Sábado, Maio 24, 2025
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A estranha razão pela qual não deve levar roupa de camuflagem para um cruzeiro

lubasi / Wikimedia

Cruzeiro da Seadream

Em muitos dos principais destinos de cruzeiros, usar roupas com padrão de camuflagem é ilegal e está apenas reservado aos militares.

Vai embarcar num cruzeiro pelas Caraíbas? Então é melhor deixar a sua roupa com padrão de camuflagem em casa.

Em muitos dos principais destinos de cruzeiros, como Antígua, Barbados, Granada, Jamaica, Santa Lúcia e Trindade e Tobago, usar estas roupas é ilegal. Esta regulamentação estende-se além dos próprios navios, já que empresas de cruzeiros como a Royal Caribbean aconselham contra a embalagem de camuflagem para evitar problemas no porto.

A proibição de vestuário de camuflagem tem raízes na sua associação com o pessoal militar, visando prevenir confusão e respeitar as leis locais. A restrição não se trata apenas do potencial para haver equívocos de identidade, mas é também uma questão de segurança pública e ordem, com preocupações sobre a sua afiliação com atividades criminosas.

Esta regra já apanhou muitos viajantes de surpresa, havendo inclusive casos aqueles que tiveram sarilhos legais por inadvertidamente usarem vestuário de camuflagem em terra, explica o Reader’s Digest.

Especialistas em viagens enfatizam a importância de estar bem informado sobre estas regulamentações antes de zarpar. As empresas organizadoras dos cruzeiros frequentemente fornecem estas informações nos seus sites e através de comunicações a bordo para garantir que os hóspedes estão preparados para as suas visitas a estes destinos.

Para aqueles que possam embalar inadvertidamente itens de camuflagem, o conselho é simples: deixá-los no navio. A bordo, usar camuflagem pode ser aceitável, mas é desaconselhado quando num porto ou visível de espaços públicos nos países que está a visitar, por respeito aos costumes e leis locais.

Além da camuflagem, existem outros itens e substâncias que são proibidos nos navios de cruzeiro, incluindo pequenos aparelhos elétricos, como mantas elétricas ou ferros, marijuana medicinal e drones. Estas regulamentações estão em vigor para garantir a segurança e a conformidade com as políticas da linha de cruzeiro e as leis internacionais.

ZAP //



Portugal está prestes a ganhar seis novas praias

ZAP

A decisão final depende da avaliação da qualidade da água. No total, Portugal deve ficar com 506 praias vigiadas na próxima época balnear.

Portugal está a preparar-se para ganhar seis novas praias, com a vigilância de nadadores-salvadores e a adição de novas infraestruturas, como casas de banho.

De acordo com a lista provisória da Agência Portuguesa do Ambiente, o país contará com 506 praias vigiadas entre maio e outubro, distribuídas pelo litoral e interior, sendo 351 na costa e 155 no interior.

Na costa de Ovar, três praias foram propostas pela autarquia local para se tornarem oficiais: Santa Marinha, Praia Velha dos Pescadores e Furadouro Sul. Estes locais, que já atraem um número significativo de banhistas, contarão com o apoio de 25 nadadores-salvadores contratados pela autarquia.

O interesse crescente por estas áreas é atribuído à erosão costeira, especialmente notável na Praia do Furadouro, que tem deslocado banhistas para outras zonas, explica o JN.

Além do reforço na segurança através de nadadores-salvadores, outras medidas incluem a presença de bombeiros e da Polícia Marítima para garantir a proteção dos frequentadores das praias.

No interior do país, as novidades incluem praias fluviais em Folques (Arganil), na Barragem do Alvito (Portel) e na Barrinha de Mira, que também serão equipadas com infraestruturas de apoio e lazer.

A oficialização destas praias depende de um parecer favorável das autoridades de saúde quanto à qualidade da água, um requisito essencial para a sua inclusão na lista de praias vigiadas.

Uma vez garantida a qualidade da água, será definido um plano de assistência a banhistas, que necessita de aprovação pela Autoridade Marítima Nacional.

Este esforço para aumentar o número de praias vigiadas vem na sequência de um ano em que se registaram 16 mortes nas praias portuguesas, com a Autoridade Marítima Nacional a reportar 730 salvamentos e 1839 ações de primeiros socorros.

