Segunda-feira, Junho 9, 2025
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Itália está a vender casas por 1 euro (mas com uma condição)

A crescente popularidade de determinadas cidades italianas tem levado a um despovoamento também cada vez maior das zonas mais rurais.

Para combater o problema e tentar atrair novos moradores, estão a ser colocadas à venda casas abandonadas por um euro. Em contrapartida, os compradores têm de entregar uma caução, cujo valor varia consoante a zona, para garantir que renovam as propriedades dentro de três anos. Caso não consigam cumprir o prazo estipulado, arriscam-se a perder o valor da caução.

Um dos maiores municípios a participar no programa é Mussomeli, situado na região da Sicília, a poucas horas de Nápoles. Numa fase inicial, foram colocadas cem habitações para venda – algumas delas já foram compradas -, mas estima-se que entrem outras 400 para o programa.

A caução para comprar uma dessas propriedades ronda os quatro mil euros para que renasçam novas habitações junto ao castelo medieval, às igrejas antigas e às grutas bizantinas.

Cada comprador pode esperar, de acordo com o Bussiness Insider, um investimento de 66 euros por cada metro quadrado, fora as taxas notariais e administrativas que estão avaliadas entre os 2 e os 3 mil euros.

Também a sul de Itália, num dos municípios da região de Campania, foram colocadas 15 habitações abandonadas para venda. As condições do programa estipulado para Zungoli são as mesmas, tirando o valor da caução que desce para metade (dois mil euros).

“Criei uma tarefa especial de jovens voluntários que ajudam compradores em contacto com empresas de construção para a renovação”, disse Paolo Caruso, presidente de Zungoli, uma das aldeias italianas no programa, citado pela CNN. “A transparência é a chave, mas as pessoas realmente precisam de ver por si mesmas a beleza do lugar, saborear a boa comida e respirar o ar fresco e saudável”.

Magaraggia, um escritório de advocacia que está a acompanhar o crescimento do programa, listou, em fevereiro, a participação de 11 municípios. O programa tem tido tal adesão que os primeiros lotes a serem colocados à venda já estão praticamente vendidos. Só para Ollolai, na região de Sardenha, foram feitas cinco mil ofertas para as cem propriedades disponibilizadas pelo município.

ZAP //



Montejunto, um paraíso natural a uma hora de Lisboa

Master-D

Sabia que há destinos muito perto de Lisboa que não pode deixar de conhecer? Principalmente se faz do turismo a sua profissão.

Esta é uma atividade exigente mas muito motivadora. Por isso, os profissionais de turismo devem apostar cada vez mais na sua formação pessoal e profissional por forma a prestar o melhor acolhimento a quem o procura. Nas formações da área do turismo na Master D essa premissa é sempre tida em conta.

Um destino a não perder é a serra de Montejunto. Esta serra fica localizada em pleno coração da Região Oeste, sendo considerada a varanda natural do Oeste e é uma área protegida de âmbito regional.

Este cantinho, onde reina a natureza, mistura-se com o património natural e edificado, tendo o seu ponto mais alto 666 metros. No ponto mais alto deste lugar, único e mágico, é possível avistar em dias claros locais tão distantes como as ilhas das Berlengas, o Cabo Carvoeiro, as lezírias de Santarém, entre outros locais incomparáveis.

Com um clima “tropical”, a serra de Montejunto integra o sistema montanhoso Montejunto-Estrela, sendo uma região muito calcária. Uma das características deste lugar é a ausência de cursos de água de forma permanente.

A fauna e a flora são um dos atrativos mais importantes deste local, onde nidificam mais de 75 espécies, sendo que 10 se encontram em vias de extinção, nomeadamente a águia perdigueira hieraeetus fasciatus, o andorinhão-real apus melba e o bufo-real bubo bubo.

Master-D

Os visitantes podem ainda encontrar cerca de 400 espécies diferentes de plantas.

No cimo da serra de Montejunto está edificado um dos seus ex-libris, a Capela de N.ª Sra. das Neves, um local de romaria no dia 5 de agosto desde os tempos medievais. Esta capela é de grande simplicidade e a imagem da sua padroeira data do século XVI. Atualmente ainda é possível observar um painel de azulejos alusivo à história da ordem dos dominicanos.

Junto a esta capela existem ainda ruínas do primeiro convento da Ordem de São Domingos em Portugal, sendo esta edificação datada do século XIII.

Outro ponto de atração é a Real Fábrica do Gelo (monumento nacional), sendo um marco da arqueologia industrial, a sua estrutura torna este edifício único em Portugal e até mesmo na Europa.

