Sábado, Junho 7, 2025
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Metade da restauração fechada em janeiro e 36% pondera insolvência

Cerca de metade das empresas da restauração tinha a actividade totalmente encerrada em Janeiro e 36% ponderavam avançar para insolvência, revelou um inquérito da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (Ahresp), hoje divulgado.

De acordo com os resultados do inquérito da Ahresp do mês de Janeiro, que contou com 1042 respostas válidas, o cenário continua “dramático”: “51% das empresas indicam estar com a actividade totalmente encerrada” e “36% das empresas ponderam avançar para insolvência, dado que as receitas realizadas e previstas não permitirão suportar todos os encargos que decorrem do normal funcionamento da sua actividade”.

As empresas inquiridas deram ainda conta de uma quebra de facturação “avassaladora”, no mês de Janeiro, com 79% das empresas a registarem perdas acima dos 60%.

Assim, “18% das empresas não conseguiram efectuar o pagamento dos salários em Janeiro e 18% só o fez parcialmente”

Neste contexto, 44% disseram já ter despedido trabalhadores, desde o início da pandemia, sendo que, destas, 19% reduziram em mais de 50% os postos de trabalho a seu cargo.

Das empresas inquiridas, 19% referiram que não vão conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do primeiro trimestre de 2021.

Relativamente aos apoios à manutenção dos postos de trabalho, 25% das empresas disse não ter apresentado candidatura ao layoff simplificado e, destas, 14% indicaram como motivo a possibilidade de poderem efectuar despedimentos.

Já quanto aos novos programas de apoio a fundo perdido, 38% não apresentaram candidatura ao Apoiar.PT, das quais 67% não cumprem os requisitos de acesso.

O inquérito da Ahresp concluiu também que, no que diz respeito ao Apoiar + Simples, específico para empresários em nome individual no regime simplificado, apenas 20% tinham apresentado candidatura à data de preenchimento do inquérito e 36% indicaram estar excluídos deste apoio.

Dos que disseram estar excluídos, 29% por apresentaram quebras inferiores a 25% e 17% por não terem trabalhadores a cargo.

Quanto ao programa Apoiar Rendas, recentemente disponibilizado, 35% das empresas também indicaram estar excluídas, das quais 27% registam quebras inferiores a 25% e 17% têm capitais próprios negativos.

“Face aos resultados apresentados, é evidente a insuficiência dos apoios até aqui disponibilizados e a necessidade urgente do seu reforço”, apontou a Ahresp, acrescentando que “as mais de 95% de micro e pequenas empresas da restauração e alojamento não têm capacidade para aceder à complexidade destes apoios”.

Desta forma, a Ahresp já propôs ao Governo “a criação de um Mecanismo Único de Apoio às Empresas, que permita um acesso ágil, simplificado e concentrado, através de uma única candidatura, aos apoios disponíveis”.

“É este o momento de apoiar as 120.000 empresas da restauração, similares e alojamento turístico, os 400.000 postos de trabalho directos que têm a seu cargo, e os muitos outros milhares de empresas e de postos de trabalho que dependem de nós, e da nossa existência enquanto actividade económica”, instou a associação.

Já segundo a Associação Nacional de Restaurantes PRO.VAR, duas em cada três empresas dizem não estar a ter capacidade para pagar salários e quase 60% estão em situação de insolvência.

“Encerrados e sem apoios e em face destes números, não resta outra opção ao Governo senão criar mecanismos de apoio adicionais que salve as empresas, que até ao início de 2020 cumpriram com a sua função, criando postos de trabalho, gerando riqueza e pagando impostos”, refere esta associação em comunicado.

// Lusa



Fundador da Uber cria companhia aérea de luxo para ricos irem de férias durante a pandemia

O fundador da Uber criou uma companhia aérea de luxo para que ricos possam ir de férias durante a pandemia de covid-19. A empresa garante que os seus voos são 100% seguros.

Em plena pandemia de covid-19, as autoridades de saúde continuam a pedir restrições mais duras em viagens não essenciais. Enquanto isso, o fundador da Uber, Garrett Camp, criou a Aero, uma companhia aérea de luxo semi-privada para que ricos possam contornar estas restrições e tirar umas férias como se nada fosse.

