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“Pode ser em 2030, 2035, 2040”. Pandemia atrasa conclusão da Sagrada Família

Nathan Rupert / Flickr

Sagrada Família em Barcelona

A Basílica da Sagrada Família, em Barcelona, ​​Espanha, encerrada desde outubro de 2020, reabrirá a partir de 29 de maio nas manhãs dos fins de semana, medida que poderá ajudar a recuperar o setor do turismo no segundo país mais visitado do mundo antes da pandemia.

Segundo avançou esta terça-feira a agência Reuters, a basílica, considerada Património Mundial da UNESCO, foi duramente atingida pelo colapso das viagens internacionais. A queda das receitas – principal fonte de financiamento para a conclusão do edifício – obrigou à interrupção das obras durante nove meses.

“Tínhamos previsão de terminar a obra em 2026. Infelizmente, não será possível”, disse o diretor-geral da Sagrada Família, Xavier Martinez. “Pode ser em 2030, 2035, 2040. Eu estaria a mentir se precisasse uma data”, afirmou, acrescentando que levará tempo para recuperar os níveis de receita pré-pandémica para que a construção recupere o ritmo.

O responsável disse estar certo de que a construção, com 18 torres, ficará concluída durante a sua geração e está otimista com o aumento do turismo no segundo semestre deste ano.

O conselho responsável pela Sagrada Família, que este ano utilizou 6 milhões de euros para avançar com as obras, gastou 60 milhões de euros em construção em 2019, numa altura em que 4,5 milhões de pessoas de 120 países visitaram a basílica, com os visitantes estrangeiros a representar mais de 90%.

O conselho, que tinha inicialmente definido metas semelhantes para 2020, viu o número de visitantes diminuir para cerca de 600.000 devido à pandemia.

Depois de concluída, a Sagrada Família terá três fachadas e será coroada por uma torre de 172,5 metros dedicada a Jesus Cristo, tornando-se o edifício mais alto de Barcelona.

Taísa Pagno //



Problemas no paraíso? Ciclistas acusam Amesterdão de favorecer peões

Amesterdão é conhecida mundialmente pelo facto da maior parte dos habitantes – e turistas – se deslocarem de bicicleta no seu dia a dia. Contudo, a cidade que sempre favoreceu os ciclistas, é agora acusada de estar a priorizar os interesses dos peões.

O Fietsersbond, sindicato dos ciclistas holandeses, alega que a cidade tem ignorado as necessidades dos ciclistas que se movem pela cidade, priorizando as vias pedestres no centro histórico da cidade.

A cidade holandesa sempre foi famosa pelas suas ruas repletas de bicicletas, onde estas sempre foram as rainhas dos transportes. No entanto, o sindicato afirma que tem havido uma uma mudança percetível de atitude e garante que os ciclistas estão a ser tratados como “hóspedes” no coração da cidade.

“Amesterdão ainda é um paraíso para os ciclistas, mas a deslocação pelo centro está a ficar cada vez mais difícil”, referiu Jan Pieter Nepveu, porta-voz da filial de Amesterdão do sindicato dos ciclistas, ao The Guardian.

Nepveu destaca que o centro da cidade está cada vez mais repleto de zonas para peões e que se está a tornar mais difícil andar de bicicleta, por isso sugere que “o município tem de defender os ciclistas do aumento de pedestres, turistas e da indústria de alimentação”.

Segundo o jornal britânico, entre 2019 e 2020, foi lançado um teste no município para perceber se era possível encorajar os ciclistas a optarem por “rotas alternativas” em vez de viajarem nas áreas centrais da cidade.

O teste foi lançado numa altura em que se considerava que a superlotação e o movimento rápido das bicicletas causava demasiada confusão na cidade.

Neste sentido, foram implementadas várias placas para informar sobre rotas de “ciclismo confortável”, de modo a tentar apelar aos ciclistas para escolherem caminhos que passassem pela periferia da cidade e não pelo centro. Mas esta tentativa não teve qualquer sucesso.

No entanto, o sindicato dos ciclistas acredita que a abordagem está a ser adotada para tentar substituir o veículo de duas rodas. “Não é uma política, mas está a acontecer”, alertou Nepveu.

