Um surto de covid-19 na ilha grega de Mykonos obrigou as autoridades a impor um recolher obrigatório noturno e a proibir a música em bares e restaurantes.
A economia grega depende do turismo para, pelo menos, um quinto do seu PIB. O Governo manteve-se, por isso, relutante em impor restrições aos turistas este verão, num esforço para compensar os milhares de milhões de euros perdidos no ano passado, na sequência da pandemia de covid-19.
No entanto, após a chegada de dezenas de milhares de turistas europeus, um novo surto ameaça agora o destino turístico de verão.
Na sexta-feira, soou o alerta de que a ilha estava a acolher um grande surto da doença, à medida que os turistas que adoeciam necessitavam tanto de tratamento médico como de um alojamento alternativo.
Segundo a Vice, os regulamentos gregos exigem que aqueles que testam positivo à covid-19 informem os hotéis, que têm a opção de recusar o alojamento de clientes infetados.
Contudo, como as camas foram rapidamente preenchidas em hotéis designados para quarentena, as pessoas que testaram positivo este fim de semana não puderam regressar ao seu alojamento nem conseguiram encontrar quartos em instalações próprias para este feito.
Os turistas infetados tiveram, portanto, pouca escolha: restou-lhes vaguear pelas ruas em busca de comida e abrigo.
Em resposta aos surtos, o Governo decidiu, no sábado, encerrar de imediato as discotecas de Mykonos.
“As pessoas estão a cancelar as suas férias”, disse o gerente de uma discoteca. “Os turistas não querem vir até aqui e gastar milhares de euros para descobrir que não podem festejar ou regressar ao seu quarto de hotel.”
O Ministério de proteção civil decidiu também tentar travar as concentrações, proibindo a música nos bares e restaurantes da ilha e impondo um recolher obrigatório entre a 01h00 e as 06h da manhã.
Tanto a proibição da animação como o recolher obrigatório deverão manter-se até 26 de julho.