Na semana passada, escreve a VICE, a Aero fez o seu primeiro voo entre Los Angeles e Aspen, no Colorado, uma cidade turística famosa pelas suas estâncias de esqui. Nos próximos meses, a companhia aérea planeia incluir destinos estrangeiros no seu leque de opções.

A Aero dedica-se unicamente a viagens de lazer e conta com uma pequena frota de aviões que ostentam “interiores luxuosos” com paredes de camurça, “iluminação sofisticada” e assentos de couro italiano costurados à mão.

“Acontece que podemos ter construído o produto perfeito para a covid”, disse a CEO, Uma Subramanian, em declarações à VICE. “Claro que pensamos em adiar, mas na verdade dissemos que este é o melhor momento para fazer algo novo”.

A CEO garante que a segurança sanitária não está a ser descurada e que os seus aviões oferecem “viagens livres de covid”. Os assentos têm um espaçamento de cerca de dois metros entre si e são em fila única, permitindo 16 passageiros por avião. Todos são obrigados a fazer um teste à covid-19 antes do voo e usar uma máscara durante toda a viagem.

Nem todos concordam com essa alegação. Kelley Lee, professora de saúde pública na Universidade Simon Fraser, disse que não há maneira segura de viajar nesta fase da pandemia, especialmente com novas variantes a surgirem.

“Estamos todos fartos. Todos nós queremos ir para o Havai e deitar na praia. Eu entendo isso, porque estamos há um ano e continuamos a dizer-nos o que não podemos fazer”, disse Lee. “Realmente não é hora de movimentar pessoas. Se pudermos ficar o mais perto possível de casa, é assim que vamos superar esta pandemia”.

Além disso, os testes não são 100% fiáveis, porque uma pessoa pode “ser muito infecciosa”, mas ter o vírus numa quantidade pequena demais para ser detetada num teste.

ZAP //



Cidade inglesa vai ter o primeiro aeroporto de carros voadores elétricos do mundo

Hyundai

A popularidade dos carros voadores tem aumentado nos últimos anos. Agora, uma cidade da Inglaterra prepara-se para receber o primeiro aeroporto para carros voadores do mundo.

De acordo com o Interesting Engineering, a startup britânica Urban-Air Port fez parceria com a fabricante automóvel Hyundai Motor para projetar um aeroporto futurista, a fim de dar uma amostra do que está por vir no futuro das viagens aéreas.

A construção, chamada Porto Aéreo Urbano, vai desenvolver uma infraestrutura com zero emissões que hospedará a próxima geração de veículos aéreos elétricos e autónomos.

“Os carros precisam de estradas. Os comboios precisam de trilhos. Os aviões precisam de aeroportos. As aeronaves elétricas de descolagem e aterragem vertical (eVTOL) precisarão de Portos Aéreos Urbanos. Há mais de cem anos, o primeiro voo comercial do mundo descolou, criando o mundo conectado moderno. Porto Aéreo Urbano melhorará a ligação nas nossas cidades, aumentará a produtividade e ajudará o Reino Unido a assumir a liderança numa nova economia global limpa”, disse Ricky Sandhu, fundador e CEO da Urban Air Port, em comunicado.

A Air-One vai trazer transporte aéreo urbano limpo para as massas e desencadeará um novo mundo aerotransportado de mobilidade com zero emissões.

Um Porto Aéreo Urbano é 60% mais pequeno que um heliporto tradicional, pode ser instalado em questão de dias e pode ser movido para locais alternativos se for necessário. Também é extremamente ecológico, uma vez que emite zero emissões líquidas de carbono.

Um Porto Aéreo Urbano pode suportar qualquer eVTOL e é ideal para emergências, uma vez que pode implantar drones e outros eVTOL rapidamente para transportar suprimentos, equipamentos e pessoas onde mais necessário.

