Segunda-feira, Junho 9, 2025
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O exército do Nepal está a limpar lixo e cadáveres do Monte Evereste

SOUBHAGYASHRI / Pixabay

Guias sherpas nos Himalaias, Evereste, Nepal

As autoridades nepalesas esperam retirar cerca de dez toneladas métricas de lixo e até cinco corpos do pico mais alto do mundo.

Todas as primaveras, centenas de alpinistas de todo o mundo viajam para os Himalaias na esperança de chegar ao cume do Monte Evereste, a montanha mais alta do mundo.

Ao fazerem a lenta, árdua e por vezes fatal viagem até ao cume, deixam para trás lixo, equipamento e dejetos humanos.

As autoridades implementaram recentemente novas regras para ajudar a reduzir o problema do lixo no Evereste. Mas, entretanto, o pico com mais de 8800 metros de altura continua cheio de detritos.

Esta semana, as tropas nepalesas iniciaram a sua campanha anual de limpeza na montanha. 12 membros das forças armadas nepalesas chegaram ao acampamento base do Everest para a chamada “Campanha de Limpeza da Montanha”, iniciativa lançada em 2019 em parceria com a Unilever, recorda a CNN.

Segundo o Himalayan Times, com o apoio de 18 sherpas, os militares irão remover de cerca de dez toneladas métricas de lixo e detritos do Monte Evereste e dos picos vizinhos, Monte Lhotse e do Monte Nuptse.

Os membros da expedição tentarão também tentarão trazer os corpos de cinco alpinistas que morreram em escaladas ao Everest. O ano passado foi uma das épocas mais mortíferas de que há registo: doze alpinistas morreram, enquanto outros cinco desaparecidos estarão presumivelmente mortos.

Segundo o Smithsonian, mais de 300 alpinistas morreram a tentar chegar ao cume do Evereste desde que o local começou a ser explorado como ponto turístico e destino de aventura, no início do século XX.

Alguns são apanhados em avalanches ou caem em fendas, enquanto outros sofrem de problemas médicos fatais, como queimaduras pelo frio ou edema cerebral de altitude,  doença que provoca inchaço no cérebro.

Os peritos afirmam que as alterações climáticas causadas pelo homem foram, pelo menos em parte, responsáveis pelo elevado número de mortes registado no ano passado.

“A principal causa são as mudanças do clima”, disse em 2023 ao The Guardian o diretor do departamento de turismo do Nepal, Yuba Raj Khatiwada. “Esta época as condições climatéricas não foram favoráveis; foram muito variáveis. As alterações climáticas estão a ter um grande impacto nas montanhas“.

No ano passado, o governo do Nepal emitiu mais de 450 autorizações para alpinistas que queriam chegar ao cume do Evereste. Cada autorização custa milhares de dólares – para além das somas avultadas que os alpinistas pagam frequentemente às empresas de guias.

Alguns críticos argumentam que o governo está a emitir demasiadas autorizações, e acusam as empresas de guias de baixo custo de aceitarem clientes inexperientes, preocupando-se pouco com a segurança dos alpinistas.

“As pessoas com pouca ou nenhuma experiência que reservam expedições com poucos recursos estão a expor-se a riscos enormes”, disse Caroline Pemberton, proprietária da Climbing the Seven Summits, à revista Outside.

A época do Evereste deste ano vai começar em breve.

Nos últimos anos, as autoridades anunciaram novos regulamentos destinados a melhorar a segurança e a reduzir o lixo no Evereste.

Os alpinistas são obrigados a alugar e usar um dispositivo eletrónico de localização, a recolher e a transportar os seus próprios resíduos para o acampamento base e a depositar uma dispendioso taxa sobre o lixo que presumivelmente vão fazer.

Só recebem o depósito de volta se regressarem com pelo menos 8 quilos de lixo.

ZAP //



Descubra formas de cuidar da pele enquanto viaja

Lazer e cuidados com a pele: aprenda a cuidar da pele enquanto viaja.

A pele é o maior órgão do corpo, e não cuidar dela pode trazer problemas para sua vida pessoal e saúde. Durante as viagens, muitas pessoas deixam de lado a sua rotina Skin Care, pois querem aproveitar a viagem ao máximo sem perder tempo para manter a longa rotina de cuidados em dia.

O que poucas pessoas sabem é que existem formas de adequar a sua rotina de cuidados com a pele enquanto viajam. Por exemplo, com produtos Douglas, não perdemos espaço na mala e conseguimos manter a nossa rotina de Skin Care com produtos de ação rápida.

