Domingo, Abril 27, 2025
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Holandeses protegem campos de tulipas contra selfies de turistas

Barreiras e cartazes de consciencialização estão a ser colocados em redor dos tradicionais campos de tulipas holandeses. A medida surge como uma tentativa de impedir que os turistas pisem estas flores, na tentativa de conseguirem a selfie perfeita.

“Cultivo bolbos há 40 anos e cada vez está pior”, lamentou Simon Pennings à emissora regional holandesa Omroep West. O produtor, habitante na cidade de Noordwijkerhout, no sudoeste da Holanda, foi o primeiro a edificar uma barreira no seu campo de tulipas, garantindo à rádio holandesa que os estragos provocados pelos turistas se tornaram incomportáveis.

“Eles são tão desmazelados. Recebemos largos grupos de visitantes, algo que consideramos bom e divertido, mas arrasam tudo. É uma pena e registamos danos financeiros em resultado disso. O ano passado tive um campo com dez mil euros em danos. Ficou tudo pisado. Querem tirar a selfie na mesma”, explicou Simon Pennings, citado pelo The Guardian.

Nicole van Lieshout, do gabinete turístico local, avança a criação de uma equipa composta por 40 “embaixadores” que irão educar os visitantes sobre a história dos campos de tulipas. “Nos últimos anos, o número de turistas tem crescido. Acho que os turistas pensam que os campos foram feitos para eles. Todos querem a selfie perfeita e as fotografias percorrem o mundo, deitando ou dançando no meio das flores.”

O gabinete do turismo holandês produziu um pequeno guia que ensina a forma correta de tirar uma selfie junto dos campos das tulipas. Uma das secções dessa página inclui, justamente, uma lista de propriedades em que os visitantes têm autorização para percorrer o caminho por entre as flores.

O desrespeito pela natureza na busca pela fotografia “perfeita” é um comportamento que se tem tornado cada vez mais comum.

ZAP //



Uma das praias mais famosas do Hawai está prestes a ficar submersa

Os legisladores estão a tomar medidas para enfrentar os efeitos da mudança climática antes que seja tarde demais numa nova tentativa de reconstruir a famosa praia de Waikiki para proteger os moradores de futuras inundações.

O Hawai viu um aumento do nível do mar de mais de 15 centímetros nas últimas décadas e esse aumento está “a acelerar rapidamente”, observa a legislação, acrescentando que dados mostram que Honolulu pode ter enchentes regulares no centro urbano em 15 anos. O aumento do nível do mar será de 1 metro até ao final do século.

A elevação do nível do mar como resultado do aquecimento dos mares foi previamente identificada como uma das principais causas de erosão costeira em todo o Hawai, mas as taxas de erosão diferem entre as ilhas. Mais de três quartos das praias de Maui sofreram erosão no último século, com uma média de 13 centímetros por ano.

Por outro lado, pouco mais da metade das praias de Oahu sofreram a mesma erosão com uma variação média de cerca de três centímetros por ano. Algumas estimativas sugerem que o Hawai poderá ter até três vezes a quantidade de ciclos tropicais no último quarto do século. Um impacto direto em Honolulu pode significar uma perda de mais de 35 mil milhões em infraestruturas e destruição da economia.

“É apenas uma questão de tempo até que desastres significativos impactem as comunidades costeiras do Hawai e, à medida que o nível do mar continua a acelerar, o impacto potencial dos desastres torna-se mais grave. Como resultado, é prudente e urgente começar a planear a mudança”, diz o projeto.

Adotando uma sugestão da cidade de Nova York após danos de 16 mil milhões no rescaldo do furacão Sandy, os legisladores do Hawai estão a pedir para começar o planeamento de um projeto piloto de linha costeira que evitará futuras inundações através da ampliação dos espaços dos parques vizinhos e do desenvolvimento da paisagem.