Um porta-voz do município negou que os ciclistas estivessem a ser expulsos e garante que os sinais colocados em algumas vias servem para relembrar que estas devem ser partilhadas por bicicletas e peões, ou em locais onde a cidade deseja a desencorajar o uso de ciclomotores.

Não há planos de proibir bicicletas. No entanto, não é recomendável passar por certas áreas de bicicleta, de modo a que o espaço limitado disponível possa ser usado com segurança pelos muitos pedestres que circulam”, destacou.

O porta-vos da cidade sublinhou ainda que está a ser construída uma “rodovia” para bicicletas que forma um anel que atravessa a cidade e informou que esta está quase concluída.

“Amesterdão está constantemente a procurar formas de tornar o ciclismo na cidade mais fácil, rápido e seguro”, garantiu o responsável, acrescentando que “o número de estacionamentos para bicicletas é grande e está a crescer constantemente”.

Ana Isabel Moura, ZAP //



Não são só as malas. Companhias aéreas dos EUA podem vir a pesar os passageiros

Depois das malas, os passageiros das companhias aéreas norte-americanas também podem vir a ser pesados nos portões de embarque.

Os passageiros das companhias aéreas dos Estados Unidos podem, em breve, ter que pisar uma balança nos portões de embarque. Apesar de parecer bizarro, estão em causa questões de segurança, revela o Independent.

Antes de uma descolagem, o pessoal responsável tem de garantir que o peso da aeronave corresponde ao que lhes permite realizar um voo seguro. O peso inclui os passageiros, a tripulação, a carga e o combustível e deve respeitar os limites autorizados.

No entanto, as médias usadas para viajantes não são relevantes, uma vez que a maioria dos norte-americanos ganhou peso. De acordo com o National Center for Health Statistics, hoje, 42% dos adultos com mais de 20 anos são obesos, contra os 30% registados no ano passado.

Esta nova constatação permitiria às empresas atualizar o peso médio dos passageiros, de acordo com uma circular da Federal Aviation Administration (FAA), de maio de 2019.

Em comunicado, enviado ao jornal online, a FAA disse que “emitiu uma circular consultiva, em maio de 2019, na qual enfatiza a importância de os programas de peso e equilíbrio das companhias aéreas refletirem com precisão os pesos atuais dos passageiros”. Nesse sentido, “as operadoras estão a avaliar os seus programas para cumprir essa orientação”.

“Embora pesar clientes no portão de embarque seja uma opção, a maioria das companhias aéreas vai confiar em métodos atualizados para estimar o peso dos passageiros”, lê-se ainda na nota.

A FAA está ciente de que o peso dos passageiros pode variar conforme as rotas e que pesos-padrão podem não ser apropriados para aeronaves mais pequenas, por terem um tamanho de amostra menor.

O organismo recomenda que as companhias aéreas façam uma revisão do peso médio a cada 36 meses, numa pesagem aleatória e realizada de forma voluntária.

Liliana Malainho, ZAP //



O Brasil está a construir uma nova estátua gigante de Cristo. Vai ser mais alta que a do Rio de Janeiro

 

Uma nova estátua gigante do Cristo que está a ser construída no sul do Brasil será ainda mais alta do que a icónica estátua do Cristo Redentor com vista para o Rio de Janeiro.

Cabeça e braços estendidos foram somados esta semana à estátua, que está em construção desde 2019 na cidade de Encantado. A conclusão do monumento está prevista para o final deste ano, segundo a Associação dos Amigos de Cristo, que coordena as obras.

“É um dia de celebração, de devoção”, disse Gilson Conzatti, vereador e filho de Adroaldo Conzatti, político que idealizou a ideia, citado pela France24.

O mais velho Conzatti, que era presidente da câmara da cidade, morreu em março devido a complicações da covid-19.

A estátua, que se chamará Cristo, o Protetor, terá 43 metros de altura, incluindo o seu pedestal, tornando-a uma das estátuas de Cristo mais altas do mundo com os braços estendidos.

