Sexta-feira, Abril 25, 2025
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Quer sentir-se 4 anos mais jovem? Viaje

Viajar é sinónimo de conhecer, descontrair, mudar de ares. Mas aparentemente também é sentir-se mais novo do que se sentia antes de partir.

Aparentemente, quando volta de uma viagem pode sentir-se mais novo do que se sentia antes de ter viajado.

Um estudo recente realizado pela YouGov para a TUI revela que os alemães se sentem, em média, 4,2 anos mais jovens após as férias.

O inquérito foi feito no final do ano passado junto de mais de 2 mil alemães.

37% sentem-se mais relaxados e mais jovens depois das férias. 22% dizem que as suas férias os fazem sentir até 5 anos mais jovens, 15% relatam uma sensação de rejuvenescimento ainda maior, mais do que 5 anos mais jovens.

Além destes dados, um estudo realizado na Austrália mostra que viajar melhora o humor e pode até retardar os sinais de envelhecimento, reforça o comunicado enviado ao ZAP.

O estudo da TUI mostra que o que mais contribui para o bem-estar durante as férias dos alemães são: atividades ao ar livre (85%), momentos de descontração e autocuidado (79%), tempo com a família e amigos (75%) e desligar do trabalho (72%).

É uma tendência que chega a Portugal. Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os portugueses que viajam têm procurado cada vez mais a natureza e a desconexão. E, segundo a Phocuswright, há um maior interesse em ofertas que promovam uma ligação mais profunda com o ambiente.

Os viajantes dão também muita importância a: atividade física, interação social e exposição a novos ambientes.

“Em suma, o sistema de autodefesa do organismo torna-se mais forte. Viajar não é apenas lazer: também contribui significativamente para a saúde física e mental”, explica Fangli Hu, diretor do estudo.

ZAP //



Turismo de saúde de portugueses: O barato pode sair muito caro

Os profissionais de saúde estão preocupados com a ida de portugueses a países como a Turquia para fazerem procedimentos clínicos que, em alguns casos, resultam em desfechos desastrosos.

Preços baixos e promessas de “tratamentos quase milagrosos” atraem portugueses para fazer intervenções estéticas, tratamentos dentários, implantes capilares, cirurgia bariátrica (de redução do estômago), em países como a Turquia, Venezuela ou Brasil.

No entanto, o barato pode sair muito caro, correndo os doentes o risco de complicações sérias por falta de acompanhamento no pós-operatório.

“Os doentes vão à procura daquilo que é o melhor para eles, mas, muitas vezes, o que parece melhor no primeiro contacto revela-se um pesadelo”, disse à agência Lusa David Ângelo, diretor clínico do Instituto Português da Face, onde já recorreram doentes após intervenções mal sucedidas no estrangeiro.

Contou o caso grave de um doente que foi para a Venezuela para realizar uma cirurgia ortognática (para corrigir deformidades ósseas na face e nos maxilares) e teve uma “complicação muito séria”, que o obrigou a ser transportado “ainda em estado pós-operatório” de avião para Portugal para ser tratado.

“Isto é uma situação gravíssima que aconteceu e pôs em risco a vida dele e, às vezes, é por uma diferença em termos financeiros, muito pequena”, disse David Ângelo, nas vésperas do Dia Mundial do Doente.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros informou que as representações diplomáticas portuguesas na Turquia e na Venezuela não receberam contactos de portugueses com problemas decorrentes dos tratamentos, mas estão cientes da situação, havendo até um alerta no Portal das Comunidades Portuguesas.

A Turquia é referido que se trata de “um destino popular de turismo médico”, mas a Embaixada de Portugal em Ancara alerta que não oferece assistência legal ou financeira em caso de conflito com prestadores de saúde.

A embaixada recomenda que os cidadãos consultem o médico em Portugal antes de viajar, informando-se sobre os riscos, benefícios e custos do tratamento.

Além disso, é aconselhado a garantir que os prestadores de cuidados médicos estejam credenciados e a pedir um acordo escrito com todos os detalhes do tratamento e pós-operatório.