Entratanto, Hyundai declarou que tem planos de criar a sua própria aeronave eVTOL e está a apoiar o desenvolvimento do Air-One como parte do seu plano de comercializar a sua aeronave até 2028.

O projeto ganhou um subsídio do governo do Reino Unido de 1,2 milhões de libras.

O novo aeroporto está a ser construído na cidade de Coventry e estará pronto em novembro de 2021.

Maria Campos, ZAP //



Aviões podem economizar combustível, tempo e reduzir emissões. O segredo é “surfar” no vento

As companhias aéreas poderiam economizar combustível, tempo e reduzir emissões ao redirecionar os voos transatlânticos para aproveitar melhor os ventos.

Uma equipa de investigadores da University of Reading, no Reino Unido, levou a cabo uma investigação que permitiu concluir que os voos comerciais entre Nova Iorque (Estados Unidos) e Londres (Reino Unido), operados no inverno passado, poderiam ter usado até 16% menos combustível se tivessem aproveitado melhor os ventos.

Citada pelo SciTechDaily, a investigadora Cathie Wells explicou que as atuais trajetórias de voo transatlânticas fazem com que as aeronaves queimem mais combustível e emitam mais dióxido de carbono do que o necessário.

“Apesar de os ventos serem levados em consideração, a redução do custo total de operação do voo recebe atualmente uma prioridade mais alta do que minimizar o consumo de combustível e a poluição”, acrescentou.

No futuro, os novos satélites vão permitir que este tipo de voos sejam rastreados com uma maior precisão, uma oportunidade que vai abrir a porta à flexibilização das trajetórias para que sigam os ventos favoráveis e evitem os ventos contrários.

Esta técnica vai oferecer ao setor da aviação uma forma mais barata e imediata de reduzir as emissões do que através de avanços na tecnologia.

“Atualizar para aeronaves mais eficientes ou mudar para biocombustíveis ou baterias pode reduzir as emissões, mas é caro e pode demorar várias décadas. Ajustes simples nas rotas de voo são muito mais baratos e podem oferecer benefícios imediatos“, disse Paul Williams, cientista atmosférico e co-autor do estudo, publicado no dia 26 de janeiro na Environmental Research Letters.

A investigação analisou cerca de 35.000 voos em ambas as direções entre Nova Iorque e Londres, de 1 de dezembro de 2019 a 29 de fevereiro de 2020. A equipa comparou o combustível usado durante esses voos com a rota mais rápida que teria sido possível no momento, voando nas (ou à volta) das correntes de ar do jato para leste.

Os cientistas descobriram que tirar melhor proveito dos ventos teria economizado, em média, cerca de 200 quilómetros de combustível por voo. Além disso, teria sido possível reduzir as emissões de dióxido de carbono durante o período de inverno num total de 6,7 milhões quilogramas.

Atualmente, o setor da aviação é responsável por cerca de 2,4% de todas as emissões de carbono causadas pelo Homem, e o número está a crescer.

Liliana Malainho, ZAP //



Jato supersónico AS2 vai voar entre Nova Iorque e Londres em 4h30 (e sem estrondo sónico)

A corrida para produzir a primeira aeronave de passageiros supersónica a entrar em serviço comercial em mais de 50 anos está a aquecer.

A fabricante de aviões norte-americana Aerion, cujo jato AS2 promete voar de Nova Iorque a Londres em 4h30, está a construir uma enorme nova sede global na Flórida antes do início da produção da nave supersónica em 2023.

De acordo com a CNN, este é um grande passo para a empresa, que usará parte dos 300 milhões de dólares que atraiu em investimento de capital para desenvolver o Aerian Park de mais de 44 hectares.

A nova sede e campus integrado para investigação, design, produção e acabamento de interiores da embarcação supersónica promete criar 675 novos empregos bem pagos até 2026.

O jato executivo AS2 para 8 a 12 passageiros viajará a mais de 1.600 quilómetros por hora, o que significa que pode economizar três horas e meia nos tempos de viagem padrão de Nova Iorque à Cidade do Cabo e mais de quatro horas nas viagens entre o Aeroporto Internacional John F. Kennedy e Singapura ou Sydney.

