Segunda-feira, Junho 9, 2025
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No “Dia do Silêncio”, Bali encerra aeroporto e limita acesso à Internet

A ilha indonésia de Bali encerrou esta quinta-feira o aeroporto internacional e limitou o acesso à Internet em dispositivos móveis, como parte da celebração hindu do Dia do Silêncio, que promove a introspeção e rejeita o materialismo.

Desde as 06h00 (22h00 de quarta-feira, em Lisboa), e durante 24 horas, o principal destino turístico da Indonésia, onde vive a maior parte da minoria hindu do arquipélago, mergulha num raro silêncio, com lojas fechadas e praias e outras áreas públicas vazias.

“É o anti-clímax da azáfama diária durante todo o ano. Nyepi é o drama do silêncio, onde o barulho se transforma em serenidade“, disse na quarta-feira o departamento de Relações Públicas de Bali, no Instagram, antes de cessar a atividade nas redes.

Pelo segundo ano consecutivo, o silêncio estende-se aos serviços de dados das empresas telefónicas de Bali, embora o acesso à Internet de banda larga continue em hospitais e outros serviços.

O Dia do Silêncio, ou “Nyepi”, celebra o ano novo de acordo com o calendário balinês, que esta quinta-feira entra no ano de 1941, e também inclui jejum, não trabalhar, viajar, comer, acender luzes, eletrodomésticos ou realizar qualquer atividade lúdica.

Na véspera, realiza-se um desfile de efígies hindus demoníacas e mitológicas, conhecido como “Ogoh-Ogoh”, que simboliza a purificação do ambiente e termina com a queima das estátuas no final da procissão.

A celebração hindu é o melhor dia do ano para a observação do céu noturno na ilha, já que praticamente não há luz artificial. A ilha indonésia de Bali, com mais de quatro milhões de habitantes, recebe mais de seis milhões de visitantes todos os anos.

ZAP // Lusa



Turistas que usem sandálias em parque natural italiano vão ser multados

As autoridades italianas decidiram implementar multas gradualmente aos turistas que caminhem de sandálias em Cinque Terre.

A medida surge para fazer frente a uma série de incidentes registados em Cinque Terre, uma zona costeira do mar de Liguria, em Itália.

Segundo Patrizio Scarpellini, diretor do Parque Nacional Cinque Terre, os caminhantes subestimam a rota e não levan um equipamento “minimamente adequado”, que seria o calçado. “O problema fundamental é que muitos pensam que estão no mar“, acrescentou Scarpellini depois de reiterar que o lugar é uma verdadeira montanha com todos os seus inconvenientes para andar.

Além disso, o diretor do espaço natural disse que as operações de helicópteros de bombeiros para atender as emergências têm aumentado, de acordo com os meios locais.

As multas previstas vão de 50 a 2.500 euros. No entanto, as autoridades italianas adiantaram que inicialmente haverá uma fase de informação para alertar os turistas sobre as precauções necessárias e que o acesso sem o tipo de calçado correto será proibido.

Cinque Terre é o nome dado a um acidentado trecho de terra, na Itália, na costa da Riviera Ligure e compreende as comunas de Monterosso, Vernazza, Riomaggiore com os distritos de Corniglia e Manarola.

Estas localidades, que juntamente com Porto Venere e as ilhas de Palmaria, ilha de Tino e Tinetto foram declaradas em 1997 Património da Humanidade pela UNESCO, são caracterizadas pelo relevo montanhoso próximo ao mar. Típicos desta zona são os terraços devidos à particular técnica agrícola usada para usufruir dos terrenos com inclinação.

Este popular sítio turístico planeia duplicar o número de visitantes que recebeu no ano anterior, passando de 450 mil a 750 mil turistas entre abril e outubro de 2019.

ZAP //



China proibiu 23 milhões de pessoas de viajar (é o castigo do “crédito social” a funcionar)

O sistema de avaliação e penalização de cidadãos segundo as ações em sociedade já tem os primeiros lesados. A China está a testar este sistema há cerca de um ano.

Habitualmente, se um cidadão comete um crime ou uma outra infração qualquer, o mais normal é ser acusado e julgado em tribunal, ou instado pelas autoridades a pagar uma multa. Mas na China não é bem assim, pelo menos há cerca de um ano.

