Segundo as previsões, estações Pioneer e Voyager estarão em órbita em 2025 e 2027, respetivamente, e contarão com a tecnologia de gravidade artificial.
Se já começou a elencar a lista de destinos que pretende visitar no futuro – não imediato -, fique a saber que pode acrescentar um novo: o Espaço. De facto, as visitas a altitudes mais longínquas serão uma realidade muito em breve, já que a Orbital Assembly Corporation anunciou recentemente dois novos conceitos de estação concebidos com acomodações de turismo espacial. Uma das estações, denominada Pioneer, poderá estar em órbita já em 2025.
Em 2019, a Gateway Foudation divulgou ideias para um hotel espacial, com o objectivo a ser a gestão de um parque empresarial espacial que possa vir servir como casa, mas também com com espaço para escritórios e turistas, avançou Francesca Street à CNN.
Uma das estações propostas, a Pioneer, pode acomodar 28 pessoas, explicou Stephanie Wenger. A segunda estação, a Voyager (anteriormente conhecida como Von Braun), prevista para abrir em 2027, pode acolher até 400 pessoas. “O objectivo sempre foi tornar possível que um elevado número de pessoas possa viver, trabalhar e prosperar no Espaço”, descreveu o CEO da Assembleia Orbital, Tim Alatorre.
Uma estação mais pequena como a Pioneer permite às pessoas começarem a experimentar o espaço numa escala maior e mais rápida. Esta terá também instalações de investigação disponíveis para alugar, por exemplo.
As duas estações apresentadas assemelham-se a uma roda e terão uma gravidade artificial, o que permite aos hóspedes moverem-se confortavelmente no seu interior – apesar de a tecnologia da gravidade artificial não estar atualmente disponível nas estações espaciais. A Pioneer dispõe de cinco módulos construídos em torno do desenho de arquitetura rotativa do “Anel de Gravidade”.
As instalações nas estações Pioneer e Voyager terão microgravidade híbrida e níveis de gravidade variáveis até .57-G, especifica Sean Cudahy, citado pelo Smithsonian Magazine. Os turistas poderão ainda sentir alguma falta de peso, mas também poderão beber e não terão de estar amarrados a uma cama para dormir. A gravidade funciona de forma semelhante a um balde giratório que empurra a água para os lados do balde e permanece no mesmo lugar. Perto do meio da estação, não haverá gravidade artificial, mas a gravidade aumenta gradualmente mais longe do centro.
Apesar de a estação Pioneer ser mais pequena do que a Voyager, os convidados podem ainda tomar banho, comer e beber sentados em áreas com gravidade. Cada estação está mobilada como hotéis de luxo na Terra. A Voyager terá até um restaurante e suites com vista para a Terra.
A ética do turismo espacial e os custos associados são atualmente atualmente alvo de discussão, sobretudo por merecerem a atenção de bilionários como Jeff Bezos ou Elon Musk. No entanto, Wendy Whitman Cobb, uma cientista política da Força Aérea, notou ao The New York Times que o lançamento de naves de não-astronautas para o Espaço abre a porta para o avanço das tecnologias, gera entusiasmo sobre as viagens espaciais e testa os parâmetros de segurança das viagens para o Espaço.
Outra barreira significativa às viagens ao Espaço tem que ver com o custo. No entanto, a Orbital espera que os turistas procurem uma viagem ao espaço e, desta forma, as viagens espaciais se tornem menos dispendiosas.
“Prevemos as nossas estações espaciais Pioneer e Voyager como os destinos finais do ecoturismo. Assim que as pessoas chegarem ao espaço, isso irá mudar a sua perspectiva sobre a Terra”, descreveu Alatorre. “As viagens espaciais ainda estão na sua infância, e estamos entusiasmados por fazer a nossa parte para a impulsionar para ajudar a melhorar a vida na Terra”.