Um ano depois, quarentena deixa Notre-Dame novamente em perigo

Christophe Petit Tesson / EPA

O incêndio na Catedral de Notre-Dame foi há precisamente um ano, mas o edifício ainda não está fora de perigo. A quarentena travou as obras e a catedral parisiense continua debilitada.

Esta quarta-feira marca um ano desde o incêndio que destruiu parcialmente a Catedral de Notre-Dame, em Paris. A quarentena devido à pandemia de covid-19 deixa o edifício mais uma vez em perigo, uma vez que as obras estão paradas e ainda não foi retirado o enorme andaime de metal que foi destruído no incêndio no ano passado.

No passado dia 10 de abril, Sexta-Feira Santa, realizou-se uma missa na Catedral de Notre-Dame. Presentes estavam apenas uma dúzia de pessoas face às restrições impostas pelo Governo francês, todos equipados com fatos de proteção, capacetes e máscaras. Não só devido ao novo coronavírus, mas também por causa do chumbo tóxico do telhado que ardeu no incêndio.

O Diário de Notícias lembra que, na altura do incêndio, havia trabalhos de manutenção em andamento na grande torre da catedral. O fogo derreteu o metal e lançou na atmosfera milhares de quilos de pó de chumbo tóxico, que tem sido uma das prioridades das autoridades até ao momento.

No mês passado deveria ter-se iniciado o trabalho de remoção dos andaimes, mas esta tarefa foi suspensa por tempo indeterminado devido à pandemia de covid-19. Assim, os andaimes continuam a ser uma ameaça à sobrevivência da catedral parisiense.

Neste panorama, o restauro deve apenas começar em 2021. Até ao momento foram utilizados 31 milhões de euros nas obras de reconstrução. Também muito graças às doações que foram feitas, estão assegurados cerca de 850 milhões de euros para as obras na catedral.

Patrick Chauvet, reitor-arquiteto da catedral, considera que o dinheiro não é suficiente. “Não. As pessoas que dizem sim não sabem o que é uma operação de restauro desta dimensão. Para se ter uma ideia, apenas os contrafortes custarão 150 milhões. Vamos exceder mil milhões. Não podemos desmobilizar, achando que já há dinheiro suficiente”, disse à agência EFE.

ZAP //



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