O país asiático parece ter encontrado uma forma mais direta (e, possivelmente, mais eficaz) de penalizar os perpetradores de “pequenos crimes” listados neste sistema de “crédito social”, avança o Expresso.

Assim, de acordo com o Centro Nacional de Informações ao Crédito Público, os tribunais chineses proibiram viajantes de comprar voos 17,5 milhões de vezes até ao final de 2018. Além disso, mais 5,5 milhões de pessoas foram impedidas de comprar bilhetes de comboio.

O relatório foi divulgado na semana passada e citado pelo The Guardian e contém uma frase capaz de resumir a intenção das autoridades chinesas: “Uma vez desacreditado, limitado em todos os lugares“.

Este sistema de crédito social tem como objetivo incentivar o “bom” comportamento dos cidadãos, através de penalizações e de benefícios. A ideia é a de “permitir aos confiáveis caminhar por todos os lugares debaixo do céu; e proibir aos desacreditados que deem um só passo”, segundo um documento público do governo, datado de 2014.

No entanto, os tais “desacreditados” podem ser pessoas que não pagam impostos há anos, mas também cidadãos que fumem numa carruagem de comboio ou o que levem o seu cão a passear sem trela.

De negócio a uma experiência de engenharia social

Segundo o Expresso, tudo começou quando duas aplicações móveis que permitem aos utilizadores pagar quase qualquer serviço – a Alipay e o WeChat – tomaram conta do comércio no país. Estas aplicações detém juntas vários terabytes de informação pessoal de milhões de cidadãos chineses.

Em 2013, o Ant Financial, braço financeiro do Alipay, lançou o Zhima Credit , uma aplicação dentro da Alipay que incentiva as pessoas a deixarem-se analisar por um algoritmo.

Este algoritmo destina a cada cidadão um número com três dígitos, que sobe e desce conforme o que compramos, a rapidez com que pagamos as nossas dívidas, as instituições de solidariedade para as quais contribuímos, a nossa formação académica, entre outras coisas.

Neste programa, pontuar dá acesso a vários benefícios, desde descontos em hotéis até à obtenção mais rápida de vistos para viajar para o estrangeiro. Uma espécie de prémio para quem se “porta bem”.

Ora, se o Governo chinês pedir estes dados a estas empresas, tem nas suas mãos uma grande quantidade de informação sobre cada cidadão que pode, depois, colocar à disposição de milhares de instituições públicas e privadas e o acesso a todo o tipo de serviços dependente dessa “pontuação”.

Se para nós este sistema soa a algo estranho e demasiado invasivo, na China não é bem assim. O Expresso falou há um ano com um dos maiores analistas da área, residente em Singapura, que esclareceu que “isto é a China, as pessoas estão habituadas a abdicar de uma boa parte da sua privacidade”.

“Em alguns países da Europa e nos Estados Unidos nós somos muito agarrados à nossa privacidade, é cultural, mas aqui é mais ou menos sabido que o governo, de qualquer forma, já tem acesso a quase tudo o que quer“, explicou ao semanário.

ZAP //



Punta del Este vai ter um novo casino

(dr)

Quando o assunto é glamour, Punta del Este é um dos principais destinos do Uruguai e até mesmo da América do Sul. Afinal de contas, ele foi considerado o balneário mais luxuoso desta parte do continente.

Não se trata da maior cidade do país. Na realidade, essa distinção é de Montevideu. Porém, nem sempre é necessário ser grande para ser reconhecido pela riqueza, charme e luxo.

O Hotel San Rafael é um símbolo local por ter sido um dos hotéis mais importante do balneário nas décadas de 50 e 60, consideradas as décadas de ouro para a economia local. Neste período o hotel atraiu figuras políticas e celebridades com suas opções de arte e entretenimento.

Atualmente, no entanto, existem outros hotéis mais modernos e glamourosos que o edifício construído há mais de 70 anos. O Conrad Resort & Casino e o Mantra Resort Spa Casino são ótimos exemplos de hotéis com casinos extremamente luxuosos e muito mais populares que o San Rafael. Mas isso tudo deve mudar em breve.

