Chernobyl é, atualmente, a maior atração internacional da Ucrânia e o novo presidente, Volodymyr Zelenski, já apresentou um projeto para trazer ainda mais turistas. No entanto, estão a desaparecer “as memórias que as pessoas deixaram para trás”.
Há quem não goste de ver fotografias no Instagram de estrangeiros a posar como se estivessem em frente a uma praia ou a um monumento, mas a verdade é que Chernobyl é hoje a maior atração internacional da Ucrânia.
À TSF, a guia Lena Maslova admitiu que adora mostrar às pessoas aquilo que se passou porque pode ajudar a perceber os erros do passado e a fazer com o mundo fique mais seguro.
As visitas são constantemente acompanhadaa pelos dosímetros alugados ou comprados pelos visitantes, e são muitos os jovens turistas que procuram repetidamente medir algo muito radioativo. “Os objetos radioativos continuam a desaparecer. Não sabemos quem os leva”, lamenta a guia à rádio.
Lucas Hixson, um norte-americano que criou uma fundação para apoiar as pessoas (e cães) que ainda sofrem com o desastre, considera que o turismo está a mudar Chernobyl.
“Tenho visto nos últimos anos os efeitos do turismo na zona: coisas são roubadas; vidros são partidos; lixo é deixado no chão. Não sou contra o turismo na zona de exclusão, mas quero turismo sustentável que permita que as pessoas levem para casa lições importantes sobre aquilo que aconteceu aqui”, conta.
“Sem medidas, em breve não existirá grande Chernobyl para ver. Está a quebrar o coração da zona de exclusão: as memórias que as pessoas deixaram para trás.”