ZAP //



Machu Picchu em greve por tempo indeterminado. Turistas forçados a sair

sandeepachetan.com / Flickr

Cidade inca de Machu Picchu

Centenas de turistas forçados a abandonar apressadamente a joia peruana e uma das sete maravilhas do mundo. Protestos contra a “privatização sistemática” da cidade inca partem para o quinto dia consecutivo.

Saída de turistas, protestos, encerramento de empresas e uma “greve por tempo indeterminado”. É este o cenário atual em Machu Picchu, o icónico local arqueológico do Peru considerado uma das sete maravilhas do mundo moderno.

A situação conturbada ocorre depois de uma empresa privada, Joinnus, assumir a comercialização dos bilhetes do local. Os manifestantes consideram que a novidade representa uma “privatização sistemática” da cidade inca e, pelo quarto dia consecutivo desde quinta-feira, os operadores turísticos e residentes mantiveram esta segunda-feira os seus negócios fechados e bloquearam o acesso à região em protesto.

As atividades dos comboios que levam as pessoas ao parque arqueológico também foram suspensas por precaução, provocando a saída apressada de centenas de turistas.

Machu Picchu, uma das joias do turismo peruano, atraiu cerca de 4,5 milhões de visitantes ao país antes da pandemia em 2020.

O que pedem os manifestantes?

Os manifestantes exigem o cancelamento do contrato com a Joinnus.

Após negociações infrutíferas entre os ministros da Cultura e do Comércio Externo e Turismo, o presidente da câmara de Machu Picchu e o governador Werner Salcedo declararam este domingo a “radicalização” da greve.

Grande parte dos protestos são dirigidos contra a ministra da Cultura peruana, Leslie Urteaga, a quem é atribuída culpa por permitir a venda de bilhetes pela Joinnus.

Ministra da Cultura, não alugue Machu Picchu, alugue a sua casa“, dizia uma das faixas carregadas pelos manifestantes, que também questionam “a cobrança de uma comissão de 3,9% por bilhete vendido” pela empresa, segundo comunicado do coletivo popular de Machu Picchu.

Urteaga negou que a venda de bilhetes estivesse a ser privatizada, defendeu que “Machu Picchu pertence a todos os peruanos” e propôs uma mesa de diálogo para encontrar uma solução.

A empresa Joinnus, por outro lado, disse que se colocou “à disposição” do Ministério da Cultura para iniciar um novo processo seletivo caso seja necessário e que “renunciou voluntariamente ao recebimento da comissão variável por bilhete por um período de seis meses.”

No entanto, as declarações não parecem ter acalmado os manifestantes, que aguardam agora o resultado de negociações marcadas para esta terça-feira, 30 de janeiro.

“Impacto de milhões” na economia

O turismo está a ser a grande vítima da paralisação por tempo indeterminado. Centenas de visitantes não conseguiram aceder à atração turística ou voltar para as suas acomodações, o que levou as autoridades a intervir para realojá-los.

Vários órgãos de comunicação social publicaram imagens de turistas a completar a viagem a Machu Picchu a pé e sob chuva.

Carlos González, presidente da Câmara de Comércio e Turismo de Ollantaytambo, outro importante ponto de acesso às ruínas, estimou que 1.800 turistas tiveram de ser retirados.

O Defensor do Povo do Peru “rejeitou o bloqueio de estradas pelos manifestantes” e insistiu que “todas as reivindicações devem ser canalizadas através do diálogo”. O direito de protestar “não confere poder aos manifestantes para impedir a livre circulação ou afetar os direitos de outras pessoas”, acrescentou.

Os encerramentos também prejudicaram a economia local.

Roland Llave, reitor da Faculdade de Turismo de Cuzco, disse à rádio peruana RPP que “o impacto é de milhões de soles” para as famílias da região. Elas dependem em grande parte do fluxo de viajantes que necessitam de guias, hotelaria e alojamento.

Machu Picchu, declarado em 1983 Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), enfrentou vários desafios nos últimos tempos.

No final de dezembro, os ministérios da Cultura, do Comércio Externo e Turismo e do Meio Ambiente anunciaram o aumento do número de visitantes para até 5.600 pessoas em dias específicos e 4.500 em datas comuns.

Durante décadas, a região sofreu com problemas de conservação e sustentabilidade devido ao elevado número de visitantes.

