7 Pais Natais diferentes pelo mundo

E o Natal está a chegar… Aquela época do ano em que as famílias se reúnem à volta de uma árvore morta, as crianças comem doces tirados de uma meia e esperam pela chegada de um homem obeso, vindo num trenó voador, conduzido por renas, com o propósito de entregar presentes pela chaminé.

Temos de concordar que o Natal é singular. Maravilhoso, claro, mas um tanto bizarro. Mas pode ser ainda mais estranho, acredite.

Para celebrar a época do Natal, AEIOU e Hostelworld, o site especialista em hospedagem barata pelo mundo, apresentam 7 variações do Pai Natal (ou Papai Noel, no Brasil) que povoam as tradições natalícias pelo planeta.

O Bode do Natal, na Suécia

Bode de Natal

Bode de Natal (foto: flickr – Seppo Laine)

Na época do Natal, as janelas das casas da Suécia são tomadas por pequenos bodes de palha. Também debaixo das árvores, os animaizinhos mais representativos do Natal sueco estão presentes, tanto quanto a figura do Pai Natal – afinal, segundo a lenda, eram eles que entregavam os brinquedos para as crianças antes do bom velhinho.

A origem da tradição do “Julbock” (Bode do Natal) não é clara, mas há quem acredite estar conectada à mitologia nórdica – os bodes faziam parte da comitiva de Thor. Hoje, o Julbock divide espaço na decoração natalina com o Julenisse, uma espécie de duende.

Krampus

Krampus (foto: flickr – ColorfulFoxes)

O Krampus, na Áustria

Na Áustria, meninos bons e boas meninas recebem os seus presentes do Pai Natal. Normal? Sim, não fosse por aqueles que NÃO se comportaram tão bem…

Estes serão perseguidos pelo Krampus, o irmão gémeo maligno do Pai Natal. A criatura peluda com chifres e garras ganha “vida” nas primeiras duas semanas de dezembro, quando os rapazes se vestem de Krampus pelas ruas a assustar crianças e mulheres com correntes e sinos enferrujados.

Caganer

Caganer (foto: flickr – Ekasher)

O Caganer, na Catalunha

Nos presépios da Catalunha, em Espanha, é normal encontrar o menino Jesus e os Reis Magos acompanhados de uma figura de chapéu vermelho, com o traseiro à mostra e a defecar. Também popular em lugares com influência da cultura catalã (como Andorra, e as regiões sul da França e  Itália), o “Caganer” é, claro, favorito entre os miúdos.

Pode-se não saber de onde surgiu o personagem, mas a tradição é tão forte, que qualquer celebridade e figura conhecida se transforma num “Caganer” por lá: de Barack Obama ao jogador, da Rainha Elizabeth ao Papa Francisco.

Os duendes

Os duendes (foto: flickr – Shadowgate)

Os duendes troll, na Islândia

Os islandeses não têm um, mas 13 “pais natais” (ou uma espécie deles). São os “Jólasveinar”, que vêm de uma lenda de descendentes de trolls que vivem nas montanhas, e cuja maléfica mãe (Grýla) adorava saborear um “ensopado de criancinhas malvadas”.

A lenda foi ganhando tons lúdicos ao passar do tempo, aproximando-se da tradição do Pai Natal. Nos 13 dias que antecedem o Natal, as crianças que foram boazinhas são supreendidas com presentes nas suas meias deixadas na janela. Os duendes têm nomes como “O espiador de janelas”, “O ladrão de salsichas” e “O lambedor de colheres”.

Pedro Preto

Pedro Preto (foto: flickr – Hans Pama)

O Pedro Preto, na Holanda

Uma contínua polémica envolve uma das personagens mais típicas do Natal holandês. O “Zwarte Piet” (algo como Preto Preto) é o escravo negro ajudante de São Nicolau (ou Sinterklaas). Todo o fim de ano, milhares pintam a cara de negro, os lábios de vermelho e usam jóias de ouro e uma peruca afro para lembrar a personagem.

A tradição vem de mais de 150 anos, lembrando o tempo em que a Holanda era uma potência imperial e uma das maiores importadoras de escravos. Depois, a explicação da característica visual do personagem foi atenuada – seu rosto negro seria por causa das cinzas das chaminés, por onde ele passa para deixar os presentes.

Nos últimos anos, Zwarte Piet tem sido alvos de protestos das minorias no país, e poderá vir a ser banido dos desfiles festivos. Ainda assim, continua muito popular no país, especialmente entre as crianças.

La Befana

La Befana (foto: flickr – ho visto nino volare)

La Befana, em Itália

Em Itália, a história do nascimento do menino Jesus tem uma personagem extra. De acordo com a lenda, no caminho para chegar à manjedoura de Jesus, os Três Reis Magos pararam na casa de uma senhora idosa, pedindo indicações. Eles convidaram a mulher, La Befana, a juntar-se a eles e ver Jesus bebé, mas ela recusou, alegando estar ocupada. Mais tarde naquela noite, ela avistou uma forte luz no céu e decidiu-se juntar aos três magos. Já era tarde, ela perdeu-se e nunca encontrou a manjedoura.

Desde então, La Befana voa com a sua vassoura, levando presentes e guloseimas para as crianças (boas), na esperança de encontrar o menino Jesus. É na noite do dia 5 de janeiro que os pequenos esperam a visita da bruxa – hoje, um Ícone nacional.

Coronel Sanders

Coronel Sanders (foto: flickr – rumpleteaser)

Coronel Sanders, no Japão

O Natal pode não ser uma festa tradicional no Japão, mar comer frango em um KFC na época natalícia é mais que uma tradição.

Desde o mega sucesso de uma uma campanha nos anos 70, a figura do Coronel Sanders ganha as cores do Pai Natal e torna-se no velhinho barbudo mais famoso e adorado durante a época do Natal no Japão.

AEIOU  / HostelBookers

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