Terça-feira, Julho 8, 2025
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Passadiços do Paiva vencem “Óscar do Turismo” na Europa

Os Passadiços do Paiva foram esta noite um dos premiados da edição de 2016 dos World Travel Awards, considerados os Óscares do Turismo a nível mundial, e que distinguiram o projeto de Arouca como o mais inovador da Europa.

Inaugurado em junho de 2015, os Passadiços do Paiva vieram permitir a visita a áreas de escarpa antes intocadas pela presença humana.

O percurso pedonal, que se estende por oito quilómetros ao longo das margens do Rio Paiva, venceu esta noite na Sardenha, em Itália, a categoria de Projeto de Desenvolvimento Turístico Líder na Europa.

Para Margarida Belém, vice-presidente da Câmara Municipal de Arouca, a distinção de hoje é “o corolário de uma estratégia bem sustentada, em que a autarquia e o Geopark tiveram a coragem de apostar”.

A autarca defende que os Passadiços do Paiva deram a conhecer ao público “um recurso até há pouco tempo inacessível e passaram a assumir-se como o polo aglutinador de uma oferta turística de relevância mundial, ligada aos recursos naturais”.

Os World Travel Awards foram instituídos em 1993 e propõem-se distinguir os melhores projetos mundiais no âmbito do Turismo, conferindo aos premiados um selo de qualidade que tem como objetivo elevar os standards do setor.

A lista de candidatos à 23.ª edição da iniciativa incluía centenas de candidatos distribuídos por diferentes categorias de competição: Tecnologias de Viagem, África, Ásia, Australásia, América Central, América do Norte, América do Sul, Caraíbas, Europa, Médio Oriente e Oceano Índico.

A escolha dos premiados resultou de uma votação online que decorreu entre 7 de março e 17 de julho, envolvendo público em geral e profissionais do setor.

Na categoria de Projeto de Desenvolvimento Turístico Líder na Europa, os Passadiços do Paiva competiam com o resort de luxo sustentável Costa Navarino, na Grécia, e com o Teh20 – Trail de Bydgoszcz de Água, Indústria e Artesanato, na Polónia.

“O prémio que recebemos representa uma responsabilidade acrescida, obrigando a que continuemos com esta dinâmica de dar a conhecer os nossos recursos naturais”, afirma Margarida Belém.

A autarca antecipa que os Passadiços deverão agora obter ainda maior visibilidade, na sequência do reconhecimento obtido com o World Travel Award.

O prémio traduz-se em promoção junto dos mercados e teremos que ser capaz de a capitalizar, para garantir uma procura constante ao longo de todo o ano e reduzir a sazonalidade no território “, anuncia.

Quanto ao facto de os Passadiços já duas vezes terem sido parcialmente destruídos por incêndios desde a sua abertura em 2015, a autarca admite que essa é uma questão sensível num território essencialmente florestal.

A ocorrência mais recente verificou-se em agosto deste ano, quando o incêndio local que chegou a ser combatido por mais de 900 bombeiros fez arder cerca de 700 metros da estrutura em madeira, após o que o percurso reabriu ao público em apenas metade da sua extensão habitual.

/Lusa

Síria quer atrair turistas em plena guerra civil

O Ministério do Turismo da Síria lançou na quarta-feira, no YouTube, um vídeo promocional que tem o propósito atrair turistas para o país que tem sido devastado por uma guerra civil, desde há cinco anos.

No vídeo promocional de 1m43s é exibida uma praia cheia de pessoas, jardins verdes com palmeiras, prédios modernos e bairros tranquilos.

Acompanhado por uma música eletrónica animada, o vídeo termina com a mensagem “Syria, always beautiful” (“Síria, sempre bonita”) e já foi visto mais de 200 mil vezes.

Segundo o USA Today, a praia que aparece no vídeo está localizada em Tartus, uma das cidades que foram atacadas pelo Estado Islâmico em maio – o que provocou a morte de mais de 140 pessoas.

A Lonely Planet, a maior editora de guias de viagem do Mundo, refere que a Síria é um dos locais mais perigosos do planeta e não aconselha qualquer visita ao país.

“Para sermos claros, não pode ir. E se for possível, não deve”, destaca.