Entidades competentes alertam para os riscos do turismo de saúde

Estas recomendações também são feitas pelos bastonários da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, e da Ordem dos Médicos Dentistas, Miguel Pavão, e pela e Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

Apesar de não ter competência sobre os casos em que as pessoas viajam para o estrangeiro “a título totalmente particular”, sem qualquer referenciação, a ERS realça que, sendo tratamentos cirúrgicos e invasivos, é importante garantir que as condições sejam seguras e que os utentes recebam todas as informações necessárias para tomar decisões informadas.

Quanto ao acompanhamento e complicações após cirurgias no estrangeiro, a ERS afirma que os utentes têm direito a cuidados de saúde no SNS.

É com “alguma frequência” que o Centro de Responsabilidade Integrado do Tratamento Cirúrgico da Obesidade (CRITCO) da ULS São José (Lisboa) recebe doentes que fizeram cirurgia bariátrica na Turquia, Espanha e Brasil ser qualquer avaliação ou preparação prévia.

Quando regressam a Portugal os doentes procuram habitualmente o médico de família que os reencaminha para o CRITCO, onde todos, “sem exceção”, são acompanhados multidisciplinarmente e realizam exames para avaliar o seu estado de saúde, já que o sucesso da cirurgia depende da abordagem antes e após a operação.

“A cirurgia isolada não tem sucesso a longo prazo”, refere a instituição, sublinhando que “as complicações cirúrgicas graves do pós-operatório são felizmente pouco frequentes”.

O bastonário dos dentistas alerta para os pacotes turísticos oferecidos fora da União Europeia (UE) com preços “muito apetecíveis” que incluem tratamentos médicos e dentários “quase milagrosos em tempo recorde” que acabam por ter “desfechos desastrosos”.

“Os doentes veem imagens, apenas do antes e do depois, e não percebem bem a evolução dos tratamentos e nem pensam também nas consequências”, realçou Miguel Pavão.

Carlos Cortes alerta, por seu turno, que embora possam surgir complicações em qualquer tratamento, é essencial as clínicas terem capacidade de as resolver, o que nem sempre acontece.

Os doentes acabam por recorrer a hospitais em Portugal, mas por vezes é complicado para os médicos porque desconhecem os procedimentos feitos no estrangeiro.

“É absolutamente essencial e necessário que o médico que trata essa situação conheça o historial, saiba exatamente aquilo que aconteceu, e, em muitos casos, isso pode ser difícil, porque não tem acesso a essa informação”, vincou Carlos Cortes.

// Lusa



Fila para turistas: o plano da Carris para assegurar lugar aos lisboetas

No Funicular da Graça, em Lisboa, já vai haver distinção entre turistas e residentes. Câmara Municipal quer alargar medida a mais transportes públicos da Carris.

O elétrico 28, os ascensores, os funiculares e o elevador de Santa Justa são meios de transportes em pleno coração da cidade de Lisboa onde quem lá viaja sabe o quão repletos estão de turistas.

Em Lisboa, os transportes públicos tornaram-se um símbolo da cidade e um ponto de atração turística. É por isso que quem não tem um passe Navegante paga 6 euros para ir e voltar em breves minutos no elevador de Santa Justa, ou 4,1 euros para circular no Elevador da Bica.

A Câmara Municipal de Lisboa decidiu, então, ordenar à Carris que comece a implementar filas separadas para turistas e para residentes nos transportes públicos que constituam “equipamentos de elevada pressão turística”, avança o Público. Para além disso, o plano é também aumentar o valor dos bilhetes individuais.

A partir de maio, a medida vai já começar a ser aplicada no recém-criado (abriu em março de 2024) Funicular da Graça. Uma fila é para quem tem o passe mensal Navegante, e outra para quem adquira o bilhete pontual. O objetivo da Câmara é estender a medida a outras estruturas de grande afluência.

“O objetivo desta proposta é encontrar uma forma legal e prática de assegurar o uso dos transportes públicos por parte da população. Ela não pode ser prejudicada pela enorme procura turística sentida em alguns equipamentos”, explica o autor da proposta, Rui Franco, vereador dos Cidadãos Por Lisboa (CPL).