Os parceiros do programa AS2 da Aerion incluem a GE Aviation, que está a produzir o motor supersónico Affinity, e a Spirit AeroSystems, que está a fabricar a fuselagem pressurizada do AS2.

No cockpit, a Honeywell está a revolucionar a cabine de comando, usando a sua experiência em jatos militares supersónicos para projetar os processadores de missão, visores, sensores e sistemas de controle de voo do AS2.

“Tivemos de projetar uma aeronave que fosse incrivelmente eficiente com a menor queima de combustível possível, por isso passamos 10 anos pensando em aerodinâmica avançada e motores com baixo consumo de combustível. Projetamos especificamente em torno de ruído e emissões”, disse Tom Vice, presidente e CEO da Aerion Corporation.

Uma das coisas que o jato não terá são pós-combustores, um sistema em que o combustível é pulverizado na fuga do motor e queimado para aumentar o impulso durante a descolagem e a aceleração. “É muito barulhento e emite muitas emissões”, explicou.

“A segunda coisa em que pensámos foi a nossa fonte de energia. Queríamos uma aeronave que não dependesse de combustíveis fósseis e pudesse operar com combustíveis 100% sintéticos desde o primeiro dia”.

A empresa também está comprometida com um programa de reflorestação substancial para garantir a compensação de carbono para todos os clientes em todos os voos.

Uma das características mais inovadoras do AS2 é a sua “navegação sem estrondo”, que permite ao avião voar supersonicamente sobre a terra sem que o estrondo sónico atinja o solo. Em vez disso, o ruído é refratado de volta à atmosfera. “Teremos a primeira aeronave da história capaz de voar supersonicamente sobre a terra e ninguém no solo ouvirá o estrondo”, garantiu Vice.

A Aerion inventou a “navegação sem estrondo” porque o tipo alternativo de voo supersónico mais silencioso, chamado de “baixo estrondo”, ainda produz ruído no solo semelhante ao estrondo de um trovão distante.

O objetivo da Aerion é construir um futuro onde as pessoas serão capazes de voar entre quaisquer dois pontos da Terra em três horas. A empresa pretende que o AS2 seja o primeiro de uma família supersónica, havendo já um avião comercial AS3 em desenvolvimento e planos futuros para aviões supersónicos híbridos-elétricos.

A nave tem um preço de 120 milhões de dólares, que a fabricante acredita ser um preço que as pessoas vão pagar por causa da economia de tempo.

A Aerion planeia entregar 300 aeronaves em 10 anos de produção. O primeiro voo do AS2 está previsto para 2024 e a empresa pretende que o avião chegue ao mercado em 2026.

Maria Campos, ZAP //



Turismo com 26 milhões de dormidas em 2020. É o valor mais baixo desde 1993

A atividade turística registou um total de 26 milhões de dormidas em 2020, o valor mais baixo desde 1993, de acordo com uma estimativa rápida divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“No conjunto do ano de 2020, os estabelecimentos de alojamento turístico terão registado 10,5 milhões de hóspedes e 26 milhões de dormidas, correspondendo a diminuições anuais de 61,2% e 63,0%, respetivamente, depois das subidas de 7,9% e 4,6% registadas em 2019”, divulgou hoje o INE, acrescentando que “é preciso recuar até 1993, ano em que se registaram 23,6 milhões de dormidas, para se encontrar um número menor de dormidas”.

De acordo com a estimativa rápida da atividade turística em dezembro, o setor do alojamento turístico deverá ter registado, naquele mês, 462,5 mil hóspedes e 972,7 mil dormidas, o que corresponde a variações negativas de 70,7% e 72,3%, respetivamente, em comparação com o mesmo mês de 2019

Aqueles valores refletem uma ligeira recuperação no último mês do ano passado, depois de em novembro a diminuição ter sido de 76,8% nos hóspedes e 76,9% nas dormidas.

As dormidas de residentes terão diminuído 53,9%, depois de uma queda de 58,8% em novembro, e as de não residentes terão recuado 82,9% (-85,5% no mês anterior).

