Domingo, Maio 25, 2025
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Festivais de verão proibidos até 30 de setembro

RTP / Flickr

Foi decidida, esta quinta-feira em Conselho de Ministros, a proibição dos festivais de verão em Portugal até 30 de setembro.

Os festivais de verão estão proibidos “até 30 de setembro de 2020”, anunciou esta quinta-feira o Governo, após ter decidido a medida em Conselho de Ministros. A medida afeta todos os grandes festivais de verão em Portugal.

“Impõe-se a proibição de realização de festivais de música, até 30 de setembro de 2020, e a adoção de um regime de caráter excecional dirigido aos festivais de música que não se possam realizar no lugar, dia ou hora agendados, em virtude da pandemia”, adianta o Executivo em comunicado

Segundo o Observador, o Governo esclarece ainda que todas as pessoas que compraram bilhetes para espetáculos – não apenas festivais – agendados para entre 28 de fevereiro a 30 de setembro que não se realizaram devido à pandemia de covid-19, terão direitos protegidos, recebendo um vale compensatório com o custo tido.

“Para o caso de espetáculos cuja data de realização tenha lugar entre o período de 28 de fevereiro de 2020 e 30 de setembro de 2020, e que não sejam realizados por facto imputável ao surto da pandemia da doença covid-19, prevê-se a emissão de um vale de igual valor ao preço do bilhete de ingresso pago, garantindo-se os direitos dos consumidores”, lê-se no comunicado.

Contudo, o comunicado do Governo não esclarece a natureza nem o que será possível adquirir com este vale compensatório.

Mediante esta medida, ficam impossibilitados de se realizar, em junho, festivais como o Rock in Rio Lisboa e o NOS Primavera Sound (que tinha anunciado um adiamento para os dias 3, 4 e 5 de setembro), e, em julho, o NOS Alive, o Super Bock Super Rock, o EDP Cool Jazz, o Sumol Summer Fest, o Afro Nation, o novo festival Rolling Loud, entre outros.

Para agosto, estavam agendados festivais como o MEO Sudoeste, Vodafone Paredes de Coura, Neopop e EDP Vilar de Mouros que também ficam proibidos de se realizar nesta data. Da mesma forma, o Festival F, em Faro, o Lisb-ON, em Lisboa e o NOS Summer Opening, no Funchal, que estavam previstos para setembro, seguem o mesmo rumo.

ZAP //



“Mesa para Um”. Na Suécia, vai abrir um restaurante inspirado pelo pandemia

A pandemia de covid-19 e o distanciamento social inspiraram um casal sueco a abrir um restaurante peculiar, onde apenas pode comer uma pessoa de cada vez e sem ter nenhum contacto com os funcionários.

Em março, Linda Karlsson e o seu marido, o chef Rasmus Persson, receberam uma visita inesperada dos pais de Karlsson, que têm mais de 70 anos. Como não queriam colocar a sua família em risco, colocaram uma mesa no prado do lado de fora da sua casa e serviram comida pela janela.

Foi assim que nasceu a ideia para o Bord för En (“Mesa para Um”), um restaurante onde haverá apenas uma mesa e uma cadeira no meio do campo. O local será aberto em 10 de maio. As reservas estarão disponíveis entre as 10h e as 22h45, embora apenas uma pessoa possa reservar por dia.

Esse cliente poderá escolher um pequeno-almoço, almoço ou jantar de três pratos vegetarianos, acompanhado de uma bebida não alcoólica local e servido numa cesta de piquenique que será enviada por uma corda com a ajuda de uma roda de bicicleta antiga de forma a evitar qualquer tipo de contacto.

O cliente poderá colocar os pratos usados num balde ao lado da mesa e tocar um sino para pedir o próximo prato.

No final, os clientes podem pagar a quantia que lhes parecer mais apropriada. “Gostamos de nos adaptar à situação em que as pessoas estão”, explicou Karlsson, em declarações ao Atlas Obscura. “Não deveria haver um preço demasiado alto para alguém”.