Durante uma viagem, podemos deparar-nos com climas diferentes e uma exposição maior ao sol. Estas mudanças podem exigir o uso de novos produtos ou simplesmente um cuidado extra com a pele. O facto é que não é preciso muito esforço para cuidar da pele enquanto viajamos.

Veja abaixo algumas dicas para cuidar da sua pele durante uma viagem.

Dicas para cuidar da Pele enquanto viaja

Como foi dito anteriormente, o ambiente e a exposição ao sol pode exigir cuidados extras com a pele, mas estes cuidados extras não ocupam necessariamente muito tempo do seu dia. Seguindo as dicas abaixo, com 10 minutos do seu dia, pode manter a sua pele saudável e ainda aproveitar bastante a sua viagem.

Dica 1: Protetor solar.

Muitas vezes o fator de proteção, FPS, do protetor solar que usa pode não ser adequado para o seu destino de viagem. Por exemplo, durante uma viagem para a praia, a exposição do corpo aos raios ultravioleta é maior, o que pode exigir um protetor solar novo.

Sempre que viajar para locais com muita exposição ao sol, verifique se possui o protetor solar correto para a sua viagem. Dê preferência a protetores solar de ação rápida e à prova de água, caso esteja a viajar para cascatas ou praias.

Dica 2: Aumente o número de limpezas diárias da pele.

Durante uma viagem, estamos fora da nossa rotina convencional, o que tem impacto direto na pele, que pode acabar mais suja do que o normal. A grande maioria das mulheres fazem limpeza do rosto duas vezes por dia, mas durante uma viagem, principalmente para locais com muita água, aumentar a quantidade de vezes que lavamos o rosto pode ajudar a  manter a pele saudável.

Dica 3:  Use produtos de boa qualidade para o seu Skin Care.

Em qualquer situação, usar produtos de boa qualidade para limpeza, hidratação e proteção da pele é a melhor forma de cuidar dela. Porém, durante uma viagem, os produtos de melhor qualidade podem ter ação mais rápida e tornar o Skin Care mais fácil.

Usar produtos de boa qualidade permite-nos aproveitar sem medo a nossa viagem enquanto mantemos os cuidados com a pele, sem perder muito tempo.

Como pode notar, os cuidados com a pele durante uma viagem são muito parecidos com os do seu dia a dia: só precisa de cuidado extra para evitar problemas futuros. Cuidar da saúde da pele ajuda-nos a estar mais confiantes e aproveitar ainda mais a viagem.

aeiou //



Manifestação em Veneza no 25 de Abril. Há quem não esteja farto de ver turistas

Italianos querem continuar a ver muitos turistas na cidade dos canais. Por isso, estão contra o “bilhete” de 5 euros.

Há quem esteja farto de ver turistas na sua cidade. Há quem queira continuar a ver turistas na sua cidade.

Em Veneza também houve manifestação no 25 de Abril. Não para assinalar os 50 anos da Revolução dos Cravos, como aconteceu em Portugal; ou para assinalar a ‘Festa da Libertação’ de Itália – a 25 de Abril de 1945 começou a retirada dos últimos soldados nazis e fascistas de Milão e Turim.

Esta manifestação foi uma forma de assinalar um protesto sobre o turismo.

Veneza vive, acima de tudo, do turismo. A nível económico. É uma das cidades mais visitadas do planeta – algo que começou a cansar habitantes locais, que deixaram a bela cidade italiana.

Já se viu que, sem turistas, Veneza é uma cidade “morta”. E é esse cenário que (outros) habitantes locais estão a tentar evitar.

No ano passado, foi anunciada uma taxa de entrada para os turistas, que passam a pagar 5 euros para entrar na cidade. Para evitar o “excesso” e a “sufocação”.

A manifestação desta quinta-feira foi contra essa taxa. Centenas de manifestantes alegam que as autoridades locais estão a ignorar “problemas reais”, lembrando que muitos dependem do turismo para sobreviver economicamente.

O canal Euronews cita a local Anna Ippolito: “Podemos salvar Veneza se simplesmente dermos casas aos residentes locais e as repovoarmos. O bilhete só pode travar os turistas diurnos, mas não tem qualquer influência sobre os grandes fluxos que vêm do Leste, da China e dos Estados Unidos. Não vai mudar absolutamente nada”.

Os manifestantes acham que o essencial é melhorar a habitação e os serviços públicos, além de travar legalmente a proliferação “incontrolável” de serviços de alojamento e de pequenos-almoços.