“Há que distinguir entre uma senhora de idade que vem carregada com os sacos de compras, e quer subir da Mouraria até à Graça, e uma excursão saída de um cruzeiro”, exemplifica.

No entanto, há quem acredite que este plano vai complicar a viagem para os clientes da Carris que, ainda que não tenham o passe mensal, utilizam com alguma frequência estes equipamentos.

A Carris diz, no entanto, que a aplicação da medida de forma alargada para vários transportes públicos será “bastante complexa“. isto porque, admite o próprio vereado Rui Franco, a seleção entre moradores e turistas pode constituir uma “matéria sensível, por questões constitucionais de não-discriminação”.

É o caso do vereador comunista João Ferreira, que votou contra a media por considerar que há uma “dificuldade inultrapassável, que é a de definir quem é que é turista. Existe um grande grau de indeterminação. Qualquer utilizador frequente, mas não quotidiano, será prejudicado. Como é que se faz com essas pessoas? Vão para a fila dos turistas?”

O vereador acredita que “se um transporte está sobrecarregado”, a solução é “aumentar a oferta”.

ZAP //



Túnel ultra-secreto da 2ª Guerra Mundial vai abrir ao público com experiência imersiva

DBOX / The London Tunnels

“A mais espetacular atração turística subterrânea de sempre em Londres” consiste em vários túneis subterrâneos no total de um quilómetro de extensão. Foram sede dos serviços secretos e até tiveram destaque na Guerra Fria.

Um quilómetro de antigos túneis de espionagem da Segunda Guerra Mundial, tão clandestinos que chegaram a estar protegidos pela Lei dos Segredos Oficiais do Reino Unido: é este o mote para a experiência imersiva que deve abrir portas em Londres em 2027.

A CNN descreve-a como tendo potencial para se tornar a “mais espetacular atração turística subterrânea de sempre em Londres”.

Estes corredores subterrâneos localizam-se 40 metros abaixo da estação de metro de Chancery Lane, em High Holborn, e foram construídos na década de 1940 para proteger os habitantes da cidade durante a Segunda Guerra Mundial, mais propriamente na campanha de bombardeamento Blitz.

No entanto, estes túneis acabaram por ser mais do que meros “bunkers”, tendo-se tornado sede do ultra-secreto Executivo de Operações Especiais da Grã-Bretanha, uma ramificação do MI6 (os serviços de inteligência secretos ingleses).

Nos anos 50, durante a Guerra Fria, os túneis serviram como central de comunicações internas, e serviu até de casa da “linha direta” que conectava a URSS e os EUA.

Mais tarde, nos anos 80, foi-lhes dado um uso bem diferente: serviram como o bar mais profundo do mundo para uso do pessoal do governo, com uma sala de jogos com mesas de snooker e até um aquário tropical.

Agora, o plano é investir 220 milhões de libras (cerca de 263 milhões de euros) para restaurar o espaço e aplicar os detalhes imersivos.

Num comunicado da London Tunnels, nome da nova atração, lê-se que o espaço vai conter “instalações artísticas e culturais” — será uma experiência interativa sobre o papel do secreto lugar na história mundial. “A história dos túneis, a sua escala e a localização entre Holborn e a histórica Square Mile podem fazer destes túneis um dos destinos turísticos mais populares de Londres”.

ZAP //



Na antiga Alemanha Oriental, os turistas tinham de cumprir estranhas obrigações

Wolfgang Thieme / Wikimedia Commons

Um dos Interhotel designados para turistas não comunistas

Microfones nos hotéis, dinheiro para gastar obrigatoriamente, polícia secreta por todo o lado. Viajar para a RDA era uma verdadeira aventura, e houve pouco quem o fizesse.

Ao contrário do que acontece atualmente com as duas Coreias, a fronteira da RDA (República Democrática Alemã), mais conhecida por Alemanha do Leste ou Alemanha Oriental, controlada pela antiga URSS, nunca esteve completamente “selada” da Alemanha Ocidental.

Mas, como é sabido, os habitantes não eram autorizados a passar de um lado para o outro de Berlim. Apesar disso, os turistas tinham mais facilidade em viajar de um lado para o outro. A RDA não estava, portanto, completamente fechada ao mundo: havia turismo, tal como existe na Coreia do Norte. Só que (muito) controlado.

