Quinta-feira, Junho 12, 2025
Inicio Blog Página 21

Uma vila polaca com seis mil pessoas tem uma só rua

cv Leszek Stańczyk

A vila de Suloszowa, na província polaca de Malopolska, resume-se a uma única rua com mais de nove quilómetros de comprimento.

Do alto, parece uma longa costura a ligar uma série de campos sinuosos e coloridos. De perto, no entanto, é possível identificar as casas dos 6 mil habitantes que vivem neste pitoresco vilarejo localizado na província de Malopolska (Pequena Polónia), no sul do país da Europa Central.

Esta “pérola polaca” é Suloszowa, “uma cidade cujos habitantes vivem numa única rua”, como dizem as fotos publicadas nas redes sociais que foram partilhadas por milhares de utilizadores.

Suloszowa fica no Parque Nacional Ojcowski, famoso pelas suas formações calcárias, a cerca de 36 km de Cracóvia.

Como mostram as fotos aéreas, os telhados das casas e edifícios em Suloszowa estendem-se dos dois lados de uma via de 9 km chamada Olkuska-Krakowska, uma das ruas mais longas da Polónia. Atrás das casas, estão as quintas.

Um “bom sentido de comunidade”

Mas como é viver em Suloszowa?

“Há um bom sentido de comunidade aqui”, disse Edyta, dona de uma loja local, ao jornal britânico Daily Mail.

“Temos o Dia do Morango, quando todos nos reunimos e provamos as novas colheitas e tocamos música. E também temos o Dia da Batata, em que fazemos a mesma coisa.”

Mas, como em todas as cidades pequenas, acrescenta: “o povo de Suloszowa também gosta de mexericos. E todos nos conhecemos.”

Entre as atrações turísticas de Suloszowa está o Castelo Pieskowa Skala, que fica num penhasco, dentro dos limites do Parque Nacional Ojcowski.

Foi construído pelo rei Casimiro III, o Grande, no século 14, como parte da cadeia defensiva de castelos chamada “Nidos de Águila”.

ZAP // BBC



Há uma montanha a arder há quatro mil anos

Chamas altas dançam sem descanso num trecho de 10 metros de encosta. É o Yanar Dag – que significa “montanha em chamas” – na Península Absheron, no Azerbaijão.

Numa colina no Azerbaijão, um fogo arde continuamente há milénios. É o Yanar Dag, uma das atrações turísticas mais populares do Azerbaijão.

“Este fogo ardeu durante 4.000 anos e nunca parou”, explica Aliyeva Rahila, uma guia turística local. “Mesmo com a chuva, neve, vento – nunca pára de arder”.

Um efeito colateral das abundantes reservas de gás natural do país, que às vezes vazam para a superfície, Yanar Dag é um dos vários incêndios espontâneos que fascinaram e assustaram os viajantes do Azerbaijão ao longo dos milénios.

O explorador veneziano Marco Polo escreveu sobre os fenómenos misteriosos quando passou pelo país no século XIII. Outros comerciantes da Rota da Seda trouxeram notícias sobre as chamas enquanto viajavam para outras terras. É por isso que o país ganhou o apelido de “terra do fogo”.

Estes incêndios já foram abundantes no Azerbaijão, mas como levaram a uma redução da pressão do gás no subsolo, interferindo na extração de gás comercial, a maioria foi extinguida.

Yanar Dag é um dos poucos exemplos remanescentes e talvez o mais impressionante. Houve uma época em que desempenharam um papel fundamental na antiga religião zoroastriana, que foi fundada no Irão e floresceu no Azerbaijão no primeiro milénio a.C.

Para os zoroastrianos, o fogo é um elo entre os humanos e o mundo sobrenatural, e um meio pelo qual podem ser obtidas perceção e a sabedoria espirituais. É purificante, sustentador da vida e uma parte vital da adoração.

