Sábado, Junho 7, 2025
Inicio Blog Página 40

Da sala para as Caraíbas. Ilha de Montserrat oferece vistos de um ano para trabalhadores remotos

Keith Ellenbogen

A pitoresca ilha de Montserrat está a oferecer vistos de um ano a trabalhadores remotos através do seu novo programa, o Montserrat Remote Workers Stamp.

Se não vai voltar para o seu local de trabalho tão cedo e se está farto de trabalhar em casa, a oferta de Montserrat pode ser uma solução atraente. A ilha, nas Caraíbas, está a oferecer vistos de um ano para trabalhadores remotos.

O Montserrat Remote Workers Stamp é um programa administrado pelo Governo, que anunciou recentemente que o território vai receber nómadas digitais.

De acordo com o Travel and Leisure, o visto de 12 meses permite aos turistas trabalharem remotamente enquanto estão na ilha e os candidatos aceites pelo programa não estão sujeitos ao pagamento de impostos em Montserrat.

O objetivo é proporcionar aos trabalhadores a oportunidade de experimentar um equilíbrio entre trabalho, vida quotidiana e férias. Com esta iniciativa, a ilha quer também impulsionar o turismo, que foi muito prejudicado na sequência da pandemia de covid-19.

As taxas de inscrição variam entre 500 dólares (cerca de 415 euros) para indivíduos e 750 dólares (aproximadamente 623 euros) para indivíduos acompanhados por, no máximo, três membros da família.

Os candidatos devem apresentar um comprovativo de emprego a tempo inteiro, rendimentos anuais mínimos de 70.000 dólares (58.140 euros) e cobertura de seguro saúde para os candidatos e acompanhantes.

ZAP //



Egito constrói muro de 36 quilómetros à volta da cidade-resort de Sharm el-Sheikh

Hostelworld.com

O Egito acredita que um muro de betão e arame, com cerca de 36 quilómetros, construído à volta de Sharm el-Sheikh, vai ajudar a proteger o turismo no resort do Mar Vermelho, no extremo sul da península do Sinai.

A cidade turística Sharm El Sheikh tem vindo a perder turistas devido à falta de segurança nos últimos 15 anos.

Em julho de 2005, um grupo de terroristas atacou o resort, num ataque que fez 88 mortos, um dos mais mortais do Egito. Em 2011, os protestos no Cairo trouxeram instabilidade ao país e, mais recentemente, a pandemia de covid-19 afastou muitos visitantes.

Recentemente, avança a CNN, Sharm El Sheikh construiu um muro com 36 quilómetros de extensão com o objetivo de tornar o resort mais seguro. A barreira separa o resort do deserto e algumas das placas espalhadas têm símbolos de paz.

O muro, equipado com câmaras de vigilância e quatro portões monitorizados, tem como objetivo ser uma barreira de proteção. Quem entra na cidade por via rodoviária precisa de passar por um dos quatro portões e ser revistado.

Sharm el-Sheikh localiza-se a cerca de 360 quilómetros a sul da costa mediterrânea do norte do Sinai. Foi inaugurado um museu de artefactos egípcios antigos na cidade-resort, num esforço para diversificar as atividades turísticas. No ano passado, foi também inaugurada uma universidade, com o nome do rei Salman da Arábia Saudita.

A cidade turística atrai principalmente visitantes por causa das suas praias e proximidade com o Mar Vermelho. O resort é também popular pela prática de mergulho com snorkel.

Liliana Malainho, ZAP //



Irlandeses estão a marcar consultas dentárias em Tenerife para contornar a proibição de viajar

Vários turistas irlandeses estão a marcar consultas dentárias em Tenerife para conseguirem desfrutar de umas férias na ilha espanhola sem violar as proibições de viagem decretadas por causa da pandemia de covid-19.

De acordo com relatórios citados pelo jornal britânico The Independent, dezenas de viajantes que partem do aeroporto de Dublin têm apresentado documentos aos oficiais de fronteiras nos quais asseguram que a sua viagem até à ilha espanhola, um destino de férias famoso entre os irlandeses, se deve a uma consulta odontológica.

As consultas médicas são uma das exceções previstas pelo Governo irlandês para viagens ao exterior sob as atuais restrições para conter a propagação do SARS-CoV-2 .

“Estamos acostumados com irlandeses que nos procuram para tratamento, mas temos achado estranho o número de pessoas que nos está a pedir uma confirmação por escrito da sua consulta e depois não aparece”, disse Roberta Beccaris, rececionista de uma clínica dentária na ilha espanhola, em declarações à RTE Radio 1.

“Agora entendemos que era apenas uma desculpa para virem cá passar umas férias. Estão a tirar consultas a pessoas que realmente precisam delas, que estão com dores”.