Viajantes de ou para aeroportos dinamarqueses, suecos, polacos e checoslovacos estavam autorizados a passar pela RDA, mas a estadia não era muito agradável, como explica o LBV.

Em primeiro lugar, os hóspedes do país eram obrigados a ficar alojados na mesma cadeia de hotéis, a luxuosa Interhotel. Esta empresa, fundada na década de 60, tinha mais de 30 hotéis espalhados pela Alemanha. Mas os de 5 estrelas eram reservados apenas a turistas provenientes de países não comunistas/socialistas.

No entanto, por trás da fachada de modernidade, estavam as autoridades: quem controlava a cadeia de hotéis era a Stasi, a polícia secreta, que se fazia passar pelo departamento de turismo. Nos hotéis, havia microfones e câmaras ocultas que espiavam sem consentimento as conversas secretas dos hóspedes.

Os cidadãos da Comecon (Conselho para Assistência Económica Mútua dos países comunistas), tinham de ficar em hotéis — da mesma cadeia — mais modestos, e pequenas cidades e, no máximo, com 4 estrelas. Os não comunistas pagavam cerca de 10 vezes mais.

Após a reunificação das duas Alemanhas, os hotéis foram vendidos a outras empresas.

No entanto, a lista de coisas bizarras não se ficava por aqui: os visitantes estrangeiros tinham de enviar os seus itinerários para o serviço de turismo (a já mencionada “fachada” da polícia política) e tinham de registar-se na esquadra de polícia à chegada.

Eram também obrigados a gastar uma quantia estipulada de dinheiro por dia. Quem quisesse abastecer o carro, tinha de o fazer em bombas designadas.

Não era fácil obter autorização para viajar para a RDA, e a travessia para o lado comunista da Alemanha tinha de ser feito em ponto específicos. Mesmo quem o podia fazer, não devia ficar satisfeito com as instalações — a indústria turística era insignificante durante a Guerra Fria.

ZAP //



Afinal, os tuk-tuks vão voltar ao centro do Porto. “Caos” no trânsito vai voltar?

Afinal, a restrição aos veículos turísticos e autocarros de serviço ocasional no centro histórico do Porto irá ser suspensa a todos os operadores na sequência da decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF).

O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, anunciou esta quarta-feira a suspensão das restrições a todos os veículos turísticos no centro do Porto.

Em causa está o projeto-piloto de restrição ao trânsito de veículos turísticos que arrancou a 1 de outubro de 2024 e que restringia a circulação dos veículos turísticos na baixa e centro do Porto.

Apenas um comboio turístico e autocarros de dois andares ‘hop-on, hop-off’ podiam circular numa zona delimitada no centro do Porto, ao abrigo de licenças municipais. Tuk-tuks e autocarros turísticos de serviço ocasional estavam impedidos de circular.

Rui Moreira foi surpreendido

No entanto, o TAF do Porto aceitou a providência cautelar interposta por 12 operadores turísticos contra o município do Porto, tendo determinado a suspensão das restrições no centro histórico para estas empresas. Aos jornalistas, Rui Moreira avançou que esta foi “a primeira [decisão] desfavorável ao município”, depois de cinco, transitadas em julgado, terem decidido a favor da câmara.

Não estávamos à espera deste desenlace até porque a decisão tem sido contrária”, assinalou, acrescentando, no entanto, que o município vai recorrer, ainda que o recurso não tenha efeitos suspensivos.

“Pese embora esta decisão de hoje ter os seus efeitos limitados às 12 empresas autoras, entendemos que tal não pode significar a atribuição de qualquer monopólio na cidade do Porto”, assinalou, dizendo que vão ser tomadas “outras medidas”.

Que medidas poderão vir?

Ainda que as novas medidas não tenham sido desenhadas, o autarca deu como possíveis exemplos: restringir a circulação em determinadas ruas, condicionar o acesso em determinados dias da semana ou horários e determinar locais de estacionamento e tomada/largada de passageiros.