Grupo italiano adquire o San Rafael

O grupo liderado pelo empresário Giuseppe Cipriani adquiriu o hotel e pretende reformar o mesmo, trazendo de volta seus dias de glória. O investimento que superará os 450 milhões de dólares tem como objetivo inaugurar um novo complexo, que será chamado Cipriani Ocean Resort and Club Residences y Casino. A data de inauguração da primeira fase do projeto é o verão de 2021 e já existe uma grande expectativa em torno do projeto.

Por ser um símbolo local existem várias questões ao redor da necessidade de demolição do atual complexo. Cipriani afirma que o objetivo é manter a fachada da construção atual exatamente como a mesma se encontra. Ou seja, mesmo que a estrutura já antiga tenha que ser demolida, a reconstrução manterá suas características visuais.

Um dos pontos chaves para o sucesso do projeto é, no entanto, a instalação de um novo casino no local. Este será um dos principais atrativos e uma das principais maneiras de receber de volta boa parte do que foi investido na reforma e ampliação do complexo. Pensando nisso já foi feito um pedido, junto ao poder executivo, para que a operação do novo casino seja autorizada.

A aprovação não deverá ser muito difícil visto que o Uruguai possui leis que autorizam o funcionamento de casinos. Neste sentido, o país vizinho difere do Brasil que não permite o funcionamento de tais estabelecimentos.

Por lá, somente sites de apostas são permitidos, e ainda assim, esta não é uma atividade totalmente regulada. Na verdade, os casinos online só são possíveis para brasileiros graças às brechas na lei que regula esta atividade.

Por isso é possível, por exemplo, apostar em casinos online com bónus sem depósito sem infringir nenhuma lei. Mas, até o momento, turistas não podem viajar ao Brasil para curtir suas praias e aproveitar este tipo de estabelecimento físico com o mesmo propósito.

(dr)

A população é uma dos principais beneficiadas

Punta del Este é uma cidade com cerca de 20 mil habitantes e uma renda per capita altíssima. Isso porque o lugar é frequentado e habitado por celebridades e grandes empresários.

A construção deste novo complexo exigirá a contratação de cerca de 1000 pessoas ao longo de cinco anos. Devido à característica da população local, essas pessoas não serão os habitantes da cidade, mas sim das cidades vizinhas, que são os moradores do Departamento de Maldonado.

Além desta mão de obra imediata e necessária na construção, uma vez concluídas as obras, é certo que o hotel e o casino também irão contratar vários funcionários. Sendo que estes ajudarão na manutenção do local.

De uma forma geral, podemos ver com este exemplo que casinos não são ruins para o país, a população ou as cidades. Este tipo de estabelecimento recolhe impostos, gera empregos e melhora o turismo, o que permite um fortalecimento da economia.

AEIOU //



Ryanair lança 15 novas rotas em Portugal (e promoções para celebrar)

A Ryanair vai lançar 15 novas rotas a partir de outubro, das quais quatro no aeroporto de Lisboa, oito no Porto e três em Faro, anunciou esta quinta-feira em Lisboa a companhia aérea irlandesa.

O horário de inverno, entre o próximo mês de outubro e março de 2020, vai contar com 27 rotas da companhia em Lisboa, sendo as quatro novas rotas para os aeroportos de Bordéus (França), Budapeste (Hungria), Clermont (França) e Memmingen (Alemanha).

No Porto, a companhia vai contar com oito novas rotas – Alicante (Espanha), Birmingham (Reino Unido), Bremen (Alemanha), Brive (França), Budapeste (Hungria), Málaga (Espanha), Toulouse (França) e Veneza Treviso (Itália), num total de 50 rotas.

Em faro, a transportadora aérea passa a ter 24 rotas, das quais três novas, para os aeroportos de Berlim (Alemanha), Bremen (Alemanha) e Londres Southend (Reino Unidos).

Na conferência de imprensa, esta quinta-feira em Lisboa, o responsável pelas operações comerciais da companhia, David O’Brien, disse que a transportadora vai recorrer da decisão da autoridade da concorrência italiana de a multar em três milhões de euros pela cobrança aos clientes de suplemento de bagagem de mão sem o incluir na tarifa base.