Mas os políticos de Veneza acreditam que os turistas que só passam umas horas em Veneza contribuem “pouco ou nada” para a economia da cidade, enquanto “entopem” ruas e praças. Por isso, preferem a taxa, para evitar a chegada de alguns desses turistas.

ZAP //



Guerra ao turismo de massas: novos hotéis proibidos em Amesterdão

Daniel Foster / Flickr

Amesterdão

O plano contra o turismo de massas entrou em ação. A cidade de Amesterdão, nos Países Baixos, vai deixar de autorizar a construção de novas unidades hoteleiras.

Em comunicado, divulgado na quarta-feira, a autarquia anunciou a intenção de “tornar e manter a cidade habitável para residentes e visitantes”.

“Isto significa: nada de turismo excessivo, nada de novos hotéis e nada de mais de 20 milhões de dormidas de turistas por ano”, diz a autarquia.

De acordo com a CNN, só poderá ser construído um novo hotel na cidade se outro hotel fechar, se o número de lugares para dormir não aumentar e se o novo hotel for melhor (nomeadamente mais sustentável).

A exceção à abertura de novas unidades hoteleiras só deverá aplicar-se aos projetos que já tenham obtido uma licença.

A cidade tem tentado limitar o número de turistas, que chega a milhões por ano, desencorajando o turismo sexual e o turismo relacionado com drogas no “Red Light District”.

Esta é a mais recente de um conjunto de medidas que a capital dos Países Baixos implementou para mitigar o problema do turismo excessivo. No ano passado, por exemplo, proibiu os navios de cruzeiro, encerrando até o seu terminal.

Da mesma forma, a cidade proibiu o uso de droga na via pública no “Red Light District”, aprovou a taxa turística mais cara a Europa, proibiu novas lojas turísticas e restrições aos arrendamentos de férias de curta duração.

Ao abrigo de um decreto de 2021, denominado “Turismo de Amesterdão em Equilíbrio”, o conselho municipal é “obrigado a intervir” quando os números ultrapassem os 18 milhões de turistas.

ZAP //



Barcelona está literalmente a trocar as voltas aos turistas

Barcelona tirou do Google Maps o autocarro que pára à porta do famoso Parque Güell. Agora, o “116” é um segredo exclusivo aos moradores do bairro La Salut.

O Parque Güell, em Barcelona, é uma das principais atrações turísticas do Mundo.

De acordo com a National Geographic, o Güell foi o parque mais procurado no Google Maps em 2023.

Foi precisamente com base nessa procura elevada que Barcelona decidiu trocar – literalmente – as voltas aos turistas.

O autocarro que leva os visitantes até ao parque – localizado num dos pontos mais altos da cidade – desapareceu misteriosamente do Google Maps.

Isto aconteceu depois de as autoridades locais terem prometido medidas, aos moradores, que se queixavam de apanharem sempre os transportes lotados.

O “116”, com destino ao bairro residencial La Salut e com capacidade apenas para apenas 20 pessoas, pára mesmo à porta do Parque Güell.

O pequeno autocarro existe com a finalidade de transportar os moradores – em grande parte idosos – de e para aquela zona íngreme da cidade, com acessos reduzidos. Contudo, o turismo desvirtuou essa função.

Desde quinta-feira passada, como descreve o La Vanguardia, grande parte dos turistas que usavam o “116” para chegar ao Güell “desapareceram por magia” – coincidindo com o dia em que o autocarro desapareceu do Google Maps.

Ao elDiario.es, Luz López, de 75 años, conta que conhecia pessoas que já não esperavam pelo autocarro, “porque, como ia sempre cheio, iam andando“.

“Antes ia tão cheio que os morados não conseguiam apanhá-lo (…) às vezes tínhamos de ficar à espera do próximo porque nunca havia lugar”, conta a moradora do bairro de La Salut.

O Parque Güell foi uma ideia de Eusebi Güell, desenhada por Antoni Gaudí e construída entre 1900 e 1914 – precisamente com um propósito residencial e não turístico.

O parque – com vista panorâmica da cidade – foi aberto ao público em 1926 e é, desde 1984, Património da Humanidade da UNESCO.

Miguel Esteves, ZAP //



Quer visitar aquela zona – mas poupar e evitar uma multidão? Eis 8 sugestões

Guerric / Flickr

Lyon, França

Paris, Barcelona ou Nova Iorque podem ser uma desilusão para turistas que não gostam – ou têm fobia – de ver muita gente junta.

Há algumas cidades que suscitam uma grande curiosidade em turistas – que depois, ao chegarem lá, podem ficar desiludidos. Ou em pânico: é que a cidade está “cheia de gente”. É só multidões.

