de música que participava num dos programas de entretenimento do Jardim Zoológico de Melbourne, na Austrália, passou pelo recinto de elefantes numa noite, algumas das reações dos elefantes deram aos seus cuidadores uma ideia diferente.

Em vez de apenas conversar com os animais, o jardim zoológico está a experimentar tocar o maior número possível de músicas, enquanto observa as reações dos elefantes. Gardiner disse que a amostra não é suficientemente grande o para identificar um estilo favorito, mas até agora a melhor resposta foi à percussão.

“Há muitas investigações sobre a reprodução de músicas gravadas para animais, mas não conseguimos encontrar nada sobre música ao vivo para elefantes”, disse Gardiner.

Os cuidadores do jardim zoológico acreditam que a estimulação visual pode ser tão importante como o som. Os elefantes também valorizam as respostas dos músicos aos animais, alterando o seu desempenho para refletir as reações.

Os visitantes do zoológico são convidados a assistir se estiverem lá no momento certo, mas Gardiner enfatizou que o programa é projetado para os elefantes – e qualquer diversão humana é apenas um bónus.

Segundo a cuidadora, durante os concertos, os seis elefantes tocam-se uns aos outros com as suas trombas e batem as orelhas. Além disso, os elefantes mais velhos cercam os mais jovens, o que pode parecer alarmante, mas é, segundo Gardiner, típico em manadas que encontram algo novo para poderem avaliar se é positivo, negativo ou neutro. Essas reações aumentam a coesão entre a manada, que varia de cinco a 46 anos de idade.

Man Jai, o elefante mais novo e o único macho, às vezes, separa-se do grupo para se aproximar da cerca para interagir mais perto. Normalmente, os elefantes machos acabam por deixar a sua manada, enquanto as fêmeas geralmente ficam durante toda a sua vida.

Os músicos ficaram emocionados com o concerto incomum, embora os elefantes, por vezes, preferissem ficar no silencioso “espaço neutro” em vez de se divertir.

Ainda assim, mesmo depois de a música terminar, foram registados outros comportamentos de coesão. Porém, ainda não há dados suficientes para publicar as descobertas.

ZAP //



 

 

 

Basta ter o apelido certo para reclamar um castelo na Escócia

O governo britânico publicou esta semana uma lista de propriedades por toda a Escócia, incluindo alguns castelos icónicos, que nunca foram reclamadas após a morte dos donos e que podem ser herdados por alguém da família que o reclame.

Na Escócia, sempre que alguém morre sem deixar testamento, todos os seus bens ficam automaticamente ao cuidado da Coroa britânica, havendo depois um organismo responsável por identificar possíveis herdeiros — o Office of Queen’s and Lord Treasurer’s Remembrancer.

De acordo com o jornal britânico Mirror, em alguns casos, poderá bastar ter o apelido certo. Apelidos invulgares, como Carlin, Hunniball, Malone-Philban e Raube, estão na lista e haverá poucas pessoas com este nome, o que pode facilitar o processo.

Neste momento, existem propriedades escocesas, incluindo mansões e castelos, na lista de propriedades ainda por reclamar, com valores que chegam às 370 mil libras (cerca de 428 mil euros).

As propriedades podem ser herdadas por quem provar que é parente do antigo dono. Para candidatar-se, basta preencher os formulários.

Este verão, a pensionista londrina Margaret Abbotts herdou mais de 300 mil libras de uma meia-irmã que nem sabia que tinha, depois de ter sido contactada por um escritório de advocacia especializado em genealogia forense.

Estima-se que haja mais de oito mil propriedades por reclamar em Inglaterra e na Escócia. Se não for possível identificar nenhum familiar do dono, as propriedades acabarão por reverter para a Coroa britânica.

ZAP //



 

A cidade utópica da Google é um pesadelo para a privacidade dos cidadãos

Os piores receios sobre a “cidade do futuro” planeada pelo Sidewalk Labs da Google parecem confirmar-se, demonstrando que há mesmo motivo de preocupação com o caminho que está a ser seguido em Toronto, no projeto-piloto da empresa.