O Bord för En é o único restaurante da cidade sueca de Ransäter e já gerou grande interesse. O casal recebeu reservas de toda a Suécia – e até do Japão.

Embora ainda não se saiba quando os clientes japoneses poderão viajar para a Suécia, Karlsson acredita que um local para refeições solitárias pode ser uma boa ideia, mesmo quando a ameaça diminuir. “Para honrar verdadeiramente a empresa, acho que este restaurante é uma boa opção para as pessoas se conhecerem melhor“, disse.

Assim, os fundadores do novo restaurante não pretendem adicionar mais mesas ao Bord för En no futuro

ZAP //



 

Sicília vai pagar metade dos voos para fomentar o turismo no pós-pandemia

Logitravel

Sicilia, Itália

A Sicília vai pagar parcialmente voos e estadias em hotéis aos turistas que decidam visitar a ilha italiana ainda este ano, no período após o pico da pandemia do novo coronavírus (covid-19).

A ilha italiana vai pagar metade do custo do bilhete de avião e um terço da estadia – uma noite em cada três – em hotéis da região, conta o The Times of London.

Além de cobrir parcialmente os custos com os voos e acomodação, a Sicília vai também oferecer bilhetes gratuitos para museus e sítios arqueológicos.

A pandemia, que fez de Itália um dos países do mundo mais afetados pela covid-19, afastou milhares de turistas da Sicília, fazendo com que a região perdesse 1,09 mil milhões de dólares em receitas associadas à atividades turística.

A iniciativa agora anunciada implicará um investimento de 50 milhões de dólares para trazer de volta os turistas que a covid-19 afastou, detalha a Newsweek.

Itália encontra-se em quarentena desde 10 de março, preparando-se agora para aligeirar as medidas que limitaram a circulação e ditaram o confinamento social.

A partir de 4 de maio, vão abrir de forma faseada e gradual alguns estabelecimentos. As restrições serão levantadas pelo Governo italiano mas deverão continuar a vigorar medidas de distanciamento social.

Itália tornou-se o epicentro europeu da doença tendo, até esta semana, mais de 27.000 vítimas mortais a lamentar. Esta quarta-feira, o responsável da estratégia de combate à covid-19 em Itália disse que o está preparado para uma segunda vaga de infeções, “ainda maior do que a primeira”, se a reabertura levar a um aumento de casos.

ZAP //



 

Fã de casinos? Seis casinos espanhóis que deve visitar

Para os fãs de casinos e de viagens, Espanha é um local que deve visitar sem dúvida.

Com um forte histórico no mundo dos casinos e eventos de jogos, Espanha atraí cada vez mais turistas apaixonados pelo mundo dos casinos e “jogos de azar”.

Estima-se que Espanha ocupe o terceiro lugar no mundo na quantidade de dinheiro gasto pelos espanhóis anualmente nos jogos de azar. Esta é estatística é fácil de compreender, já que Espanha tem mais de 40 casinos terrestres.

Todos os jogos de casino populares estão disponíveis nos casinos espanhóis, como o Baccarat, BlackJack e Roleta. O Poker é também um dos jogos mais populares em Espanha, recebendo e organizando diversos eventos mundiais.

Hoje damos-lhe a conhecer o top 6 de casinos espanhóis que deve visitar.

Casino de Madrid

Este é sem dúvida o casino mais clássico de todos. O Casino de Madrid, situado na Calle de Alcalá 15, tem quase dois séculos. Quando um grupo de jovens inaugurou um clube social em 1836, não imaginou que esse pequeno clube se tornaria na grande referência dos casinos espanhóis.

O Casino Madrid tem vários tipos de jogos, e tem uma ampla variedade de escolhas para os visitantes. Todos os jogos mais populares de casinos estão disponíveis no Casino Madrid, que também organiza torneios semanais como forma de atrair mais visitantes e proporcionar mais emoção.

