A última loja da McDonalds encerrou na Islândia, em 2009. Nessa altura, Hjörtur Smárason comprou um hambúrguer, acompanhado pelo respetivo pacote de batatas fritas. Mas não o comeu.
Tanto o hambúrguer como o pacote de batatas fritas têm estado guardado nas embalagens originais e não apresenta sinais de decomposição. Encontram-se expostos e tem direito a transmissão em direto.
“Ouvi algo sobre [os produtos] da McDonald’s nunca entrarem em decomposição, por isso queria descobrir se isso era verdade ou não”, explicou Smárason, de acordo com a BBC. Depois de ter guardado o hambúrguer na garagem durante três anos, doou-o ao Museu Nacional da Islândia.
Foi só depois de um especialista dinamarquês ter dito à equipa do museu que não era possível preservar algo do género que este foi levado para uma estalagem dos amigos do homem que decidiu comprar o último hambúrguer do último McDonald’s do país.
Na semana passada, fez 10 anos desde que a refeição foi comprada. Hoje, ainda está num hostel islandês, o Snotra House. “Ainda está lá, sentindo-se muito bem. Na verdade, ainda parece muito bom”, disse o proprietário da pousada, Siggi Sigurdur. “É uma coisa divertida, é claro, mas faz pensar no que estamos a comer. Não há mofo, é apenas o embrulho de papel que parece velho”.
De acordo com o hostel, pessoas de todo o mundo visitam o hambúrguer e o site recebe até 400 mil visitas por dia.
Smarason não é primeira pessoa a fazer uma experiência deste género com comida do McDonald’s. Karen Hanrahan comprou um hambúrguer em 1996 e, 14 anos depois, disse que não parecia diferente. Em 2010, a fotógrafa Sally Davies comprou um Happy Meal e tirou uma foto diariamente por seis meses. Segundo ela, não apodrecia, não cheirava mal nem desenvolvia larvas.
Em 2013, a McDonald’s disse mesmo que “no ambiente certo, os nossos hambúrgueres, como a maioria dos outros alimentos, poderiam decompor-se”, mas que, sem a humidade do ambiente, era “improvável que ficasse com mofo ou bactérias ou se decompusessem”.