Em setembro, o próprio Ministério da Cultura anunciou o encerramento da visita a três setores da cidade inca devido ao desgaste dos seus elementos líticos. Antes, no início de 2023, a atração ficou fechada por cerca de um mês devido a bloqueios feitos por protestos contra o governo.

ZAP // BBC



Relógio da Torre dos Clérigos atrasou 40 minutos. A culpa é de um turista

António Amen / Wikimedia

Igreja e Torre dos Clérigos, no Porto

O relógio da Torre dos Clérigos, no Porto, está atrasado 40 minutos desde segunda-feira, depois de um turista ter danificado um dos seus veios, revelou à Lusa o diretor executivo da Irmandade dos Clérigos, António Tavares.

O relógio teve uma “pequena avaria” depois de um “turista ter mexido num dos veios mecânicos”, situação que provocou “um atraso de cerca de 40 minutos”, explicou António Tavares.

O diretor da Irmandade dos Clérigos, instituição solidária responsável pela gestão do conjunto arquitetónico da Igreja e Torre dos Clérigos, revelou que “um dos veios é mais ou menos acessível ao toque do turista”, e que “não é a primeira vez que isto acontece”.

Vamos tomar medidas de proteção do veio e da parte mecânica do relógio”, assinalou António Tavares, que informou estar a reparação prevista para “quarta-feira de manhã”.

Questionado sobre os custos da reparação, António Tavares disse serem “sempre valores significativos” que vão “ampliar o investimento” que vem sendo feito “há algum tempo [pela irmandade] na reparação, manutenção e melhoria do relógio”.
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Segundo o diretor executivo, apesar de “não ter sido possível identificar o responsável pelo dano”, o facto de nos últimos dias “apenas terem sido turistas a subir à torre” sustenta a convicção quanto ao autor da avaria provocada no relógio centenário.

A Torre dos Clérigos é um dos mais emblemáticos monumentos da cidade do Porto, em Portugal. Foi projetada pelo arquiteto italiano Nicolau Nasoni no século XVIII, sendo parte de um conjunto arquitetónico que inclui a Igreja dos Clérigos.

A torre, concluída em 1763 e classificada como Monumento Nacional desde 1910, destaca-se pela sua altura imponente de cerca de 76 metros, sendo considerada um dos mais altos edifícios de Portugal na época.

É conhecida pela sua arquitetura barroca e pelas vistas panorâmicas da cidade que oferece aos visitantes que sobem os seus 240 degraus.

Além de ser um ponto turístico popular, é um ícone cultural e histórico do Porto, simbolizando a riqueza artística e a importância religiosa da cidade ao longo dos séculos.

ZAP // Lusa



Surf de rio pode ser “filão turístico”. Mcnamara de Barcelos surfou onda no Cávado

O basco Nicolás Espinosa, de 21 anos, virou protagonista depois de ter surfado uma onda no rio Cávado, em Barcelos (Braga). O estudante de turismo em Viana do Castelo diz que o surf de rio pode ser uma oportunidade para atrair “novos turistas”.

Um vídeo com Nicolás a surfar uma onda na zona por baixo da ponte medieval de Barcelos, no rio Cávado, tornou-se viral, espalhando-se pela Internet. Logo surgiram referências ao “Mcnamara de Barcelos” numa alusão ao conhecido surfista Garrett McNamara que é fã das ondas gigantes da Nazaré.

O jornal O Minho descobriu o autor da façanha, chegando ao jovem estudante de Turismo no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) no âmbito do programa Erasmus.

Nicolás pratica surf desde pequeno e até tem o curso de instrutor, mas confessa que foi a primeira vez que fez “river surf”, ou surf de rio.

“Sabia que em lugares como Munique [Alemanha] e na Suíça há gente que surfa no rio, mas eu nunca o tinha feito”, refere ao O Minho, notando que “é uma oportunidade poderosa” para Barcelos, e para Portugal em geral.

O surf de rio “pode trazer muitos turistas novos” e “abrir muitas portas”, destaca o jovem estudante, salientando que pode ser um “filão turístico”.

Nicolás nota que escolheu Viana do Castelo para fazer Erasmus porque “há muitas praias aqui”. Mas “nunca tinha visto uma onda de rio ao vivo”, nota. Quando a viu, não resistiu.

“Com alguns vídeos que vi na Internet e com a minha experiência no surf, percebi que a onda que havia em Barcelos era uma boa onda“, realça.