Além de ser o paraíso para os fãs de casinos, o Casino de Madrid é um monumento de destaque no panorama cultural espanhol. Em 1993, o governo espanhol declarou mesmo o Casino de Madrid como Bem de Interesse Cultural.

Como é fácil perceber, o Casino de Madrid é especial, mais ainda há mais! Além de ser um casino, no Casino de Madrid também tem bibliotecas, restaurantes, pode ver filmes e ainda tem piscinas climatizadas.

Casino Gran Madrid Colón

O Casino Gran Madrid Cólon situado no Paseo de Recoletos 37, proporciona várias opções de diversão aos seus visitantes. O maior destaque do casino é o póquer que conta com torneios diários proporcionam momentos de pura emoção.

Outra atração do Casino Gran Madrid Cólon são as rodadas de Blackjack, Jackpot e vários outros jogos de casino. Há ainda um espaço reservado para espetáculos e atrações de entretenimento.

Casino Gran Madrid Torrelodones

Tal como os outros casinos já citados acima, o Casino Gran Madrid Torrelodones, disponibiliza várias atividades além dos jogos tradicionais de casino. Aqui, os visitantes tem a possibilidade de entrar e jogar em torneios de póquer com 25€.

Casino Gran Vía

Localizado na Gran Vía 24, o Casino Gran Vía destaca-se pelos seus grandes torneios de póquer que atraem os apaixonados por este tipo de jogo. Há vários torneios diários, e as entradas para o torneio tem preços diferentes, dando a possibilidade de participar mesmo com orçamento pequeno.

O Casino Gran Vía tem a ainda vários jogos no salão real, um espaço onde o antigo e o moderno se encontram como por magia.

Durante a semana, os visitantes poderão ainda assistir a espetáculos ao vivo para entreter os visitantes.

Gran Casino de Aranjuez

Na pequena cidade de Aranjuez, a apenas 48 quilómetros da capital espanhola, vai encontrar o Gran Casino de Aranjuez. O casino oferece vários torneios de Sit & Go de póquer, com preços que vão dos 25€ aos 100€.

No Gran Casino de Aranjuez, poderá encontrar os jogos mais populares de casino, como a roleta, slots e BlackJack.

Tal como os restantes casinos, aqui também há um palco onde são feitos vários espetáculos. Por este palco já passaram grandes nomes do mundo musical, como Miguel Bose, Julio Iglesias, Marta Sanchez, David Bisbal, Isabel Pantoja, Joaquín Cortés, entre outros.

Casino la Toja

Localizado em Pontevedra, o Casino la Toja tem uma dimensão mais pequena que os demais casinos apresentados, mas a qualidade de serviço e experiência única está assegurada.

No Casino la Toja poderá encontrar vários jogos clássicos de mesa como o BlackJack e Roleta, terá ainda a possibilidade de jogar Punto Banco/Baccarat. O póquer também está presente com a possibilidade de jogar os vários tipos.

Espanha oferece muitas atrações aos turistas e aos residentes, desde galerias de arte, museus, restaurantes famosos entre muitas outras atrações. A comida é também um dos ex-líbris do país com comidas fantásticas que pode e deve experimentar.

Aliar todas esses motivos a um bom momento de diversão nestes 6 casinos espanhóis irá tornar a sua viagem numa experiência única e memorável.

aeiou //



Com Florença deserta, as estátuas centenárias “falaram” aos humanos

soundpatterns / Flickr

Réplica da estátua de David, de Miguel Angelo, na Piazza della Signoria, em Florença. A original está na Accademia Gallery, e está em perigo.

A cidade de Florença, em Itália, está completamente deserta devido à pandemia de covid-19. Num vídeo, as esculturas centenárias viram, pela primeira vez, a cidade vazia e “falaram”, elogiando a sua beleza.

