TAP muda refeições e classe económica fica reduzida a “snacks”

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A partir de 27 de outubro, o tipo de assentos não será a única diferença entre a classe executiva e a classe económica dos voos da TAP. Este mês, as refeições servidas a bordo também serão distintas.

Por agora, os voos de médio curso da transportadora aérea portuguesa operados em aviões da Airbus, como pelos países da Europa, têm direito a uma refeição composta de wrap, queijo, bolachas – ou elementos de pastelaria e padaria portuguesa – e o serviço completo de bebidas.

A TAP vai dividir a classe económica em dois: a classe “economy” e a “economyXtra” – a primeira estará nos assentos verdes, a segunda nos vermelhos. Aí, além da distinção entre a qualidade dos assentos, passará a haver diferença nas refeições, como se depreende da nota que a empresa liderada por Antonoaldo Neves emitiu esta terça-feira, citada pelo semanário Expresso.

Os assentos verdes, em cadeiras não reclináveis, sem encosto de cabeça ajustável e sem suporte para tablet, só darão direito a um “snack” (batata frita e/ou pastel de nata) e a bebidas (vinhos, refrigerantes, café, água ou sumo).

Já os assentos vermelhos, que dispõem daquelas comodidades e ainda uma tomada elétrica e de USB, com espaço extra para as pernas, terão direito a comida quente nas refeições principais em voos de duração superior a 1h45.

Na classe EconomyXtra, haverá diferença consoante a duração do voo. Os mais curtos, terão um conjunto entre wraps, frutos secos e fruta fresca. Aqueles que se duram até 4h vão já ter pequeno-almoço com iogurtes, fruta e croissant e, nas horas de lanche, sandes e wraps, com pastelaria queijo e bolachas. Aqueles que se estendem entre 4h e 4h30 vão ter refeições sempre quentes, com pequeno-almoço incluído.

A diferenciação dentro da classe económica existirá nas rotas operadoras por Airbus, mas não nos equipamentos Embraer e ATR.

Questionada sobre se esta diferenciação não deixa clientes sem uma refeição reforçada nos voos, a assessoria de imprensa da TAP defende que “o objetivo desta evolução foi criar um produto com valor acrescentado para os passageiros, aumentando a flexibilidade na escolha da forma como cada um pretende viajar”.

“Ajustamos os serviços em terra e a bordo consoante cada tarifa. Nenhum passageiro deixará de ter refeição a bordo, apenas passar-lhe-á a ser oferecido um produto adequado à tarifa escolhida”, continua.

As tarifas mais baixas, a Discount e a Basic, vão permanecer na zona económica, a dos assentos verdes, e as restantes, mais elevadas (como Classic e Plus), na zona vermelha. “Mas há opção de compra para quem quiser passar para EconomyXtra”, sublinha a assessoria de imprensa. Para isso, terá um acrescento ao preço entre 20 a 30 euros, consoante o destino, de acordo com a nota.

A TAP é detida em 50% pela sociedade estatal Parpública, em 45% pela Atlantic Gateway e em 5% pelos trabalhadores numa relação acionista que tem sido marcada por alguma tensão com a gestão, encabeçada por Antonoaldo Neves.

ZAP //



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