Embora o pânico possa começar antes, quando se vê quanto custa dormir lá, ou quanto custa a viagem até lá.

Para evitar essas grandes confusões (e para poupar), mas sem deixar o país que se quer visitar, o portal Get Your Guide deixou uma lista de 8 sugestões.

França
Não visite Paris, vá até Lyon. A terceira maior cidade francesa é a capital da gastronomia em França. Um décimo da cidade é Património Mundial da UNESCO. Tem diversos museus que valem a pena visitar (e que são mais baratos do que em Paris). Chove menos e os Verões são um pouco mais quentes do que na capital.

Espanha
Deixe Barcelona e siga para Valência. A energia é mais descontraída na Cidade das Artes e das Ciências. Em relação à comida: é o berço da famosa paella. O centro histórico mistura arquitetura romana, mourisca e espanhola. E com praias com muito espaço para todos.

Croácia/Montenegro
Dubrovnik, que ficou famosa por ser o palco de inúmeras cenas na Guerra dos Tronos, pode ser substituída por Kotor. O charme de outros tempos continua lá, a beleza à beira-mar também. A experiência é mais intimista. Mas tem um centro histórico com labirintos e praias deslumbrantes. Kotor também tem muitos gatos – até um Museu do Gato.

EUA
Nova Iorque seria o destino óbvio. Mas Filadélfia é uma boa opção: sendo o berço da nação, está repleta de locais historicamente inigualáveis. Há espaços especiais dedicados ao cinema. Quem gosta de comer, vai ficar bem servido – e mais do que os cheesesteaks ou os pretzels. Para as caminhadas, tem o maior parque paisagístico do mundo.

Países Baixos/Alemanha
Esqueça Amsterdão e vá até Hamburgo. A cidade alemã até te mem mais canais do que a holandesa e Veneza juntas. É uma cidade virara para o mar e para os armazéns. Foi o principal centro comercial da Europa. Há uma sala de concertos memorável, um dos museus de arte mais importantes da Europa e uma vida noturna muito animada.

Japão
Não Tóquio, sim a Kyoto. Aqui há uma visão mais autêntica da rica história e cultura do Japão. Um tesouro cultural. Revelações sobre um passado fascinante, misterioso e incompreendido. Muitas experiências transformadoras e meditação – há mais de 2.000 templos e santuários. Um refúgio de tranquilidade.

México/Belize
Seria fácil optar pelas praias de Tulum ou Cancún, mas ali perto está Belize. O país tem a segunda maior barreira de corais do mundo; um paraíso dos mergulhadores. As praias de Belize são muito mais tranquilas do que as do México. E ainda florestas tropicais e montanhas deslumbrantes. Comida de rua e sabores de várias regiões e culturas.

Itália/Bélgica
Por fim, Veneza fica fora e seguimos para Bruges. Várias sugestões. Um labirinto de canais pitorescos e ruas antigas. Uma escadaria sinuosa de 366 degraus. Um passeio de barco pelos canais com clima romântico.

ZAP //



O “Mar de Estrelas” é uma das maiores atrações turísticas das Maldivas. Nem sequer existe

O famoso Mar de Estrelas das Maldivas é parte facto, parte ficção – mas isso só aumenta o mistério de uma das principais atracções turísticas do país.

As imagens deslumbrantes do “Mar de Estrelas” proliferam na Internet, inspirando os viajantes aventureiros a procurá-lo. Mas poucas pessoas concordam exatamente onde se pode encontrar o Mar de Estrelas das Maldivas.

Isto porque o Mar de Estrelas não existe de facto.

Para esclarecer, o misterioso Mar de Estrelas das Maldivas não existe enquanto localização geográfica. A razão simples para isso é que estas luzes mágicas são plâncton bioluminescente que se movimenta no oceano.

“Quando as pessoas dizem que querem ver o Mar de Estrelas nas Maldivas, estão na verdade a pedir para ver uma reação química – é plâncton bioluminescente”, disse a bióloga marinha e apresentadora de vida selvagem Lauren Arthur, que trabalhou nas Maldivas durante oito anos e regressou recentemente para filmar a vida marinha.

A bioluminescência é uma reação química que produz luz, enquanto o plâncton é um termo coletivo para organismos microscópicos que não conseguem controlar os seus movimentos – limitam-se a flutuar nas correntes.