“Vamos recorrer e os tribunais vão confirmar que a nossa política é a correta”, disse, adiando que a companhia melhorou a pontualidade desde que começou a cobrar pela bagagem de mão que não cabe debaixo do assento.

David O’Brien falou ainda sobre o novo aeroporto do Montijo, para dizer que enquanto não for construído a companhia não cresce “tanto quanto podia” e apelar para que não demore mais de três anos a sua operacionalização.

O responsável alertou ainda para necessidade de uma análise do preço da portagem da ponte para o Montijo para os passageiros aéreos, aquando a operacionalização da infraestrutura aeroportuária complementar ao aeroporto em Lisboa.

Cerca de 60 milhões de passageiros de e para Portugal foram transportados pela companhia desde 2003, segundo dados da empresa.

Como é hábito a cada anúncio de novas rotas, a Ryanair lançou, “para celebrar”, uma promoção com voos desde 14,99 euros em viagens em março e abril. De acordo com a companhia irlandesa, a promoção está “disponível para reserva” no site “até à meia-noite [deste] sábado” (2 de Março).

ZAP // Lusa /

Uma aurora boreal em forma de dragão apareceu nos céus da Islândia (e apanhou a NASA de surpresa)

(dr) Jingyi Zhang & Wang Zheng

Uma aurora boreal com a forma da cabeça de um dragão iluminou de tons esverdeados o céu da Islândia e a NASA não tardou a partilhar o fenómeno nas redes sociais.

A NASA partilhou a imagem fascinante de uma aurora “dragão”. O fenómeno ocorreu na Islândia e foi publicado pela agência espacial americana no dia 18 de fevereiro.

Os céus da Islândia iluminaram-se em tons esverdeados, nos quais se podia observar a silhueta de um dragão. A cabeça e as asas da criatura mitológica, em contraste com o céu negro, são facilmente detetáveis. Também é possível notar a boca e a língua de forma distinta. Além disso, a cor púrpura reforça os contornos da criatura com a língua saindo da sua boca.

A imagem ganha ainda mais espetacularidade conhecendo o método escolhido para a captura da fotografia. O fotógrafo utilizou um figurino humano de modo a criar a noção de perspetiva para acentuar a dimensão da aurora “dragão”.

No site da NASA, pode ler-se que “a aurora foi causada por um buraco na coroa do Sol que expeliu partículas carregadas num vento solar que seguiu um campo magnético interplanetário em mudança para a magnetosfera da Terra”. Assim que as partículas entraram em contacto com a atmosfera da Terra, emitiram luz, tornando visível a aurora.

No passado, povos acreditavam que as auroras eram na verdade as danças de um espírito ancestral ou até mesmo de um deus cósmico.

As auroras boreais são um fenómeno frequente, mas a NASA afirma que esta apareceu num “momento inesperado”, porque, “até ao momento, não se tinham registado manchas solares no sol, em fevereiro”, ou seja, surgiu num período de baixa atividade solar.

ZAP //



Mais hóspedes e mais receitas. Metade da riqueza gerada pelo turismo fica em Lisboa

Quase 20% da riqueza gerada na região de Lisboa vem do turismo. O setor gerou, na capital, quase 14 mil milhões de euros em 2017.

O turismo gerou em 2017 mais de 13,7 mil milhões de euros e foi responsável por 182 mil postos de trabalho na Região de Lisboa, revelou um estudo recente realizado para a Associação de Turismo de Lisboa (ATL). As conclusões do impacto macroeconómico do turismo na cidade e na região de Lisboa, realizado pela Deloitte, foram apresentadas hoje.

De acordo com os dados, na região, em 2017, foram gerados direta ou indiretamente pela atividade turística mais 49 mil postos de trabalho relativamente a 2015, data do último estudo, e mais 54 mil face a 2005, quando a instituição encomendou a primeira avaliação.

Além disso, a riqueza gerada na região situou-se, em 2017, em 13,7 mil milhões de euros, enquanto em 2015 tinha sido de 8,7 mil milhões de euros, e, em 2005, de 3,8 mil milhões de euros. Este número, quase 14 mil milhões, significa que metade da riqueza gerada pelo turismo no paísz fica na Grande Lisboa.

