A 3.ª edição do Open House Porto que se realiza no próximo fim de semana, nas cidades do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos, vai oferecer um roteiro com 60 espaços, mais nove do que na edição anterior.
Na apresentação da iniciativa, os curadores Ivo Poças Martins e Paula Santos salientaram que poderão ser visitadas algumas obras cuja existência sempre se conheceu, mas que “nunca conseguimos ou arriscámos visitar”.
Citaram como exemplos o Hospital Conde Ferreira, o Cemitério do Prado do Repouso, o túnel de caminho de ferro desativado entre S. Bento e Campanhã, no Porto, ou a Torre de Retransmissões do Monte da Virgem, em Vila Nova de Gaia.
Completam esta lista algumas estruturas novas que dão “um sentido de modernidade e sofisticação” às zonas onde se inserem como o Metro do Porto, o i3S ou a recuperação da Real Vinícola para a Casa da Arquitetura.
Das edições anteriores repetem-se obras que, do ponto de vista da arquitetura, são consideradas incontornáveis, como as primeiras obras de Álvaro Siza Vieira, em Matosinhos, ou a Casa da Música, no Porto.
Juntam-se referências históricas como o Mosteiro da Serra do Pilar ou a Igreja dos Grilos e, pelo caminho, em Gaia, Matosinhos e Porto, somam-se “edifícios da Baixa comercial burguesa até às ilhas reativadas”, entre outros exemplos.
Pela primeira vez, o evento é organizado e produzido em exclusivo pela Casa da Arquitetura — Centro Português de Arquitetura, cujas instalações serão oficialmente inauguradas em novembro, como anunciou hoje o presidente da Câmara de Matosinhos.
O diretor executivo da Casa da Arquitetura, Nuno Sampaio, referiu que o Open House Porto irá mostrar “a excelência do património arquitetónico das três cidades da Frente Atlântica” – Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos -, acreditando, por isso, no sucesso da edição que também incluirá programas paralelos que visam concretizar a aposta “na dinamização de visitas” com o objetivo de “valorizar a acessibilidade, a inclusão e as famílias”.
O Open House Porto mobiliza este ano 220 voluntários, mais 40 do que a edição de 2016, ano em que foi visitado por cerca de 30 mil pessoas (11.000 em 2015).
A edição deste ano prevê 156 visitas comentadas por 75 especialistas e autores de projeto.
Criado em 1992 por Victoria Thornton, convidada desta edição, o Open House nasceu em Londres e desde então estendeu-se por todo o mundo, abrangendo 31 países.
Este ano, quatro novas cidades passam a integrar o mapa: San Diego, Santiago, Bilbao e Atlanta. Portugal é considerado um caso singular por ser o único país que agrega três cidades em simultâneo.