A estátua terá 36 metros de comprimento e contará com um elevador interno e um mirante próximo ao topo.

O Cristo Redentor, em comparação, mede 38 metros de altura, pedestal incluído, e estende-se por 28 metros de mão na mão. Esta icónica estátua fará 90 anos em outubro.

Apenas a estátua de Jesus Buntu Burake, em Sulawesi, na Indonésia, com 52,55 metros incluindo pedestal, e Cristo Rei, em Swiebodzin, na Polónia, que tem 52,5 metros de altura, são mais altos, segundo a BBC. Existem, no entanto, dezenas de outras estátuas em todo o mundo que são mais altas, incluindo várias da Virgem Maria e numerosos Budas.

Encantado, uma cidade de 22 mil habitantes, fica a 145 quilómetros a noroeste da capital do estado, Porto Alegre.

O objetivo do projeto é inspirar fé e incentivar o turismo na região, afirmam seus promotores.

Uma equipe de escultores pai e filho, Genesio e Markus Moura, acompanha a obra.

O orçamento do projeto de dois milhões de reais (equivalente a 293 mil euros) está a ser inteiramente financiado com doações, de acordo com a Associação dos Amigos de Cristo, de base voluntária. O grupo continua a angariar fundos e quem doar pode habilitar-se ao sorteio de um carro.

Maria Campos, ZAP //



Após 5 meses, alguns Boeing 737 MAX terão de voltar a ficar em terra. Há um “possível problema elétrico”

Cinco meses após voltar a voar após dois acidentes fatais, a Boeing voltou a pedir aos seus clientes que imobilizassem algumas das suas aeronaves para corrigir um “possível problema elétrico”.

De acordo com a AFP, esta sexta-feira, a Boeing que pediu a 16 empresas não identificadas que operam o 737 MAX que parassem de usar esses modelos para resolver um potencial “problema”.

“A recomendação é feita para permitir a verificação de que há ligação de solo suficiente para um componente do sistema de energia elétrica”, explicou o fabricante de aeronaves norte-americana, sem especificar o número de aeronaves afetadas.

Num circuito, a aterragem permite evitar uma possível sobrecarga elétrica quando o dispositivo está mal isolado.

A Boeing indicou que vai avisar os clientes sobre a aeronave afetada. “Vamos dar instruções sobre as medidas corretivas”, acrescentou, sem dar mais detalhes.

Desde a entrada em serviço deste modelo, cerca de 450 Boeing 737 MAX já foram entregues a 49 empresas e grupos de locação. Outras 400 aeronaves encontram-se atualmente nos estacionamentos da Boeing, pois não puderam ser entregues devido à proibição de voo.

A Boeing vai entregá-los aos seus clientes apenas em 2022.

O 737 MAX, uma nova versão da lendária aeronave de médio alcance lançada em 1967, mergulhou a fabricante aeronáutica Boeing em profunda crise, afetando a sua reputação de qualidade e que lhe custou milhares de milhões de dólares.

O Boeing 373 MAX deixou de voar em março de 2019, após alguns acidentes fatais, na Indonésia e na Etiópia, que vitimaram 346 pessoas.

Os acidentes revelaram um defeito no software de controle de voo MCAS.

A crise custou vários mil milhões de dólares à Boeing, incluindo as compensações a pagar às vítimas e às companhias aéreas. O caso também levou à demissão do diretor executivo da empresa, levantou dúvidas sobre a solvência da empresa e suspeitas em relação à supervisão relacionadas com com a velocidade com que foi aprovado o Max.

ZAP //



Cocktail “orgásmico” fez de duas ilhas italianas locais de “peregrinação sexual”

Na Itália, há duas ilhas selvagens e extremamente quentes – e não apenas pelas altas temperaturas e paisagens vulcânicas com erupções constantes.

Stromboli e Filicudi, duas ilhas no arquipélago das Eólias da Sicília, são consideradas afrodisíacas por alguns turistas que as visitam.

A CNN escreve que, para alguns visitantes, viajar para estas ilhas pode ser sinónimo de uma experiência de mudança de vida. Os moradores locais dizem que as ilhas italianas se tornaram locais de “peregrinação sexual” devido à aparente capacidade de aumentar a libido.