Funcionários dos serviços de imigração do aeroporto de Dublin relataram que até 40% dos viajantes para destinos de sol tinham com cartas para consultas dentárias.

De acordo com o mesmo jornal britânico, a muitas destas pessoas decidiram avançar com a viagem mesmo depois de serem avisadas que, caso as marcações de consultas se viessem a provar falsas, poderiam ser multados em até 2.000 euros.

Entretanto, as autoridades já avançaram que vão alterar as suas abordagem.

“Avisamos as pessoas que podem ser processadas se continuarem com a viagem e não consideramos razoável uma consulta no dentista em Tenerife. Dizemos: “Esse não é um motivo razoável para viajar e estamos a dar instruções para que não o façam. Se continuarem com a viagem podem, na verdade, cometer dois crimes diferentes”.

A pandemia já matou pelo menos 2.384.059 pessoas em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Desde que foi conhecida a doença, em dezembro de 2019, mais de 108.151.590 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados, dos quais pelo menos 66.091.900 já são considerados curados.

Os números, divulgados pela agência France Presse, são baseados em relatórios diários das autoridades de saúde de cada país. Os países que registaram o maior aumento de mortes foram os Estados Unidos, com mais 5.527 óbitos, México (1.323) e Brasil (1.288).

ZAP //



Reino Unido disposto a fornecer “certificados” de vacinação para viagens internacionais

O Governo britânico está disposto a fornecer “certificados” de vacinação para viagens internacionais se forem exigidos por outros países, mas descartou o uso interno, afirmou o secretário de Estado responsável pelo programa de imunização contra a covid-19, Nadhim Zahawi.

“Alguns países começaram a exigir um certificado [de vacinação], como fazemos agora com os testes (de covid-19) antes de viajar”, explicou, em declarações à estação britânica ITV.

Segundo Zahawi, alguns países só admitem a entrada de pessoas se tiverem algum tipo de atestado que comprove que foram vacinadas contra o coronavírus. “Vamos tentar facilitar isso ao indivíduo” que o peça, disse.

Israel anunciou nos últimos dias ter chegado a acordos de princípio com a Grécia e o Chipre para permitir a circulação sem restrições de cidadãos vacinados contra o novo coronavírus entre os respetivos países, enquanto na Europa, Suécia e a Dinamarca já anunciaram a criação de certificados de vacinação digitais para viagens ao estrangeiro, à semelhança da Islândia.

Zahawi vincou, no entanto, que os chamados “passaportes de vacinação” não serão usados no Reino Unido a nível interno para permitir aliviar as restrições em vigor.

“Não estamos a avaliar os passaportes de vacinação para a nossa economia nacional. Acho muito melhor vacinar toda a população adulta, oferecer a vacina, o quanto antes, até setembro”, acrescentou.

O plano de imunização britânico, iniciado a 8 de dezembro de 2020, completou a primeira etapa de administrar uma primeira dose a 15 milhões de pessoas dos quatro primeiros grupos prioritários e entrou na segunda-feira numa nova etapa, iniciando a vacinação de maiores de 65 anos.

As autoridades de saúde estão confiantes de que todos com mais de 50 anos receberão a primeira dose até o final de abril e a totalidade dos adultos até setembro.

O jornal The Times noticiou esta terça-feira que os efeitos do programa de vacinação já começaram a ser sentidos em termos de redução das hospitalizações, mortes e transmissão do coronavírus. Ao comparar os casos de idosos que receberam a vacina com os que não receberam, dados preliminares sugerem que o plano de imunização está a reduzir os internamentos e mortes por covid-19.

Outro estudo feito com profissionais de saúde vacinados também mostrou baixos níveis de infeção, o que mostra que as vacinas reduzem a transmissão. O jornal The Times refere que se tratam de dados preliminares baseados principalmente na vacina da farmacêutica Pfizer. A outra vacina usada no Reino Unido é a da AstraZeneca.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu na segunda-feira existirem sinais “interessantes” de que as vacinas estão a funcionar, mas disse que iria agir “com cautela” no alívio das restrições atuais para conter a pandemia covid-19 no país.

O número de infeções diárias caiu 29% nos últimos sete dias no Reino Unido, que na segunda-feira relatou 9.765 novos casos positivos, contra 10.972 no domingo. O número de óbitos também desceu 26,2% nos últimos sete dias, com 230 registados na segunda-feira, contra 258 no domingo.

// Lusa



Coral Bloom. Arábia Saudita cria resort luxuoso inspirado na natureza no Mar Vermelho

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, lançou uma ilha “verde” de luxo chamada Coral Bloom, que está localizado na ilha de Shurayrah.