Nem todo o plâncton é capaz de emitir luz (apenas espécies específicas o fazem), mas, mesmo assim, não emitem luz a toda a hora, apenas quando são perturbados, acrescentou. “Não há um sítio específico para encontrar plâncton bioluminescente. Pode ser encontrado em qualquer parte das Maldivas, ou mesmo em qualquer parte do mundo onde haja plâncton”.

Isto significa que, embora o famoso Mar de Estrelas das Maldivas não exista, poderá ver algo que se assemelha a um mar de estrelas – embora testemunhá-lo dependa em grande parte da sorte.

Um viajante que visita as Maldivas com pouco tempo pode fazer alguma coisa para aumentar as suas hipóteses de ver um mar de estrelas nas Maldivas? Arthur recomenda que a visita seja feita durante a Monção do Sudoeste (que começa em abril e vai até outubro), altura em que as correntes conduzem o plâncton do sudoeste para o nordeste do país e em que se encontram as maiores quantidades de plâncton.

Arthur também acredita que há mais hipóteses de o ver debaixo de água do que em terra.

“Se tivermos sorte, podemos vê-lo enquanto estamos sentados na praia com um bom copo de champanhe, mas a sorte é a palavra-chave”, disse Arthur. “A melhor maneira de o ver é entrar na água quando está cheia de plâncton e fazer snorkelling noturno. É uma das coisas mais excitantes que se pode fazer.”

Arthur também observou plâncton bioluminescente muitas vezes durante a lua nova, quando há muito pouca luz ambiente, e recomenda que os viajantes tomem as seguintes medidas:

“Primeiro, reúna o seu grupo na água e depois desligue as lanternas à prova de água. No momento em que as desligamos, é muito assustador, mas comecem a mexer os braços e as pernas como loucos”. Isto vai criar movimento na coluna de água. “Estamos a perturbar o plâncton que emite luz – quer seja perturbado por um predador ou mesmo por um ser humano a nadar. Assim que os perturbamos, estamos a flutuar entre as estrelas”.

Alguns centros de mergulho e de desportos aquáticos, como o Maafushi Dive & Watersports, podem oferecer viagens nocturnas de snorkelling, mediante pedido, para o ajudar a procurar plâncton bioluminescente.

Mas nenhum biólogo marinho consegue oferecer uma explicação biológica para o facto de duas ilhas das Maldivas com nomes semelhantes se terem tornado famosas como o local onde se pode ver o “Mar de Estrelas”. “É impossível que o plâncton seja atraído para uma única ilha”, disse Arthur.

No entanto, se é uma das 320 000 pessoas que pesquisam mensalmente no Google por “Mar de Estrelas”, provavelmente já encontrou inúmeras fontes que o aconselham a ir a Vaadhoo ou Vadoo. Vaadhoo é uma ilha habitada no Atol de Raa, com uma população de 626 habitantes, enquanto Adaaran Prestige Vadoo é uma ilha resort privada, a cerca de 120 milhas de distância, no Atol de Malé do Sul.

As referências a estas duas ilhas remontam a 2013, quando se tornaram virais as imagens de uma praia coberta de belo plâncton bioluminescente. Vaadhoo ou Vadoo foi citada como a localização, e continua a circular até hoje. Acontece que a referência a Vadoo foi provavelmente um erro de ortografia – a estância disse que nunca tinham visto muito plâncton bioluminescente, embora uma pequena quantidade tenha sido fotografada ali no passado. A foto viral original foi tirada numa praia em Vaadhoo.

Todo o burburinho da internet em torno de Vaadhoo ajudou a gerar uma indústria de turismo regional e, há quatro meses, Ismael “Issey” Naseer abriu a primeira pousada de Vaadhoo, a Vaadhoo View Inn. Naseer disse que, embora o plâncton bioluminescente possa aparecer em qualquer parte das Maldivas, as fotografias virais de Vaadhoo atraíram muitos viajantes para a zona para o procurarem. Anteriormente, só podiam ficar nas ilhas privadas próximas e ir de barco, mas Naseer decidiu desenvolver o turismo de base em Vaadhoo para beneficiar diretamente a comunidade.

“Achei que seria uma óptima oportunidade para abrir Vaadhoo ao mundo inteiro“, disse Naseer. “Embora tenhamos recursos naturais fantásticos, como plâncton bioluminescente, buracos de mergulho e mantas, ninguém teria a oportunidade de ficar aqui se não lhes abríssemos as portas. Nunca o podemos garantir, mas diria que 90% do ano é possível ver pelo menos uma pequena quantidade de plâncton bioluminescente aqui.”