A Síria era vista como um destino turístico popular devido à riqueza do seu património histórico, mas, desde que a guerra civil começou, em 2011 – causando mais de 470 mil mortos e cerca de 4,8 milhões de refugiados – o turismo diminuiu drasticamente.

No entanto, um comunicado publicado na página oficial do Ministério do Turismo da Síria no Facebook afirma que, no último ano, o número de turistas no país aumentou 30%.

BZR, ZAP

Um local nos Açores é “o mais belo do mundo” para férias

Situada num local remoto e de difícil acesso da ilha de São Jorge, nos Açores, a Fajã da Caldeira de Santo Cristo foi considerada pela National Geographic Traveller “o local mais belo do mundo para férias”.

Depois desta distinção, o local passou a integrar programas de empresas que apostam no turismo alternativo.

Não é fácil chegar à Fajã da Caldeira de Santo Cristo. Quem viaja a partir do continente deve embarcar num avião para a ilha Terceira, nos Açores e depois continuar de barco até S. Jorge.

Mas o esforço compensa. Quem o diz adianta que durante o último troço da viagem, feito por mar, com sorte até se podem avistar golfinhos.

Neste fim do mundo quase não se passa nada. É a natureza que faz as honras da casa, dividida entre o verde da ilha e as ondas exuberantes do Atlântico.

Quem gosta de surf encontra aqui um dos spots mais estimulantes.

Houve até já um surfista que se estabeleceu no local como empresário de turismo alternativo, oferecendo um programa que inclui percursos de trekking pelas montanhas, surf e até yoga.

As poucas casas da aldeia têm vindo a ser recuperadas, pelo que tudo no local parece harmonioso.

Depois de a National Geographic Traveller ter descoberto a Fajã da Caldeira de Santo Cristo, o movimento turístico aumentou. Mas nada que perturbe ainda o sossego de quem quiser durante uns dias perder-se num paraíso distante do mundo.

Bom Dia

Críticas à CP levam operadoras do Douro a trocar comboio por autocarros

Três operadoras turísticas do Douro substituíram o comboio por autocarros como meio de transporte complementar ao barco, após críticas ao “mau serviço” prestado pela CP que poderá perder 30.000 passageiros até outubro.

A tomada de posição das operadoras Barcadouro, Rota Ouro do Douro e Tomaz do Douro aconteceu depois de muitas queixas por parte dos clientes que tinham que viajar de pé, apinhados e em carruagens sem ar condicionado.

Matilde Costa, da Barcadouro, disse à Lusa que, só neste fim de semana, seriam 1.172 pessoas, distribuídas por vários percursos das três empresas, que iriam utilizar o comboio, como meio complementar à viagem de barco.

A responsável referiu, entre 20 de agosto e 9 de outubro de 2016, o transporte de comboio previsto nos programas está a ser substituído por autocarros, mas ressalvou que, pontualmente, poderão utilizar os comboios – se a CP, entretanto, garantir o transporte dos clientes.

Estas empresas fornecem viagens de umas horas a um dia, que podem partir do Porto, do Peso da Régua, Pinhão ou Barca de Alva, e o pacote proporcionava a viagem de regresso de comboio.

Até outubro, a estimativa das empresas ronda aproximadamente os 30.000 turistas que poderão deixar de usar a linha ferroviária do Douro.

Matilde Costa salientou que a problemática com a CP não é recente, mas salientou que este ano “tem sido muito, muito complicado“, um ano em que, acrescentou, as empresas estão a ter maior procura, tal como a própria CP – Comboios de Portugal”.

“Gostávamos muito que esta situação ficasse resolvida o mais rapidamente possível, até porque os clientes preferem o comboio, a paisagem é muito mais bonita e o comboio é algo que está enraizado em nós, no nosso imaginário infantil”, salientou.

No sábado, nos cais da Régua ou do Pinhão, foram muitos os turistas que desceram dos barcos e apanharam o autocarro.

Um grupo de quatro brasileiros subiu desde o Porto até ao Pinhão e garantiu à Lusa que preferiam regressar ao Porto de comboio em vez de autocarro.

A viagem de barco foi magnífica, a paisagem é maravilhosa e sim, o regresso de comboio, seria muito mais bonito”, sustentou Celso Machado, um brasileiro filho de portugueses que repetiu a viagem pelo Douro.