O vídeo, patrocinado pelo conselho da cidade de Florença, entre outras instituições, é intitulado “Para os humanos, de Florença”. A ideia do estúdio Riprese Firenze era narrar a cidade vazia através da nostalgia causada pelas estátuas, sozinha nas praças, ruas e pontes da capital da Toscana devido à ausência de turistas e locais.

“Que estranho este silêncio, eu não o percebia há anos, as ruas desertas, as cortinas caídas. Nunca teria pensado em dizer algo assim, mas sinto falta daqueles homenzinhos frágeis”, admitem tristemente as esculturas no início das filmagens.

A escultura de Filippo Brunelleschi recorda os turistas que, antes da crise dos coronavírus, admiravam a cidade do alto da imponente cúpula que criaram para a catedral há exatamente seis séculos.

As estátuas na Plaza de la Signoria central também expressam a sua descrença, como a réplica de David de Michelangelo, o Perseus de bronze que triunfantemente segura a cabeça da Górgona Medusa ou Neptuno e os seus tritões que coroam sua fonte.

O busto do artista Benvenuto Cellini aguarda da Ponte Vecchio o retorno dos amantes e o Grão-Duque Ferdinando I, no seu cavalo, confessa que sente falta das crianças que contam as abelhas que decoram o seu pedestal.

Dante Alighieri recomenda ler poesia e refletir sobre o amor durante o confinamento, porque, segudo ele, quando as pessoas voltarem a andar pelas ruas históricas de Florença, as suas estátuas e a sua imensa herança cultural continuarão lá à espera.

O diretor do vídeo, Matteo Gazzarri, explicou, de acordo com o jornal espanhol ABC, que a sua intenção era “construir uma história para mudar” e aproximar a cidade de todo o mundo neste momento de pandemia.

Florença, cujo centro histórico é património da UNESCO desde 1982, é, na sua opinião, “para todos, florentinos de nascimento ou adoção, tuscanos, italianos e estrangeiros”.

O vídeo despede-se com um desejo: “Veremo-nos em breve”, quando a normalidade começar a estabelecer-se em Itália, um país especialmente atingido pelo coronavírus, com mais de 200 mil infeções e mais de 27 mil mortos.

ZAP //



Já pode fazer uma pausa da pandemia e meditar com o Aquário da Baía de Monterey

O mundo está fechado em casa. Confinada a quatro paredes, a população começa a sentir falta do mundo exterior. A equipa do Aquário da Baía de Monterey, nos Estados Unidos, não esqueceu o seu público e está a trabalhar diariamente para partilhar online a vida marinha.

Em março, o aquário norte-americano, um dos mais famosos do mundo, lançou uma série de vídeos, chamada Morning MeditOcean, composta por seis vídeos de meditação, com imagens do aquário. O mais popular é a Meditação guiada com medusas, que conta já com mais de 50 mil visualizações.

Emily Simpson, que trabalha no departamento de comunicação do aquário da Baía de Monterey, explicou que o objetivo era dar atenção à saúde mental numa altura em que o mundo atravessa uma pandemia. Como observar e ouvir o oceano e a vida marinha tem um efeito relaxante, Simpson achou boa ideia lançar esta iniciativa de meditação.

Esta série de meditação nasceu do desejo de levar algum conforto à comunidade online do aquário. As imagens foram filmadas nas instalações do aquário e as narrações foram gravadas por membros do staff.

Combinar imagens da vida marinha com meditação foi uma ideia que resultou num projeto bem sucedido e muito popular. “Num mundo que se tornou tão rápido e industrializado, observar algas a balançar lentamente e peixes a flutuar fornece aos nossos cérebros sobrecarregados um lembrete gentil para fazer uma pausa e apreciar o mundo ao nosso redor”, explicou Simpson.

Numa altura em que o mundo se vê assolado perante a pandemia de covid-19, esta série é também um lembrete de que, apesar de o mundo parecer caótico, “debaixo de água, na floresta, no deserto e em todos os espaços naturais, a vida persiste”.