Hoje, a maioria dos visitantes que chegam ao centro de visitantes Yanar Dag é o espetáculo e não a realização religiosa. A experiência é mais impressionante à noite ou no inverno. Segundo a CNN, quando a neve cai, os flocos dissolvem-se no ar sem nunca tocar no chão,

Apesar da alegada antiguidade das chamas de Yanar Dag – alguns argumentam que o incêndio em particular só pode ter sido aceso na década de 1950 – é uma longa viagem de carro de 30 minutos ao norte do centro de Baku para vê-lo. O centro tem apenas um pequeno café e não há muito mais na área.

Para uma visão mais profunda da história de adoração ao fogo do Azerbaijão, os visitantes devem seguir para leste de Baku até ao Templo de Fogo de Ateshgah. “Desde os tempos antigos, acham que o deus está aqui”, segundo a guia.

Os rituais de fogo neste local datam do século X ou anterior. O nome Ateshgah vem do persa para “lar do fogo” e a peça central do complexo é um altar com uma cúpula, construído sobre um respiradouro de gás natural.

Uma chama natural e eterna ardeu no altar central até 1969, mas atualmente o fogo é alimentado pelo principal suprimento de gás de Baku e só é aceso para visitantes. O templo é associado ao zoroastrismo, mas é como lugar de adoração hindu que a sua história é melhor documentada.

Construído como uma estalagem de viajantes, o complexo tem um pátio murado rodeado por 24 quartos. Foram usados pelos peregrinos, comerciantes e ascetas residentes.

O templo deixou de ser usado como um local de culto no final do século XIX, numa época em que o desenvolvimento dos campos de petróleo circundantes significava que a veneração de Mammon estava a ganhar maior influência.

O complexo tornou-se um museu em 1975, foi nomeado como Património Mundial da UNESCO em 1998 e atualmente recebe cerca de 15 mil visitantes por ano.

ZAP //



“Pizzas e batatas fritas com ketchup” deixam turismo no Algarve abaixo das expetativas

bigdmia / Flickr

Praia dos Pescadores, Albufeira

O aumento do custo de vida veio estragar os planos a muitos turistas e, em consequência, aos comerciantes algarvios. No entanto, esse não é o único responsável pela quebra do setor. Os comerciantes queixam-se do tipo de turismo que está a ser praticado na região.

O turismo no Algarve, no mês de julho, ficou aquém das expetativas.

Diz quem o sente – os comerciantes, e quem tem negócios direcionados para o turismo, que garantem que os meses anteriores foram “bem melhores” do que está a ser julho.

As previsões diziam que, este ano, o setor podia ultrapassar os números de 2019 – pré-pandemia (e inflação) – que foi o melhor ano de sempre para a região.

À TSF, uma comerciante de Albufeira admitiu que, nos meses anteriores, se fez “uma caixa muito melhor”, e atribui a culpa, principalmente, ao tipo de turismo.

“É só grupos de jovens, ingleses, alemães ou holandeses, não os consigo distinguir. É só para fazer desacatos“, lamentou.

Dos turistas estrangeiros também se queixou um chefe de sala de um restaurante em Albufeira, abordado pela TSF.

“[Os estrangeiros] é só pizzas e batatas fritas com ketchup, é mais do mesmo”, ao contrário dos portugueses que gostam de comer bem e consumir.

Com uma visão um pouco diferente, os hoteleiros queixam-se do atual panorama económico e que, graças a ele, os aviões não estão a ir cheios, para o Algarve.

“As pessoas preferem perder o dinheiro do bilhete, porque não têm para o resto, para a gastronomia e hotelaria”, considerou o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Hélder Martins atribui culpas à inflação. Em declarações à TSF, o dirigente disse que a culpa “não se pode pôr nos hoteleiros porque eles aumentaram os preços, porque tudo o que os hoteleiros compram, para produzir um produto turístico, aumentou“.

“O Governo tem no turismo a galinha dos ovos de ouro, se não fosse o turismo, a economia não estaria a recuperar como está, tem de olhar para isto de outra maneira”, recomendou o dirigente hoteleiro.