Matilde Costa disse ainda que a “logística dos autocarros também não está a ser fácil” para as empresas, que têm agora que garantir autocarros para os quais os “fornecedores habituais não estavam preparados”.

“Tínhamos o trabalho organizado de determinada forma e agora tivemos que alterar, mas atingimos o ponto de não retorno“, frisou.

Estas três empresas representam cerca de 85% dos cruzeiros de um dia no rio Douro. A maior parte dos seus clientes é de nacionalidade portuguesa (90%).

O alerta das empresas foi lançado na semanada passada.

As operadoras queixaram-se de “ligações suprimidas em cima da hora, sobrelotação das carruagens, faltas de manutenção e avarias recorrentes do material circulante, falhas nos sistemas de ar condicionado, carruagens grafitadas (vidros incluídos) e o recurso reiterado a autocarros que fazem por via terrestre o percurso que milhares de turistas antecipadamente escolheram fazer por ferrovia”.

A CP já reconheceu que está a ter dificuldades em responder “aos crescimentos brutais” da procura na linha do Douro porque “a capacidade não é ilimitada” e adiantou que está a tentar encontrar soluções com a tutela.

Segundo dados da transportadora, no mês de junho, na linha do Douro, o transporte de grupos aumentou 73%, o que corresponde a mais 8.314 viagens realizadas, num total de 19.629 passageiros transportados em grupos nesse mês.

/Lusa

Turismo de Paris com prejuízo de 750 milhões de euros

(CC0/PD) nuno_lopes / pixabay

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Os ataques terroristas, greves e inundações que ocorreram em Paris têm mantido os turistas estrangeiros longe da capital francesa na primeira metade do ano, o que causou um prejuízo de 750 milhões de euros à indústria de turismo.

“É altura de assumirmos que o sector do turismo está a atravessar um desastre industrial. Não é o momento para campanhas de comunicação, mas sim para elaborar um plano de salvação”, declarou o director de turismo de Paris, Frederic Valletoux, citado pela Reuters.

Cerca de 500 mil pessoas trabalham no turismo, em Paris, o que faz com que seja o maior sector da região.

Ao longo do primeiro semestre deste ano, a capital francesa recebeu menos um milhão de turistas nos estabelecimentos hoteleiros, comparando com o mesmo período de 2015.

Valletoux afirmou que são necessários investimentos maciços para proteger os empregos do setor e já pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Marc Ayrault, para se reunir rapidamente com o gabinete de turismo.

Além dos atentados que fizeram centenas de mortos, a capital francesa foi também palco de greves contra a alteração da lei laboral e cheias que ultrapassaram os seis metros, fatores que levaram a uma quebra de 749,7 milhões de euros no setor turístico.

“Esta indústria está de joelhos e precisa de medidas de alívio imediatamente. Os hoteleiros precisam das armas para lutar de volta”, disse à Reuters o diretor do grupo MKG, Georges Panayotis.

O turismo representa 7% do PIB francês, sendo que a França é o país mais visitado do mundo, com 85 milhões de estrangeiros por ano – incluindo 16 milhões de turistas só em Paris.

BZR, ZAP

China já inaugurou a maior ponte de vidro do mundo

Shao Ying / EPA

A maior ponte de vidro do mundo situa-se em Zhangjiajie, no sul da China

A maior ponte de vidro do mundo situa-se em Zhangjiajie, no sul da China

A China inaugurou este sábado a maior ponte de vidro do mundo, com 430 metros de extensão e suspensa a 300 metros de altura, no grande desfiladeiro de Zhangjiajie.

Desenhada pelo arquiteto israelita Haim Dotan, que já desenhou o pavilhão de Israel para a exposição Xangai 2010, a estrutura foi concluída em dezembro de 2015 e supostamente era para ter sido aberta ao público em maio deste ano.

No entanto, as fortes chuvas que atingiram a região atrasaram a sua abertura, tendo acontecido só este sábado, dia 20 de agosto.

A ponte atravessa o Grande Desfiladeiro do Parque Nacional de Zhangjiajie, na província chinesa de Hunan.

O comprimento da ponte é de 430 metros, a largura é de 6 metros e a estrutura está suspensa a 300 metros de altura.

A ponte, que é agora a maior do mundo, é composta por 99 painéis de vidro triplo de alta resistência.