“Agora, que tantas pessoas estão confinadas a ambientes fechados, estes vídeos fornecem a conexão com a natureza que todos sentimos falta”, acrescentou a responsável, numa entrevista ao Inverse. Além disso, é também uma forma de mostrar às pessoas que não estão sozinhas.

A missão do aquário da Baía de Monterey é inspirar a conservação do oceano, criando conexões com as pessoas a um nível que Simpson classifica de “humano”. “Espero que as pessoas que vêem estes vídeos saibam que o oceano é bonito e resistente – como nós.”

O aquário está a preparar os próximos vídeos do MeditOceans. Por agora, está disponível no YouTube uma playlist com os seis vídeos já lançados.

ZAP //



Há um ilha escocesa à venda. Custa menos do que um apartamento em Nova Iorque

(dr) Vladi Private Islands

Uma ilha escocesa acaba de ser colocada no mercado por 300.000 dólares. Custa menos do que um apartamento na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

Trata-se de uma ilha ao largo da costa de Shetland, sendo mais próxima da Noruega continental e das Ilhas Faroé do que propriamente da Escócia, detalha o New York Post.

De acordo com a agência imobiliária Vladi Private Islands, responsável pelo processo de venda, em causa está uma ilha idílica, uma parcela de território “intocado” com cerca de 63,75 acres, cerca de 25 hectares.

“É um lugar de paisagens e belezas extraordinárias, tendo abundância de vida selvagem”, elenca a agência imobiliária, dando conta que a ilha conta já com um consentimento para a construção de um cais, novos edifícios agrícolas, bem como para a reconstrução de dois chalés abandonados e a construção de um totalmente novo.

A autorização incluiu também a aplicação de “um moinho de vento e painéis solares para [gerar] energias, bem como fossas sépticas para captação de esgoto e águas da chuva (…)”, características que podem fazer desta ilha um espaço amigo do ambiente.

O mesmo jornal observa ainda que o futuro comprador não ficará preso na sua própria ilha, uma vez que há acesso ao continente durante todo o ano.

ZAP //



Portugal entre os países europeus onde o turismo mais cai em 2020

Aerismaud / Flickr

Praia da Ponta da Piedade

Portugal é dos países europeus onde o turismo internacional mais cai este ano devido à pandemia, com uma queda de 40% no número de visitantes, apenas superada por Espanha e Itália, de acordo com estudo da Oxford Economics.

Segundo o estudo desta consultora britânica sobre os impactos da Covid-19 no turismo europeu, ao qual a agência Lusa teve este domingo acesso e que é datado do início do mês, em Portugal deverão registar-se menos sete milhões de entradas internacionais este ano, em comparação com 2019, o equivalente a uma queda de 40%.

Em termos percentuais, Portugal é apenas superado na redução dos visitantes por Itália (com uma queda de 49%, menos 31 milhões de visitantes) e por Espanha (recuo de 42%, menos 34 milhões de visitantes), que são desde logo os mais afetados pela pandemia, seja em número de mortes ou de casos.

Já em termos de volume, o Estado-membro com maior recuo nas chegadas turísticas internacionais, segundo a análise da Oxford Economics, é França, com uma queda de também 40%, o equivalente a menos 38 milhões de visitantes face a 2019.

França, que também está a ser bastante afetada pela Covid-19, é responsável por cerca de 13% das entradas internacionais em toda a Europa.

Juntamente com Itália e Espanha, Portugal é um dos países onde o Produto Interno Bruto (PIB) mais depende do turismo, num total de 16,5%, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo. Outro Estado-membro europeu muito dependente do turismo é a Grécia, onde, de acordo com a Oxford Economics, a queda no número de chegadas é de 36%, equivalente a menos 11 milhões.

O sul da Europa é, inclusive, a região mais afetada pelo recuo do turismo internacional, caindo ao todo 40% em 2020, após um crescimento de 5% em 2019.