Miguel Esteves, ZAP //



O turismo do sono está a crescer. Saiba porquê

Com um dia a dia agitado, talvez umas férias de aventura não seja a opção mais indicada para descansar. Nesse sentido, os hotéis estão a oferecer suites de luxo para dormir e camas com inteligência artificial — o fenómeno intitula-se por “turismo do sono” e está a crescer.

Arwa Mahdawi, colunista do The Guardian, diz que não é aquele tipo de pessoa que se levanta ao “romper da aurora” pronta para aproveitar o dia.

Pelo contrário, o seu “modus operandi” sempre foi de permanecer deitada o máximo de tempo possível, a gritar “só mais cinco minutos” a quem a tenta acordar.

A colunista explica que a maioria das pessoas pode adjetivar a situação como “preguiça”, mas, para si, é “auto-cuidado“.

“Afinal de contas, o sono é reparador. Um sono de qualidade dá anos de vida e é ótimo para a saúde mental. Por que razão não dormiria o máximo de tempo possível?”, acrescenta.

Mahdawi coloca a questão e apresenta uma possível resposta.

“Porque tem um emprego que o obriga a levantar cedo.

Ou porque tem insónias induzidas pela ansiedade, ou porque tem um filho que não o deixa dormir nem um minuto depois das 06h49 da manhã”.

A colunista diz, ainda, que o sono é um “artigo de luxo“.

Diz que antigamente tomava o sono como garantido, mas agora que é mãe de uma criança hiperativa, o sono é algo pelo qual pagaria muito dinheiro.

Mas realça não ser a única pessoa a sentir o mesmo.

“O sono tornou-se um bem tão precioso que uma das maiores tendências nas viagens de luxo é o turismo do sono.

As cadeias de hotéis de luxo estão agora preparadas para serem ótimos locais para uma boa noite de descanso”.

De acordo com a colunista, no ano passado, por exemplo, o Park Hyatt New York lançou cinco suites de luxo com camas alimentadas por inteligência artificial.

Por sua vez, o hotel Zedwell, em Londres, foi especialmente concebido para ser um espaço de luxo onde se pode fazer o “check-in para se desligar“.

Agora, resorts de luxo — por todo o mundo — estão a oferecer retiros de sono luxuosos, onde as pessoas investem milhares de dólares para “dominar tudo o que há para saber sobre a arte de dormir“.

Observando a tendência, esta ascensão do turismo do sono faz sentido, uma vez que vivemos numa época de grande ansiedade.

Jules Perowne, diretor executivo e fundador da Perowne International, afirmou que “já não é suficiente que um hotel ofereça apenas bem-estar à parte.

Tem de oferecer uma abordagem mais holística ao bem-estar, com um objetivo específico em mente — e o objetivo mais procurado atualmente é a melhoria e o reforço do sono”.

“Os hotéis que se concentram em proporcionar aos turistas um ótimo local para dormir não se limitam a oferecer quartos confortáveis.

Oferecem experiências de bem-estar completas”, explica.

Segundo Perowne, um hotel, situado em Londres, oferece um tratamento de duas horas para dormir, massagens ou tratamentos faciais de 60 minutos, ioga, meditação e comodidades personalizadas para dormir, bem como óleos corporais e suplementos para dormir.

Para Rebecca Robbins, investigadora do sono, a popularidade do turismo do sono aumento devido à pandemia de Covid-19.

“As pessoas associam frequentemente as viagens a refeições rápidas e menos saudáveis, ao prolongamento da hora de deitar, às atrações e às coisas que se fazem enquanto se viaja, quase à custa do sono”.

“Agora, penso que houve uma enorme mudança sísmica na nossa consciência coletiva e na atribuição de prioridade ao bem-estar”.

Gastar dinheiro a desligar-se: será possível para si?

Teresa Oliveira Campos, ZAP //



Sexo no Espaço: os riscos que a indústria do turismo espacial está a ignorar

SpaceX

Os seres humanos têm um talento especial para partilhar momentos íntimos em lugares improváveis, como demonstra a adesão ao “mile high club” das pessoas que fazem sexo em aviões.