Só na cidade de Lisboa, em 2017, o turismo foi responsável direta ou indiretamente por 93 mil postos de trabalho, mais 20 mil do que em 2015, e mais 26 mil do que 2005.

A atividade turística gerou, em 2017, na capital, mais de 10 mil milhões de euros de riqueza, mais quatro mil milhões do que em 2015, e mais oito mil milhões do que em 2005.

A maioria dos turistas estrangeiros que visitaram Lisboa é proveniente do Brasil, França, Espanha, Estados Unidos da América, Alemanha, Reino Unido e Itália, tendo gastado, em média, 161,1 euros por dia, numa permanência média de 2,3 noites na região.

O estudo identifica também os desafios da atividade turística na região, sendo o desenvolvimento dos transportes, do lado das políticas de mobilidade, e a diversificação dos produtos oferecidos, da parte dos operadores, dois fatores apontados.

O diretor da ATL, Vítor Costa, relaciona estes dois aspetos com o desafio maior de passagem a um “patamar diferente enquanto destino turístico”: “É bom que a cidade de Lisboa tenha muita atratividade e seja âncora, mas queremos passar a um patamar mais vasto em termos territoriais, de um destino turístico que tem 550 mil habitantes para um destino turístico que tenha 2,8 milhões, que é a Área Metropolitana”.

À Lusa, Vítor Costa sublinhou que a “questão da mobilidade externa – o aeroporto, porque mais de 90% dos turistas chega de avião -, e da mobilidade interna” são essenciais para se ter “uma cidade a duas margens”, num efeito que potencia também o investimento privado diversificado e descentralizado dentro da região.

“Para se ficar no Seixal, por exemplo, que é muito perto de Lisboa, é preciso que haja também hotelaria no Seixal, e isso implica investimento privado. O nosso território é pequeno, mas com muitos recursos. As pessoas precisam é de se deslocar, e de ter a noção que estarão sempre em Lisboa, dormindo em Almada ou em Setúbal. A marca principal será sempre Lisboa”, sustentou.

De acordo com o estudo, há mais 21 mil quartos de alojamento local face a 2015 e mais 1.786 quartos de hotel, notando-se igualmente uma “melhoria da ‘performance’ operacional”, com a taxa de ocupação a passar para 77,5% (71,7% em 2015) e o preço por quarto disponível (o chamado RevPar) a atingir os 77,7 euros, quando em 2015 era de 59,6 euros.

“Hoje temos maior rentabilidade da hotelaria, ao nível do indicador designado ‘RevPar’, que combina a ocupação com o preço, temos o melhor, de longe, do país, muito acima da média nacional, aproximando-se dos melhores exemplos europeus”, salientou Vítor Costa.

O estudo indica ainda que 94% chegou de avião e que 92% visitou Lisboa em lazer, sendo que 76% o fez num registo de ‘city & short break’. Cerca de 10,5% já visitou Lisboa mais do que uma vez.

ZAP // Lusa



A ilha espanhola de Menorca esteve quase a ser russa (por duas vezes)

A ilha de Menorca, que todos os anos atrai milhares de turistas até Espanha, poderia ter ficado na propriedade da Rússia. Em duas ocasiões da História, os russos tiveram a oportunidade de assumir o controle da ilha mais ocidental do arquipélagos das Baleares.

Tal como noticia o canal espanhol IB3, esta pequena ilha das Baleares era um enclave mediterrâneo muito desejado por várias potência mundiais durante os séculos XVIII e XIX.

Conquistada pelos muçulmanos em 903, pela coroa de Aragão em 1287, pelos britânicos em 1708, pelos franceses em 1756 e pelos espanhóis em 1781, a ilha apresenta uma história acidentada de conquistas em que os russos quiseram também deixar a sua marca, mas sempre através da diplomacia, sem recorrer ao uso da força militar.

A primeira vez que Menorca foi oferecida à Rússia foi em 1775, na época da imperatriz russa Catarina II, a Grande. O professor e historiador Miquel Anjo Casanovas, especialista na história da ilha e das sucessivas dominações que a ilha sofreu, explica o contexto.