Embora não saibam exatamente como, garantem que o ambiente relaxante incentiva os casais a envolverem-se sexualmente. Na prática, as águas termais quentes, as cicatrizes do fluxo de lava, as grutas intrigantes e flores misteriosas são o cocktail “orgásmico” que, aparentemente, excita os turistas.

São vários os recém-casais de todo o mundo que viajam até Stromboli e Filicudi para conseguirem engravidar. A estação televisiva norte-americana refere que há também muitas jovens que procuram as ilhas na esperança de encontrar o amor.

Stromboli é considerada a mais afrodisíaca. Maria Puglisi, uma comerciante de vinhos local, explicou que “é um lugar muito sensual, uma ilha de fogo e paixão”. “Pode sentir as constantes vibrações dentro de si, cada vez que o vulcão entra em erupção; é como se explodisse no seu corpo. É uma atração poderosa e afrodisíaca”, acrescentou.

Há, inclusivamente, muitos turistas que se aventuram e viajam até à cratera do vulcão. Lá, despem-se e deitam-se de barriga para baixo para sentir as vibrações das erupções nos seus corpos.

“É uma experiência orgásmica, um ritual que acende o sexo apaixonado. O calor e a batida vulcânica entram no seu sangue e ativam essa vibração sexual no ar”, disse Puglisi.

A ilha é também o lar de uma planta incomum (Cestrum nocturnum) que liberta uma fragrância hipnótica durante a noite que, segundo se diz, aumenta a libido. Há quem acredite que ajuda os casais a engravidar.

Já Filicundi é conhecida pelos seus pilares marinhos e grutas isoladas muito frequentados por casais que aproveitam para ter relações sexuais, sob o pretexto de se estarem apenas a proteger do sol.

Os pescadores da ilha levam os turistas às “cavernas da fertilidade“. Alegadamente, o homem e a mulher que ali entram terão um bebé num futuro próximo. Os locais dizem que os pilares dão sorte no amor.

Liliana Malainho, ZAP //



Após terramotos e deslizamentos, a “cidade moribunda” de Itália ainda resiste no topo de uma montanha

Chamar-se a si mesmo de “Cidade Moribunda” pode não parecer a melhor forma de atrair turistas, mas Civita, em Itália, aprendeu a viver com o facto de estar a morrer.

Há vários séculos, a cidade italiana de Civita era muito maior e ligada por estradas a outros assentamentos. Porém, de acordo com a agência Reuters, deslizamentos de terra, terramotos, fendas e erosão reduziram o seu tamanho e deixaram-na isolada no topo de um contraforte.

“Durante três milénios, a erosão regressiva praticamente reduziu Civita a um núcleo, deixando a praça e algumas ruas ao redor”, disse Luca Costantini, geólogo de 49 anos, que faz parte do projeto para monitorizar e desacelerar a erosão.

Em cavernas subterrâneas escavadas em rocha vulcânica mole conhecida como tufo, barras de aço mantêm as paredes unidas. “O nosso lema é resiliência porque Civita foi fundada pelos etruscos, passou pela era romana e por todo o período medieval até aos dias atuais”, disse Luca Profili, presidente da câmara de Bagnoregio, da qual Civita faz parte. “Este lugar é tão frágil”.

Esta fragilidade é medida em parte por um “extensómetro”, uma haste telescópica externa que deteta movimento.

Civita que resta até hoje é principalmente do período medieval e mede cerca de 152 por 91 metros – menos de dois campos de futebol. A sua praça principal tem o tamanho de um campo de basquetebol.

Antigamente, espalhava-se numa colina e tinha cerca de três vezes o tamanho atual. Ao longo dos séculos, bairros inteiros desabaram em deslizamentos de terra. Hoje é apenas acessível através de uma rampa longa e íngreme para pedestres ou carrinhos de golfe.

O número de residentes permanentes oscila entre 10 a 14, dependendo da temporada.

Antes da pandemia, Civita atraía turistas que viajavam entre Roma e Florença.