A consultora britânica observa nesta análise, a mais recente para o turismo europeu, que, “mesmo nos casos em que o número de casos [de Covid-19] num país é relativamente baixo, tendem a existir restrições semelhantes em matéria de viagens e de movimentos”, o que justifica estas quedas acentuadas.

Três anos de recuperação

Assumindo que a covid-19 afeta o turismo europeu durante oito meses (fevereiro a setembro), entre alturas de confinamento e de levantamentos faseados das restrições, esta entidade estima uma queda de 39% nas viagens de turismo para toda a Europa em 2020, comparando com o período homólogo anterior, o equivalente a menos 287 milhões de chegadas internacionais.

Ainda assim, a Oxford Economics nota que “a duração potencial das proibições de viagem é ainda bastante incerta”, pelo que os números poderão alterar-se e até piorar, caso “as restrições de viagens continuem e atinjam o pico da época” turística, isto é, julho e agosto.

E, “embora se preveja uma rápida recuperação em 2021, não se espera que os níveis de viagens internacionais registados em 2019 se restabeleçam antes de 2023, uma vez que os efeitos prolongados sobre os rendimentos se repercutem” nos movimentos turísticos, nota esta entidade.

No que toca às viagens domésticas, “também cairão [em 2020], mas não mais do que as viagens internacionais”, estima a Oxford Economics, justificando que as restrições aqui aplicadas deverão “ser levantadas mais cedo”.

Para o conjunto da Europa, a redução esperada nos movimentos turísticos domésticos na região este ano é de 23%, sendo mais acentuada no sul da Europa (-24%) e na Europa ocidental (também -24%) e menos evidente na Europa central ou oriental (-20%), conclui a consultora na análise.

ZAP // Lusa



Grécia prepara novas regras “com sentido económico” para reabrir turismo

O ministro do Turismo da Grécia, Harry Theoharis, afirmou que “se quisermos pensar na possibilidade de viajar este ano, tem de ser sob novas regras específicas”. O país já está a preparar medidas para começar a salvar o setor.

“Temos que ter novas regras para hotéis, novas regras para praias, novas regras para piscinas, novas regras para buffets de pequenos-almoços, novas regras para autocarros de turismo”, disse o ministro ao Guardian, citado pelo Observador. Esta segunda-feira, a União Europeia (UE) discute a reabertura do setor.

Theoharis revelou ao Guardian que insistirá “num acordo sobre um conjunto comum de regras” para a UE. “Precisamos destas [normas] para começar a transportar pessoas de um país para outro por estrada, ar ou mar. Regras temporárias que terão que fazer sentido económico”. Mas, “se, por exemplo, só se pode voar com dez pessoas num avião para ser considerado seguro, obviamente não haverá voo”.

Se as linhas aéreas continuarem fechadas, a Grécia – onde um em cada cinco empregos é no turismo – terá que mudar o público alvo de turistas – normalmente franceses, britânicos e alemães – para países da Europa de Leste e Central, que podem fazer viajar de carro. Theoharis indicou que, em 2020, o país não terá um terço dos turistas que teve em 2019.

A vice-presidente da associação grega de hotéis, Christina Tetradis, indicou que “ninguém quer ser responsabilizado por colocar a equipa em risco ou pôr em risco vidas”, frisando: “Vai ser complicado, especialmente para hotéis maiores. Existem muitas perguntas, como quantas pessoas é que se pode ter numa piscina, estão os buffets fora de questão o que se faz se alguém fica doente?”.

A Grécia tem 2.517 casos confirmados do novo coronavírus, tendo registado 134 mortes e 577 recuperados. No final de fevereiro, já se cancelavam todos os eventos e, a 10 de março, fecharam as escolas e universidade.

Um estudo da Oxford Economics divulgado no domingo mostra que o sul da Europa vai ser a região mais afetada pelo recuo do turismo, caindo ao todo 40% em 2020.