Portanto, há uma probabilidade significativa de que o lançamento do setor de turismo espacial seja rapidamente seguido pelo primeiro sexo no Espaço.

Mas as empresas de turismo espacial não se prepararam adequadamente para as consequências de as pessoas entrarem no que poderíamos chamar de “clube da linha Kármán” (referindo-se à fronteira de 100 km de altura entre a Terra e o resto do cosmos).

A conversa sobre turismo espacial sempre foi em termos de um futuro distante. Mas o turismo espacial suborbital – voos curtos com apenas alguns minutos de voo espacial e ausência de gravidade – já existe. Os bilhetes variam de brindes a milhões de dólares.

Voos muito mais longos estão ao virar da esquina. Empresas como a SpaceX de Elon Musk têm um histórico bem estabelecido de desenvolvimento de naves espaciais mais rapidamente do que o setor público. A nave Starship maior e mais capaz da SpaceX provavelmente operará rotineiramente nos próximos anos.

Quando, não se

Os voos foram reservados e as listas de passageiros reunidas para voos privados que darão a volta na Lua. Naves espaciais como a Starship terão capacidade para dezenas de passageiros, em ambiente de cabine ampla, possivelmente com cabines privadas.

Considerando que as viagens espaciais já não estão reservadas para astronautas profissionais, as várias motivações dos turistas espaciais e os próximos desenvolvimentos de naves espaciais, o sexo no Espaço provavelmente acontecerá nos próximos 10 anos.

A verdadeira preocupação não são as interações sexuais em si, mas sim se elas levam à conceção humana no Espaço. Espera-se que os primeiros voos de turismo espacial orbital durem entre dias e semanas, portanto, apenas as fases iniciais da reprodução humana poderiam acontecer no Espaço.

As passageiras não terão permissão para embarcar se já estiverem grávidas, embora a indústria do turismo espacial não pareça ter considerado gravidez oculta ou desconhecida. Às vezes, as mulheres não percebem que estão grávidas até entrarem em trabalho de parto.

De décadas de voos espaciais tripulados, já sabemos que a ausência de peso e o aumento dos níveis de radiação ionizante têm um efeito profundo nos nossos corpos. Não sabemos como isso afetará os processos fisiológicos de reprodução.

Os astronautas rotineiramente sofrem desgaste muscular e ósseo, pois os seus corpos não precisam mais de resistir às forças da gravidade. Na Terra, a gravidade influencia a distribuição dos fluidos corporais, como o sangue. A falta de gravidade pode resultar num aumento da pressão dentro do crânio, o que pode tornar a visão das pessoas turva e até mesmo alterar a estrutura do cérebro.

Experiências limitadas em embriões de camundongos, que incluem um que usou uma mini incubadora num satélite, mostraram mudanças na viabilidade do embrião depois de serem expostos ao Espaço. O conhecimento do impacto na reprodução humana é efetivamente zero, mas podemos assumir que haverá efeitos.

Portanto, existe um potencial desconhecido para anormalidades de desenvolvimento em embriões humanos concebidos no Espaço. Além disso, pode haver um risco aumentado de gravidez ectópica em condições de ausência de peso (quando o embrião se liga fora do útero, por exemplo, nas trompas de falópio).

Mesmo que os turistas espaciais usem contraceção, não podemos ter certeza de que será tão eficaz fora do planeta Terra. Não houve estudos sobre como os contracetivos serão afetados pelos ambientes espaciais.

Assumir a responsabilidade

Para a indústria do turismo espacial, há riscos comerciais de litígio, danos à reputação e perdas financeiras se as pessoas conceberem durante o voo espacial – bem como questões éticas e de direitos reprodutivos. Há poucas evidências de que o setor está a tomar medidas para mitigar estes riscos.

Há também um lado sombrio a considerar – o risco de agressão sexual no Espaço. Imagine tentar evitar os avanços de um passageiro ou membro da equipa durante um voo espacial. Ficaria completamente preso.