A fábrica era responsável pelo abastecimento de gelo para a corte e para a capital do reino, tendo terminado a sua atividade nos finais do século XIX.

Master-D

As colinas são coroadas com um vasto número de moinhos de vento, um dos exemplos é o moinho do Penedo dos Ovos, edificado no século XX, com a principal função de moagem de trigo para abastecer as aldeias serranas.

Quem visita este paraíso natural pode ainda realizar um conjunto de atividades, como percursos pedestres, asa delta (sem motor), escaladas, espeleologia, observação astronómica, observação de aves e parapente, sendo sempre recomendado receber indicações para as boas práticas junto do Centro de Interpretação Ambiental da Paisagem Protegida da Serra de Montejunto.

Para terminar a visita, pode sempre usufruir de uma refeição leve no Bar da Serra, localizado no parque de merendas dos Castanheiros e pode ainda passar uma noite tranquila em pleno coração da serra de Montejunto no Alojamento Local “Montejunto Villas”. Se preferir, pode pernoitar no Parque de Campismo Rural.

Para além do Montejunto, há muitos outros destinos a visitar em Portugal que vão surpreendê-lo e onde pode disfrutar da natureza e da tranquilidade.

André Cordeiro // Master D



André Cordeiro é Técnico Superior de Turismo e Património, e-Tutor
e responsável pela escola de Hotelaria e Turismo Master D.

O turismo dentário pode ser a próxima galinha dos ovos de ouro de Portugal

O turismo médico é uma nova tendência mundial a que Portugal não pode ficar indiferente. Quem o diz é o investigador Fernando Arrobas que prepara uma tese de doutoramento nesta área e que destaca que o nosso país tem especial potencial no âmbito do turismo dentário.

Cada vez mais pessoas viajam pelo planeta em busca de tratamentos médicos e cirurgias mais baratos, conciliando a saúde com o turismo e o lazer. E esta é uma nova oportunidade de negócio que Portugal não pode perder, como sublinha Fernando Arrobas, do Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, em entrevista à Rádio Renascença.

“O segmento do turismo médico e dentário é muito interessante, é uma indústria multimilionária que já está em desenvolvimento a nível mundial. E Portugal não pode ficar para trás”, constata Arrobas no âmbito do XV Congresso da Associação de Directores de Hotéis de Portugal, que decorreu em Viseu.

“Há cada vez mais pessoas que viajam para fazer cirurgias, tratamentos dentários, de fisioterapia ou outros, e que não querem ficar fechadas no hospital em fase de recuperação, preferindo aproveitar para conhecer o meio onde estão, a sua cultura e potencialidades turísticas”, sublinha o investigador.

Estes pacientes “precisam de estadia em hotel, assim como os seus acompanhantes”, já que, dada a “situação de alguma fragilidade”, não costumam viajar sozinhos.

Isto abre um leque de possibilidades que requer parcerias entre clínicas e hotéis, bem como uma estratégia que evidencie as boas condições de Portugal para acolher doentes em áreas como “a fisioterapia, as cirurgias plástica e oftalmológica” e a “fertilidade”, repara Arrobas.

O investigador realça o turismo dentário como um sector de especial relevância, destacando que “em Portugal, o número de dentistas cresceu significativamente” e que “neste momento, há cerca de 5.500 clínicas dentárias” no nosso país.

Como factores favoráveis, o investigador cita os preços mais baixos, a qualidade dos serviços médicos, a segurança, o clima e a oferta hoteleira e de pontos de atracção turística.

E já há médicos dentistas portugueses que estão a apostar neste sector, oferecendo a possibilidade de “combinar” tratamentos dentários com “uma visita turística a Lisboa”, como é o caso da clínica João Borges Aesthetic Dentistry que alega já ter tratado pacientes de “mais de 25 nacionalidades“.

Hungria é a “campeã” do turismo dentário

A nível europeu, a Hungria é vista como a “capital” do turismo dentário, recebendo todos os anos “cerca de 70 mil doentes” que geram mais de 250 milhões de euros em receitas, como destaca Arrobas na Renascença.

O turismo médico está a crescer cerca de 15% por ano na Europa, com especial destaque para os países de Leste e da Europa central, segundo um relatório elaborado pela consultora PwC em 2017. O documento que analisa em particular a situação da Polónia destaca que o país recebe cerca de 400 mil pacientes estrangeiros todos os anos.

A Polónia é um destino preferencial de muitos pacientes dos EUA para a realização de tratamentos dentários, desde reparações cosméticas até tratamentos de cáries, dados os preços mais convidativos, com reduções que podem chegar a três vezes menos.