E embora Vaadhoo não seja certamente a única ilha onde os viajantes podem ter a sorte de ver plâncton bioluminescente, o dinheiro gerado pelos turistas que o procuram vai diretamente para serviços locais independentes, como mercearias e cafés.

Este tipo de turismo só é permitido nas Maldivas desde 2009, quando foram legalizadas as casas de hóspedes nas comunidades insulares. Anteriormente, os viajantes só podiam ficar em ilhas resort privadas geridas por marcas hoteleiras e estavam completamente segregados dos habitantes locais.

Tal como Vaadhoo, muitas das 188 ilhas habitadas das Maldivas são pequenas e têm uma poluição luminosa mínima nas praias. Isto deve-se ao facto de os maldivianos não construírem normalmente junto à costa, ao contrário da maioria das ilhas turísticas que satisfazem o apetite dos estrangeiros por moradias de praia e restaurantes sobre a água, que projectam luz artificial sobre a linha costeira.

A escuridão nas praias das aldeias insulares pode facilitar a deteção de plâncton bioluminescente, caso exista. E as ilhas habitadas menos povoadas das Maldivas, como Fulidhoo, no Atol de Vaavu, ou Dhangethi e Dhigurah, no Atol de Ari do Sul, têm as praias mais escuras; Dhigurah tem uma extensão de três quilómetros completamente subdesenvolvida.

Arthur resumiu perfeitamente o espetáculo único: “São como pequenos diamantes debaixo de água, e é a coisa mais bonita que alguma vez verás.”

ZAP // BBC



O que se passa em Madrid, a nova “Miami da Europa”?

Pixabay

Madrid, Espanha

Um novo perfil de migrantes tem chegado a Madrid nos últimos anos e mudado cada vez mais o panorama habitacional. Hoje, “o grande problema de Madrid é a habitação”, garante o autarca da capital espanhola.

A capital de Espanha é um dos destinos preferidos dos migrantes latino-americanos que procuram trabalho num país com o mesmo idioma que o seu.

Há muito tempo que a cidade recebe trabalhadores peruanos, equatorianos, colombianos e de outras nacionalidades que trabalham em áreas como o cuidado de idosos e doentes, construção civil e noutros setores que nem sempre conseguem empregados suficientes com a mão de obra local.

Espanha é, por exemplo, o país da União Europeia que mais acolhe refugiados venezuelanos.

No entanto, embora continuem a chegar migrantes com dificuldades financeiras, surgiu um novo perfil de migrantes latino-americanos nos últimos anos, com mais recursos.

“Quase todos os clientes que ajudamos a emigrar para Espanha são pessoas com altos rendimentos, que não têm necessidade de gerar rendimentos lá”, diz Alexandre Rangel, diretor-geral da Siespaña, empresa especializada em aconselhar estrangeiros que pretendem estabelecer-se em Espanha.

Na verdade, há alguns anos desembarcaram no país bilionários latino-americanos conhecidos — como o mexicano Carlos Slim, que adquiriu parte da FCC, gigante espanhola de infraestrutura e o banqueiro venezuelano Juan Carlos Escotet, que hoje controla o Abanca, um dos principais bancos do país.

Mas como aponta Nuria Vilanova, do Ceapi, associação de dirigentes de empresas ibero-americanas, “agora chegam investidores interessados em aplicações nas quais não é necessário tanto capital, e muitos estão a investir em aquisição de imóveis para alugar a turistas“.

Afinal, o que é que fez com que a antiga capital aninhada no seco planalto castelhano se tornasse tão atraente?

“É como estar em casa”

“A maioria dos que chegam pela primeira vez [a Madrid] valorizam a qualidade de vida, os serviços públicos, os restaurantes que abrem todos os dias, o transporte público e, acima de tudo, a tranquilidade de viver num país seguro, pois no seu viviam permanentemente ameaçados pelo crime”, explica Rangel.

Espanha e a sua capital oferecem também a possibilidade de proteger ativos ameaçados por decisões governamentais inesperadas ou pela turbulência monetária a que a América Latina está habituada numa moeda sólida como o euro.

Mas também há outros fatores, talvez mais intangíveis, como explica Eladio Duque, um dos muitos clientes que Rangel ajudou a emigrar.

“Vivi 12 anos em Miami e nunca me senti em casa; quando cheguei a Madrid senti-me em casa desde o primeiro dia“, confessa o venezuelano.

Eladio mudou-se para Miami quando Hugo Chávez governava a Venezuela. Criou uma empresa de decoração e conseguiu nacionalidade norte-americana, mas em 2022 apaixonou-se por Madrid. Agora administra o seu negócio em Miami à distância, no seu apartamento na área do Tribunal de Madrid. Para si, a capital espanhola é “a cidade mais maravilhosa do mundo.”