“Há quem ache que é preciso muita habilidade, muito conhecimento, mas não é assim tão difícil”, revela ainda Nicolás ao O Minho sobre a prática de surf, salientando que só é preciso “saber por onde entrar e conhecer um pouco como funcionam as correntes do rio”.

Susana Valente, ZAP //



Há uma cidade europeia onde tirar selfies é “embaraçoso”

Em Berlim, há cada vez menos pessoas a posar com as câmaras dos telemóveis em público — e tirar uma selfie é visto como um ato de vaidade.

Não é novidade que os alemães valorizam muito a sua privacidade. Segundo uma pesquisa de 2017 da Universidade de Hohenheim sobre atitudes, comportamentos e percepções de privacidade, os cidadãos alemães revelam informações pessoais “muito raramente”.

E quando se trata de partilhar fotos deles próprios nas redes sociais, como uma selfie no Instagram, os investigadores descobriram que “apenas alguns alemães” acharam “útil” fazê-lo.

“A maior percentagem foi encontrada entre os participantes mais jovens (7%)”, observou o relatório, citado pela BBC.

“A Alemanha é um dos países onde as preocupações com a privacidade são notavelmente mais acentuadas”, disse Philipp Masur, coautor do relatório de 2017 e professor assistente na Vrije Universiteit Amsterdam, onde estuda comunicação digital e o impacto das redes sociais no nosso dia a dia.

“Na antiga Alemanha Oriental, a vigilância estatal pronunciada pode ter levado as pessoas a estarem um pouco mais preocupadas com questões relacionadas com a privacidade”, acrescenta Masur.

Mas enquanto esta história pode ajudar a explicar uma preocupação contemporânea com a privacidade online de atores estatais ou até uma desconfiança anticapitalista persistente de grandes empresas – e o que elas poderiam estar a fazer com dados carregados nas suas plataformas – pode haver mais neste medo de tirar selfies em público em Berlim.

Muitos residentes de Berlim acreditam que a sua cultura “sem selfies” se desenvolveu através da sua famosa “cena noturna” em bares e discotecas – cujos locais sagrados procuram manter um ar de segredo mais bem guardado da internet e encorajar os festeiros a aproveitar o momento.

Isso porque não só as discotecas de Berlim acolhem alguma da melhor música techno do mundo, mas também são consideradas uma exceção em termos do que oferecem aos seus clientes: um lugar onde as pessoas são dispensadas de agir de uma forma que nem sempre é aceite em público.

A Berghain (que defende a regra “fotos não” desde que introduziu, em 2006), a ://about blank e a Sisyphos, continuam a ser as discotecas mais conhecidas com aversão à fotografia em Berlim.

Marta Lodolr, uma artista de performance e residente em Berlim há nove anos, diz acreditar que, para uma grande cidade na Europa, Berlim parece uma cidade pequena com um “alto nível de liberdade” para desfrutar do momento em espaços partilhados.

“Há tantas coisas que podem ser vividas fora do mundo online”, disse, acrescentando que não são apenas as discotecas que exigem que os seus clientes não tirem fotos. “Há também outros lugares onde, por respeito às pessoas que entram, ou pelo respeito ao próprio local, as selfies não são permitidas.”

De facto, este desejo de viver o momento é algo que é evidente noutros espaços da cidade. Na popular piscina Badeschiff no Rio Spree, há sinais na entrada a dizer que a fotografia não era permitida. E quase nunca se vê um mar de pessoas a segurar as suas câmaras para filmar músicos a atuar em concertos em Berlim.

Além disso, embora não haja uma proibição explícita, Berlim é o lar de espaços pós-guerra altamente solenes – como o Memorial aos Judeus Mortos da Europa em Mitte – onde a fotografia é vista como altamente inadequada, se não proibida.

Será que os valores de Berlim, como a privacidade e a liberdade de não ser fotografado, poderão ser erodidos pela crescente pressão noutras cidades para que os profissionais tenham uma presença ativa online?

“Basicamente, acho que a cidade está a tornar-se mais como outra cidade europeia”, disse Lodolr, referindo-se ao que vê como uma mudança gradual das atitudes mais anti-capitalistas em Berlim.

“Antes, este tipo de nível de liberdade estava, digamos, espalhado nos preços, alugueres e comunidades. Mais investidores estão interessados em comprar edifícios na cidade.”