Anteriormente, os construtores afirmaram que a superfície passou por cerca de cem testes de segurança.

No mês passado, um camião de duas toneladas percorreu a ponte de forma a provar a sua solidez, afirmou a Xinhua.

De acordo com a mesma agência noticiosa, o custo de construção foi de 3,4 milhões de dólares.

O número de visitantes por dia está limitado a oito mil e o bilhete deve ser comprado com um dia de antecedência.

Segundo o China News Service, as bilheteiras abriram às 07h00 de hoje e, passado uma hora, todos os ingressos já estavam esgotados.

A ponte de vidro recordista anterior também é chinesa. No outono de 2015, no parque Nacional de Shiniuzhai, foi inaugurada uma ponte com 300 metros de comprimento, situada a uma altitude de 180 metros. Foi batizada de “Ponte dos Heróis”.

ZAP / Lusa / Sputnik News

Marginal do Estoril é a segunda melhor estrada da Europa para passear no Verão

valugi / Flickr

Marginal do Estoril

Marginal do Estoril

A Marginal do Estoril, estrada que liga Lisboa a Cascais, alcançou a segunda posição num estudo realizado pela TomTom para eleger a “melhor experiência de condução de Verão na Europa”.

O estudo, realizado pela TomTom, em parceria com o psicólogo David Holmes, utilizou uma fórmula desenvolvida especificamente para identificar os 25 melhores percursos europeus para viagens de carro no Verão.

Para efeitos do estudo, foram analisados elementos como a experiência de condução, o número de curvas e subidas, o volume de tráfego e o tipo de paisagem e condições climatéricas.

Estes factores foram combinados com os resultados de um inquérito da TomTom a 14 mil condutores.

A grande vencedora do estudo foi a Estrada do Atlântico, na Noruega.

Em segundo lugar no estudo classificou-se a nossa Marginal do Estoril.

Os restantes lugares do top five foram ocupados, por ordem decrescente, pelo Lago de Como (Itália), Peloponeso (Grécia) e North Coast 500 (Escócia).

Como curiosidade, aqui fica a fórmula da Ultimate Summer Drive / a Melhor Experiência de Condução no Verão utilizada neste estudo:

((P+T) x (R+SC))
————————- x 100 / 21.3333
SS+AT+W

em que:

T = Tipo de estrada
SS = Inclinação e obliquidade
AT = Volume de tráfego
P = Pontos de paragem
R = Isolamento da estrada
SC = Paisagem circundante
W = Condições climatéricas

Pela Estrada Fora

Há um quarto de hotel nos Alpes suíços sem paredes nem teto

(dr) Atelier für Sonderaufgaben

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Não tem paredes nem teto, apenas uma cama de casal, um par de candeeiros, um céu cheio de estrelas e uma paisagem de cortar a respiração.

É um quarto muito engraçado, não tem tecto, não tem nada: é assim um novo quarto de hotel, situado no cantão de Grisons, nos Alpes suíços, que podia ser a mais recente novidade do turismo de luxo – mas que pretende simbolizar exatamente o contrário.

Segundo a BBC, o peculiar quarto de hotel é a última obra dos irmãos e artistas conceptuais Patrik e Frank Riklin, que integra o conceito de “Null Stern” – ou seja, “zero estrelas” em alemão.

A dupla gosta de jogar com o conceito de luxo e de turismo mais tradicional, um projeto que começou verdadeiramente em 2008.

Um exemplo desses lugares especialmente criados pelos irmãos é, por exemplo, uma antiga fábrica nuclear no país, que foi transformada em dormitório.

“A magia deste quarto é tratar-se exactamente de uma fantasia real, ou seja, estar num lugar onde não se espera uma cama de casal”, conta Patrick à BBC.

“Gostamos de questionar como é que se pode criar luxo e o que é, na verdade, esse conceito”, explica.

(dr) Atelier für Sonderaufgaben

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Quem não gostava de passar aqui uma noite?

“É a nossa declaração enquanto artistas: jogar com a classificação dos hotéis e mostrar que um espaço com zero estrelas não significa uma coisa má mas antes independência e liberdade“, acrescenta.

E as pessoas parecem não se importar com o facto deste novo hotel ser um “zero” no que toca às estrelas.