Os EUA são um dos países com maior potencial em termos de procura de opções de turismo dentário, já que segundo um relatório divulgado em 2012 e que foi coordenado pelo senador Bernie Sanders, o número de norte-americanos sem seguros dentários está próximo dos 130 milhões de pessoas. Isto representa cerca de 40% da população dos EUA.

Por outro lado, mesmo alguns doentes com seguros estão a ser encaminhados pelas Seguradoras para fazerem tratamentos ou cirurgias fora dos seus países, porque fica mais barato. “É o caso do Canadá e Estados Unidos”, atesta Arrobas na Renascença, frisando que “Brasil, China, África, Europa Central e Reino Unido são outros mercados de origem interessantes”.

A título de exemplo, implantes dentários de titânio podem custar no Reino Unido 2500 libras (quase 2900 euros) por cada dente, enquanto na República Checa ficam por menos de 1400 euros e na Polónia podem custar pouco mais de 400 euros por implante. Já nos EUA têm um custo de cerca de 4 mil dólares (mais de 3.500 euros) por dente.

SV, ZAP //



Metade dos portugueses escolhe o destino de férias a pensar nas fotografias para o Instagram

As redes sociais não tiram férias. Por isso, metade dos portugueses escolhem o destino férias a pensar nas fotografias para as redes sociais.

As redes sociais têm, cada vez mais, um grande peso na vida quotidiana. Nesse sentido, a eDreams realizou um estudo sobre os hábitos dos portugueses durante as férias e a influência das redes sociais nas suas escolhas.

O estudo foi conduzido pela OnePoll para a eDreams, entre os dias 13 de dezembro de 2018 e 3 de janeiro de 2019. Em Portugal foram inquiridos mil adultos que já tivessem ido de férias pelo menos uma vez. Este mesmo estudo foi conduzido também noutros países da Europa – Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido -, o que resultou num total combinado de oito mil inquiridos.

O fenómeno recebeu o nome de “Instagramável”, e também é tido em conta por espanhóis e italianos, que têm em mente o potencial das paisagens quando estão a pensar onde vão descansar . Por outro lado, os alemães e britânicos acreditam que não há mal nenhum numa foto menos espetacular, com uma paisagem de fundo mais “apagada”.

Apesar de ser bastante importante para os portugueses que os destinos lhes proporcionem boas fotos, os “influenciadores digitais” não têm um grande impacto na decisão quanto aos locais para onde escolhem viajar: apenas 6% dos inquiridos diz escolher o destino de acordo com o que vê nas redes sociais. A decisão tomada pelos próprios continua a ser a grande tendência dos portugueses (54%) na escolha dos destinos.

Do lado dos portugueses, é um direito partilhar o descanso com o mundo, amigos reais e virtuais incluídos. Mesmo que não gostem, o que é muitas vezes o caso.

Cerca de 32% dos inquiridos pela edreams afirmaram que os viajantes fotogénicos são apenas exibicionistas. 25% diz conseguir ver para além dos sorrisos esplendorosos para concluir que essas pessoas “não estão a aproveitar as férias”. 23% acreditam no que veem do outro lado do ecrã e acham que umas férias proveitosas são sinónimo de muitas fotos.

Quando as paisagens reais não estão à altura das paisagens sonhadas, 4 em cada 10 portugueses admite retocar as fotos até a perfeição ser atingida, mas a maioria (60%) contenta-se com o que está na fotografia e não faz qualquer ajuste.

Apesar de tudo, as pessoas que responderam ao inquérito, citado pelo Expresso, dizem que férias sem redes sociais não seria o fim do mundo. Os portugueses são taxativos: pior do que perder o Instagram seria perder a praia (29%), com os mais jovens a serem os que sofreriam mais com a abstinência da Internet.

ZAP //



Companhia aérea canadiana quer voar unicamente com aviões elétricos

Tony Hisgett / Wikimedia

Harbour Air De Havilland Canada DHC-2 Beaver

A Harbour Air, a maior companhia aérea de hidroaviões da América do Norte, quer tornar toda a sua frota elétrica. A empresa está a tentar ser a primeira no mundo a atingir zero emissões de carbono.

Os 42 hidroaviões da empresa canadiana poderão tornar-se totalmente elétricos dentro dos próximos três anos. Uma inovação com um toque ecológico na frota de aviões, que datam das décadas de 50 e 60. Esta será a primeira companhia aérea do mundo a ter uma aeronave elétrica.