De facto, segundo Masur, as preocupações com a privacidade na Alemanha estão a alinhar-se mais com outros países. “Uma das minhas suposições seria que isso tem a ver com o avanço da globalização. Estamos mais expostos a outras pessoas, o que significa convergência até certo ponto”.

Veja-se o caso de Amelie Stanescu, influenciadora de moda e empresária baseada em Berlim, que publica frequentemente selfies para os seus 64 mil seguidores no Instagram: “As pessoas olham muito para nós, em Berlim”.

“Não acho que olhem porque pensam que estás a fazer algo pateta ou o que seja. Acho que estão apenas a olhar para ver o que estás a fazer.”

Mas, apesar de qualquer constrangimento, ainda tira selfies em público para os seus canais e para ser bem-sucedida no seu trabalho.

Faço-o por trabalho e gosto“, disse. “Neste ponto da minha vida e carreira, não posso pensar ou considerar os sentimentos dos outros quando faço o meu trabalho.”

A “nova Islândia” fica em Portugal

Ainda a ser descoberto pelo resto do mundo, o “Havaí do Atlântico” tem, além de florestas tropicais, praias de lava negra e uma abundância de flores silvestres, grande potencial para se demarcar na área do turismo sustentável.

Nas nove ilhas do arquipélago dos Açores, há quem acredite que pode nascer uma nova forma de ecoturismo rentável, inspirado numa história de sucesso islandesa — a observação de baleias.

“Faz todo o sentido”, confessa à Forbes o empreendedor Ali Bullock, que direcionou recentemente os seus lucros provenientes da indústria do gin para a sua Fundação Ocean Azores, que financia uma campanha para que os Açores sejam listados como um Local de Património das Baleias.

As águas açorianas são um ponto de encontro para mais de 20 espécies de cetáceos, incluindo cachalotes, baleias-azuis, baleias-de-bossa e golfinhos, com destaque para os meses compreendidos entre abril e outubro.

O grande objetivo do empresário e antigo patrocinador da Red Bull e Fórmula 1 é que as nove ilhas sejam reconhecidas não só como um dos principais destinos de observação de baleias do mundo, mas como o principal destino sustentável de observação de baleias do mundo.

Na Islândia, aquilo que era uma economia centrada na caça comercial de baleias tornou-se um centro ecoturista de observação deste belo, gigante animal.

Nos Açores, onde já não se caçam baleias há quase 50 anos, depois de ser emitida uma moratória sobre a caça comercial de baleias, o cenário é ainda mais favorável do que na Islândia — onde a atividade, embora amenizada, ainda está presente.

Os Açores precisam de se vender melhor. São um lugar totalmente único e mágico”, diz, destacando, para além das baleias, os hotéis de pequena escala geridos por famílias, as empresas de turismo de aventura e restaurantes de qualidade das ilhas.

ZAP //



O polémico “maior projeto de construção do mundo” está a nascer no México

Francisco Colín Varela / Flickr

Este projeto de construção tem sido apelidado como “o maior projeto de construção do mundo” e marcará uma nova forma de os viajantes experimentarem os antigos locais maias do México. Então, por que é tão controverso?

Localizada na Península de Yucatán, no sudeste do México, a cidade de praia Tulum Pueblo é famosa pelas suas águas turquesa, hotéis eco-boutique e ruínas maias no topo de penhascos.

Desde 2017, o turismo em Tulum explodiu. O que costumava ser uma faixa de praia selvagem com retiros de meditação com telhado de palha de coqueiro agora é um dos destinos turísticos mais populares do México.

Em 2022, as Ruínas de Tulum – uma das últimas cidades habitadas pelos maias antes da conquista espanhola em 1526 e a única construída à beira-mar – receberam mais de 1,3 milhão de visitantes. No mesmo ano, o número de visitantes em julho e agosto no maior aeroporto internacional de Yucatán, Cancún, aumentou em quase quatro milhões em comparação com os números pré-pandemia.

Em resposta ao crescimento impressionante da região, o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador ordenou que o exército construísse um novo aeroporto internacional em Tulum a toda velocidade. Em dezembro de 2023, menos de dois anos após o início da construção, Obrador inaugurou o aeroporto com os seus três primeiros voos de entrada. Embora o novo aeroporto atualmente receba apenas viajantes domésticos, espera-se que os voos internacionais comecem em março de 2024.

