De “enclave burguês” a espaço que reúne uma “multidão jovem e criativa”. É assim que o jornal The Guardian fala do Bonfim, no Porto, como um dos bairros mais “cool” da Europa, salientando as “vistas soberbas sobre o Douro”, o pendor artístico e o facto de ainda não ter sido invadido por turistas como os motivos para o seu “charme”.
O Bonfim integra a lista exclusiva dos “10 bairros mais cool da Europa”, a par do Quartier de la Réunion em Paris (França) e do El Cabanyal em Valência (Espanha), na análise do The Guardian.
O jornal britânico realça que o aumento dos preços no centro da cidade do Porto transformou este “enclave outrora burguês” num espaço que reúne uma “multidão jovem e criativa”. O facto de ficar a apenas 20 minutos a pé do centro, o fácil acesso às principais estradas, além de ter as principais estações de comboios e de autocarros à porta, bem como de por lá passar uma linha de Metro com ligação ao Aeroporto, são apontados como factores que ajudam a explicar a atracção pelo Bonfim.
E se esta zona do Porto “não tem centros comerciais”, está “repleta de lojas independentes fixes”, sobretudo na Rua de Santo Ildefonso, vinca o The Guardian.
“Acolher a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto significa que o Bonfim sempre teve uma cena artística activa“, reforça o jornal, notando que por lá se encontram espaços de arte contemporânea e de fotografia documental, entre outros.
Por outro lado, do Bonfim têm-se “vistas soberbas sobre o Douro” a partir do Parque de Nova Sintra que também tem “uma maravilhosa colecção de fontes antigas”.
O The Guardian destaca ainda a “alegria” de permanecer numa “relativa reclusão do boom turístico” por que o Porto atravessa e sublinha que mantém uma “infinidade de locais da velha escola para comer”, onde se pode fazer um jantar “clássico de bairro”, nomeadamente para comer as típicas francesinhas, umas bifanas no pão ou um arroz de polvo.
Por outro lado, também tem novos restaurantes onde se servem “refeições requintadas a preços justos”.
Em cada esquina há cafés e bares, mas o grande “charme” do Bonfim reside nas suas “elegantes residências do início do Século XX”, algumas das quais foram transformadas em guest-houses para acolher os forasteiros.
O Bonfim surge na lista do The Guardian a par dos bairros Järntorget e Långgatorna em Gotemburgo (Suécia), do quarteirão da Universidade em Bruxelas (Bélgica), do El Cabanyal em Valência (Espanha), do Neukölln em Berlim (Alemanha), do Powiśle em Varsóvia (Polónia), do Holešovice em Praga (República Checa), do Ostiense em Roma (Itália), do Dorćol em Belgrado (Sérvia) e do Quartier de la Réunion em Paris (França).