A indústria do turismo espacial e outras partes relevantes devem reunir-se urgentemente para discutir estas questões e formular uma estratégia para proteger todos os envolvidos.

Uma solução simples poderia ser uma combinação de aconselhamento pré-voo espacial com todos os turistas espaciais sobre os riscos da conceção humana no espaço e isenções legais que absolvam os operadores de turismo espacial de responsabilidade se a conceção humana ainda ocorrer.

O turismo espacial já está a acontecer e parece provável que as interações sexuais entre alguns participantes ocorram muito em breve. A questão é se o setor estará preparado para as possíveis consequências.

Casais de reformados vivem em navios de cruzeiro. “Mais barato do que um lar”

Perante o crescente custo de vida nos EUA, alguns reformados norte-americanos estão a fazer opções de vida pouco convencionais. É o caso de Nancy e Robert Houchens — que decidiram viver num navio de cruzeiro.

Nancy e Robert Houchens decidiram fazer uma escolha de vida invulgar: venderam a maior parte dos seus bens e embarcaram numa viagem única, que irá durar até (quase) ao fim dos seus dias.

O casal de reformados  de Charlottesville, na Virgínia, vive agora em viagem permanente, em diferentes navios de cruzeiro — cujas estadias ficam mais baratas do que a mensalidade de um lar.

A sua antiga casa, com 280m2, foi substituída por um estilo de vida minimalista. Todos os bens com que ficaram cabem agora na traseira de uma carrinha. Mantiveram apenas um pequeno apartamento na Flórida, para quando forem demasiado velhos para fazer cruzeiros, e dois veículos.

Os Houchens afirmam que a vida num navio de cruzeiro é relaxante, sem qualquer tipo de stress.

Segundo o casal, a inflação não afetou significativamente a indústria dos cruzeiros, o que torna o seu estilo de vida no oceano mais barato do que a residência em lares de idosos. O seu plano de reforma pouco convencional envolve gastar cerca de 3.600 euros por mês — incluindo comida e gorjetas.

Em julho , os Houchens celebraram o seu 1000º dia a navegar, e pretendem continuar as suas aventuras marítimas. “Para nós, o que interessa já não são os destinos, é a viagem — e a maior parte da viagem são as pessoas”, diz Richard ao Miami Herald.

A sua abordagem única envolve também escolher as suas viagens com base nas melhores oportunidades e promoções — em vez de apontar para um destinos — e tentar reservar os seus cruzeiros “em cadeia”, para evitar gastar dinheiro em hotéis quando mudam de cruzeiro.

De acordo com o Genworth Cost of Care de 2020, a vida assistida em lares de idosos na Virgínia custa cerca de 4.700 euros por pessoa, por mês, ou seja, 9.400 euros por casal — um custo bastante mais alto do que o seu orçamento para um navio de cruzeiro.

Numa conjuntura de escalada do custo de vida, a opção de viver em navios de cruzeiro apresenta-se como uma alternativa relativamente económica, se considerarmos os padrões de vida nos Estados Unidos.

Resta saber quanto tempo falta para que o custo crescente das mensalidades dos lares em Portugal nos leve também a começar a ver, no nosso país, casais de reformados a embarcar num qualquer cruzeiro “baratinho”.

ZAP //



Os melhores locais para desfrutar da vida noturna em Cascais

Conheça os melhores estabelecimentos de diversão para usufruir de Cascais à noite. Do jazz à música eletrónica, sem esquecer os melhores espetáculos culturais e cocktails.

Planeia sair à noite em Cascais e não sabe onde ir? Veja em seguida cinco referências da vida noturna da Baía, com diversidade de gostos e experiências para assegurar que encontrará um bar ou estabelecimento à sua medida.

Cascais Jazz Bar

O Cascais Jazz Bar é um local encantador numa localização privilegiada, em pleno centro histórico, a 5 minutos a pé do pontão e da Praia da Rainha. Com uma atmosfera intimista e aconchegante, oferece uma experiência incrível para os amantes de jazz, orgulhando-se de ser o único estabelecimento da vila que oferece jazz, bossa nova e blues todas as noites entre quarta-feira e domingo.