Stefano Lucarini, de 29 anos, comprou um restaurante em Civita em março de 2020, poucos dias antes do primeiro confinamento. “O timing não foi bom”, brincou, acrescentando estar otimista de que, após a pandemia, a cidade possa recuperar. “O risco ambiental é preocupante, [mas) esperamos que todos possam desfrutar da cidade durante muitos anos”.

Depois de resistir à morte durante tanto tempo, Itália decidiu propor, em janeiro, a cidade e a área circundante de penhascos e vales escarpados, conhecidos como “terras ermas”, como Património Mundial da UNESCO. Segundo o porta-voz do presidente da câmara, Roberto Pomi, o país espera que a organização tome uma decisão em junho de 2022.

Maria Campos, ZAP //



A pandemia impulsionou as viagens internacionais (em realidade virtual)

kodomut / Flickr

Jem Jenkins Jones ficou trancada em casa, no País de Gales, durante grande parte do ano passado devido às restrições da pandemia, mas conseguiu manter a promessa feita à filha de 10 anos: ver desde a aurora boreal na Islândia até os parques nativos da África do Sul… em realidade virtual.

“Ela ficou maravilhada”, conta Jem Jenkins Jones, antes de classificar as experiências virtuais como “salva-vidas” para as duas.

Quarentenas restritas e limitações de viagens durante a pandemia geraram um interesse renovado por experiências de viagens virtuais imersivas, cada vez mais acessíveis com novos aplicativos e programas de realidade virtual.

Embora os dados sobre o uso da realidade virtual sejam limitados, os criadores identificaram um interesse crescente desde o início da pandemia.

“Disparou”, afirmou Cezara Windrem, criadora da plataforma de realidade virtual Alcove no AARP Innovation Labs.

Com a indústria do turismo devastada pela pandemia do coronavírus, a realidade virtual surgiu não apenas como um substituto para as viagens reais, mas também como um complemento para ajudar as pessoas a planearem a sua próxima viagem.

Os utilizadores podem optar pelo hardware Oculus do Facebook, PlayStation da Sony ou o barato Google Cardboard, entre outros. Os kits podem ser encontrados a partir de US$ 300 (cerca de 250 euros) e a maioria das aplicações é gratuita.

“Viajei todas as semanas durante a pandemia, do conforto da minha casa, disse Rafael Cortes, um cientista da computação que usa o Alcove e a realidade virtual do YouTube.

“Fui para Londres, para a ponte de vidro na China, para o Salto Ángel na Venezuela, a antiga cidade de Petra na Jordânia, um passeio de helicóptero em Nova Iorque”, relata.

Amy Erdt mora em Portland, Oregon, mas, com a realidade virtual, gosta de “passear pela cidade de Wallingford, Inglaterra, de vez em quando”.

Erdt, que dirige um grupo de utilizadores de RV no Facebook, disse que existem “ótimas experiências de viagem em realidade virtual, que podem ser muito realistas“.

Impulso duradouro para o turismo

As aplicações mais populares para realidade virtual são as do setor de jogos e fantasia, mas as de viagens tornaram-se uma nova área de crescimento.

“Durante a pandemia, quando todos estão socialmente isolados, pode parecer estranho isolar-se ainda mais para ser transportado para outro lugar, mas permite-nos experimentar coisas que não podemos hoje”, disse Avi Greengart, analista da consultoria Techsponential.

Claramente, com as viagens de realidade virtual não é possível “comer a comida única daquela área, perdem-se muitas das experiências sensoriais e encontros casuais com a população local”, reconhece.

Mas “pode explorar um museu e ter tudo para só para si”, algo que pode ser impossível no mundo físico.

Um relatório da empresa GlobalData mostra que a realidade virtual e aumentada já tinha começado a ganhar impulso das agências de viagens antes da pandemia, para permitir que as pessoas experimentassem um destino antes de irem realmente para lá.

De acordo com Ralph Hollister, analista da GlobalData, a pandemia pode dar ao setor um impulso duradouro.

