A Junta de Freguesia de Belém, em Lisboa, vai criar ainda este ano uma praia urbana com areia e espreguiçadeiras no terreiro das Missas, junto ao Tejo, para reabilitar o espaço e conseguir verbas para financiar projetos locais.
A ideia de reabilitar o espaço com uma praia urbana, onde só não será possível dar mergulhos, foi do presidente da Junta, Fernando Ribeiro Rosa (PSD), que diz ter sido inspirado por outros projetos semelhantes existentes em Paris e Bordéus, em França.
“É uma zona em que tanto pode vir uma pessoa engravatada como em fato de banho. Cada qual está como está”, sublinhou o autarca, realçando não pretender “rivalizar nem com a praia do Torel, nem com a praia de Carcavelos”.
Quem olhar agora para o Terreiro das Missas, um espaço de cerca de 2.800 metros quadrados junto ao Tejo, ao lado da estação fluvial que permite as ligações à Trafaria e perto do novo Museu dos Coches, precisa de algum esforço para imaginar que ali irá nascer uma praia urbana.
O espaço serviu até há pouco tempo de parque de estacionamento clandestino para autocaravanas e recebeu recentemente eventos de empresas, mas encontra-se desaproveitado, com a calçada portuguesa levantada e algumas ervas rasteiras a denunciar o descuido.
Virado para o Tejo, Fernando Ribeiro Rosa descreve uma meia-lua em areia, rodeada por uma faixa com várias espreguiçadeiras de diferentes cores e, mais ao fundo, numa zona mais alta, mesas, cadeiras e chapéus coloridos a tapar o sol.
“E depois temos talvez um ou dois pequenos repuxos na zona de relva para as pessoas se refrescarem”, descreveu.
O espaço será muito informal e deverá ser concessionado para funcionar todo o ano.
O objetivo é abrir este verão, mas o projeto inicial está a ser restruturado, de maneira a permitir que possa receber estruturas móveis mais pesadas para a realização de alguns eventos durante o ano e de um bar móvel.
Os eventos servirão para “ajudar a custear a manutenção do espaço ou permitir ajudar a Junta a arranjar verbas para financiar projetos de índole social e outros”, salientou.
O orçamento inicial é de 50 mil euros, mas o projeto reformulado vai aumentar os custos.
“Vai custar significativamente muito mais se formos para esta versão, que eu acho que é preferível neste momento. Mesmo que se gaste um pouco agora, depois poderemos rapidamente amortizar esse investimento”, considerou o presidente da Junta.
/Lusa