Amesterdão vai usar flores para impedir que os ciclistas estacionem bicicletas nas pontes

Anthony Coronado / Flickr

Red Light District, Amesterdão

A cidade conhecida pelo uso de bicicletas, vai agora tomar uma medida em relação ao estacionamento destas nas pontes. Tudo para proteger as vistas para os seus famosos canais.

Amesterdão orgulha-se de ser uma das cidades mais amigas do ambiente em todo o mundo, pois a população (e os visitantes da cidade) têm o hábito de percorrer as ruas de bicicleta. Contudo, esta situação pode estar a causar alguns constrangimentos e por isso a capital dos Países Baixos resolveu arranjar uma forma de conter o estacionamento de bicicletas nas pontes. Através do uso de flores.

Devido à grande movimentação de bicicletas na cidade, muitas das vezes as pessoas acabam por estacionar as suas bicicletas nos sítios mais inoportunos. Isto acontece com muita frequência nas famosas pontes de Amesterdão, situação que não agrada ao município, que considera que desta forma as vistas dos mais belos canais do mundo estão a ser “destruídas”.

Para resolver o problema, os governantes locais resolveram colocar plantas de madeira e cestos de flores nas pontes dos canais que são mais movimentados. Esta é uma tentativa de persuadir os ciclistas a encontrar outros locais para estacionar as bicicletas, diz o jornal britânico The Guardian.

Um porta-voz do município referiu que “devido ao elevado número de bicicletas estacionadas junto às grades das pontes, as pessoas que por lá caminham não conseguem caber nos pequenos espaços que restam e acabam por andar na via, o que pode ser perigoso”.

Amesterdão é conhecida por ter mais bicicletas do que pessoas, e conta com cerca de 767 km de ciclovias. A pandemia do novo coronavírus fez com que os habitantes da cidade optassem ainda mais por este meio de transporte, deixando de lado carro e os transportes públicos.

Um relatório do instituto de conhecimento holandês para a política de mobilidade revelou que a distância média percorrida por cada bicicleta, diariamente, aumentou para 4,1 km em julho deste ano, número que contrasta com os 3,4 km percorridos no ano passado.

A acumulação de bicicletas nas pontes da cidade não é o único problema. A associação Algemene Nederlandse Wielrijders-Bond refere a necessidade de uma melhoria nos padrões de segurança das ciclovias, pois estas estão cada vez mais cheias.

Frits van Bruggen, diretor da ANWB, explicou que “antes da crise do coronavírus, já tínhamos ciclovias completamente cheias, por isso este problema não é de agora”.

“Tenho 100% de certeza de que teremos mais vítimas e acidentes nos próximos tempos porque a população opta cada vez mais por este meio de transporte. Depois da pandemia não ousamos mais usar transportes públicos”, rematou Bruggen.

ZAP //



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