Milhares de turistas visitam o Taj Mahal depois do levantamento de restrições

 

Gualtiero Boffi / Canva

Taj Mahal, Índia

Milhares de pessoas compraram bilhetes para visitar o Taj Mahal depois de o Governo indiano ter levantado, no passado 18 de dezembro, a restrição que limitava o número de visitantes para os monumentos de todo o país.

O número de casos de infeção em solo indiano continua a aumentar, mas a taxa de infeção caiu de forma significativa desde o pico da doença, em meados de setembro, e, por isso, o país está a levantar algumas das restrições aplicadas por causa do novo coronavírus.

O Governo liderado por Narendra Modi pôs fim à restrição que definia o número máximo de pessoas que podia visitar diariamente um determinado monumento e o Taj Mahal registou uma enorme procura de bilhetes, segundo escreve o jornal britânico The Independent.

A bilheteira do Taj Mahal abriu no passado sábado, dois de janeiro, no primeiro dia em que funcionou sem restrições governamentais, e foram vendidos cerca de 20.190 ingressos, incluindo 15.000 bilhetes online, segundo número do Archeological Survey of India (ASI), responsável pelo monumento, citados pelo jornal local Times of India.

O monumento continua fechado às sextas-feiras, tendo, por isso, o primeiro dia de vendas arrancando no segundo dia do ano.

Até então, as bilheteiras apenas funcionavam online e só era permitida a visita de 5.000 pessoas por dia na primeira fase do levantamento de restrições, depois de o monumento ter reaberto portas a 21 de setembro. Depois, o número máximo de pessoas foi aumentado gradualmente e, no passado 18 de dezembro, a restrição foi completamente levantada.

“Inicialmente, dobramos o número [de visitas] para 10.000, esperando que ninguém ficasse desapontado. Mas, devido ao mercado paralelo de venda de bilhetes, os turistas tiveram de enfrentar problemas”, disse ao mesmo jornal Vasant Swarnkar, arqueólogo principal do círculo aqueológico da cidade de Agra.

Apesar do levantamento do limite máximo de visitante, Swarnkar frisa que continua a ser obrigatório o cumprimento de regras de higiene sanitária nos espaços, que incluem o uso de máscara de proteção individual. Quem não cumprir, alerta, será multado.

Número de casos mais baixo nos últimos seis meses

A Índia registou 201 mortos e 16.375 infetados com o novo coronavírus nas últimas 24 horas, o valor mais baixo nos últimos seis meses, segundo dados oficiais. O total diário não era tão baixo desde 24 de junho de 2020, quando o balanço foi de 15.968 novos casos, para subir no dia seguinte para 16.900, então o valor mais alto registado no país.

A partir daí, o número de infeções disparou, atingindo o valor mais alto em meados de setembro, com 97.894 contágios num só dia.

Nos últimos meses, o país tem vindo a reduzir a progressão da doença.

Desde o início da pandemia, a Índia contabilizou mais de 10,3 milhões de casos do novo coronavírus (10.356.844), mantendo-se como o segundo país com mais infeções, atrás dos Estados Unidos, que no último balanço contavam com mais de 20,7 milhões.

Com 149.850 mortes desde o início da pandemia, a Índia é o terceiro país do mundo com mais óbitos, a seguir aos Estados Unidos e ao Brasil, de acordo com a contagem da Universidade norte-americana Johns Hopkins.

O país tem atualmente 231.036 casos ativos da doença. A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.843.631 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Sara Silva Alves, ZAP //



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