Nos últimos meses, tem-se assistido a um fenómeno curioso. Amesterdão está a desincentivar os turistas a visitarem a cidade. Para isso, tem vindo a aplicar um conjunto de medidas – às quais agora se junta a proibição dos cruzeiros entrarem na capital holandesa.
Esta quinta-feira, os governantes de Amesterdão chegaram a um consenso e decidiram que vão banir os cruzeis da cidade.
A informação é avançada pela AFP. A medida é mais uma das que visam controlar e mitigar o turismo na capital dos Países Baixos.
As preocupações ambientais são outro fator por trás da decisão, como explica o conselho municipal de Amesterdão, em comunicado.
“Os navios de cruzeiro poluentes não estão de acordo com as ambições sustentáveis da nossa cidade”, pode ler-se.
Além disso, vai ser construída uma ponte incompatível com a passagens de cruzeiros, como conta AFP.
Amesterdão quer ‘combater o turismo’
Em fevereiro, o conselho municipal de Amesterdão anunciou um plano destinado a combater os efeitos negativos do turismo de massas, na capital neerlandesa.
Duas das medidas anunciadas, na altura, foram a proibição do consumo de canábis, em espaços públicos, e a limitação dos horários, para restaurantes ou locais de prostituição, no Red Light District.
Em março, foi lançada uma campanha, onde se apelou aos turistas britânicos que não visitassem a cidade: “Stay Away!”.
Em português “Não Venham!”, a campanha foi dirigida, especialmente, aos turistas que costumam planear festas com drogas e álcool.
“A campanha terá início no Reino Unido, estando dirigida aos homens da categoria etária dos 18 aos 35 anos. Esta campanha de desincentivo destina-se aos turistas que queiram visitar Amesterdão para ‘enlouquecer‘, com todas as consequências daí resultantes”, explicou o Governo de Amesterdão em comunicado.
Preocupações ambientais
Reduzir as emissões de gases poluentes é outro motivo pelo qual os cruzeiros vão deixar de poder atracar em Amesterdão.
Esta não é a única medida, relacionada com transportes, que a capital holandesa quer implementar, nos próximos tempos.
Em abril, Amesterdão anunciou que vai banir os jatos privados do Aeroporto de Schiphol – o quarto aeroporto mais movimentado da Europa -, até 2026.
O objetivo é reduzir as emissões dos gases poluentes, uma vez que os jatos produzem 20 vezes mais dióxido de carbono do que os aviões comerciais.