No entanto, a abertura do novo aeroporto de Tulum é apenas uma peça de um plano de turismo e infraestrutura muito mais ambicioso – um que Obrador ousadamente chamou de “o maior projeto de construção do mundo“.

Em 15 de dezembro de 2023, Obrador juntou-se à viagem inaugural de San Francisco de Campeche a Cancún a bordo do novo Tren Maya (Comboio Maia), uma rota ferroviária de 1500 km que, quando concluída, se estenderá desde o local arqueológico inscrito na UNESCO de Palenque, no estado de Chiapas, até a cidade de Chetumal, na fronteira com Belize.

A rota do comboio está atualmente dividida em sete secções, que serão abertas em fases. As secções de um a quatro, que percorrem 892 km a nordeste de Palenque a Cancún, foram inauguradas em dezembro, enquanto as secções de cinco a sete, que se ligam ao novo aeroporto de Tulum e terminam na cidade de Escárcega, estão programadas para abrir em fevereiro de 2024.

Quando estiver totalmente aberto ao público, a linha de comboio de 28,5 mil milhões de dólares irá atravessar cinco estados, 40 municípios e 181 cidades no sudeste do México. Ligará destinos turísticos como Cancún, Playa del Carmen e Tulum a cidades menos visitadas, reservas da biosfera e locais arqueológicos no interior da Península de Yucatán por meio de uma mistura de paragens diretas e transferências de autocarros complementares.

Entre o Tren Maya, o novo aeroporto de Tulum, a construção de uma refinaria de petróleo em Tabasco e a criação de uma linha de carga de costa a costa que se diz rivalizar com a do Canal do Panamá, o governo mexicano estará a criar centenas de milhares de empregos numa das regiões mais pobres do país. Além dos turistas, o Tren Maya também transportará carga e passageiros, facilitando o comércio e uma melhor conectividade em toda a península.

“Para a maioria das pessoas há muito tempo ignoradas no sul do México, o comboio não é apenas um comboio. É um megaprojeto de esperança“, escreveu Étienne von Bertrab, que tem pesquisando o Tren Maya proposto desde 2020 e está a trabalhar num livro sobre o assunto.

Mas, apesar de todos os benefícios turísticos e económicos propostos, o Tren Maya recebeu muitas críticas. A campanha Selvame del Tren – uma iniciativa de ativistas ambientais, mergulhadores em cavernas e arqueólogos para interromper o projeto – afirma que a rota ferroviária está a destruir o frágil ecossistema de Yucatán e a colocar em risco animais já ameaçados, como jaguares, macacos-aranha e as 398 espécies de aves que habitam a selva de Yucatán.

Num artigo do The Guardian, Sara López González, membro do Conselho Regional Indígena e Popular, chegou até a chamar o Tren Maya de “megaprojeto da morte” e “ecocídio”.

“O comboio passa pela selva, enchendo cenotes (lagos de sumidouro) e rios subterrâneos com cimento, sem nenhum estudo“, afirmou a Selvame del Tren num comunicado oficial. “Não somos contra o progresso. Pelo contrário, consideramos o desenvolvimento na Península como uma grande oportunidade para a justiça social, a reativação económica e a melhoria da infraestrutura, mas buscamos fazê-lo com pleno respeito pelo meio ambiente.”

“Não apenas o comboio foi construído sobre cenotes, que podem desabar a qualquer momento, mas também deslocou muitas comunidades maias“, disse Paulina Rios, uma jovem bióloga marinha da Cidade do México. “Os maias tiveram que se mudar das suas casas, onde viveram por centenas de gerações, por causa de um comboio em que provavelmente nunca conseguirão andar [porque é muito caro]. Isso não faz sentido.”

As preocupações com a quantidade de dinheiro público gasto no comboio também são evidentes, já que o custo estimado de 28,5 mil milhões de dólares é aproximadamente três vezes o orçamento original.

“Acho simplesmente que o dinheiro poderia ter sido gasto em coisas mais importantes, como habitação e conservação”, continuou Rios. “O México tem problemas muito maiores para se concentrar agora – um comboio que destrói as nossas florestas e comunidades indígenas não é uma prioridade.”