A empresa transporta anualmente 500 mil passageiros em mais de 30 mil voos comerciais por ano, informa o jornal canadiano Vancouver Sun. A pensar não só na natureza, mas também nos elevados custos da gasolina para os aviões, a empresa anunciou, em comunicado, que está a trabalhar com a MagniX, uma fabricante de bateria e motores elétricos.

No comunicado, a firma anuncia parceria entre as duas empresas pretende “avançar a visão de um dia conectar comunidades com viagens aéreas elétricas limpas, eficientes e acessíveis”.

O motor terá 750 cavalos de potência e é esperado que se comecem a fazer testes de voo no final deste ano. O motor da MagniX terá uma densidade de energia de 200 watts-hora por quilo. A aeronave voará 30 minutos, com uma reserva de energia de mais 30 minutos – o suficiente para as viagens de curta duração que a companhia aérea faz.

“O Castor, que é o nome do avião, é um exemplo perfeito do valor que a energia elétrica pode hoje fornecer, ao contrário dos anos de espera até que as baterias nos permitam alcançar maiores distâncias”, disse o CEO da MagniX, Roei Ganzarski, em declarações à Forbes.

O fundador e CEO da Harbour Air, Greg McDougall, partilha do entusiasmo e diz que “se pensarmos nisto, é a evolução do transporte para a propulsão elétrica. O motor de combustão interno é praticamente obsoleto para o desenvolvimento”. Para McDougall, “elétrico é a resposta“.

Contudo, esta inovação terá os seus custos, que segundo o CEO da Harbour Air, ainda é difícil calcular, uma vez que ainda estão numa fase de investigação e desenvolvimento. Além disso, não se estão a construir motores elétricos de raiz, mas sim adaptar modelos antigos.

O custo é muito semelhante a colocar um motor de turbina num avião”, diz McDougall, defendendo que a nível de manutenção traz grandes vantagens. Isto porque “não tem de ser reconstruído a cada 2500 a 3000 horas”, argumenta. É também uma mais-valia para a natureza e a nível financeiro, porque “não consome combustíveis fósseis“.

ZAP //



Há uma ilha na Tailândia onde tirar selfies pode dar pena de morte

A praia tailandesa de Phuket, localizada junto do aeroporto local, tornou-se numa atração muito popular entre os turistas, que procurar tirar selfies com os aviões que passam a poucos metros acima das duas cabeças.

No entanto, estes comportamentos podem vir a ser sancionados. De acordo com o média local The Phuket News, as pessoas que tentarem a partir de agora tirar selfies aos aviões que passam sob as suas cabeças na praia correm o risco de enfrentarem acusações criminais, incluindo pena de morte, por distraírem os pilotos.

As autoridades do aeroporto anunciaram que vão mesmo fechar uma secção da praia, pois temem que ocorram acidentes. Embora não especifiquem de que forma é que tirar fotografias pode representar um perigo para os voos, acredita-se que os turistas podem distrair os pilotos com drones ou lasers.

Wichit Kaewsaithiam, vice-diretor do Aeroporto Internacional de Phuket, alertou as pessoas para ficarem longe da área restrita. “Podem tirar fotografias da praia [numa zona] mais longe da pista, para que as pessoas possam aproveitar a praia sem comprometer a segurança”, disse Kaewsaithiam.

O responsável sublinhou que “qualquer um que não cumpra o regulamento” pode enfrentar acusações previstas Air Aviation Act de 1978, que incluem “a pena de morte, prisão perpétua ou uma sentença de prisão de 5 a 20 anos”.

ZAP //



Peru vence litígio com família que reclamava ser dona de Machu Picchu

Hostelworld.com

Caminho Inca – Machu Picchu (Peru)

O Supremo Tribunal do Peru deu razão ao Estado peruano num processo em que uma família reclamava ser proprietária de 22 mil dos 35 mil hectares do parque arqueológico onde se situam as ruínas da cidadela inca Machu Picchu.

O tribunal considerou, na segunda-feira, infundada a pretensão da família Zavaleta Zavaleta que queria ser reconhecida como proprietária de parte das terras onde está situada a maior atração turística do país, noticiou a agência Efe.

A família alegava que o Estado peruano tinha expropriado os seus terrenos de forma ilegal e sem qualquer compensação económica.

Além de reclamar a propriedade dos terrenos onde está a rede de caminhos que rodeiam as ruínas, a família também pedia uma indemnização de 45 milhões de dólares (cerca de 40 milhões de euros) como compensação pelos ingressos que os turistas pagaram durante os 14 anos que demorou a resolução do litígio. O processo foi interposto em 2005 e há 14 anos que decorria o complexo litígio judicial agora concluído em todas as instâncias.