“Temos de partir do zero, temos de fazer ‘reset’. Fazendo ‘reset’, precisamos agora de ouvir os departamentos municipais, a Polícia Municipal e pensar como podemos implementar outras medidas que de alguma maneira mitiguem este problema que temos”, acrescentou o autarca.

“Caos” no trânsito vai voltar?

Sobre o projeto-piloto, em curso há pouco mais de três meses, Rui Moreira afirmou que permitiu “uma acalmia de trânsito” e lamentou que a decisão do tribunal incite “ao caos”.

“A partir de agora, quem quiser operar ‘tuk-tuks’ pode operar”, referiu.

Na decisão do TAF, datada de terça-feira, a juíza afirma não ser possível “concluir pela existência de um dano preponderante para o interesse público que implique a recusa da providência”.

As 12 empresas apresentaram uma providência cautelar contra o município para suspender a eficácia do concurso para a atribuição de cinco licenças de exploração de circuitos turísticos e para assegurar a livre circulação dos veículos turísticos na zona de restrição.

Também o concurso para a atribuição de cinco licenças de exploração de circuitos turísticos fica suspenso, acrescentou Moreira.

Empresas visadas querem pedido de desculpas

Hoje, em declarações à Lusa, o administrador da WildBloom, uma das 12 operadoras com veículos até nove lugares – ‘tuk-tuks’, ‘buggies’, carrinhas ‘transfer’ – que intentou a ação, afirmou que, com esta decisão, o tribunal “dá razão” às empresas.

“Os prejuízos que já foram causados e que seriam causados se não houvesse esta decisão seriam irreparáveis”, assinalou Alex Dominguez Ramos.

“Continuamos disponíveis para encontrar uma solução, porque sabemos que há problemas no trânsito, mas acho que não ficaria mal um pedido de desculpas [da câmara]“, acrescentou.

ZAP // Lusa



Estalou o verniz entre a Ryanair e os aeroportos espanhóis. Companhia corta 12 rotas

A companhia aérea vai reduzir 18% da sua presença no mercado espanhol, afetando vários aeroportos regionais. As taxas cobradas pelo operador aeroportuário são a razão apontada pela Ryanair.

Está a pensar ir a Espanha no verão? Se estava a ponderar viajar numa companhia low-cost, há más notícias para si — vai haver opções de voos da Ryanair, que vai reduz as suas operações em vários aeroportos regionais espanhóis.

A companhia aérea está a retirar 800 000 lugares, o que equivale a uma redução de 18% no seu mercado espanhol. Doze rotas serão canceladas e a companhia aérea abandonará totalmente os aeroportos de Jerez e Valladolid.

A Ryanair atribui os cortes às taxas “excessivas” impostas pelo operador aeroportuário espanhol Aena. No entanto, a Aena refutou estas afirmações, acusando a companhia aérea de “chantagem” e de práticas enganosas. O presidente da Aena, Maurici Lucena, criticou a abordagem da Ryanair, afirmando que “atravessaram o Rubicão do respeito, da boa fé e da cortesia comercial”.

Jerez e Valladolid são os mais afetados, com a retirada total da Ryanair. Valladolid ficará apenas com um operador, a Binter Canarias, que oferece um serviço limitado duas vezes por semana. Jerez, no entanto, mantém as ligações através de outras companhias aéreas, como a Vueling e a Air Nostrum.

Outros aeroportos regionais, incluindo Vigo, Santiago, Saragoça, Astúrias e Santander, registarão reduções. Vigo é o mais afetado, com um corte de 61% nos voos da Ryanair. Santiago perderá um avião da sua base, reduzindo a capacidade em 28%, refere a Euronews.

O CEO da Ryanair, Eddie Wilson, culpou as taxas da Aena e a falta de incentivos pela subutilização dos aeroportos regionais. A Aena, no entanto, argumenta que as suas taxas estão entre as mais baixas da Europa, mantendo-se em 10,35 euros por passageiro desde 2024.

Para aumentar o tráfego nos aeroportos regionais, a Aena introduziu um subsídio que oferece um desconto de 100% nas taxas para aumentos de passageiros para além dos níveis de 2023. Isto reduziria efetivamente a taxa da Ryanair para apenas 2 euros por passageiro nos aeroportos elegíveis.