ZAP // BBC



As selfies de viagens estão a morrer aos poucos

Há quase 10 anos, o filho de cinco anos de Karthika Gupta foi atingido por turistas enquanto tentavam tirar uma foto com os bisontes que vagavam pelo Parque Nacional de Yellowstone.

Desde esse incidente perturbador, Gupta, uma fotógrafa e escritora, tem notado um aumento desse tipo de comportamento invasivo em busca da selfie perfeita.

Numa viagem ao Sri Lanka, pouco antes da pandemia, Gupta viu multidões de turistas a empurrar-se para conseguir uma foto digna do Instagram no Coconut Tree Hill, em Mirissa.

Embora ninguém tenha se magoado (que ela tenha visto), a diversão de Gupta foi prejudicada, e ela ficou frustrada por não conseguir ver completamente, muito menos fotografar, o famoso pôr do sol.

Gupta não é contra que se tirem fotos (também esperava conseguir algumas para o seu portfólio), mas não consegue suportar o que descreve como uma “falta de consideração pelos outros“.

O que deveria ser uma vista maravilhosa e cativante foi arruinado pela má educação de muitas pessoas a tentar fotografar o cenário espetacular.

Não é uma memória bonita“, disse Gupta sobre a sua visita a um dos pontos turísticos mais populares do Sri Lanka.

A cultura da selfie não é nova, assim como o “comportamento desviante”, de acordo com Vanja Bogicevic, professora associada clínica no Tisch Center of Hospitality da Universidade de Nova York, que observa que este último existe há muito tempo.

Mas com o surgimento das “viagens por vingança” e do “medo de perder”, o turismo excessivo – e a cultura da selfie, uma consequência aparentemente relacionada – acelerou desde a pandemia, explica.

Embora alguns destinos estejam a esforçar-se para atrair viajantes para atrações e regiões menos conhecidas – Bogicevic cita os esforços de Amsterdão para migrar o seu distrito da luz vermelha para as periferias da cidade e a tentativa de Florença de atrair viajantes para bairros menos familiares.

Outros destinos, como Veneza, parecem não conseguir escapar da sua popularidade na lista de desejos em detrimento dos valores da cidade e do desagrado dos seus habitantes.

No mês passado, uma gôndola que navegava pelos canais de Veneza virou quando um grupo de viajantes da China se recusou sentar-se e parar de tirar fotos. Não foi a primeira vez que um turista causou problemas em Veneza, e provavelmente não será a última na famosa cidade italiana – ou noutros locais.

Apesar dos esforços de destinos turísticos em todo o mundo do mundo que desejam que os turistas parem de ter de capturar cada segundo na câmara, existem visitantes que “vão contra as normas sociais, mostrando comportamentos desrespeitosos para a cultura”, disse Bogicevic.

Há governos a adotar medidas para restringir as viagens a determinados locais da lista de desejos, limitando as capacidades ou cobrando altas taxas aos visitantes. Alguns estão até a tomar medidas diretas contra sessões de fotos e selfies.

Há dois anos, a Nova Zelândia adotou uma abordagem inovadora para combater a cultura da selfie, instando os viajantes a pararem de tirar fotos inspiradas por influencers em pontos turísticos e a partilharem algo novo sobre as suas viagens no país.

Em maio passado, o hotspot turístico de Hallstatt, na Áustria, ergueu uma parede de madeira no seu local mais popular para selfies, bloqueando a vista dos Alpes em protesto contra a poluição sonora e o tráfego. Após a reação nas redes sociais, foi removido.

E no outono de 2023, a vila de Pomfret, no Vermont, Estados Unidos, chamou a atenção quando baniu os influencers que chegavam em massa para tirar fotos das suas folhas de outono idílicas.

Em Big Sur, Califórnia, a Sustainable Movements Initiative, que promove comportamento responsável ao longo da icónica e digna do Instagram Highway 1, não é contra a selfie, disse Rob O’Keefe, CEO e presidente do See Monterey, mas está a tentar fazer com que os visitantes vão além da selfie.

“O desafio com as selfies é quando tirar a foto se torna mais importante do que respirar a experiência real”, disse O’Keefe, que espera que as pessoas parem para aproveitar as vistas, reconhecendo que uma foto não lhes fará justiça.

Estas políticas podem ser úteis, e Bogicevic acrescenta que a educação e o exemplo – por parte dos destinos, empresas de turismo e até influenciadores de viagens – também são importantes, especialmente porque alguns lugares podem precisar da promoção, bem como dos dólares do turismo resultantes.