A Sidewalk Labs, divisão da Google/Alphabet, dedicada às cidades do futuro, promete uma gestão mais eficiente dos municípios, usando todo o tipo de recolha de dados para optimizar esse funcionamento: saber por onde andam as pessoas, optimizar rotas de transportes públicos, detectar potenciais problemas antes de se tornarem problemas, etc.

Mas entretanto foram levantadas uma série de preocupações, aparentemente com razão de ser, depois de em 2018 a CNBC ter revelado um documento secreto da Sidewalk Labs com detalhes sobre os planos da empresa – que incluem o que se poderá considerar uma cidade sob total controlo de empresas privadas.

O documento de 437 páginas, conhecido internamente como o “Livro Amarelo“, detalha os planos da Sidewalks para a Waterfront Toronto, agência governamental de revitalização da cidade canadiana, que vai testar num projeto-piloto a visão utópica da Google para as cidades do futuro.

Esses planos de controlo privado da vida das cidades incluem a educação, o fisco, a rede de transportes, forças de segurança e até autoridades judiciais privatizadas, num ecosistema onde seria mantida uma monitorização constante de todos os cidadãos.

Nesta cidade utópico, quem não aceitar partilhar a sua informação privada será penalizado, ficando sem acesso aos serviços de transportes, e classificado no fundo da escala de um sistema de “pontuação social” atribuída a cada cidadão, revela o The Globe, que teve acesso ao documento.

Considerando que há algum tempo que a Google removeu das suas regras a célebre frase que durante anos a norteou, don’t be evil, os planos da Sidewalk Labs não inspiram grande confiança no futuro — em particular aos cidadãos que leram Orwell e se lembram de que Big Brother não é um programa de televisão.

ZAP // AadM



Na Islândia, não há McDonalds. Último hambúrguer tem 10 anos e é peça de museu

(dr) Snotra House

A última loja da McDonalds encerrou na Islândia, em 2009. Nessa altura, Hjörtur Smárason comprou um hambúrguer, acompanhado pelo respetivo pacote de batatas fritas. Mas não o comeu. 

Tanto o hambúrguer como o pacote de batatas fritas têm estado guardado nas embalagens originais e não apresenta sinais de decomposição. Encontram-se expostos e tem direito a transmissão em direto.

“Ouvi algo sobre [os produtos] da McDonald’s nunca entrarem em decomposição, por isso queria descobrir se isso era verdade ou não”, explicou Smárason, de acordo com a BBC. Depois de ter guardado o hambúrguer na garagem durante três anos, doou-o ao Museu Nacional da Islândia.

Foi só depois de um especialista dinamarquês ter dito à equipa do museu que não era possível preservar algo do género que este foi levado para uma estalagem dos amigos do homem que decidiu comprar o último hambúrguer do último McDonald’s do país.

Na semana passada, fez 10 anos desde que a refeição foi comprada. Hoje, ainda está num hostel islandês, o Snotra House. “Ainda está lá, sentindo-se muito bem. Na verdade, ainda parece muito bom”, disse o proprietário da pousada, Siggi Sigurdur. “É uma coisa divertida, é claro, mas faz pensar no que estamos a comer. Não há mofo, é apenas o embrulho de papel que parece velho”.

De acordo com o hostel, pessoas de todo o mundo visitam o hambúrguer e o site recebe até 400 mil visitas por dia.

Smarason não é primeira pessoa a fazer uma experiência deste género com comida do McDonald’s. Karen Hanrahan comprou um hambúrguer em 1996 e, 14 anos depois, disse que não parecia diferente. Em 2010, a fotógrafa Sally Davies comprou um Happy Meal e tirou uma foto diariamente por seis meses. Segundo ela, não apodrecia, não cheirava mal nem desenvolvia larvas.

Em 2013, a McDonald’s disse mesmo que “no ambiente certo, os nossos hambúrgueres, como a maioria dos outros alimentos, poderiam decompor-se”, mas que, sem a humidade do ambiente, era “improvável que ficasse com mofo ou bactérias ou se decompusessem”.

ZAP //



A Finlândia criou o Zerobnb para desafiar o Airbnb a promover casas sustentáveis

A Zerobnb passou o ano de 2018 a incentivar o popular site Airbnb a incluir uma categoria de opções ecológicas. Entretanto, está a organizar a sua própria lista como parte de uma iniciativa maior.