A cidadela de Machu Picchu, uma atração turística a nível mundial, foi reconhecida em 1983 como Património da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, em inglês) e, desde 2007, é considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo.

Cerca de quatro mil turistas visitam diariamente as ruínas do Império Inca.

// Lusa



Ilha italiana proíbe plástico descartável a partir de maio

A ilha italiana de Capri vai proibir, a partir de maio, plásticos de uso único e não biodegradáveis, como talheres, pratos, copos e recipientes para alimentos, segundo uma lei municipal aprovada pela Câmara local.

O objetivo deste novo regulamento é “reduzir o problema da poluição, melhorar a coleta seletiva de resíduos e, obviamente, contribuir para o cuidado do meio ambiente”, explicou à agência de notícias espanhola Efe o líder municipal daquela ilha na região da Campânia, Gianni De Martino.

“Nós temos um problema enorme e temos de contribuir. Já todos ouvimos falar das famosas ilhas de plástico que estão no mar”, afirmou Gianni De Martino.

A proibição entra em vigor na ilha em 15 de maio, às portas do início da temporada de verão, e vai ser aplicada a todo o território, em especial nas praias e na faixa costeira, que são as mais afetadas pela poluição de lixo plástico no mar.

Para que os estabelecimentos da ilha possam dar saída aos produtos que já possuem nos armazéns, a lei municipal permite o escoamento num prazo de 90 dias após a sua entrada em vigor, findo o qual são aplicadas multas de entre 25 euros e 500 euros.

Uma investigação da associação ambiental Legambiente, divulgada em 2017, revelou que o espaço marítimo entre a ilha de Capri e o continente foi o local onde foi detetada maior presença de resíduos na região de Campânia, com uma densidade quatro vezes superior à da média italiana.

Capri, que tem uma população de pouco mais de sete mil habitantes, é um dos destinos de férias mais populares de Itália e, durante vários anos, foi imposta uma taxa turística para preservar o meio ambiente.

Segundo Gianni De Martino, outras ilhas e cidades italianas localizadas próximas do mar, como Procida ou Nápoles, estão a preparar-se para aprovar iniciativas legislativas semelhantes à de Capri. “Estamos a procurar imitarmo-nos uns aos outros para ter um resultado muito maior”, afirmou o líder municipal.

Com a proibição de plástico a partir de meados do próximo mês, Capri antecipa em ano e meio uma diretiva europeia que quer reduzir os plásticos não biodegradáveis e acabar com os plásticos descartáveis a partir de 2021.

Na sexta-feira, o conselho de ministros italiano aprovou um projeto de lei para permitir aos pescadores recolher o plástico encontrado nas suas redes, uma vez que até agora eles tinham de despejá-lo no mar para evitar enfrentar um crime de transporte ilegal de lixo e o pagamento da sua eliminação.

Os produtos de plástico que Capri agora proíbe, e que constituem 70% do total de detritos marinhos, têm um lento processo de decomposição que faz com que se acumulem no mar e nas praias e acabem ingeridos por animais, como os peixes, que são depois consumidos pelo Homem.

Na semana passada, na ilha da Sardenha, na costa do turista Porto Cervo, um cachalote foi encontrado morto com mais de vinte quilos de plástico e um feto já morto no interior.

// Lusa



As cidades flutuantes pareciam ficção científica. Agora, podem ser uma realidade

(dr) BIG-Bjarke Ingels Group

Um conceito inovador para as cidades flutuantes foi apresentado esta semana durante uma reunião das Organização das Nações Unidas (ONU). Neste projeto, o Bjarke Ingels Group e a empresa Oceanix imaginaram comunidades completamente auto-suficientes, na era do aumento do nível do mar.

Em 2007, o empresário Mark Collins Chen tornou-se o ministro do Turismo na Polinésia Francesa. Uma das suas primeiras tarefas foi avaliar se a elevação do nível do mar era uma ameaça para o grupo de 118 ilhas, localizadas no sul do Pacífico, segundo indica um artigo do Fast Company, divulgado na quinta-feira.

Tendo em consideração a opinião de diferentes cientistas, rapidamente descobriu que um terço de todas as ilhas da Polinésia Francesa estaria submerso em 2035 ou 2050.

Para responder à crise vindoura, Mark Collins Chen – que foi ministro do Turismo durante um ano – quer construir grupos de ilhas flutuantes que poderiam atuar como novos assentamentos humanos, não só para a Polinésia Francesa mas também noutras das inúmeras ilhas e cidades costeiras que poderão ter um destino semelhante.

