A Ginjinha portuguesa está a conquistar a América

A Ginjinha portuguesa é destaque na prestigiada revista Wine Enthusiast deste mês de Maio. A publicação que pontua e rankeia vinhos de todo o mundo nota que a popular bebida está a conquistar os bares dos EUA.

Mais de 150.000 litros do licor agridoce são produzidos a cada ano, sendo 90% consumidos em Portugal, e a maior parte do restante vai para os Estados Unidos (às vezes, na bagagem)”, escreve-se na revista especializada em vinhos.

Sempre que ouço que alguém vai para Portugal, peço que me tragam duas garrafas”, confessa à Wine Enthusiast o director do bar da baixa de Los Angeles “Redbird“, Tobin Shea, considerando que a ginjinha é uma excelente opção para fazer cocktails.

A revista explica que a ginja é feita de aguardente, “cerejas Morello, açúcar e uma mistura secreta de especiarias (muitas vezes incluindo cravo e canela)”.

A sua história “remonta ao frei galego Francisco Espinheira da Igreja de Santo António de Lisboa”, refere também a Wine Enthusiast, salientando que foi assim que “nasceu” o primeiro bar de ginja em Lisboa, em 1840 – A Ginjinha Espinheira que continua aberta actualmente, “nas mãos da quinta geração” da família, realça a revista norte-americana.

Lisboa continua a atrair milhares de turistas todos os anos – o que é uma boa notícia para Tobin, como refere a publicação.

Além da Ginjinha Espinheira, a Wine Enthusiast destaca ainda a Ginginha do Carmo, que “nasceu” nos anos de 1930 e reabriu em 2011, junto à Estação do Rossio. É “uma ode à crescente popularidade de Lisboa como um destino turístico” e o local de eleição “para começar ou terminar um dia ou noite” na cidade portuguesa, salienta.

Entretanto, a ginja já conquistou outras cidades portugueses, com versões próprias, o que leva a Wine Enthusiast a falar de uma “ascensão meteórica da popularidade do licor”.

Nos EUA, existe em duas versões: a clássica Espinheira Ginja e a Ginja D’Óbidos. “A Espinheira é mais leve e um pouco amarga, enquanto a versão de Óbidos tende a ser mais doce e um pouco viscosa”, reforça a publicação.

Susana Valente, ZAP //



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