ZAP //



Época alta no Norte “remediada” com turistas nacionais. Em Lisboa, aposta-se em investimentos e campanhas

A época alta do turismo a Norte vai ser uma “época remediada” por turistas nacionais e com algum mercado espanhol transfronteiriço com a retoma perspetivada para a Páscoa de 2021.  A região de Lisboa espera um verão “negro” e “inédito” em termos de turismo, pelo que a aposta vai passar pelo reforço de investimentos, proteção e campanhas de promoção.

“Este ano será difícil que haja época alta, pelo menos da forma como nós a conhecíamos”, declarou à agência Lusa Luís Pedro Martins, presidente da entidade regional do Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP). Segundo o responsável, a próxima “época alta vai ser diferente das outras”, porque vai haver apenas “turistas nacionais” e só no final do ano de 2020 é que poder-se-á começar a “reconquistar o mercado espanhol”.

A retoma do setor na região Norte só deve começar a sentir-se na Páscoa de 2021, altura em que se poderá começar a ter “alguma normalidade” no setor da hotelaria e turismo.

O presidente da TPNP lembrou que o Norte tem “bons argumentos” para a retoma pós pandemia da Covid-19, porque tem territórios de baixa densidade populacional como o Douro, Trás-os-Montes, Minho e o Douro e o Alto Tâmega. “Quem tem o Douro, Trás-os-Montes, o Minho e o Alto Tâmega, tem muito bons argumentos para poder ir ao encontro deste novo perfil de turista que se avizinha, pelo menos nesta primeira fase em que o turista necessita também de ganhar alguma confiança”, assinalou.

Para Luís Pedro Martins, a retoma deste setor vai ocorrer em três fases. “Uma que se iniciará a partir do momento em que as regras de confinamento mudem e que estenderá por todo o verão, no início da abertura de uma série de equipamentos relacionados com o setor, desde restauração à hotelaria, algo que eu julgo que até ao final do verão esteja plenamente consolidado”, antecipa.

“Depois, a segunda fase, já a partir de setembro e até dezembro, onde esperamos iniciar a reconquista do mercado muito importante para o país e para a região que é o mercado espanhol e depois uma terceira fase, que será a Páscoa de 2021”, concluiu.

Para o presidente da Associação Portuguesa de Hotelaria Restauração e Turismo (APHORT), a época alta no Norte de Portugal vai ser uma “época remediada” com o mercado interno e espanhol fronteiriço, prevendo também que se comece a sentir “alguma retoma” a partir da Páscoa de 2021.

“Este ano praticamente não vamos ter época alta. Não acredito em época alta. Acredito que vamos trabalhar muito com o mercado português e algum mercado espanhol, nomeadamente o fronteiriço. Estou a ver muito condicionada a questão das ligações aéreas, o que dificulta a vinda de estrangeiros para Portugal”, disse Rodrigo Pinto Barros.

Desejando que a previsão que está a traçar “falhe completamente”, e que venha aí um “bom verão, o presidente da APHORT considera que o ano de 2020 em “termos de hotelaria e turismo está praticamente fechado” e que só em maio de 2022 é que o setor voltará a igualar os últimos cinco anos. “Voltaremos a ter alguma proximidade com estes últimos cinco anos a partir de maio de 2022”, declarou.

Turismo em Lisboa aposta em investimentos

A região de Lisboa espera um verão “negro” e “inédito” em termos de turismo, com quebras superiores a 70% devido à pandemia, pelo que a aposta vai passar pelo reforço de investimentos, proteção e campanhas de promoção.

Com a maioria das empresas a meio-gás e os estabelecimentos comerciais fechados por imposição legal na sequência do estabelecimento do estado de emergência para combater a pandemia, o setor do turismo em Lisboa, Sintra e Cascais prevê quebras acima de 70%.

Apesar das baixas perspetivas, a Câmara Municipal de Sintra está já a preparar uma campanha de promoção que será anunciada em maio para dinamizar o setor do turismo. Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Sintra, Basílio Horta, sublinhou que, em termos quantitativos, as expectativas para a época alta são más.