“Eram os anos da Guerra da Independência dos Estados Unidos, em que se envolveram, posteriormente, França e Espanha, dando apoio aos colonos rebeles da América do Norte; nessa guerra, a Grã-Bretanha lutou sozinha, procurando desesperadamente por aliados”, começou por explicar o especialista.

E é exatamente neste momento da História que a Rússia surge na equação: “Houve negociações entre o embaixador britânico em São Petersburgo, James Harris, e político russo Rigorismo Potemkin (o favorito de Catarina, a Grande) para que, de alguma forma, a Rússia conseguisse entrar na guerra dos Estados Unidos”. De acordo com Casanovas, e para que o a Rússia entrasse no conflito, o país tinha que receber “algo em troca”, sendo que uma das possíveis compensações era precisamente a ilha de Menorca.

Menorca interessava à Rússia, uma vez que se podia tratar da conquista de uma “base no Mediterrâneo”. Por isso mesmo, e à luz da época, “Menorca serviu como isca para que a Rússia entrasse na guerra. Aparentemente, foi a própria imperatriz que se recusou a dar esse passo”, conta o historiador que dá conta que as negociações não prosperaram.

“De qualquer forma”, remata Casanovas, “o acordo teria sido inviável porque Espanha acabaria por conquistar militarmente a ilha pouco depois, em 1781″.

40 anos volvidos, Menorca é novamente moeda de troca

Pouco depois, nem meio século havia passado, e Menorca estava novamente a emergir como possível moeda de troca entre países. Em 1815, e após o confronto contra as tropas francesas de Napoleão na Guerra da Independência (1808-1814), “a Espanha fica numa situação realmente crítica”, explica Casanovas.

“O rei Fernando VII volta ao poder e promove o regresso do absolutismo (…) que cria um problema interno, mas os territórios americanos também estão em plena rebelião, querem tornar-se independentes e o país está completamente arruinado, com uma enorme dívida e sem a renda abundante que anteriormente chegava da América (…) [Espanha] precisava de apoio internacional”.

Uma vez mais surge a Rússia: “Houve negociações com um agente russo, Dmitry Tatischev, [ministro russo em Madrid, na época] em que o governo de Fernando VII comprou vários navios de guerra russos para poder trazer tropas para a América, e Menorca estava também na mesa” negocial, explica o historiador.

No entanto, desta vez seria diferente:, seria mais uma “cessão por arrendamento” do que “uma cessão de soberania”. Especificamente, concretiza, “teria sido melhor permitir que os navios russos usassem Mahón (porto perto de Menorca) como base temporária”.

Na época, aponta Casanovas, os Estados Unidos já usavam este porto. Os norte-americanos “tiveram este porto como uma base naval estável durante muitos anos, entre 1825 e 1845, para a pequena frota que mantiveram no Mediterrâneo, ou seja, [que tivesse acontecido o mesmo] coma Rússia não seria nada improvável”.

Mas, e tal como aponta o historiador, para a Grã-Bretanha – “que sempre estava de olho no que acontecia em Menorca”, não era a mesma coisa e, por isso, opôs-se à atribuição do porto através de “pressão diplomática”. “Para os britânicos, a Rússia devia representar um potência incómoda no Mediterrâneo e neutralizaram rapidamente esse propósito”.

Para o historiador, e considerando que a Rússia conseguisse ter acesso ao porto em causa, “teria sido outro importante ator no domínio do Mediterrâneo, mas nem a Grã-Bretanha nem a França estavam interessadas em que a Rússia estivesse na área”, concluiu.

Menorca, que é território espanhol desde 1802, tem uma população de mais de 90 mil habitantes. As suas praias, o seu legado peculiar e a sua atmosfera fazem desta ilha um dos destinos turísticos mais procurados em Espanha – centenas de anos depois, continua a ser uma jóia do Mediterrâneo.

ZAP // RT



“Cascata de fogo” está de volta aos Estados Unidos (mas apenas por alguns dias)

Lightsparq Photography / Facebook

A “cascata de fogo”, ilusão de ótica que ocorre quando a água da catarata de Horsetail parece ser um fluxo de água ardente quando banhadas com as primeiras luzes do Sol, pode ser novamente vista no Parque Nacional de Yosemite, no estado norte-americano da Califórnia.  