De acordo com o site oficial do projecto, o quarto está reservado até 31 de agosto e já tem uma lista de espera até ao verão do próximo ano.

E se chover?

“Não é possível ocupar o quarto”, explica Riklin. Nesse caso, uma pequena casa a 50 metros do local funciona como refúgio.

ZAP / BBC

INE manda parar automobilistas para responder a inquérito

O Instituto Nacional de Estatística (INE) está a realizar um inquérito sobre turismo internacional aos automobilistas, de forma aleatória, nas estradas da fronteira.

A ação conta com o apoio da GNR, que corta faixas de rodagem para facilitar as perguntas, e abrange também quem chega aos aeroportos e aos portos nacionais.

O INE referiu ao Jornal de Negócios que se trata de uma “operação estatística oficial desenvolvida de acordo com a lei do sistema estatístico nacional, sendo obrigatória a sua resposta“.

O inquérito inclui questões sobre o dinheiro gasto no destino, a escolaridade e nome dos passageiros e condutor da viatura, e data de entrada e saída.

O método escolhido permite a “realização de entrevistas presenciais por amostragem e dirigidas aos viajantes que transitam nas principais fronteiras aéreas, marítimas e rodoviárias”, explicou o Instituto.

As entrevistas são realizadas por um entrevistador credenciado pelo INE, em locais próximos da fronteira e de paragem das viaturas.

O inquérito tem como objetivo “estimar o número de residentes e de não residentes que atravessam as principais fronteiras nacionais, conhecer o perfil dos viajantes e suas deslocações, bem como obter uma estrutura de repartição de gastos turísticos internacionais por principais rubricas de despesa”, disse o INE ao Jornal de Negócios.

O Instituto destacou ainda que os resultados “visam satisfazer não só as necessidades para as estatísticas de turismo e transportes, como proporcionar informação para as Contas Nacionais, nomeadamente no que se refere à atualização da Conta Satélite do Turismo, bem como para a estrutura de ponderadores do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor”.

BZR, ZAP

Turista chinês ficou sem a carteira e acabou num centro para refugiados

O turista, de nacionalidade chinesa, tentou reportar às autoridades o facto de lhe terem roubado a carteira mas acabou por preencher por engano um pedido de asilo.

O homem de 31 anos, que se encontrava a viajar pela Alemanha, foi assaltado e ficou sem a carteira na cidade de Heidelberg, escreve o The Guardian.

Conhecido como Mr. L, o turista chinês dirigiu-se à câmara municipal, pensando tratar-se de uma esquadra, para reportar o assalto e foi aí que tudo se complicou.

Segundo conta o jornal britânico, o homem só falava mandarim, o que terá provocado a falha de comunicação com os funcionários que o fizeram preencher um pedido de asilo.

O turista foi então levado para um centro de refugiados em Dülmen, situado a 360 quilómetros, onde passou quase duas semanas a comer o que lhe davam e a receber uma espécie de pensão.

“Passou 12 dias preso na nossa selva burocrática simplesmente porque não conseguíamos comunicar. Fazia o que nós lhe dizíamos”, contou Christoph Schlütermann, responsável pelo centro.

“A Alemanha é infelizmente um país extremamente burocrático. Especialmente agora com a crise dos refugiados”, lamentou.

O homem chegou a fornecer as suas impressões digitais e deixou que lhe fizessem exames médicos.

Mas terá chamado a atenção pelo facto de estar muito bem vestido, comparado com os restantes requerentes de asilo, e por estar agir de forma muito diferente.

“Estava sempre a tentar falar com as pessoas para contar a sua história mas ninguém conseguia entendê-lo. Também queria o passaporte de volta, que é exatamente o contrário do que a maioria dos refugiados faz”, explica Schlütermann.

Com a ajuda de uma aplicação de tradução e com o auxílio de um restaurante chinês, o responsável conseguiu perceber que o turista não queria um pedido de asilo mas sim viajar para França ou Itália.

“Foi um momento extraordinário para todos nós. Mas ele admitiu que a Europa não era o que tinha imaginado”, disse Schlütermann, acrescentando que o turista estava feliz por partir mas não parecia chateado.

O que, tal como afirma o responsável do local, seria totalmente compreensível, já que passou “12 dias a dormir num saco-cama num centro para refugiados”.

ZAP

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