As autoridades esperam que o redesenvolvimento demore mais de uma década para ser desenvolvido e implementado – mas é apenas o começo. Outras comunidades costeiras em todo o estado da ilha estão igualmente expostas e as autoridades esperam que o modelo possa ser usado noutras cidades.

O programa de proteção costeira implementa uma comissão que abordará preocupações futuras, criará mapas de área de exposição do aumento do nível do mar para separar áreas propensas a inundações, conectar vias costeiras contínuas para acesso de emergência e providenciar medidas personalizadas que protegerão das influências das marés e reduzir as inundações da água do mar da praia de Waikiki nas estradas e nas calçadas durante as marés mais altas.

“A legislatura acha que é necessária uma ação decisiva para evitar os piores impactos que a mudança climática terá sobre o meio ambiente, a economia e a qualidade de vida do Hawai”, escreveram os legisladores. “O Estado comprometeu-se a fazer a transição dos combustíveis fósseis para uma economia de energia limpa que é alimentada por 100% de energia renovável”.

Há uma praia portuguesa entre os 15 “tesouros escondidos” da Europa

A lista da European Best Destinations de Europe’s best hidden gems 2019 tem propostas para todos os gostos – desde casas sob rochas na Andaluzia, uma baía “escondida” em Creta e Lauterbrunnen, na Suíça.

Pelo meio dos 15 tesouros escondidos da Europa, encontramos a praia de Odeceixe, localizada no concelho de Aljezur, no Algarve, que, sendo meio alentejana, desagua nela a Ribeira de Seixe que divide as duas regiões e forma uma praia de água doce.

A praia “vizinha” é a praia das Adegas, uma praia naturista, uma das poucas praias nudistas de Portugal – oito, no total.

Odeceixe, que já chegou a ser eleita uma das 7 Maravilhas – Praias de Portugal, provavelmente tornar-se-á muito popular este verão. Segundo Ana Fernandes, jornalista na Fugas, “Odeceixe é o dois-em-um. Ou o três-em-um. Ou mais ainda. Passo a explicar: é mar e piscina, é espaço e luz. É Alentejo e é Algarve. É uma praia que, conforme as marés, é duas. Aliás, três. Confuso? Na verdade, é tudo muito simples e maravilhoso”.

Recentemente, o jornal britânico The Telegraph, numa lista de sugestões de passeios para Portugal, dava também o exemplo da praia de Odeceixe como uma das praias “realmente belas” do país.

A praia de Odeceixe e a Praia da Marinha, com mais de 300 dias de sol por ano, são tidas como duas das melhores praias dos país. “Além das praias, o Algarve tem uma reserva natural, o Parque da Ria Formosa, que segue 60 quilómetros pela costa”.

A lista da EBD inclui outros “tesouros” mais ou menos fora das rotas do turismo massificado como Cochem e Freudenberg (Alemanha); Soller (Maiorca), Peniscola, San Andrés (Espanha); Polignano a Mare, Malcesine e Amalfi (Itália); Nonza (França), Lauterbrunnen (Suíça) e Monte St. Michael, este na Cornualha, Reino Unido.

Segundo dados avançados pela Condé Nast Traveler espanhola, votaram perto de 20 mil pessoas online nesta eleição dos “tesouros escondidos” da Europa.

ZAP //



Reaberto ao público o primeiro palácio de Nero, construído há 2.000 anos

Riccardo Antimiani / EPA

O primeiro palácio do imperador Nero, localizado no Monte Palatino, em Roma, foi reaberto ao público na passada semana. Depois de uma década de reformas, o monumento construído há 2.000 anos volta a poder ser visitado.

O palácio – também conhecido pelo seu nome em latim, Domus Transitoria – faz parte do “Caminho Neroniano”, uma rota turística que une este edifício ao segundo palácio do imperador, o Domus Aurea (também conhecido como a Casa Dourada).