// AFP



No futuro, as viagens de avião podem ser alimentadas por restos de comida

O lixo de uma pessoa pode mesmo ser o combustível usado por outra. Uma equipa de investigadores detalha, num recente estudo, um novo método de conversão de resíduos alimentares em combustível de aviação sustentável.

A aviação comercial contribui com cerca de 3% do total de emissões globais de dióxido de carbono. Apesar de ser uma grande poluidora, esta indústria está ativamente à procura de soluções verdes na forma de combustível.

Uma equipa de cientistas do National Renewable Energy Laboratory, nos Estados Unidos, publicou recentemente um estudo na Proceedings of the National Academy of Sciences no qual detalha um novo método de conversão de resíduos alimentares em combustível de aviação sustentável.

O etanol e o biodiesel são dois tipos comuns de biocombustível renovável. No entanto, fabricar um combustível de aviação sustentável é um processo muito mais complicado, já que este deve ser muito semelhante ao combustível à base e petróleo para que possa servir os motores e as aeronaves já existentes.

O Popular Science explica que reinventar um motor capaz de funcionar com diferentes tipos de combustível levará o seu tempo, pelo que o mais eficaz é projetar um combustível verde que possa ser usado agora.

Os cientistas separaram os ácidos gordos voláteis da fermentação de resíduos de alimentos e converteram-nos em moléculas de parafina simples que podem ser usadas como combustível. A nível químico, estas moléculas não são muito diferentes dos combustíveis fósseis tradicionais.

Os padrões da indústria determinam que quaisquer novos combustíveis para aviação só podem compor 10% da mistura que abastece os aviões, sendo que os outros 90% são compostos por um combustível convencional à base de petróleo.

De acordo com a equipa, o novo biocombustível de resíduos alimentares pode compor 30% da mistura sem sacrificar a funcionalidade, uma proporção que ainda está a ser testada em laboratório e ainda irá demorar algum tempo até ser aplicada num voo real.

Liliana Malainho, ZAP //



Casa paga, cabaz regional e vouchers. Bragança procura nómadas digitais para viver no concelho

“Em Bragança há liberdade para recomeçar”. É este o mote da campanha que o município tem em marcha para atrair trabalhadores remotos para viverem no concelho durante um mês. Como atractivos, o projecto oferece casa paga, um cabaz de produtos regionais e vouchers para experiências.

O desafio pretende cativar quatro pessoas ou famílias para viverem em Bragança durante um mês, de 1 a 30 de Maio, com alojamento gratuito “com todas as comodidades” e “Internet incluída”, como se refere no site dedicado à iniciativa.

A ideia é que essas pessoas possam continuar a fazer o seu trabalho de forma remota no concelho transmontano, indo ao encontro do lema “liberdade para viver, liberdade para trabalhar e liberdade para poder ligar ou desligar”.

“Através deste projeto pretende-se divulgar a qualidade de vida que Bragança tem para oferecer a quem optar por viver e trabalhar a partir daqui, sublinhar que é possível estar ligado com o mundo laboral e, ao mesmo tempo, usufruir de um território convidativo para fazer uma pausa e/ou desligar do ritmo frenético do dia-a-dia”, explica o presidente da Câmara de Bragança, Hernâni Dias, em declarações divulgadas pelo Jornal de Negócios.

“A iniciativa pretende dar a conhecer todo o potencial deste território e, através da partilha da experiência, que se espera positiva, inspirar quem tiver possibilidade de manter o trabalho remoto mesmo depois da pandemia, a viver em Bragança“, acrescenta o autarca.

O projecto integra o Programa de Cooperação URBACT – Find Your Greatness que é financiado pela União Europeia.

Os interessados poderão candidatar-se até 30 de Março e os 4 escolhidos poderão seleccionar os alojamentos que desejem dentro da oferta disponibilizada pela autarquia, sendo que um é na cidade de Bragança e os outros três são em aldeias do concelho.

Os felizes contemplados vão ainda receber um cabaz de boas-vindas com produtos regionais e vouchers para realizarem experiências na região.

A Câmara Municipal pretende acompanhar o dia-a-dia dos participantes para produzir um documentário.

Susana Valente, ZAP //



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