Apesar destas medidas, a Ryanair afirma que as taxas continuam a ser um obstáculo. A Aena, por sua vez, salienta que a Ryanair continua a crescer nos principais aeroportos espanhóis que não oferecem descontos, sugerindo que os cortes são estratégicos e não são causados pelas taxas.

“Fico surpreendido por questionarem a rentabilidade destas rotas”, afirma Lucena, salientando que os voos a partir dos aeroportos regionais estão frequentemente cheios e acusando a companhia de utilizar estes cortes para pressionar o Governo a fazer mais concessões, violando potencialmente a legislação espanhola.

“Apesar da sua retórica grandiloquente, a pressão pública constante da Ryanair resume-se a um objetivo simples: utilizar gratuitamente uma parte significativa dos aeroportos espanhóis, o que poria em causa a sustentabilidade financeira a longo prazo do sistema aeroportuário espanhol”, remata.

ZAP //



Lista de monumentos protegidos em 2025 inclui um lugar distante: a Lua

ZAP / Schwarze engel / Wikimedia Commons

É a primeira vez em que um lugar fora da Terra está “sob observação”. Mas este “monumento” contém 90 locais históricos relacionados com a presença da humanidade.

“Com o início de uma nova era de exploração espacial, é necessária a colaboração internacional para proteger os vestígios físicos das primeiras aterragens na Lua e preservar estes símbolos duradouros da realização humana coletiva”.

É assim que a World Monuments Fund justifica a inserção da Lua na lista de monumentos sob observação em 2025.

A Base da Tranquilidade, por exemplo, preserva cerca de 106 artefactos variados relacionados com a primeira ida do homem à Lua.

“Objetos como a câmara que captou a aterragem na Lua transmitida pela televisão; um memorial deixado pelos astronautas Armstrong e (Buzz) Aldrin; e centenas de outros objetos são emblemáticos deste legado. No entanto, enfrentam riscos crescentes no meio da aceleração das atividades lunares, realizadas sem protocolos de preservação adequados”, lê-se ainda no site da organização.

O Fundo, criado em 1996, já contribuiu com 120 milhões de dólares (cerca de 117 milhões de euros) para projetos em quase 350 locais sob observação. Este ano, a lista conta com monumentos em lugares tão díspares como Gaza, Kiev, Paris, Angola, ou até mesmo o Mosteiro de Alcobaça, em Portugal.

O lugar, que recebe meio milhão de visitante por anos, está protegido devido às suas esculturas em terracota, por estas serem “vulneráveis às alterações climáticas atuais. A cozedura a baixa temperatura da terracota, os seus interiores ocos e a sua construção em camadas tornam-nas frágeis e especialmente suscetíveis às alterações atmosféricas”, explica a organização.

O que têm de frágeis, têm de espetaculares, segundo o World Monuments Fund:

“Têm um elevado grau de detalhe e uma integração harmoniosa com a arquitetura do mosteiro. Os rostos expressivos, os gestos dinâmicos e as vestes e cabelos esvoaçantes das esculturas são um testemunho da visão artística dos seus criadores. Estas obras estão entre os melhores exemplos de terracota barroca na Península Ibérica, combinando a mestria técnica com o seu propósito de devoção intrínseco”.

ZAP //



Porto e Lisboa na lista das melhores cidades do mundo em 2025 da Time Out

Para viver e visitar: são as melhores cidades do mundo em todos os aspetos, de acordo com os especialistas da Time Out. O Porto é a 8ª, Lisboa a 12ª.

Os especialistas em cidades da revista Time Out fizeram um ranking das 50 melhores cidades do mundo em 2025, depois de analisarem milhares.

“A qualidade de vida foi um fator-chave na nossa classificação deste ano”, escreve-se no artigo, e para a avaliar foram feitas entrevistas aos habitantes da cidade, que falaram sobre vários aspetos, desde a gastronomia, vida noturna, segurança, estilo de vida, espaços verdes, entre muitos outros.

