O Serviço de Transportes Urbanos e Bragança (STUB) começam a aplicar, a partir de segunda-feira, a redução de 90% nas tarifas, com bilhetes a 10 cêntimos e passes a 2,40 euros, informou a Câmara Municipal.
As novas tarifas vão estar em vigor durante todo o mês de dezembro e fazem parte do pacote da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes, que decidiu aplicar a tranche a que teve direito do PART- – Programa de Apoio à Redução do Tarifário dos transportes públicos na redução de 90% do preço dos bilhetes nas 76 carreiras que servem os nove concelhos do território.
A medida está em vigor desde o dia 20 de novembro, mas em Bragança só começa a ser aplicada a partir do dia 1 de dezembro, o que na prática significa segunda-feira, já que os transportes municipais não funcionam ao fim de semana. A medida entra em vigor mais tarde nos STUB porque foi necessário adaptar o serviço aos novos preços, segundo o presidente da Câmara, Hernâni Dias.
De acordo com a nova tabela, a que a Lusa teve acesso, os transportes municipais de Bragança que servem a cidade e várias aldeias, vão ter, a partir de segunda-feira, bilhetes a 10 cêntimos nos circuitos urbanos e alguns rurais e no máximo de 20 cêntimos nos circuitos mistos, que permitem viajar na cidade e aldeias.
Os carregamentos mensais para passe social passam de um mínimo de 24 euros para 2,40 euros e de um máximo de 45 euros para 4,5 euros.
Os STUB de Bragança juntam-se assim às restantes carreiras do território da CIM que, com a exceção da rede expresso, têm em vigor uma redução de 90% no preço das viagens nos concelhos de Bragança, Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Mirandela, Vimioso, Vila Flor, Alfândega da Fé, Mogadouro e Miranda do Douro.
A população dos nove concelhos pode viajar por todo o território até ao final do ano por apenas alguns cêntimos. A título de exemplo, uma viagem entre Bragança e Mirandela fica a cerca de 60 cêntimos, enquanto até aqui o bilhete custava seis euros.
A ideia inicial da Comunidade Intermunicipal era a gratuitidade dos bilhetes, mas, segundo explicou o presidente, Artur Nunes, questões técnicas como a emissão e controlo dos bilhetes por parte das operadoras impediram este propósito.
A CIM ainda não sabe como irão ficar os preços no início do ano com o presidente a defender que transportes gratuitos seria “a situação ideal” para este território e a prometer reivindicar financiamento junto do Governo por entender que esta seria uma medida de discriminação positiva.
A CIM Terras de Trás-os-Montes recebeu do PART quase 176 mil euros que tem aplicado na redução dos bilhetes no território. A primeira redução foi de 15% entre maio e julho seguida de outra para 40%, que estimulou um aumento da procura médio mensal de 13%, ou seja, mais 1.500 bilhetes vendidos por mês. As sucessivas reduções que têm ocorrido nos preços dos bilhetes equivalem a um investimento superior a 100 mil euros para compensar as operadoras.
Estas medidas têm sido tomadas enquanto a CIM ultima ainda o plano de transportes para uma nova rede no território, que só deverá ficar pronto para ir a concurso público no próximo ano.