O primeiro palácio ficou completamente coberto por terra depois de um grande incêndio em Roma e, por isso, localiza-se agora numa “caverna” artificial construída na década de 1960. Segundo noticia a agência AF, os visitantes do Domus Transitoria vão poder agora ir até ao subsolo e visitar os quartos e jardins da residência, que foram cobertos ao longo dos séculos por outros edifícios e destroços.

O edifício restaurado contém a frescos bem preservados e outros elementos decorativos notáveis. Exemplo disso são as paredes do santuário das ninfas, onde existem pequenos furos pelos quais, na época, caíam pequenas cascatas de água. A iluminação é outro aspeto de destaque, evidenciando os principais elementos decorativos do interior.

Os próprios contemporâneos de Nero criticaram a opulência do seu primeiro palácio, que foi construído com mármores, murais e tetos decorados com ouro e pedras preciosas. Alfonsina Russo, responsável pelo Parque Arqueológico do Coliseu, explicou que “Nero queria [no palácio] uma atmosfera que expressasse a sua ideologia, a de um soberano absoluto, um monarca absoluto”.

“A restauração começou há dez anos e abrangeu todas as superfícies”, disse Maddalena Scoccianti, arquiteta responsável pela reforma, ao jornal italiano Corriere della Sera.

Nero subiu ao poder em 54 d.C e construiu o Domus Transitoria poucos anos depois, por volta de 60 d.C. O Grande Incêndio de Roma (64 d.C) destruiu completamente o palácio. Duas décadas depois, durante a construção do Palácio Flávio, o edifício ficou completamente enterrado, sendo considerando durante século como perdido. Em XVIII foi descoberto. Agora, e depois de uma série de reformas, volta a estar reaberto ao público.

ZAP //



Notre-Dame pode não ser a única. Vários monumentos em redor do mundo estão em risco

O incêndio na catedral de Notre-Dame, em Paris, levantou questões sobre a forma como os órgãos responsáveis pelo património cultural realizam políticas de conservação e detetam possíveis problemas.

Além disso, a Unesco indicou que vários locais de património estão em perigo. Entre as principais ameaças está o desenvolvimento de turismo descontrolado, poluição, terremotos e conflitos armados.

No entanto, o historiador espanhol Julio Grande Ortiz argumenta ao Russia Today que a proteção do património pela agência especializada das Nações Unidas é deficiente. “Está claro que as coisas não estão a funcionar bem”, acrescentou o especialista.

O Coliseu de Roma, em Itália, foi declarado Património Mundial em 1980 e recebe mais de seis milhões de visitas por ano. Em 2017, um casal ficou surpreendido com fragmentos de tijolos históricos que tinha recolhido do chão da construção do Império Romano. Além disso, outro cidadão marcou as suas iniciais e as da sua namorada numa parede perto do famoso anfiteatro

Já na Índia, a cor da atração mais popular do país está a mudar devido à poluição do ar e outros fatores ambientais. Devido ao grande afluxo de turistas, as autoridades limitaram as visitas ao Taj Mahal – 40 mil visitas por dia.

A enigmática cidadela Inca, Machu Picchu, construída em meados do século XV, é o sítio arqueológico mais conhecido da América do Sul, localizado no Peru. Todos os dias recebe cinco mil turistas que geram 14 toneladas de lixo por dia, informou o El Comercio.

A Grande Muralha da China é o maior trabalho de engenharia do mundo e recebe cerca de dez milhões de visitantes por ano. Em 2011, organizações informaram que a enorme muralha pode entrar em colapso devido às dezenas de minas legais e ilegais que a cercam.

A Guatemala é o lar de um dos maiores centros urbanos da civilização maia pré-colombiana – Tikal. O local recebe mais de dois milhões de turistas anualmente e, durante muito tempo, foi vítima de saques e destruição pela indústria madeireira.

Em 2016, a UNESCO publicou um relatório que documentou o impacto do clima em locais emblemáticos como Veneza (Itália), Stonehenge (Reino Unido), Ilhas Galápagos (Equador) e Cartagena das Índias (Colômbia), entre outros. “A mudança climática está a afetar os locais do Património Mundial em todo o mundo”, disse Adam Markham, autor do relatório.