No mês em análise, 50% dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou não registaram movimento de hóspedes (46,9% em novembro).

O mercado interno contribuiu com 13,6 milhões de dormidas, uma descida de 35,3%, quando em 2019 aquele mercado contribuiu com uma subida de 6,5%.

Já os mercados externos contribuíram com 12,3 milhões de dormidas, uma descida de 74,9% (aumento de 3,8% em 2019).

Em dezembro, o Alentejo terá continuado a apresentar a menor diminuição no número de dormidas, face ao mês homólogo, com uma descida de 45,1% (-37,7% no caso dos residentes e -64,5% no de não residentes).

As restantes regiões registaram decréscimos superiores a 60% em dezembro.

No total do ano passado, o Alentejo foi também a região que registou menor diminuição no número de dormidas, face a 2019, recuando 37,3%, enquanto os maiores decréscimos se registaram na Área Metropolitana de Lisboa (-71,5%) e na Região Autónoma dos Açores (-71,1%).

A totalidade dos principais mercados emissores manteve decréscimos expressivos em dezembro, embora, na sua maioria, menores do que em novembro.

No conjunto do ano de 2020, todos os principais mercados registaram decréscimos superiores a 65%, com destaque para os mercados irlandês (-89,6%), norte-americano (-87,7%) e chinês (-82,8%).

// Lusa



Amesterdão irá fechar as montras de sexo do centro da cidade para “redefinir” o turismo

Anthony Coronado / Flickr

Red Light District, Amesterdão

As montras de sexo no Red Light District, em Amesterdão, serão fechadas e um novo “centro erótico” será aberto longe do centro da cidade. A proposta partiu de Femke Halsema, presidente da Câmara Municipal da cidade holandesa, e teve o apoio de vários partidos.

As prostitutas do Red Light District serão convidadas a mudar a sua atividade para um local construído fora do centro de Amesterdão, cuja localização ainda está por determinar, com vista à reconfiguração da zona turística.

Os partidos CDA (democratas-cristãos) e a ChristenUnie (União Cristã) há muito que exercem pressão para que se encerrem estes estabelecimentos e, agora, reúnem o apoio do Partido Popular para a Liberdade e Democracia (VVD) e do Partido Trabalhista e dos Verdes.

“Trata-se de uma reconfiguração de Amesterdão como cidade turística. Os turistas são bem-vindos para desfrutar da beleza e liberdade da cidade, mas não a qualquer custo”, disse Dennis Boutkan, do Partido Trabalhista Holandês.

Já Diederik Boomsma do CDA comentou com o jornal britânico The Guardian: “Temos que intervir com firmeza.”

Femke Halsema, por sua vez, argumentou que as montras devem ser fechadas, tendo em conta que as mulheres que trabalham neste meio se tornaram numa atração turística, que atrai boatos e abusos.

Inicialmente, quando a ideia foi proposta, um grupo chamado Red Light United afirmou que 90% das 170 mulheres inquiridas queriam continuar a trabalhar nas montras daqueles canais e vielas do famoso bairro De Wallen.

Mudar de local não é uma opção porque, assim, os clientes não saberão onde encontrar. Será que Halsema vai organizar viagens de autocarro para que os turistas vão a Westelijk Havengebied [distrito ao norte do centro da cidade]?”, disse, na altura, um membro do grupo ao jornal Het Parool.

No entanto, a maioria dos vereadores concordou que a realocação era necessária para mudar o tipo de turistas que visitam Amesterdão.

Uma segunda proposta para proibir os turistas de comprar canábis nos cafés da cidade está com dificuldade em ganhar apoio, devido ao receio de que possa levar traficantes a vender o produto nas ruas.

Sofia Teixeira Santos, ZAP //



Viagens de residentes caíram 84,8% para fora e 18,5% em Portugal no 3.º trimestre de 2020

As viagens turísticas de residentes em Portugal diminuíram 84,8% com destino ao estrangeiro e 18,5% em território nacional, no terceiro trimestre de 2020, em termos homólogos, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo as estatísticas da Procura Turística dos Residentes, no período em análise, “as viagens em território nacional concentraram 97,5% das deslocações (6,2 milhões), revelando um decréscimo de 18,5%”, enquanto “as viagens com destino ao estrangeiro diminuíram 84,8%, totalizando 161,9 mil, correspondendo a 2,5% no total (0,6% no segundo trimestre de 2020)”, divulgou o INE.