De acordo com o Interesting Engineering, Mohammed bin Salman, que, além de príncipe herdeiro da Arábia Saudita, é também presidente do The Red Sea Development Company (TRSDC), abriu um resort luxuoso na ilha de Shurayrah inspirado na natureza chamado Coral Bloom.

“A natureza é o ativo mais importante do mundo e, como parte dos nosso compromisso intransigente de nos tornarmos o primeiro destino turístico regenerativo do mundo, estamos a estabelecer novos padrões internacionalmente, implementando políticas para melhorar o meio ambiente para as gerações futuras”, disse John Pagano, CEO da TRSDC.

“O conceito do Coral Bloom foi projetado para proteger e melhorar o estado natural intocado da Ilha Shurayrah, fornecendo defesas naturais contra a erosão, enquanto novos habitats são criados através de paisagismo para melhorar o estado natural da ilha”, continuou Pagano.

O projeto deverá abrir aos turistas até ao final de 2022. Todas as amenidades da ilha, incluindo resorts e hotéis, têm metas rígidas de conservação do uso de energia renovável e enfatizando a conservação e reutilização da água.

“Antes mesmo de a construção começar, fizemos uma parceria com a King Abdullah University of Science and Technology (KAUST) para entregar uma ambiciosa simulação de planeamento espacial marinho (MSP) para mapear as áreas de conservação no nosso local”, disse Pagano.

Segundo o CEO da TRSDC, o destino foi dividido em grades e cada uma delas recebeu um valor de conservação. Como resultado, apenas 22 das mais de 90 ilhas no arquipélago serão desenvolvidas com nove designadas como zonas de conservação especial.

O plano para o destino prevê um benefício líquido de conservação de 30% em 2040.

“A nossa ambição é ser o primeiro destino turístico da região movido exclusivamente a energias renováveis, 24 horas por dia. Para contextualizar, um projeto turístico desta dimensão, movido exclusivamente a energias renováveis, nunca foi alcançado nesta escala em parte alguma do mundo”, afirmou Pagano.

O projeto está a ser desenvolvido em 28 mil quilómetros quadrados de terras e águas intocadas ao longo da costa oeste da Arábia Saudita, que também apresentam desfiladeiros, vulcões adormecidos, extensas dunas do deserto e antigos locais culturais e de património.

Todas as áreas estão a ser tratadas com alternativas ecologicamente corretas. “Como parte da nossa ambição de criar um destino turístico que contribua ativamente para o ambiente natural da área, o TRSDC está a investir numa série de métodos e materiais de construção inovadores, como betão verde”, acrescentou.

Maria Campos, ZAP //



Há um estranho “megafone” no Deserto de Mojave (e ninguém sabe o que é)

Quase sem estradas e cheio de segredos, o Deserto de Mojave fica entre Las Vegas e Los Angeles, e é o deserto mais seco da América do Norte. Perto da cidade fantasma de Crucero, o local abriga o enigmático megafone Mojave.

Localizado num canto remoto da Reserva Nacional do Deserto de Mojave, este “megafone” é um pedaço de metal enferrujado embutido num afloramento rochoso. De acordo com o How Stuff Works, nunca ninguém conseguiu identificar exatamente o que é.

É um enigma a forma como este objeto pesado, com cerca de 2,4 metros de comprimento, terá acabado naquele lugar. Composto por duas peças de metal em forma de chifre aparafusadas no meio, é demasiado grande para ser um trabalho de uma só pessoa. Além disso, ninguém sabe há quanto tempo ali terá sido colocado.

“O meu melhor palpite é que foi colocado lá há mais de 30 anos”, disse Eric Edwards, o fundador da CampsitePhotos, onde descreveu a sua visita ao misterioso objeto. “Embora sejam duas peças, cada peça é muito pesada, mas algumas pessoas provavelmente poderiam carregá-la e arrastá-la até lá. Mesmo assim, seria muito difícil e demoraria muito para subir aquela colina”.

Segundo Edwards, o megafone “tem algumas semelhanças com uma sirene (dos anos 1940 e 1950), mas [parece] improvável. Mesmo assim, a área era usada para transportar agentes químicos, sobre trilhos, e talvez uma sirene fosse usada em caso de acidente”.

O estranho objeto não tem, no entanto, marcações que indiquem o que é ou onde foi feito.

As especulações são muitas e há quem pense que faz parte de um sistema de foguete ou talvez de um tubo de Venturi, um invólucro em forma de ampulheta usado para controlar a fuga de um fluido. Por ter tiras de metal em forma de mira no seu interior, há quem acredite que seja um dispositivo de mira.