O fenómeno, que atrai centenas de turistas, dura cerca de 10 minutos diários durante cerca de duas semanas em fevereiro, caso as condições sejam muito boas.

A “cascata de fogo” depende do volume de água que depende da quantidade de neve que há nas montanhas que, por sua vez, depende do facto de as temperaturas serem quentes o suficiente para a derreter. Em outubro, o Sol ilumina a área com o mesmo ângulo, mas o fenómeno não é observado, uma vez que a corrente não tem a força necessária.

Ou seja, é necessário que as condições de água e luz estejam no ponto certo para que o fenómeno ótico possa ser visto.

Este ano, a observação da cascata tem sido excecional graças à chuva e à neve mais frequentes no parque da Califórnia, que são os “ingredientes” fundamentais para que o fenómeno ocorra, explicou o porta-voz do Parque Nacional de Yosemite, Scott Gediman, em declarações à emissora CNN.

O fenómeno tornou-se popular depois de a revista National Geographic ter publicado uma fotografia do fotógrafo Galen Rowell numa edição de 1973. Desde então, os parque e as suas famosas “cascatas de fogo” mobilizam amantes da natureza de todo o mundo.

ZAP //



Ilhas Faroé fecham para “manutenção”. Turistas só podem entrar se “vierem ajudar”

As Ilhas Faroé, território autónomo sob a coroa dinamarquesa, isolado no Atlântico Norte entre a Islândia e a Noruega, vão estar fechadas para “manutenção” 26 e 27 de abril.

Na ilha vivem 50 mil habitantes e 80 mil caprinos. Por ano, visitam 100 mil turistas mas, no fim-de-semana de 26 e 27 de abril de 2019, só entram os que “vierem ajudar” nas limpezas e os que se queiram juntar às equipas de manutenção, pelo menos com apoio das autoridades. O número máximo: 100.

“Todos os grandes pontos turísticos da ilha estarão fechados aos turistas regulares mas abertos a todos que queiram ajudar a mantê-los“, lê-se no comunicado das autoridades do arquipélago. No site do Turismo das Faroé lança-se o apelo: “ajude-nos a manter a beleza.”

“Só aqueles que estiverem preparados para trabalhar com os habitantes neste fim-de-semana de manutenção é que poderão visitar-nos”, garantem.

Para agradecer aos que se aventurarem a colaborar nas limpezas destas ilhas oferece-se a uma centena de “ajudantes”, em jeito de agradecimento, “alojamento e alimentação para o período da manutenção”, isto é, para os dois dias e três noites.

A agenda de trabalhos para o fim-de-semana inclui ajudar a criar percursos pedestres “em zonas bem assinaladas”, construir plataformas de miradouros que ajudem a “preservar a Natureza e os santuários de aves” ou, entre outras atividades, na instalação de sinalética.

Este é “um dos lugares mais intocados e menos poluídos da Terra e estamos apostados em que as nossas ilhas verdes assim permaneçam”, garante-se no texto do Turismo local, citado pelo Público.

Quem quiser candidatar-se, só tem de inscrever-se no site oficial do Turismo das Faroé. As ilhas oferecem tudo, exceto os voos, que fica por conta dos “turistas-ajudantes”.

O Turismo das Faroé sublinhou que, “atualmente, não tem nenhum problema com turistas em excesso”, tendo em conta a sua média de 2.000 mil semanais – embora o contingente suba uns 10% cada ano. Contudo, o “frágil ambiente natural numa mão-cheia de pontos turísticos populares já se ressente dos efeitos do aumento de número de visitantes”. Por isso, “há áreas que precisam de uma mãozinha“.

A nação “recebe os visitantes de braços abertos” mas “também quer assegurar-se de que o turismo em excesso não se tornará um problema”. “A sustentabilidade é o nosso objetivo”, resumem.

Esperam ainda que a campanha de limpeza tenha um impacto internacional. “Esperamos que o nosso projeto inspire outros países a fazer o mesmo“, indicam.

ZAP //



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