No entanto, o ranking é feito não apenas com base nesse testemunhos, mas por especialistas. A que encabeça o top é a Cidade do Cabo, em África do Sul. Repleta de praias bonitas, “de história e significado cultural, a Cidade do Cabo oferece aos visitantes uma infinidade de opções para aprender, explorar e divertir-se, tudo sem gastar muito”, garante a Time Out. 97% dos habitantes locais disseram que a cidade os faz felizes.

Seguem-se Bangkok, capital da Tailândia, descrita como “uma das cidades mais acolhedoras do mundo”, e Nova Iorque, nos EUA, em terceiro lugar, considerada pelos peritos como a “cidade mais excitante do planeta neste momento, com 78% dos nova-iorquinos — o número mais elevado da lista — a descreverem-na como tal”.

Depois de Melbourne, Londres, Nova Orleães e Cidade do México, surge o Porto, em oitavo lugar.

“Foi considerada a quarta cidade mais bonita da lista, com 78% dos habitantes locais a descreverem-na como tal. Os portuenses também estão satisfeitos com o sítio onde vivem — 80% afirmam que são mais felizes no Porto do que em qualquer outro lugar“.

A Time Out descreve o Porto como uma cidade “linda de morrer” e “as gentes do Porto, que dão vida à cidade, também merecem um prémio” , por serem “mestres na arte da hospitalidade“. A equipa recomenda a praia, a gastronomia e os espaços públicos.

Mais à frete, depois de Shangai, Copenhaga e Chicago, surge Lisboa, na 12ª posição.

“O rio Tejo. As vistas sobre os telhados da cidade. As tascas tradicionais. A história contada através de monumentos e museus. O fado, o sol, os pastéis de nata. É tudo bom!”, escrevem os especialistas. E até dão exemplos da vivacidade de Lisboa, como a Praça das Flores, no Príncipe Real, considerada “um caldeirão de novas tendências com ótimo ambiente”.

“Lisboa foi considerada a terceira cidade mais acessível para ver arte. Também ficou em quinto lugar em termos de segurança, com 62% dos habitantes locais a dizerem que descreveriam a cidade como segura”, aponta ainda a Time Out.

ZAP //



TAP passou a “sobretaxar” passageiros até 24 euros para compensar transição verde

Nova taxa aplica-se a todos os voos da TAP com partida de aeroportos europeus, com uma exceção: os voos domésticos entre destinos em Portugal.

A TAP Air Portugal passou a cobrar, a partir do dia 2 de janeiro, uma sobretaxa aos passageiros destinada a cobrir os custos da transição para um combustível mais ecológico.

A taxa ambiental adicional compensará os gastos “cada vez mais elevados” relacionados com a transição para o Combustível de Aviação Sustentável (SAF), “um combustível de aviação sustentável que pode reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) até 80% durante o ciclo de vida do combustível, em comparação com o combustível de aviação convencional (parafina, de origem fóssil)”, que passa agora a compor pelo menos 2% do combustível da companhia aérea, em conformidade com a regulação europeia.

A nova taxa aplica-se a todos os voos da TAP com partida de aeroportos de países da UE, Suíça, Grã-Bretanha e Noruega, com uma exceção: os voos domésticos entre destinos em Portugal. Excluídos estão também, naturalmente, os bilhetes para bebés que não ocupem um lugar.

De acordo com comunicado da empresa de finais de dezembro, a nova taxa varia entre os dois e os 24 euros. “A sobretaxa será aplicada por segmento de voo, de acordo com o destino e a classe de serviço”, explica a TAP.

Na Europa e Norte de África, a taxa começa nos dois euros (para voos em classe económica) e estende-se aos 4 euros, para quem viaja em classe executiva. Para África Ocidental e Médio Oriente, são 6 e 12 euros e para os EUA, Canadá, México, Venezuela, Brasil, Moçambique e Angola, 12 e 24 euros, mais uma vez, dependendo da classe de voo.

Assim, quem for de férias de Lisboa para Nova Iorque (EUA), por exemplo, paga 14 euros de taxa ambiental a viajar com a TAP em classe económica: dois euros para ir e outros 12 euros para voltar.

ZAP //



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