E em Portugal?

E se fosse o Mosteiro dos Jerónimos a arder? Ou o da Batalha? Estarão os monumentos nacionais preparados para impedir um catástrofe ou simplesmente não é possível?

Portugal tem dispersos pelo seu território quatro mil imóveis classificados. Desses, sete estão na esfera da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), que tutela também 16 museus. Entre esses sete estão quatro com o selo de património da humanidade, atribuído pela UNESCO. Nestes, como nos restantes, há meios de combate a incêndios, plano de evacuação e saídas de emergência, informa a DGPC.

“Os planos de segurança dos 23 equipamentos da DGPC foram aprovados e em cada um deles há pessoas a quem foi dada formação específica, que sabem exatamente o que fazer em caso de incêndio ou de qualquer outro acidente natural”, disse ao Público Paula Silva, diretor-geral do Património. São funcionários que sabem usar os extintores e as bocas-de-incêndio existentes para darem uma resposta imediata.

“É claro que este primeiro ataque não é suficiente e, por isso, na área de Lisboa, estes 23 equipamentos estão ligados em permanência, 24 sobre 24 horas, ao Regimento de Sapadores Bombeiros.”

Tanto Paula Silva como os diretores dos mosteiros dos Jerónimos e da Batalha sublinham a importância dos planos de segurança e de outras medidas de autoproteção, mas defendem que ninguém pode garantir a 100% que algo como o que sucedeu na catedral de Paris não aconteça em “casa”.

O plano de segurança atualizado e os simulacros que recentemente foram feitos no mosteiro e na Torre de Belém são importantes para manter a diminuta equipa mais preparada para um eventual incêndio, mas há sempre uma certa inevitabilidade.

Por outro lado, o diretor do Mosteiro da Batalha, em Leiria, diz-se otimista quanto à segurança do monumento. Joaquim Ruivo diz que um eventual incêndio não é uma ameaça de uma catástrofe como a que destruiu a catedral de Notre-Dame, porque, apesar da familiaridade entre os dois monumentos, as diferenças estruturais tornam a obra portuguesa mais resiliente às chamas.

Joaquim Ruivo, diretor do Mosteiro de Santa Maria da Vitória, explicou ao sapo24 que o monumento português dificilmente terá um destino semelhante ao que destruiu a catedral de Notre-Dame, em Paris. “Muito dificilmente isto aconteceria no Mosteiro da Batalha, porque o Mosteiro da Batalha não tem estruturas em madeira, a não ser os telhados da sala do capítulo. Tudo o resto são vigamentos em pedra, portanto um incêndio com esta dimensão dificilmente teria lastro para se potenciar”.

Hoje, a principal ameaça é a poluição. “Sabemos que é cada vez maior e vai de algum modo afetando a pedra; o edifício necessita de uma limpeza cíclica, de cem em cem anos; não o pudemos fazer, mas eventualmente poderá ser feito parcelarmente”.

“Fala-se muito nas trepidações por causa do IC2, mas os estudos mostram que não são tão significativas como poderíamos pensar”, afirma Joaquim Ruivo, referindo-se à estrada que passa diante do monumento.

Por isso, a principal “ameaça à preservação do património está na poluição, que degrada a pedra, que ainda por cima é um calcário lítico, é um pouco poroso. As fachadas mais expostas também ao rigor do vento e da chuva, mais expostas a poente e a norte, são as que naturalmente também são mais afetadas”, explica o responsável pelo monumento.

“Essa degradação combate-se com intervenções de conservação cíclicas. Está previsto, ainda no âmbito do apoio do quadro 2020, a limpeza e a conservação do claustro real — porque há determinadas fachadas expostas, sobretudo a norte a nordeste, que estão com alguma infiltração de líquenes, para além da poluição, que se vai agarrando às pedras. Existe uma intervenção para que daqui a 100 ou 150 anos não possamos lamentar o facto de não termos feito nada agora.”