Os clientes elogiam a qualidade das apresentações musicais ao vivo e a seleção variada de artistas talentosos. Além da música de alta qualidade, o bar também oferece uma larga seleção de bebidas e petiscos saborosos. O serviço é referido pela sua simpatia e pelo profissionalismo. É definitivamente um lugar incontornável para quem visita Cascais e aprecia música jazz de qualidade.

Casino Estoril

Quase dispensando apresentações, o Casino Estoril é uma infraestrutura única não apenas de Cascais mas do conjunto da região de Lisboa e do próprio país.

Reconhecido como um dos maiores casinos da Europa, oferece uma variedade impressionante de jogos de azar, desde mesas de blackjack e roleta até máquinas de slot machines emocionantes.

De resto, além do casino “físico”, o Grupo Estoril Sol gere também o casino ESC Online, um dos melhores casinos online em Portugal.

Mas importa não esquecer o papel do Casino além das salas de jogo. O Salão Preto e Prata recebe espetáculos de música ao vivo, teatro e eventos culturais. Os visitantes destacam a atmosfera luxuosa e sofisticada do local, bem como a excelência do serviço oferecido.

Com uma seleção de restaurantes de alta qualidade, o Casino Estoril é um destino de entretenimento completo para aqueles que procuram uma experiência memorável.

Umbar Estorilv

Bem perto do Casino é o Umbar Estoril, na Rua Biarritz, quase contígua ao jardim e bem perto das praias do Tamariz e da discreta praia do Pescoço do Cavalo. Com uma atmosfera descontraída e vibrante, é conhecido por suas deliciosas bebidas e ambiente acolhedor.

Os clientes elogiam a variedade de cocktails criativos e a equipa simpática e atenciosa. Além disso, o bar oferece uma vista deslumbrante para o mar, tornando-o um lugar perfeito para relaxar e desfrutar de momentos agradáveis com amigos ou familiares.

Stairway Club

O Stairway Club é um espaço a ser escolhido como prioritário pelos apreciadores das tendências musicais mais recentes, com destaque para a música eletrónica e de dança, o psych rock ou o bass music.

Stairway Club

Com uma atmosfera vibrante, o clube atrai uma mistura diversificada de DJ’s e de bandas de rock. Situa-se no centro histórico, relativamente perto do Jazz Bar.

Piano Bar

Também situado no “eixo do Casino”, em pleno Estoril e próximo ao Umbar, o Piano Bar oferece apresentações ao vivo de pianistas talentosos.

Com uma extensa lista de bebidas e cocktails, é o local ideal para desfrutar de uma noite relaxante e apreciar música ao vivo de alta qualidade, num ambiente “smooth” e tranquilo.

aeiou //



A torre inclinada de Pisa não é a mais inclinada do Mundo. Nem a mais antiga

A mais famosa torre inclinada do planeta encontra-se em Pisa, Itália. Mas a icónica torre, cenário de criativas selfies e destino turístico de milhões de pessoas todos os anos, não é a mais inclinada do mundo. Nem a mais antiga.

Quando falamos em “torre inclinada”, a primeira palavra que nos vem à cabeça é inevitavelmente “Pisa”.

Mas na realidade, a torre mais inclinada do mundo encontra-se na China, nos arredores de Shangai.

O edifício, com quase 1000 anos, é não só muito mais inclinado mas também mais antigo do que a torre italiana, que tem “apenas” 650 anos.

De acordo com um estudo realizado em 2015 por uma equipa de investigadores chineses, a torre de Shangai, que se eleva junto ao monte de Tianmashan, tem uma inclinação de 7,10º — um ângulo maior do que o que se estimava até então. Em contrapartida, a famosa torre de Pisa tem uma inclinação inferior a 4°.

Segundo o China Daily, em 1982 a torre de Shangai tinha já uma inclinação para sudeste num ângulo de 6.51°.