“Aqui as pessoas não me procuram pelo que tenho, mas pelo que sou”, diz o venezuelano, que em poucos meses poderá solicitar a cidadania, um processo muito mais rápido e fácil em Espanha do que nos EUA.

A lei espanhola permite que os cidadãos ibero-americanos solicitem a nacionalidade com apenas dois anos de residência legal no país — e o visto de residência também é mais fácil de obter do que nos EUA.

Além disso, para quem tem elevado poder de aquisição, há outros facilitismos, como a redução de 85% nas mensalidades nas universidades de Madrid para estudantes ibero-americanos, anunciada no final do ano pelo governo regional.

Segundo Vilanova, “Espanha está a desbancar os EUA como o lugar onde são criados os filhos dos líderes empresariais latino-americanos”, e as diferenças na política de migração dos dois países surgem como um dos motivos.

Rangel diz que a maioria dos seus clientes pensa primeiro em Miami porque tem família lá ou já a visitou em algum momento, “mas depois apercebem-se que na realidade os EUA fecharam as portas à migração legal“.

Embora existam delitos como furto de telemóvel e de carteiras — especialmente no centro da cidade e em locais turísticos muito concorridos — Madrid é geralmente considerada segura e a sua taxa de criminalidade é baixa.

A mexicana Carla Chanes diz que se mudou para Madrid porque vivia com medo de ser vítima de um crime na Cidade do México.

Carla vive com a sua família a cerca de 30 quilómetros de Madrid, no município histórico de Alcalá de Henares, conhecido por ser o local de nascimento de Miguel de Cervantes.

A sua filha estuda numa escola particular subsidiada pelo governo regional. Paga 40 euros por mês — muito menos do que gastaria num colégio particular no México.

“Aqui apercebemo-nos de que é possível viver gastando menos“, diz a mexicana, que vai sustentando a família com ajuda de poupanças. No início foi difícil mas, com o tempo, deu-se conta de que já não tinha medo de que alguém levasse o seu filho enquanto andava na rua. “A tranquilidade de viver num país seguro não tem preço”, afirma.

Mas se Carla sente que foi recebida em Madrid “de braços abertos”, alguns dos que já moravam ali começam a perceber que a metrópole está a tornar-se mais cara.

Arrendamento cada vez mais caro

Andrés Pradillo, porta-voz do Sindicato dos Inquilinos de Madrid, diz que o fenómeno dos estrangeiros que compram casas em Madrid está a crescer desproporcionalmente.

“Os arrendamentos aumentaram 60% desde 2015 e muitas famílias já têm de colocar mais de metade da sua renda na habitação”, diz Pradillo.

Mais de metade das casas vendidas em Espanha no ano passado foram pagas a pronto, o que, segundo Pradillo, indica que “são casas não para habitação, mas para especular e obter grandes rendimentos em zonas com rendas muito elevadas”.

Como resultado, “muitas pessoas em Madrid estão desiludidas por estarem a ser expulsas dos seus bairros” — e a ideia de que as autoridades devem regular os preços dos alugueres tem ganhado cada vez mais tração na política espanhola nos últimos anos.

O presidente da câmara, José Luis Martínez-Almeida Almeida, admite que “tal como em outras grandes cidades, o grande problema de Madrid é a habitação“, mas que, ao mesmo tempo, “a chegada de pessoas com capacidade de investir é uma boa oportunidade para a cidade”.

O presidente diz que vai vender terrenos públicos para que promotores construam habitações a preços acessíveis. “Nos próximos anos aumentaremos em quatro mil o número de casas disponíveis para alugar em Madrid”, garante.

Novos empreendimentos urbanos prometem 10,7 mil habitações com subsídio de 60% pelo governo, mas ainda não se sabe se serão suficientes para aliviar o défice habitacional.

ZAP // BBC



É desta que a Ponte Maria Pia vai ser útil? Com portagem

António Amen / Wikimedia

Ponte Maria Pia, Porto

Projecto prevê que a ponte seja integrada num circuito turístico. Mas Gaia, sozinha, não paga.

A Ponte Maria Pia está fechada desde 1991. A primeira ligação ferroviária entre Porto e Gaia, construída pelo famoso Gustave Eiffel em 1877, está abandonada desde que a alternativa foi inaugurada: a Ponte São João.

33 anos depois, o assunto tem sido debatido ao longo dos últimos tempos, querem a reabertura da infraestrutura – mas a Câmara Municipal de Gaia, sozinha, não paga pelas obras.