“Se alguém está a assistir ao canal do influenciador e é incentivado a ir para esse destino, talvez seja responsabilidade dos influenciadores educar os turistas”, disse.

A cultura da selfie arruinou as ruas de paralelepípedo de Dumbo, em Brooklyn, de acordo com Allison Tick, uma designer de interiores que se identifica como membro da Geração X.

Dumbo é o “exemplo perfeito” de como esse “fenómeno foi longe demais“, disse Tick, que aponta como uma rua inteira no bairro agora está bloqueada “para selfies”. “Em primeiro lugar, eu sei que isso mostra minha idade, mas até mesmo a palavra selfie, eu odeio. Está apenas a tirar fotos de si mesmo.”

Para incentivar experiências de viagem mais ricas e espontâneas, a FTLO (For the Love of Travel), empresa de viagens que principalmente projeta viagens em grupo para Millennials e Zoomers, lançou recentemente viagens sem telemóvel.

“Se alguém não consegue se comprometer com uma viagem inteira sem telefone”, eles são encorajados “a abraçar dias sem telefone”, disse Tara Cappel, CEO e fundadora da empresa, que acredita que essa prática permitirá que os participantes do grupo estejam totalmente presentes sem sentir a pressão de postar nas redes sociais e estar “acessíveis 24/7”.

Embora sejam principalmente os membros da Geração X que expressam o seu desagrado com a cultura da selfie, Cappel acredita que os Millennials e os viajantes da Geração Z também estão interessados em experiências sem distrações – desintoxicações digitais onde podem colocar seus telefones de lado e conectar-se com outros viajantes e com o ambiente de maneira genuína.

“Há uma diferença tão grande na experiência de viagem sem a pressão / muleta de um smartphone”, disse Cappel.

Tick não precisa necessariamente de uma viagem sem telefone; ela aprecia ter fotos para olhar depois de uma viagem. É a pose e o esforço pela perfeição na tentativa de tornar tudo parecer espontâneo que ela não suporta.

“Eu gosto de fotos e gosto de viajar e ter fotos para me lembrar das coisas”, disse Tick. Mas ela gostaria que fosse mais simples. “Se quer uma foto, tire uma foto.”

ZAP // BBC



Booking deixa de vender Ryanair (e preço dos voos pode baixar)

Fernando Timon / Wikimedia

Vista frontal da turbina de um avião Boeing 737-800 da RyanAir, estacionado no Aeroporto de Dublin, na Irlanda

A Booking e outras agências do mesmo grupo deixaram de vender voos da Ryanair. A medida deverá ter impacto não só no volume de vendas da empresa, tornando os voos mais baratos. Nos últimos tempos, a Ryanair tem tido problemas com este tipo de agências, que a acusam de monopolizar o mercado e de não permitir aos clientes uma escolha livre e justa.

Desde dezembro que a Booking.com deixou de vender os serviços da Ryanair.

O anúncio foi feito esta quarta-feira, através de um comunicado da companhia aérea irlandesa.

Se, por um lado, se prevê a queda drástica da venda de voos, nos próximos meses; por outro (e como consequência disso), os preços dos voos deverão baixar.

Prevê-se também que haja agora um crescimento das compras dos voos diretamente através do site da empresa – cumprindo-se o desejo da Ryanair.

Ryanair conseguiu o que queria?

A “guerra” entre a Ryanair e a as agências de reservas online já é antiga.

Como explica a Bloomberg, não se sabe, até ao momento, a razão pela qual as agências decidiram cortar com a Ryanair.

Sabe-se, no entanto, que a empresa irlandesa é frequentemente acusada de “abusar” do poder de mercado para manipular os serviços das agências, não permitindo aos aos clientes uma escolha livre e justa.

Por sua vez, a companhia aérea também tem queixas para com os serviços de reservas: nomeadamente, por cobrarem preços considerados excessivos pelos voos. Por este motivo, a empresa encoraja os passageiros a fazer as reservas diretamente através do site da companhia, onde as tarifas são mais baixas.

A Ryanair refere no comunicado que não espera que este cenário “afete de modo relevante” o tráfego de 2024, já que estes bilhetes representam apenas uma “pequena parcela” das reservas.

ZAP //



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