Estima-se que 2,4 bilhões de pessoas – 40% da população mundial – vivem em regiões costeiras que, provavelmente, serão afetadas pelo aumento do nível do mar como resultado das alterações climáticas.

No final de 2018, Mark Collins Chen fundou a Oceanix, que tem como objetivo construir a infra-estrutura urbana ‘off-shore’ que ajudará as pessoas a enfrentar problemas relacionados com o aumento do nível do mar, inundações e tempestades extremas.

Esta semana, o ex-ministro do Turismo e um grupo de colaboradores – que inclui o arquiteto Bjarke Ingels e especialistas em desperdício zero, engenharia hidráulica, mobilidade e design energeticamente eficiente -, revelaram o futuro de uma cidade flutuante sustentável durante uma reunião da ONU, em Nova Iorque (Estados Unidos).

A equipa estabeleceu um plano baseado em ilhas flutuantes hexagonais, de aproximadamente dois hectares – do tamanho de três campos de futebol e meio -, que abrigam 300 pessoas. “Isso pode ser a molécula básica de um sistema urbano compartilhado”, disse Bjarke Ingels.

Caso se combinem seis dessas ilhas é possível formar uma pequena aldeia em torno de um porto central aberto, com cada ilha a ter algum tipo de utilidade comunitária – como saúde, educação, espiritualidade, exercício, cultura e compras.

Continuando a agrupar esses complexos de seis aldeias, poderia se construir uma cidade com cerca de 11 mil habitantes. Fora da cidade flutuante haveria pequenas ilhas desabitadas com fins específicos, como coletar energia do sol ou cultivar alimentos, e que serviriam como amortecedores contra ondas e vento.

Embora a ONU não tenha endossado formalmente o projeto, a presença da equipa na sede da organização dá legitimidade a uma ideia que, há uns anos, pareceria ficção científica.

O secretário-geral assistente e vice-diretor executivo da ONU Habitat, Victor Kisob, indicou no seu discurso inicial que “todas as soluções devem ser consideradas na forma como construímos as cidades. É nosso dever garantir que este setor seja mobilizado para o bem de todas as pessoas”.

As cidades flutuantes não são novas: a ideia remonta aos astecas. Também o arquiteto Buckminster Fuller projetou uma cidade flutuante nos anos 60. Existem igualmente bairros flutuantes na Holanda, e o Seasteading Institute, apoiado por Peter Thiel – empresário americano e co-fundador do PayPal -, quer construir ilhas flutuantes que estejam livres do controle do Governo.

O que separa o plano da Oceanix de muitos outros planos é a escalabilidade. Se a organização puder descobrir como fazer com que uma aldeia de ilhas hexagonais funcione, teoricamente o sistema poderia ser repetido infinitamente.

“Já existem muitas iterações de casas e apartamentos flutuantes, mas não há uma visão integrada de como isso pode crescer”, disse Mark Collins Chen no evento.

A Oceanix espera projetar um sistema de cidade flutuante que seja inteiramente fechado, o que significa que a comida para os que lá vivem seria cultivada nas ilhas artificiais, onde a água seria capturada e o lixo reutilizado. Além disso, todas essas operações fundamentais só usariam energia coletada pela própria cidade.

“A ideia é extremamente ambiciosa, dado que poucas cidades conseguem alcançar uma, muito menos todas essas metas”, lê-se no artigo do Fast Company.

O plano agora é começar o protótipo desses módulos flutuantes hexagonais, que seriam ancorados a cerca de um quilómetro da costa das principais cidades, começando perto do equador, onde o clima é mais quente e onde os projetistas podem construir uma cidade praticamente ao ar livre.

Cada ilha seria ancorada ao fundo do oceano através de um material denominado biorock, que usa baixas tensões de eletricidade para estimular o crescimento de calcário nos depósitos minerais do oceano. O material é ecologicamente sustentável e, atualmente, é usado para facilitar o crescimento de recifes de corais.

Para Bjarke Ingels, há anos um entusiasta das cidades flutuantes e que recentemente construiu residências para estudantes em contentores, na Copenhaga (Dinamarca), uma das principais preocupações é garantir que as ilhas flutuantes sejam sustentáveis e desejáveis ​​para se viver.

As representações do conceito da equipa parecem quase utópicas, com pessoas a caminhar, vegetação e prédios de pequena escala.

“Imagine um porto comunitário com um mercado à beira-mar, onde se pode ir à noite e passear, onde as pessoas movem-se em veículos elétricos náuticos ao longo dos canais que conectam e separam ilhas”, disse. “Essa mesma configuração pode ser a tela para qualquer cultura. O que se está a projetar é uma infra-estrutura social urbana”, frisou o arquiteto.