A torre foi construída durante a dinastia Song (960-1127), tem sete andares e mede 20 metros de altura. O edifício era originalmente usado para guardar relíquias budistas. Em 1983, as autoridades chinesas acrescentaram a própria torre à lista de relíquias culturais da região.

Segundo Li Kongsan, responsável do Gabinete de Património Cultural de Shangai, o interior da torre está perfeitamente conservado, mas o exterior está deteriorado e requer cuidados.

Os cientistas acreditam que a inclinação da torre é causada pela sua localização num terreno assimétrico, uma vez que o edifício está assente em solo arenoso, de um lado, e na base rochosa do monte Tianmashan, do outro.

A inclinação da torre de Pisa tem origem semelhante. Com uma altura de cerca de 56 metros no lado mais alto e 55 metros no lado mais baixo, a torre tem um desvio de mais de 5 metros em relação ao eixo vertical.

Esta inclinação é devida a uma combinação de fatores: foi construída sobre um solo instável e as fundações não são suficientemente robustas para suportar o peso da estrutura.

A construção da torre começou em 1173 e foi concluída em 1372. Quando a obra atingiu o terceiro andar, em 1178, a fundação do lado sudeste começou a afundar, causando a inclinação característica da torre. Esta inclinação foi aumentando à medida que mais andares eram adicionados ao longo dos séculos.

O solo sob a torre é uma mistura de argila, areia e cascalho, conhecida como “marisma”, que é bastante macia e tende a compactar sob pressão. Apesar dos esforços para corrigir a inclinação durante a construção, o peso adicional apenas piorou a situação.

No entanto, apesar da instabilidade, a Torre de Pisa sobreviveu a sismos e a várias tentativas de correção ao longo dos séculos, mantendo-se de pé e inclinada — estando atualmente aberta ao público.

ZAP //



“Combate ao turismo”. Cruzeiros banidos de Amesterdão

Nos últimos meses, tem-se assistido a um fenómeno curioso. Amesterdão está a desincentivar os turistas a visitarem a cidade. Para isso, tem vindo a aplicar um conjunto de medidas – às quais agora se junta a proibição dos cruzeiros entrarem na capital holandesa.

Esta quinta-feira, os governantes de Amesterdão chegaram a um consenso e decidiram que vão banir os cruzeis da cidade.

A informação é avançada pela AFP. A medida é mais uma das que visam controlar e mitigar o turismo na capital dos Países Baixos.

As preocupações ambientais são outro fator por trás da decisão, como explica o conselho municipal de Amesterdão, em comunicado.

“Os navios de cruzeiro poluentes não estão de acordo com as ambições sustentáveis da nossa cidade”, pode ler-se.

Além disso, vai ser construída uma ponte incompatível com a passagens de cruzeiros, como conta AFP.

Amesterdão quer ‘combater o turismo’

Em fevereiro, o conselho municipal de Amesterdão anunciou um plano destinado a combater os efeitos negativos do turismo de massas, na capital neerlandesa.

Duas das medidas anunciadas, na altura, foram a proibição do consumo de canábis, em espaços públicos, e a limitação dos horários, para restaurantes ou locais de prostituição, no Red Light District.

Em março, foi lançada uma campanha, onde se apelou aos turistas britânicos que não visitassem a cidade: “Stay Away!”.

Em português “Não Venham!”, a campanha foi dirigida, especialmente, aos turistas que costumam planear festas com drogas e álcool.

“A campanha terá início no Reino Unido, estando dirigida aos homens da categoria etária dos 18 aos 35 anos. Esta campanha de desincentivo destina-se aos turistas que queiram visitar Amesterdão para ‘enlouquecer‘, com todas as consequências daí resultantes”, explicou o Governo de Amesterdão em comunicado.

Preocupações ambientais

Reduzir as emissões de gases poluentes é outro motivo pelo qual os cruzeiros vão deixar de poder atracar em Amesterdão.

Esta não é a única medida, relacionada com transportes, que a capital holandesa quer implementar, nos próximos tempos.