Nos meses de julho, agosto e setembro do ano passado, os residentes em Portugal realizaram 6,4 milhões de viagens, o que correspondeu a um decréscimo de 26,7%, depois de terem diminuído 64,9% no trimestre anterior.

Assim, no período em análise, 32,8% da população residente realizou pelo menos uma deslocação turística, o que representa uma descida de 9,5 pontos percentuais.

“O impacto da pandemia de covid-19 continuou a fazer-se sentir no número de viagens realizadas, no entanto com menos expressão que nos meses anteriores”, observou o INE, referindo que, no terceiro trimestre de 2020, os decréscimos registados foram de 30,8%, 23,5% e 27,9%, respetivamente (-89,2%, -60,5% e -43,2%, pela mesma ordem, nos meses de abril, maio e junho).

O “lazer, recreio ou férias” continuou a ser a principal motivação para viajar (4,4 milhões de viagens, -22,5%), tendo a sua representatividade aumentado 3,8 pontos percentuais (70% do total, face a 66,2% no mesmo trimestre do ano anterior).

Já as visitas a familiares ou amigos foi o motivo apresentado para 1,6 milhões de viagens (24,4% do total, -2,2 pontos percentuais), registando um decréscimo de 32,6%.

As 171,6 mil viagens por motivos “profissionais ou de negócios” têm uma queda de 50,7% e representando 2,7% do total das viagens realizadas.

De acordo com os dados do INE, no terceiro trimestre de 2020, o recurso à internet para a marcação de viagens registou um ligeiro reforço na sua expressão, tendo sido utilizada no processo de organização de 24,7% das deslocações, em 60,5% das viagens para o estrangeiro e 23,8% das viagens domésticas.

Nas deslocações realizadas no período em análise, o peso relativo das dormidas em “hotéis e similares” diminuiu 2,4 pontos percentuais, para 25% do total, enquanto o alojamento particular gratuito manteve-se como a principal opção de alojamento (61% das dormidas).

Registou-se ainda uma média de 8,41 dormidas nas viagens de cada turista residente, evidenciando uma subida de 7,8% face ao mesmo período do ano anterior (7,80 dormidas no trimestre homólogo).

Também a proporção de turistas no conjunto da população diminuiu significativamente: naquele trimestre, tal como no trimestre anterior, todos os meses registaram decréscimos homólogos em termos da percentagem de residentes que viajaram (-5,9, -5,7 e -4,2 pontos percentuais, nos meses de julho, agosto e setembro, respetivamente).

// Lusa



Islândia começou a emitir “passaportes de vacinação”

A Islândia é um dos primeiros países a emitir os chamados “passaportes de vacinação” com o objetivo de facilitar as viagens de pessoas imunizadas contra a covid-19. A questão é polémica e divide os 27 Estados-membros da União Europeia (UE). 

As cerca de 4.800 pessoas que receberam duas doses de uma vacina contra a covid-19 são atualmente elegíveis para receber o certificado digital, avançou, em declarações à agência France-Presse (AFP), o Ministério da Saúde islandês. Este serviço foi lançado oficialmente na passada quinta-feira e está disponível em formato online.

“O objetivo é facilitar a circulação de pessoas entre os países, para que os indivíduos possam apresentar um certificado de vacinação durante os controlos fronteiriços e assim ficarem isentos das medidas restritivas fronteiriças em vigor, de acordo com as regras estipuladas pelo país em questão”, afirmou o ministério.

Para os islandeses detentores deste documento, a utilidade deste certificado permanece, por enquanto, essencialmente teórica, até que esta espécie de “passaporte de vacinação covid-19” seja reconhecido internacionalmente.

