A Harbour Air, a maior companhia aérea de hidroaviões da América do Norte, quer tornar toda a sua frota elétrica. A empresa está a tentar ser a primeira no mundo a atingir zero emissões de carbono.
Os 42 hidroaviões da empresa canadiana poderão tornar-se totalmente elétricos dentro dos próximos três anos. Uma inovação com um toque ecológico na frota de aviões, que datam das décadas de 50 e 60. Esta será a primeira companhia aérea do mundo a ter uma aeronave elétrica.
A empresa transporta anualmente 500 mil passageiros em mais de 30 mil voos comerciais por ano, informa o jornal canadiano Vancouver Sun. A pensar não só na natureza, mas também nos elevados custos da gasolina para os aviões, a empresa anunciou, em comunicado, que está a trabalhar com a MagniX, uma fabricante de bateria e motores elétricos.
No comunicado, a firma anuncia parceria entre as duas empresas pretende “avançar a visão de um dia conectar comunidades com viagens aéreas elétricas limpas, eficientes e acessíveis”.
O motor terá 750 cavalos de potência e é esperado que se comecem a fazer testes de voo no final deste ano. O motor da MagniX terá uma densidade de energia de 200 watts-hora por quilo. A aeronave voará 30 minutos, com uma reserva de energia de mais 30 minutos – o suficiente para as viagens de curta duração que a companhia aérea faz.
“O Castor, que é o nome do avião, é um exemplo perfeito do valor que a energia elétrica pode hoje fornecer, ao contrário dos anos de espera até que as baterias nos permitam alcançar maiores distâncias”, disse o CEO da MagniX, Roei Ganzarski, em declarações à Forbes.
O fundador e CEO da Harbour Air, Greg McDougall, partilha do entusiasmo e diz que “se pensarmos nisto, é a evolução do transporte para a propulsão elétrica. O motor de combustão interno é praticamente obsoleto para o desenvolvimento”. Para McDougall, “elétrico é a resposta“.
Contudo, esta inovação terá os seus custos, que segundo o CEO da Harbour Air, ainda é difícil calcular, uma vez que ainda estão numa fase de investigação e desenvolvimento. Além disso, não se estão a construir motores elétricos de raiz, mas sim adaptar modelos antigos.
“O custo é muito semelhante a colocar um motor de turbina num avião”, diz McDougall, defendendo que a nível de manutenção traz grandes vantagens. Isto porque “não tem de ser reconstruído a cada 2500 a 3000 horas”, argumenta. É também uma mais-valia para a natureza e a nível financeiro, porque “não consome combustíveis fósseis“.