“Vamos ter de certeza uma quebra muito significativa no afluxo turístico em Sintra. Estávamos com uma afluência de turismo enorme. Só a [Quinta] Regaleira tinha ultrapassado um milhão de visitantes, a [Palácio] Pena o segundo monumento mais visto em Portugal. Tínhamos filas enormes para comprar bilhetes, filas enormes para o autocarro para ir à Pena”, disse.

No entendimento de Basílio Horta, esta era uma realidade que não podia continuar e, por isso, considera que “esta pandemia” deve servir para se fazer uma reflexão profunda sobre o que vai ser o turismo do futuro. “Temos de pensar seriamente. A primeira coisa a ver é se conseguimos alterar o critério da quantidade e do lucro bruto. Este deve ser mudado para o critério da qualidade e do desenvolvimento turístico”, explicou.

De acordo com Basílio Horta, se tudo continuar igual vai haver outra pandemia. “Obviamente que não vai mudar de um dia para o outro, mas temos de aproveitar esta diminuição para ir à qualidade, fazer roteiros com património, com os palácios, com as quintas, com as casas da arquitetura tradicional de Sintra, encarar e divulgar uma oferta deste género”, referiu.

O autarca estima uma quebra no turismo entre 70 e 75%, mas lembra que o município tem levado a cabo vários apoios de incentivo às micro e pequenas empresas para evitar o seu encerramento definitivo.

Também o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, adiantou à Lusa que a quebra no setor do turismo em Cascais “é abismal”, superior a 70%, salientando que as perspetivas para a época alta são também más. “Temos consciência que não vai ser um verão fácil. Todos os festivais de música e grandes eventos, como o Estoril Open, foram cancelados. Percebe-se que o turismo só terá oportunidade de arrancar outra vez em setembro”, disse.

Miguel Pinto Luz adiantou que a câmara está a reforçar o investimento em todos os grandes eventos que atraem muitas pessoas a Cascais e a tentar redirecioná-los para o final do ano ou até para 2021. “O próximo ano será um ano de reforço da promoção internacional, da promoção online, reforço para qualificar o destino. Estamos preocupados, a falar com todos e ainda estamos todos a tentar perceber e aprender como podemos sair disto de forma coletiva”, indicou. Apesar disso, Pinto Luz disse que vários investidores mantiveram a vontade de continuar com os processos para novos hotéis.

No que diz respeito à cidade de Lisboa, a presidente da União de Associações de Comércio e Serviços (UACS), Lurdes Fonseca, estimou à Lusa que o verão “vai ser atípico e com muitas incógnitas”. “Sabemos já que pelo menos uma centena de pequenas e microempresas não vai reabrir pelos mais variados motivos, desde a insolvência, o receio de pedir crédito devido à idade, entre outros. Por isso, as perspetivas não são positivas”, disse.

De acordo com Lurdes Fonseca, o próximo verão vai ser diferente nas várias zonas em Lisboa, porque a capital é muito abrangente em termos de tipologia de comércio. “Lisboa tem várias zonas. Há zonas em que o comércio é mais de proximidade e acho que esses não terão tantas dificuldades, o seu mercado é quase exclusivamente interno, por isso vai depender um pouco do comportamento do consumidor, de como este se vai portar a partir da reabertura”, explicou.

No entanto, há, segundo a presidente da UACS, zonas em que os clientes são essencialmente turistas. “Com estes vai haver mais dificuldades. Não sabem como vão sobreviver e captar clientes. Por isso, temos realidades diferentes dentro da cidade Lisboa”, disse. Contudo, Lurdes Fonseca considera que ainda é cedo para ter uma perspetiva correta de como vai correr a época alta. “Só depois da reabertura e de ver qual vai ser a reação das pessoas após o confinamento e como se vão comportar enquanto consumidores é que vamos conseguir perceber as consequências. Sabemos que nada vai ser igual, mas este é um setor resiliente”, referiu.

// Lusa



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