Esta é uma ideia ambiciosa. Mas realmente funcionaria?

Para cada sistema necessário para manter a vida humana numa cidade flutuante, os responsáveis pelo projeto recorreram a especialistas no assunto.

S. Bry Sarte, co-fundador e diretor executivo da Sherwood Design Engineers, propõe um sistema de coleta de água do ar e do mar, utilizando as superfícies pavimentadas e os telhados da cidade flutuante para capturar esse recurso e direcioná-lo para o local de armazenamento, sem usar energia. Uma segunda fonte de água seria o oceano, com uma usina de dessalinização na parte de baixo da cidade flutuante.

Além disso, a equipa está a analisar máquinas para extrair a humidade do ar, particularmente eficazes nos climas tropicais, onde as primeiras cidades seriam instaladas.

O projeto propõe igualmente o uso de contentores flutuantes de armazenamento, que expandem e contraem com base na quantidade de água. A equipa está ainda a explorar formas de tratar águas residuais, para serem reutilizadas. Uma das ideias seria recolhê-las em piscinas naturais, onde seriam filtradas através de um sistema biológico.

Para que o mesmo funcione, toda a comida precisaria ser cultivada na cidade flutuante. Não haveria carne, “visto que o feijão é uma maneira muito mais eficiente de obter proteína”. O maior parte do cultivo seria ao ar livre, para usufruir da energia do sol, e as culturas serviriam também como espaço verde para os habitantes.

Mas, de acordo com Clare Miflin, a co-fundadora do Centro para o Desperdício Zero, uma cidade flutuante também precisaria de cultivar alimentos por outras vias. Uma possibilidade seria a agricultura vertical ao ar livre. Há também a aquaponia, a hidroponia e a aeroponia, que chegam a utilizar dez vezes menos água do que a agricultura tradicional, pulverizando somente as raízes de plantas.

Com a comida vem o desperdício. Clare Miflin idealizou um sistema circular, onde o desperdício de alimentos seria transformado em nutrientes para o solo, através da compostagem. O desperdício de alimentos passaria por um sistema pneumático de tubos diretamente para um digestor anaeróbico, onde se iniciaria o processo.

Há, ainda, o problema das embalagens. A co-fundadora acredita que seria crucial para a cidade flutuante usar apenas embalagens reutilizáveis, com pontos de recolha centrais para as pessoas colocassem as recipientes vazios. Nesse local, os mesmos seriam limpos e ficariam prontos para serem reutilizados.

Clare Miflin acredita que a reutilização das embalagens teria que se aplicar a todos os objetos da cidade flutuante, o que implicaria uma economia baseada na partilha de bens – desde livros e bicicletas até computadores. “Tudo seria alugado ao invés de pertencer a alguém”, disse.

No mesmo sentido, tudo teria que ser projetado para ser reparado e, eventualmente, reutilizado para outras finalidades – tanto um prédio como uma cadeira. Quando algum objeto chegasse ao fim de vida, os resíduos seriam enviados para um centro de triagem através dos tubos pneumáticos ou colocados em sacos reutilizáveis, marcados com um sensor que permitiria rastrear de onde vinha o lixo.

O projeto tenta fazer com que nessas comunidades futuristas seja fácil caminhar e andar de bicicleta. Segundo um dos consultores, Federico Parolotto – co-fundador e sócio da Mobility in Chain – este projeto permitiria que 60% das viagens fossem feitas com transportes sustentáveis. As restantes seriam com veículos elétricos partilhados, alguns dos quais utilizados dentro de cada hexágono e outros nos canais da cidade.

Relativamente à energia – que alimenta todos os sistemas -, Erik Olsen, sócio-gerente da Transsolar KlimaEngineering, acha que para as cidades flutuantes serem viáveis, cada morador precisaria ter um orçamento de energia – a sua parcela de toda a energia que a cidade poderia gerar sozinha – solar, eólica e a partir das ondas do mar.

Reduzir o consumo de energia passaria por minimizar a quantidade de transportes elétricos e cultivar alimentos ao ar livre. Além disso, os edifícios, especialmente nos trópicos, poderiam ser mais porosos, fazendo com que as pessoas recorressem menos ao ar condicionado.

Em última análise, Erik Olsen aponta que ter um orçamento de energia por pessoa só funcionaria se as opções de baixa energia fossem tão boas quanto as de alta energia.

Será o projeto viável?

É difícil dizer se a Oceanix conseguirá executar um projeto dessa magnitude e complexidade, quanto mais dimensioná-lo, refere o artigo do Fast Company. Existem muitos problemas ainda a serem descobertos e grande parte da tecnologia para tornar o projeto possível precisa ainda de ser criada do zero ou totalmente adaptada.