As pessoas que desenvolveram Zerobnb são as mesmas por trás da Nolla Cabin, uma casa com estrutura em A, batizada com a palavra finlandesa para “zero” e construída com materiais sustentáveis, como madeira e pinho local, de acordo com a revista Dezeen. A Zerobnb foi criada pela Neste e inspirada pela iniciativa Think Sustainably.

Think Sustainably é um serviço desenvolvido em Helsínquia, na Finlândia, que ajuda as pessoas a escolheres formas de viver mais sustentáveis. O serviço filtra o conteúdo do site de marketing da cidade para sugerir serviços locais sustentáveis, como restaurantes, lojas, pontos turísticos, eventos e lugares para ficar.

“Como o Nolla Cabin foi um enorme sucesso tanto para o Airbnb como para o Neste, foi uma evolução natural combinar os conceitos por trás do Nolla Cabin e o serviço Think Sustainably”, disse Tia Hallanoro, diretora da Helsinki Marketing, de acordo com o Adweek. “O resultado foi Zerobnb”.

Os esforços fazem parte de uma iniciativa da Think Sustainably para que a cidade de Helsínquia se torne completamente neutra em carbono até 2035.

O Zerobnb tem uma aparência semelhante ao Airbnb e inclui exemplos de casas sustentáveis ​​do serviço. O alojamento dos EUA listado em Zerobnb inclui uma casa ecológica em Portland, Oregon; uma casa na árvore em Fernwood, Idaho; e uma “sala de terra” em Sante Fe, Novo México.

As pessoas podem enviar as suas próprias listas sustentáveis ​​para o Zerobnb. “Talvez a sua casa seja autossuficiente com painéis solares ou você tenha uma estação de reciclagem de ponta – ainda não precisa de ter emissões zero“, de acordo com o site Zerobnb. “O mais importante é que esteja a tomar medidas para um futuro com zero emissões”.

O Zerobnb foi criado no Dia Internacional da Ação Climática, comemorado ao dia 24 de outubro. Hallanoro diz que o lançamento original foi feito para atrair o interesse do Airbnb e lançar a iniciativa Think Sustainably.

Para já, a Airbnb ainda não respondeu ao desafio publicamente, de acordo com a revista Forbes. Segundo Hallarno, “o site funcionou e ajudou a facilitar as discussões com o Airbnb. Ainda estamos a discutir ativamente com o Airbnb e atualmente a partilhar novas ideias, com o objetivo de vincular o conceito geral do Zerobnb ao Think Sustainably”.

A Zerobnb diz no seu site que apenas quer que o Airbnb adicione uma nova categoria para opções de casas sustentáveis. “Depois disso, podemos livrar-nos do Zerobnb.”

ZAP //



TAP muda refeições e classe económica fica reduzida a “snacks”

Profilbesitzer / Flickr

A partir de 27 de outubro, o tipo de assentos não será a única diferença entre a classe executiva e a classe económica dos voos da TAP. Este mês, as refeições servidas a bordo também serão distintas.

Por agora, os voos de médio curso da transportadora aérea portuguesa operados em aviões da Airbus, como pelos países da Europa, têm direito a uma refeição composta de wrap, queijo, bolachas – ou elementos de pastelaria e padaria portuguesa – e o serviço completo de bebidas.

A TAP vai dividir a classe económica em dois: a classe “economy” e a “economyXtra” – a primeira estará nos assentos verdes, a segunda nos vermelhos. Aí, além da distinção entre a qualidade dos assentos, passará a haver diferença nas refeições, como se depreende da nota que a empresa liderada por Antonoaldo Neves emitiu esta terça-feira, citada pelo semanário Expresso.

Os assentos verdes, em cadeiras não reclináveis, sem encosto de cabeça ajustável e sem suporte para tablet, só darão direito a um “snack” (batata frita e/ou pastel de nata) e a bebidas (vinhos, refrigerantes, café, água ou sumo).

Já os assentos vermelhos, que dispõem daquelas comodidades e ainda uma tomada elétrica e de USB, com espaço extra para as pernas, terão direito a comida quente nas refeições principais em voos de duração superior a 1h45.