ZAP //



Há uma cidade onde é proibido morrer

Longyearbyen, capital do arquipélago de Svalbard, na Noruega, deu o passo muito incomum de proibir a morte naquela região.

Desde 1950, ninguém está legalmente autorizado a morrer na cidade. Até uma pessoa que lá tenha vivido a vida toda, se for um doente terminal, terá de se mudar para fora da ilha, onde viverá o resto dos seus dias. Se a morte for súbita, o corpo terá de ser enterrado noutro local.

A cidade tomou esta decisão para proteger os seus cidadãos. Em 1950, foi descoberto que os corpos que estavam enterrados no cemitério local não se estavam a decompor devido ao permafrost – “pergelissolo”, em português, que é um tipo de solo encontrado na região do Ártico.

Este solo constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados. A camada é recoberta por uma camada de gelo e neve que, se no inverno chega a atingir 300 metros de profundidade em alguns locais, ao derreter-se no verão, reduz-se para de 0,5 a 2 metros, tornando a superfície do solo pantanosa, uma vez que as águas não são absorvidas pelo solo congelado.

Como os corpos não se estavam a decompor, vírus mortais dentro dos corpos poderiam manter-se vivos e, possivelmente, voltar a infetar a população viva quando o permafrost descongelasse.

Em agosto de 2016, houve um surto de antraz – infeção causada pela bactéria Bacillus anthracis – no norte da Sibéria, no qual um menino morreu e 90 outras pessoas foram hospitalizadas. Além disso, 2.300 renas morreram por causa da doença.

O surto mais recente antes disso ocorreu em 1941. O surto de 2016 ocorreu durante uma onda de calor na região, levando as autoridades a concluir que uma rena morta por antraz tinha descongelado, fazendo com que o vírus fosse libertado para o meio ambiente.

Em 1950, as autoridades de Longyearbyen estavam preocupadas que algo semelhante pudesse acontecer com bactérias e vírus escondidos nos moradores do seu cemitério.

Recentemente, amostras da gripe espanhola foram encontradas nos pulmões de vítimas da doença que tinham sido preservadas no permafrost do Alaska desde 1918. Também foram encontrados vestígios em Longyearbyen, de uma pessoa que morreu durante o surto de 1917.

Embora seja improvável que o descongelamento dos corpos em Longyearbyen causasse um surto de gripe espanhola, em 1998, uma equipa de cientistas que estudam o vírus tomou precauções extras. Ao extrair amostras das sepulturas, usaram trajes espaciais modificados e asseguraram que o tecido não descongelasse antes de chegar a uma instalação especializada nos EUA.

Não é claro quão grande é o risco de vírus e bactérias em cadáveres representam para residentes vivos mas, em 1950, a cidade decidiu ficar do lado da cautela e proibir a morte na cidade.

Itália está a vender casas por 1 euro (mas com uma condição)

A crescente popularidade de determinadas cidades italianas tem levado a um despovoamento também cada vez maior das zonas mais rurais.

Para combater o problema e tentar atrair novos moradores, estão a ser colocadas à venda casas abandonadas por um euro. Em contrapartida, os compradores têm de entregar uma caução, cujo valor varia consoante a zona, para garantir que renovam as propriedades dentro de três anos. Caso não consigam cumprir o prazo estipulado, arriscam-se a perder o valor da caução.

Um dos maiores municípios a participar no programa é Mussomeli, situado na região da Sicília, a poucas horas de Nápoles. Numa fase inicial, foram colocadas cem habitações para venda – algumas delas já foram compradas -, mas estima-se que entrem outras 400 para o programa.

A caução para comprar uma dessas propriedades ronda os quatro mil euros para que renasçam novas habitações junto ao castelo medieval, às igrejas antigas e às grutas bizantinas.

