Os vinhos portugueses conquistam, todos os anos, cada vez mais fama internacional e Portugal já é o segundo maior destino mundial de enoturismo, ultrapassando países como França, Espanha e Argentina.
Portugal é o quinto país europeu com maior área de vinha plantada e o nono a nível mundial, mas é o segundo maior destino mundial de enoturismo, como adianta o Dinheiro Vivo com base em dados da Associação Portuguesa de Enoturismo (APENO).
À frente de Portugal neste “campeonato”, surge apenas Itália, enquanto países como Espanha, França, Nova Zelândia, Argentina ou Austrália, ficam atrás.
O mercado do enoturismo deverá render, em 2030, 30 mil milhões de euros a nível global. Este valor ganha relevo se notarmos que, em 2020, gerou cerca de 9 mil milhões de euros. Destes, Itália contribuiu com 745 milhões, e Portugal com quase 700 milhões, como nota a APENO citada pelo Dinheiro Vivo.
Em 2030, e considerando o peso actual no mercado, Portugal pode “ganhar” algo como 2,1 mil milhões de euros, segundo a APENO.
Actualmente, esta associação tem 110 associados que representam “70% do sector vitivinícola“, segundo o vice-presidente da APENO, Luís Sá Souto.
No maior grupo vitivinícola nacional, Sogrape, que trabalha, sobretudo, com vinho do Porto, designadamente nas caves de Vila Nova de Gaia e no Douro, o enoturismo ainda só representa seis milhões de euros numa facturação que, em 2022, foi de 347 milhões de euros, segundo dados divulgados pelo Dinheiro Vivo.
Mas o Sogrape tem previstos “investimentos significativos” nesta área, nomeadamente para a “eventual abertura de outros negócios”, como salienta à publicação económica o responsável do enoturismo Pedro Sottomayor.
No Grupo Bacalhôa, outro importante player do sector do enoturismo, 2022 foi “o melhor ano de sempre” e 2023 está a correr da mesma forma, destaca o administrador Paulo Costa ao Dinheiro Vivo, frisando que é “uma actividade rentável, e com grande potencial”.
“Esta é uma atividade em crescendo. Os turistas identificam Portugal com vinho e boa comida e aproveitam para saber mais dos vinhos portugueses”, destaca, também no Dinheiro Vivo, o administrador do Grupo Parras, Luís Vieira, que actua igualmente na área do enoturismo.