Em abril, Amesterdão anunciou que vai banir os jatos privados do Aeroporto de Schiphol – o quarto aeroporto mais movimentado da Europa -, até 2026.

O objetivo é reduzir as emissões dos gases poluentes, uma vez que os jatos produzem 20 vezes mais dióxido de carbono do que os aviões comerciais.

Miguel Esteves, ZAP //



“Há tantas coisas boas em Portugal. E os portugueses não vendem o país”, dizem estrangeiros

Alan e Vincent nem conheciam Portugal. Mas conheceram o Alentejo, construíram uma casa e iam ficar por cá – o desfecho não é feliz.

“Há tantas coisas boas em Portugal. E os portugueses não vendem, de todo. São muito humildes”.

“Os portugueses são extremamente abertos. Dois gays vivem numa quinta, no interior de Portugal – não é problema nenhum”.

“As pessoas realmente fazem o lugar. É um local muito acolhedor. E acho que, como a população do país está a diminuir, eles são realmente pró-imigração”.

“Parece que querem realmente que as pessoas venham para cá. Eles apreciam o facto de as pessoas estarem a investir no país e a tentar cuidar dessas velhas quintas que estão em ruínas”.

Começamos quase pelo fim o relato do casal Alan Andrew e Vincent Proost. Alan é dos Estados Unidos da América, Vincent é da Bélgica.

Os dois viveram no Reino Unido durante 20 anos. Quando decidiram mudar de país, escolheram um que praticamente nem conheciam: Portugal.

Figueira e Barros

Contaram à CNN Travel que viajaram por Portugal durante alguns meses e identificaram a sua paixão: Alentejo.

“Cada direcção tem uma bela vista. Para mim, é como uma mistura da savana africana e da Toscana”, descreveu Alan.

Depois de verem 80 imóveis, compraram uma casa rural abandonada em Figueira e Barros, Avis. A ideia era remodelar mas acabaram por construir uma casa de raiz. Só ficou o portão, da casa original.

Compraram no Verão de 2019, iriam avançar com o projecto nos meses seguintes… mas veio a pandemia. Já se tinham mudado para Portugal mas, com hotéis fechados, dormiram numa tenda durante duas semanas.

Acabaram por se mudar para um celeiro junto à futura casa, sem electricidade, e com as obras na casa ainda por começar.

Na altura, eram estrangeiros na zona, fechados para o resto do mundo, ficaram só os dois 24 horas por dia – e, por um lado, ainda bem: havia muito trabalho para fazer.

A casa está pronta. Ia demorar um ano a ser construída, demorou quase três. Tem piscina própria, cinco quartos e um celeiro transformado em casa com piscina. Chama-se Casa Baio.

Vale a pena sobretudo “pelas vistas, pelo sossego e pela tranquilidade”, segundo Vincent.

O casal não revelou quanto dinheiro gastou neste projecto.

Elogios, mas…

Hoje sentem-se em casa, muito bem acolhidos pelos locais e têm vários amigos portugueses. Foram convidados para jantar mal compraram a propriedade.

Mas Alan deixou um apontamento sobre o que é ser alentejano: “Ninguém tem pressa. Se estás na fila de um supermercado, é habitual que o caixa tenha uma conversa de 10 minutos com a pessoa que está à tua frente – e ninguém se importa com isso, simplesmente esperas na fila. É assim que as coisas são.”

Entretanto, algo mudou.

Alan soube há pouco tempo que tem Cardiomiopatia/Displasia Arritmogénica do Ventrículo. É uma rara doença do coração, que aumenta o risco de ataque cardíaco ou mesmo de morte súbita.

Por isso, e porque está impedido de fazer o que seria necessário na quinta, vão vender a casa.

“Tudo mudou”, admite Alan.

Os dois pensavam que iam continuar em Portugal durante anos. Agora sabem que vão embora mas não estão arrependidos de tudo o que fizeram – e já estão prontos para a próxima aventura.

ZAP //



DESTINOS EM DESTAQUE