Cada comprador pode esperar, de acordo com o Bussiness Insider, um investimento de 66 euros por cada metro quadrado, fora as taxas notariais e administrativas que estão avaliadas entre os 2 e os 3 mil euros.

Também a sul de Itália, num dos municípios da região de Campania, foram colocadas 15 habitações abandonadas para venda. As condições do programa estipulado para Zungoli são as mesmas, tirando o valor da caução que desce para metade (dois mil euros).

“Criei uma tarefa especial de jovens voluntários que ajudam compradores em contacto com empresas de construção para a renovação”, disse Paolo Caruso, presidente de Zungoli, uma das aldeias italianas no programa, citado pela CNN. “A transparência é a chave, mas as pessoas realmente precisam de ver por si mesmas a beleza do lugar, saborear a boa comida e respirar o ar fresco e saudável”.

Magaraggia, um escritório de advocacia que está a acompanhar o crescimento do programa, listou, em fevereiro, a participação de 11 municípios. O programa tem tido tal adesão que os primeiros lotes a serem colocados à venda já estão praticamente vendidos. Só para Ollolai, na região de Sardenha, foram feitas cinco mil ofertas para as cem propriedades disponibilizadas pelo município.

ZAP //



Montejunto, um paraíso natural a uma hora de Lisboa

Master-D

Sabia que há destinos muito perto de Lisboa que não pode deixar de conhecer? Principalmente se faz do turismo a sua profissão.

Esta é uma atividade exigente mas muito motivadora. Por isso, os profissionais de turismo devem apostar cada vez mais na sua formação pessoal e profissional por forma a prestar o melhor acolhimento a quem o procura. Nas formações da área do turismo na Master D essa premissa é sempre tida em conta.

Um destino a não perder é a serra de Montejunto. Esta serra fica localizada em pleno coração da Região Oeste, sendo considerada a varanda natural do Oeste e é uma área protegida de âmbito regional.

Este cantinho, onde reina a natureza, mistura-se com o património natural e edificado, tendo o seu ponto mais alto 666 metros. No ponto mais alto deste lugar, único e mágico, é possível avistar em dias claros locais tão distantes como as ilhas das Berlengas, o Cabo Carvoeiro, as lezírias de Santarém, entre outros locais incomparáveis.

Com um clima “tropical”, a serra de Montejunto integra o sistema montanhoso Montejunto-Estrela, sendo uma região muito calcária. Uma das características deste lugar é a ausência de cursos de água de forma permanente.

A fauna e a flora são um dos atrativos mais importantes deste local, onde nidificam mais de 75 espécies, sendo que 10 se encontram em vias de extinção, nomeadamente a águia perdigueira hieraeetus fasciatus, o andorinhão-real apus melba e o bufo-real bubo bubo.

Master-D

Os visitantes podem ainda encontrar cerca de 400 espécies diferentes de plantas.

No cimo da serra de Montejunto está edificado um dos seus ex-libris, a Capela de N.ª Sra. das Neves, um local de romaria no dia 5 de agosto desde os tempos medievais. Esta capela é de grande simplicidade e a imagem da sua padroeira data do século XVI. Atualmente ainda é possível observar um painel de azulejos alusivo à história da ordem dos dominicanos.

Junto a esta capela existem ainda ruínas do primeiro convento da Ordem de São Domingos em Portugal, sendo esta edificação datada do século XIII.

Outro ponto de atração é a Real Fábrica do Gelo (monumento nacional), sendo um marco da arqueologia industrial, a sua estrutura torna este edifício único em Portugal e até mesmo na Europa.

A fábrica era responsável pelo abastecimento de gelo para a corte e para a capital do reino, tendo terminado a sua atividade nos finais do século XIX.

Master-D

As colinas são coroadas com um vasto número de moinhos de vento, um dos exemplos é o moinho do Penedo dos Ovos, edificado no século XX, com a principal função de moagem de trigo para abastecer as aldeias serranas.