“Se depender da Câmara de Gaia, a Ponte Maria Pia, que foi deixada ao abandono pelo Estado, não abre”, disse o presidente Eduardo Vítor Rodrigues, em assembleia municipal realizada há quase um mês.

O presidente da Câmara explicou que a ponte está sob a responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP); além de ter dúvidas sobre a segurança de uma ponte que só tem um carril e é “muito estreita”.

“Estamos disponíveis (Gaia e Porto) mas tem que ser a IP a assumir a responsabilidade e a disponibilidade para fazer parte da solução. Se depender dos municípios, não vai abrir. Não temos dinheiro, nem o ‘know how’ (conhecimento) para fazer a gestão”, acrescentou.

Eduardo Vítor Rodrigues avisou que seria preciso colocar um tabuleiro novo numa “ponte abandonada” e que a intervenção “custaria todo o dinheiro que temos para investir na via pública, por ano. Têm que ser investidos milhões de euros”.

Circuito turístico

Nesta segunda-feira foi apresentado um projecto que prevê a inclusão da ponte num circuito turístico que também chega às escarpas do rio Douro. A ideia foi apresentada pela Liga dos Amigos da Ponte Maria Pia.

O circuito turístico “In Illo Tempore” seria pedonal e através de vai-vem, descreve o Porto Canal. A ideia é ser auto-sustentável, com uma receita 1 milhão de euros por ano.

A ideia passa por criar um percurso pedonal desde a Ribeira do Porto, passando pela Avenida Gustavo Eiffel, seguiria pelo Parque da Ponte Maria Pia, já do lado de Gaia, e seguia a escarpa até às Caves do Vinho do Porto.

Cada pessoa pagava uma portagem para atravessar a ponte: 10 euros por pessoa a pé, 20 euros por pessoa no vai-vem.

Segundo este projecto, vão ser precisos 15 milhões de euros para a reabilitação inicial da ponte – esse dinheiro seria conseguido através de um fundo da Liga em parceria com as Câmaras Municipais do Porto e de Gaia, com a colaboração financeira e técnica da IP.

Na reunião da Liga dos Amigos da Ponte Maria Pia estiveram mais de 30 pessoas, incluindo o deputado Miguel Guimarães, antigo Bastonário da Ordem dos Médicos.

ZAP //



Quer ganhar uma viagem grátis à Finlândia? Só tem que contar o seu “truque da felicidade”

A Finlândia continua a ser o país mais feliz do mundo e quer mostrar aos cidadãos estrangeiros por que é que isso acontece. Assim, está a oferecer viagens grátis a quem quiser confirmar in loco o que faz a felicidade dos finlandeses.

No âmbito da divulgação do Relatório Mundial da Felicidade da Organização das Nações Unidas (ONU) que coloca a Finlândia, pelo sexto ano consecutivo, no primeiro lugar, o país nórdico volta a lançar uma campanha de marketing que pretende incentivar o turismo, tal como já tinha feito no ano passado.

Assim, está a organizar um passatempo para viagens grátis ao país durante uma visita de cinco dias em Junho de 2024, que será organizada no sentido de mostrar aos turistas vencedores como viver uma vida mais feliz – no fundo, trata-se de mostrar-lhes de que forma podem “dominar a felicidade” como um finlandês.

Mas, para ganhar esta possibilidade, é preciso participar num desafio nas redes sociais, que passa por contar, num vídeo, qual é o seu “truque para a felicidade”. Também deve dizer porque é que merece ser escolhido.

Este vídeo deve ser gravado em Inglês e precisa ainda de marcar a página @ourfinland no Instagram e de usar as hashtags #HelsinkiHappinessHacks e #VisitFinland quando divulgar o seu vídeo.

Além disso, o perfil do candidato no Instagram deve ser público.

Precisa ainda de preencher o formulário no site Helsinkihappinesshacks.com.

O concurso decorre até ao próximo dia 4 de Abril de 2024, para poder experimentar in loco o “truque para a felicidade” dos cidadãos de Helsínquia, a capital finlandesa.

Os vencedores do passatempo terão todas as despesas pagas, incluindo as passagens aéreas e o alojamento.

Durante a estadia de cinco dias na Finlândia, terão acesso a várias actividades que incluem aulas de natação selvagem, caminhadas pela floresta e acesso a iguarias da gastronomia local.

E, claro, vão também aprender o “truque de felicidade” dos finlandeses.

 

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Susana Valente, ZAP //



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