Na classe EconomyXtra, haverá diferença consoante a duração do voo. Os mais curtos, terão um conjunto entre wraps, frutos secos e fruta fresca. Aqueles que se duram até 4h vão já ter pequeno-almoço com iogurtes, fruta e croissant e, nas horas de lanche, sandes e wraps, com pastelaria queijo e bolachas. Aqueles que se estendem entre 4h e 4h30 vão ter refeições sempre quentes, com pequeno-almoço incluído.

A diferenciação dentro da classe económica existirá nas rotas operadoras por Airbus, mas não nos equipamentos Embraer e ATR.

Questionada sobre se esta diferenciação não deixa clientes sem uma refeição reforçada nos voos, a assessoria de imprensa da TAP defende que “o objetivo desta evolução foi criar um produto com valor acrescentado para os passageiros, aumentando a flexibilidade na escolha da forma como cada um pretende viajar”.

“Ajustamos os serviços em terra e a bordo consoante cada tarifa. Nenhum passageiro deixará de ter refeição a bordo, apenas passar-lhe-á a ser oferecido um produto adequado à tarifa escolhida”, continua.

As tarifas mais baixas, a Discount e a Basic, vão permanecer na zona económica, a dos assentos verdes, e as restantes, mais elevadas (como Classic e Plus), na zona vermelha. “Mas há opção de compra para quem quiser passar para EconomyXtra”, sublinha a assessoria de imprensa. Para isso, terá um acrescento ao preço entre 20 a 30 euros, consoante o destino, de acordo com a nota.

A TAP é detida em 50% pela sociedade estatal Parpública, em 45% pela Atlantic Gateway e em 5% pelos trabalhadores numa relação acionista que tem sido marcada por alguma tensão com a gestão, encabeçada por Antonoaldo Neves.

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Serviço de carros voadores da Uber pode avançar até 2023

Juan Galiardo, diretor da empresa em Espanha, avançou que a proposta da Uber de criar uma rede de carros voadores pode avançar até 2023.

Vários especialistas ouvidos pelo Business Insider garantem que o máximo de avanços que veremos no que toca a carros voadores nos próximos dez anos serão protótipos ou modelos recreativos. Posto isto, parece pouco provável que, até 2023, a Uber consiga estabelecer um serviço global de táxis deste tipo.

No entanto, apesar das reservas, Juan Galiardo, diretor da empresa em Espanha, disse acreditar que os carros voadores da empresa estarão disponíveis para transportar clientes até essa data.

A Uber anunciou, em 2017, que queria criar um futuro em que viagens que demoram mais de duas horas passem a ser possíveis em menos tempo. Para isso, a multinacional contratou um antigo engenheiro da NASA para desenvolver carros voadores.

Mark Moore foi o impulsionador do interesse pelos modelos de aviação para pequenas viagens urbanas com um relatório de 2010 sobre a viabilidade de se produzirem híbridos de automóveis e helicópteros.

Segundo o Público, a sua visão passa pela criação de veículos VTOL (veículos de descolagem e aterragem vertical) que, contrariamente aos atuais helicópteros, utilizam motores elétricos silenciosos com um sistema de propulsão elétrico.

Em junho, em Washington D.C., a empresa exibiu um modelo em tamanho real da primeira aeronave. De acordo com o matutino, a Uber espera lançar os voos elétricos compartilhados em aviões híbridos, entre o helicóptero e o avião, em cidades de todo o mundo.

O primeiro modelo chama-se North Star (Estrela do Norte), uma vez que é esperado que “guie os futuros projetos que realmente voaram”, revela o norte-americano Business Insider.

O serviço poderá custar tanto como uma viagem no modo Black da Uber, revelaram os executivos da empresa na terceira conferência Uber Elevate, e terão o mesmo nível de luxo. Segundo o Público, a aeronave pode atingir até 241 quilómetros por hora, numa viagem que será livre de emissões e que transportará até quatro passageiros.

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Turismo de terror. Bunker nazi vai ser transformado em hotel de luxo

(dr) Matzen Immobilien

Por pouco não foi demolido. Agora, está pronto para ganhar uma nova vida. O projeto para o bunker nazi, desenhado pelo NH Hotel Group, pretende criar um hotel com 136 quartos, com preços a rondar os 100 euros por noite.