Quem visita este paraíso natural pode ainda realizar um conjunto de atividades, como percursos pedestres, asa delta (sem motor), escaladas, espeleologia, observação astronómica, observação de aves e parapente, sendo sempre recomendado receber indicações para as boas práticas junto do Centro de Interpretação Ambiental da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto.

Para terminar a visita, pode sempre usufruir de uma refeição leve no Bar da Serra, localizado no parque de merendas dos Castanheiros e pode ainda passar uma noite tranquila em pleno coração da serra de Montejunto no Alojamento Local “Montejunto Villas”. Se preferir, pode pernoitar no Parque de Campismo Rural.

Para além do Montejunto, há muitos outros destinos a visitar em Portugal que vão surpreendê-lo e onde pode disfrutar da natureza e da tranquilidade.

André Cordeiro // Master D



André Cordeiro é Técnico Superior de Turismo e Património, e-Tutor
e responsável pela escola de Hotelaria e Turismo Master D.

O turismo dentário pode ser a próxima galinha dos ovos de ouro de Portugal

O turismo médico é uma nova tendência mundial a que Portugal não pode ficar indiferente. Quem o diz é o investigador Fernando Arrobas que prepara uma tese de doutoramento nesta área e que destaca que o nosso país tem especial potencial no âmbito do turismo dentário.

Cada vez mais pessoas viajam pelo planeta em busca de tratamentos médicos e cirurgias mais baratos, conciliando a saúde com o turismo e o lazer. E esta é uma nova oportunidade de negócio que Portugal não pode perder, como sublinha Fernando Arrobas, do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, em entrevista à Rádio Renascença.

“O segmento do turismo médico e dentário é muito interessante, é uma indústria multimilionária que já está em desenvolvimento a nível mundial. E Portugal não pode ficar para trás”, constata Arrobas no âmbito do XV Congresso da Associação de Directores de Hotéis de Portugal, que decorreu em Viseu.

“Há cada vez mais pessoas que viajam para fazer cirurgias, tratamentos dentários, de fisioterapia ou outros, e que não querem ficar fechadas no hospital em fase de recuperação, preferindo aproveitar para conhecer o meio onde estão, a sua cultura e potencialidades turísticas”, sublinha o investigador.

Estes pacientes “precisam de estadia em hotel, assim como os seus acompanhantes”, já que, dada a “situação de alguma fragilidade”, não costumam viajar sozinhos.

Isto abre um leque de possibilidades que requer parcerias entre clínicas e hotéis, bem como uma estratégia que evidencie as boas condições de Portugal para acolher doentes em áreas como “a fisioterapia, as cirurgias plástica e oftalmológica” e a “fertilidade”, repara Arrobas.

O investigador realça o turismo dentário como um sector de especial relevância, destacando que “em Portugal, o número de dentistas cresceu significativamente” e que “neste momento, há cerca de 5.500 clínicas dentárias” no nosso país.

Como factores favoráveis, o investigador cita os preços mais baixos, a qualidade dos serviços médicos, a segurança, o clima e a oferta hoteleira e de pontos de atracção turística.

E já há médicos dentistas portugueses que estão a apostar neste sector, oferecendo a possibilidade de “combinar” tratamentos dentários com “uma visita turística a Lisboa”, como é o caso da clínica João Borges Aesthetic Dentistry que alega já ter tratado pacientes de “mais de 25 nacionalidades“.

Hungria é a “campeã” do turismo dentário

A nível europeu, a Hungria é vista como a “capital” do turismo dentário, recebendo todos os anos “cerca de 70 mil doentes” que geram mais de 250 milhões de euros em receitas, como destaca Arrobas na Renascença.

O turismo médico está a crescer cerca de 15% por ano na Europa, com especial destaque para os países de Leste e da Europa central, segundo um relatório elaborado pela consultora PwC em 2017. O documento que analisa em particular a situação da Polónia destaca que o país recebe cerca de 400 mil pacientes estrangeiros todos os anos.