Caso este recurso for adotado a nível internacional, a Islândia tenciona permitir, por exemplo, a entrada no seu território, sem qualquer controlo adicional, a pessoas portadoras de um certificado que seja oriundo dos Estados-membros da União Europeia (UE) ou do Espaço Económico Europeu. O país admite ainda autorizar a entrada através de certificados colocados em vigor pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

A Islândia não é membro da União Europeia, mas integra o espaço Schengen (espaço europeu de livre circulação), que tem sofrido várias medidas restritivas no âmbito da luta contra a propagação do novo coronavírus.

A possível introdução destes certificados de vacinação tem sido uma questão discutida pelos 27 Estados-membros da UE, mas, até ao momento, não há um consenso sobre a matéria.

Para a Grécia, este recurso pode ser importante para salvar o setor do turismo (área económica com forte peso nas contas de Atenas), mas para outros países, como França e Alemanha, estas discussões são encaradas como prematuras.

Entre os argumentos apresentados por Berlim e Paris está a ainda pequena percentagem de população vacinada e as incertezas que ainda que rodeiam o efeito da vacina sobre a transmissão do vírus.

Recentemente, o Comité de Emergência da OMS afirmou que se opunha, “por enquanto”, à introdução de certificados de vacinação contra a covid-19 como condição para permitir a entrada de viajantes num país.

“Ainda existem muitas dúvidas fundamentais em termos da eficácia das vacinas para reduzir a transmissão [do vírus] e as vacinas estão disponíveis apenas em quantidades limitadas”, adiantou então o Comité de Emergência da OMS nas suas recomendações, ao acrescentar que a prova de vacinação não deve isentar outras medidas de prevenção sanitária.

Através de medidas rigorosas de controlo fronteiriço e uma campanha intensa de rastreamento e de testagem de todos os casos positivos de covid-19, a Islândia, país com cerca de 365.000 habitantes, tem conseguido controlar a evolução da pandemia. Na semana passada, menos de cinco infeções foram registadas diariamente no país.

ZAP // Lusa



Nova Zelândia pede aos turistas para pararem de imitar fotografias de viagens de outras pessoas

A Nova Zelândia lançou uma nova campanha de turismo em que pede aos viajantes que parem de imitar as fotografias que veem na Internet e que “partilhem algo novo”.

A campanha de turismo da Nova Zelândia foi lançada num vídeo de dois minutos, no qual surge o comediante Tom Sainsbury como membro do “Esquadrão de Observação Social (SOS). O funcionário acompanha os turistas em algumas das paisagens mais famosas do país e pede-lhes para pararem de viajar “sob a influência social”.

“Fui alertado para uma situação que está a contecer muito ultimamente”, diz Sainsbury no início da campanha, de acordo com a CNN. “As pessoas têm visto estas fotografias nas redes sociais e fazem de tudo para copiá-las.”

O vídeo faz parte da campanha “Faça algo novo” do departamento de turismo da Nova Zelândia. As campanhas anteriores incluíram uma canção das celebridades locais Madeleine Sami e Jackie van Beek.

A campanha surge num momento difícil para os turistas, com a maioria dos viajantes internacionais impedidos de entrar na Nova Zelândia.

A primeira-ministra Jacinda Ardern disse, esta terça-feira, que as fronteiras da Nova Zelândia permanecerão fechadas na maior parte deste ano, enquanto a pandemia de covid-19 se intensifica no mundo. Porém, o país vai tentar providenciar viagens com a vizinha Austrália e outras nações do Pacífico.

“Dados os riscos no mundo ao nosso redor e a incerteza do lançamento global da vacina, podemos esperar que as nossas fronteiras sejam impactadas durante grande parte deste ano”, disse Ardern.

Para que as viagens para a Nova Zelândia retomem, as autoridades precisam de ter confiança de que os vacinados não passariam o vírus que provoca a covid-19 a outras pessoas – o que ainda não é conhecido – ou uma quantidade suficiente da população precisava de estar vacinada para que as pessoas pudessem voltar com segurança à Nova Zelândia.

Uma bolha de viagens com a Austrália está em vigor desde outubro.

Maria Campos, ZAP //



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