Embora existam fundos de capital de risco para infraestrutura verde e programas governamentais destinados a incentivar o desenvolvimento sustentável, a organização não forneceu muitos detalhes sobre o seu plano de negócios, por isso não está claro como poderia financiar o projeto.

Há também a questão da equidade e inclusão: Mark Collins Chen afirmou que uma das suas principais metas para a Oceanix é torná-la acessível, mas não explicou como planeia alcançar isso, especialmente considerando a quantidade de trabalho que seria necessário para criar o primeiro protótipo.

“Quem governará esses lugares? Terão os seus representantes eleitos no Governo da cidade mais próxima ou os seus próprios governos? Como se encaixam na economia maior? Quais serão os empregos nas cidades flutuantes? Os habitantes terão que se deslocar para o continente? As perguntas são quase infinitas”, aponta o artigo.

Mark Collins Chen espera que a ideia da Oceanix impulsione o desenvolvimento de uma tecnologia mais sustentável, criando todo um ecossistema de soluções que poderiam também ser aplicadas noutros lugares e ajudar a melhorar as cidades comuns.

“Quando se começa a pensar em reciclar água e resíduos, não há razão para que o que se aprende não se aplique a lugares convencionais – onde 90%, 95% ou 98% das pessoas estarão a viver”, frisou o economista e vencedor do Prémio Nobel Joseph Stiglitz, que se juntou à discussão na ONU.

Em última análise, a esperança dos responsáveis por esta ideia é que viver numa ilha artificial possa ser tão atraente quanto viver em terra, embora a equipa não espere substituir totalmente os padrões normais de habitação humana.

“A ideia que estamos a apresentar não é que todos estaremos a viver no mar no futuro” disse o arquiteto Bjarke Ingels. “Esta é simplesmente outra forma de ‘habitat’ humano. Pode ser uma semente que pode crescer com o seu sucesso”, acrescentou.

TP, ZAP //



Por uma noite, vai ser possível dormir na pirâmide do Louvre (sem ter que pagar)

O Louvre e a plataforma de alojamentos turísticos Airbnb associaram-se, por ocasião do 30.º aniversário da Pirâmide, para oferecerem uma noite especial para um casal naquele lugar cultural, na companhia da Gioconda e da Vénus de Milo, anunciou o museu francês.

A estadia funciona como um prémio, no âmbito de um concurso lançado. O vencedor poderá depois escolher um convidado ou uma convidada para o acompanhar, anunciou esta quinta-feira o museu parisiense.

O vencedor será escolhido por um júri que avaliará a resposta – mais divertida, apropriada ou criativa – a uma questã sobre a plataforma Airbnb: “Qual considera ser o anfitrião ideal de Mona Lisa?”. A noite de festa oferecida no maior museu do mundo, que começará depois de as portas fecharem, será de 30 abril para 1 de maio.

Todo o programa privilegiado será planeado pelos dois visitantes que serão guiados por uma historiadora de arte ao longo de toda a visita personalizada. Os premiados tomarão o aperitivo com a Gioconda num salão ao lado do precioso quadro de Leonardo da Vinci.

Depois, o jantar terá lugar numa sala ao pé da Vénus de Milo. Assistirão a um concerto intimista nos salões Napoleão III e dormirão sob uma pequena pirâmide reconstituída debaixo da grande Pirâmide, ao nível do Belvedére.

“Com o apoio da Airbnb, ajudaremos a descobrir as nossas coleções às pessoas que não visitam espontaneamente o museu, como sempre, de uma forma que torna a arte acessível a todos”, explicou Anne-Laure Beatrix, administradora geral adjunta do Museu do Louvre.

A partir de maio, e ao longo do ano, uma série de experiências serão disponibilizadas para reserva na plataforma Airbnb. Estas experiências, constam da programação do museu que será divulgada dentro de algumas semanas, e permitirão redescobrir o museu e as suas 35.000 obras de arte sob um ângulo novo, com visitas extras e concertos intimistas.

Com 10,2 milhões de visitantes em 2018, o museu francês é o mais visitado do mundo.
A Airbnb concluiu a sua parceria num momento em que está sob fogo de críticas da presidente da Câmara de Paris por não respeitar as regras em termos de alojamentos.

A Câmara intentou uma ação judicial contra a plataforma, passível de uma indemnização de 12,5 milhões de euros, por ter colocado em linha 1.000 alojamento não registados, como prevê a lei francesa do alojamento local.

ZAP // Lusa



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