A Polónia é um destino preferencial de muitos pacientes dos EUA para a realização de tratamentos dentários, desde reparações cosméticas até tratamentos de cáries, dados os preços mais convidativos, com reduções que podem chegar a três vezes menos.

Os EUA são um dos países com maior potencial em termos de procura de opções de turismo dentário, já que segundo um relatório divulgado em 2012 e que foi coordenado pelo senador Bernie Sanders, o número de norte-americanos sem seguros dentários está próximo dos 130 milhões de pessoas. Isto representa cerca de 40% da população dos EUA.

Por outro lado, mesmo alguns doentes com seguros estão a ser encaminhados pelas Seguradoras para fazerem tratamentos ou cirurgias fora dos seus países, porque fica mais barato. “É o caso do Canadá e Estados Unidos”, atesta Arrobas na Renascença, frisando que “Brasil, China, África, Europa Central e Reino Unido são outros mercados de origem interessantes”.

A título de exemplo, implantes dentários de titânio podem custar no Reino Unido 2500 libras (quase 2900 euros) por cada dente, enquanto na República Checa ficam por menos de 1400 euros e na Polónia podem custar pouco mais de 400 euros por implante. Já nos EUA têm um custo de cerca de 4 mil dólares (mais de 3.500 euros) por dente.

SV, ZAP //



Metade dos portugueses escolhe o destino de férias a pensar nas fotografias para o Instagram

As redes sociais não tiram férias. Por isso, metade dos portugueses escolhem o destino férias a pensar nas fotografias para as redes sociais.

As redes sociais têm, cada vez mais, um grande peso na vida quotidiana. Nesse sentido, a eDreams realizou um estudo sobre os hábitos dos portugueses durante as férias e a influência das redes sociais nas suas escolhas.

O estudo foi conduzido pela OnePoll para a eDreams, entre os dias 13 de dezembro de 2018 e 3 de janeiro de 2019. Em Portugal foram inquiridos mil adultos que já tivessem ido de férias pelo menos uma vez. Este mesmo estudo foi conduzido também noutros países da Europa – Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido -, o que resultou num total combinado de oito mil inquiridos.

O fenómeno recebeu o nome de “Instagramável”, e também é tido em conta por espanhóis e italianos, que têm em mente o potencial das paisagens quando estão a pensar onde vão descansar . Por outro lado, os alemães e britânicos acreditam que não há mal nenhum numa foto menos espetacular, com uma paisagem de fundo mais “apagada”.

Apesar de ser bastante importante para os portugueses que os destinos lhes proporcionem boas fotos, os “influenciadores digitais” não têm um grande impacto na decisão quanto aos locais para onde escolhem viajar: apenas 6% dos inquiridos diz escolher o destino de acordo com o que vê nas redes sociais. A decisão tomada pelos próprios continua a ser a grande tendência dos portugueses (54%) na escolha dos destinos.

Do lado dos portugueses, é um direito partilhar o descanso com o mundo, amigos reais e virtuais incluídos. Mesmo que não gostem, o que é muitas vezes o caso.

Cerca de 32% dos inquiridos pela edreams afirmaram que os viajantes fotogénicos são apenas exibicionistas. 25% diz conseguir ver para além dos sorrisos esplendorosos para concluir que essas pessoas “não estão a aproveitar as férias”. 23% acreditam no que veem do outro lado do ecrã e acham que umas férias proveitosas são sinónimo de muitas fotos.

Quando as paisagens reais não estão à altura das paisagens sonhadas, 4 em cada 10 portugueses admite retocar as fotos até a perfeição ser atingida, mas a maioria (60%) contenta-se com o que está na fotografia e não faz qualquer ajuste.

Apesar de tudo, as pessoas que responderam ao inquérito, citado pelo Expresso, dizem que férias sem redes sociais não seria o fim do mundo. Os portugueses são taxativos: pior do que perder o Instagram seria perder a praia (29%), com os mais jovens a serem os que sofreriam mais com a abstinência da Internet.

ZAP //



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