Um antigo bunker nazi, que servia de proteção para milhares de alemães durante as ofensivas aéreas aliadas, será brevemente transformado num hotel de luxo em Hamburgo, na Alemanha.

Com 75 metros de largura e uns imponentes 35 metros de altura, a estrutura é também conhecida como “Hochbunker”, que se traduz em “bunker alto“. De acordo com a Visão, este edifício é um dos dos milhares de abrigos antiaéreos construídos em todo o país pelo Terceiro Reich.

Durante a II Guerra Mundial, foi projetado para abrigar cerca de 18.000 pessoas. Depois do conflito, esteve quase para ser demolido, mas a quantidade de explosivos necessários para deitar abaixo o edifício iria também demolir as habitações em seu redor. Face a esta situação, o espaço foi utilizado por uma estação televisiva alemã e como espaço para eventos culturais.

Agora, ganha uma nova vida: projetado pelo NH Hotel Group, o hotel de 136 quartos e será inaugurado em meados de 2021. Contará ainda com um bar, um café e um restaurante e o objetivo é estendê-lo por cinco andares, semelhantes a pirâmides, com um luxuoso jardim no telhado capaz de oferecer uma vista panorâmica da cidade.

Thomas L. Doughton, professor na Universidade de Holy Cross, em Massachusetts, leva os alunos a visitas guiadas pelo locais do Holocausto em toda a Europa, como forma de explorar a “política da memória”, e adianta que o maior desafio de integrar estes locais nas paisagens modernas é “como conciliar comemoração e consumo?”

Mas há um ponto positivo e prende-se com o turismo. Segundo o professor, cada vez mais turistas são atraídos pelo “turismo de terror”, contribuindo para aquilo que Doughton apelida de “gentrificação do terror”. Contudo, os habitantes de Hamburgo estão preocupados, uma vez que “o verdadeiro significado de alguns desses locais pode desvanecer”.

Segundo o site de turismo da cidade, consultado pela revista, até o final da II Guerra Mundial, mais de mil bunkers foram construídos em Hamburgo.

Em Portugal, foram vários os casos em que privados investiram em locais onde antes foram cenário de prisão, interrogatório ou tortura, como a antiga sede da PIDE/DGS. O edifício, em Lisboa, alugado na altura à Casa de Bragança e onde estava escrita a frase de Salazar “havemos de chorar os mortos se os vivos o não merecerem”, é atualmente um condomínio de luxo.

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Oktoberfest produz dez vezes mais metano do que a cidade de Boston

Hostelworld.com

Oktoberfest, Munique (Alemanha)

O Oktoberfest, o famoso festival de cerveja que acontece todos os anos em Munique, na Alemanha, e dura 16 dias, produz dez vezes mais metano do que a cidade norte-americana de Boston.

Esta é a conclusão de uma nova investigação levada a cabo por cientistas ambientais da Universidade Técnica de Munique (TUM).

No ano passado, os cientistas realizaram uma pesquisa detalhada, percorrendo o perímetro do festival com sensores móveis. Os instrumentos detetaram quase 1.500 quilos de metano no ar, 10 vezes a quantidade detetada na cidade norte-americana no mesmo período de tempo, conta o jornal britânico The Guardian.

Os cientistas, que publicaram esta semana os resultados da investigação na revista Atmosfheric Chemistry and Physics, atribuem a maioria das emissões do Oktoberfest a fugas e combustões incompletas nos utensílios de cozinha e nos sistemas de aquecimento.

“Temos fortes indícios de que as emissões de metano de combustíveis fósseis por grades e aparelhos de aquecimento são as principais fontes [das emissões de metano]”, afirmou Jia Chen, professora de TUM, citada pelo jornal britânico.

Ao mesmo tempo, os cientistas enfatizam que cerca de 10% dos gases correspondem à flatulência e arrotos dos participantes do festival alemão.

Os cientistas alemães acreditam que a nova investigação pode ajudar os organizadores do festival a desenvolver novas políticas para reduzir as emissões de metano.

O Oktoberfest recebe mais de 6 milhões de visitantes todos os anos. Durante o festival, mais de 7 milhões de litros de cerveja, 100.000 litros de vinho, 500.000 frangos e 250.000 salsichas são consumidos.

ZAP //



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