Outras teorias alegam que o estranho objeto é uma ferramenta que aponta para a localização de um sistema de cavernas da Califórnia, que se estende por centenas de quilómetros, ou mesmo um “X” que marca o local de um enorme tesouro.

“Provavelmente não é uma defesa civil ou uma sirene de ataque aéreo“, disse Sarah Robey, professora de história da Universidade Estadual de Idaho.

“As primeiras versões da Guerra Fria quase sempre têm uma boca retangular, as sirenes de ataque aéreo da 2.ª Guerra Mundial também não eram assim, mesmo as que eram mais cilíndricas. Além disso, esperaríamos encontrar as sirenes orientadas para civis em áreas muito mais densamente povoadas do que no deserto”, explicou.

Robeys considera que o objeto pode ser algum tipo de ferramenta de medição. “A sua proximidade à Base da Força Aérea de Edwards (bem como com as instalações da Marinha e do Exército) é uma pista muito maior”, disse.

“Edwards é onde a Força Aérea fez muitas experiências de barreira de som, incluindo os famosos voos de Chuck Yeager. Consigo definitivamente ver o megafone a ser algum tipo de instrumento de medição relacionado com o voo, choque/ondas sonoras, etc.”

A especialista aponta também que o local de testes do Nevada não é muito longe dali – e é onde todas as armas nucleares continentais dos Estados Unidos foram testadas: acima do solo até 1963 e, depois, debaixo do solo.

“Mesmo que o megafone esteja a mais de 241 quilómetros de distância, é plausível que algo assim pudesse ter sido usado para detetar ondas de choque de longo alcance ou outros distúrbios”, disse. “No entanto, duvido.”

“O deserto, especialmente os locais remotos do deserto, são inerentemente misteriosos”, disse Edwards. “Frequentemente, encontrará áreas intocadas com vistas incríveis e belas (às vezes estranhas) formações geológicas. Acho que as pessoas gostam de colocar estes objetos estranhos nesses locais porque acrescentam ainda mais mistério e maravilha. Duvido que as suas intenções sejam de atrair interesse para qualquer área em particular, mas sim para se divertir um pouco e ver como as pessoas podem reagir”.

Maria Campos, ZAP //



Selfies tiradas por turistas podem pôr gorilas em risco

Uma nova investigação sugere que os turistas que tiram selfies com os gorilas-das-montanhas podem pôr estes primatas em risco de apanhar covid-19.

De acordo com a cadeia televisiva CNN, cientistas da Oxford Brookes University, em Inglaterra, analisaram centenas de publicações no Instagram de pessoas que visitaram estes animais na região da África Oriental e descobriram que a grande maioria estava perto o suficiente para espalhar vírus e doenças.

“O risco de transmissão de doenças entre os visitantes e os gorilas é muito preocupante. É crucial fazer cumprir os regulamentos dos tours para garantir que as práticas de trekking dos gorilas não ameacem ainda mais uma espécie que já se encontra ameaçada”, afirmou o autor principal do estudo, Gaspard Van Hamme, em comunicado.

De acordo com a mesma nota da universidade inglesa, os gorilas-de-montanha são considerados uma espécie em extinção, restando apenas cerca de 1.063 espécimes em todo o mundo. Estes vivem na República Democrática do Congo (Parque Nacional de Virunga), no Uganda (Parque Nacional Impenetrável de Bwindi e Parque Nacional de Gorilas de Mgahinga) e no Ruanda (Parque Nacional dos Vulcões).

Os investigadores analisaram 858 fotografias publicadas naquela rede social entre 2013 e 2019. Destas publicações, 86% mostravam pessoas a quatro metros dos gorilas e, em 25 delas, os turistas apareciam mesmo a tocar nestes primatas.

“Descobrimos que estes turistas raramente usavam máscara, o que traz um grande potencial para a transmissão de doenças entre as pessoas e os gorilas”, disse também Magdalena Svensson, professora de Antropologia Biológica da mesma universidade e outra das autoras do estudo publicado, a 15 de fevereiro, na revista científica People and Nature.

“Os gorilas são tão geneticamente próximos dos seres humanos que podem apanhar a maioria das doenças que nós apanhamos, como gripe, ébola ou uma constipação”, acrescentou a docente, destacando o facto de já se saber que podem apanhar covid-19.

Em janeiro, gorilas do jardim zoológico de San Diego, nos Estados Unidos, testaram positivo ao novo coronavírus. Na terça-feira, o zoo norte-americano anunciou que o grupo já voltou ao ativo, isto é, os animais já podem ser vistos pelo público, depois de se terem recuperado totalmente.

ZAP //



Vespas parasitas vão ser colocadas na mansão onde nasceu Ana Bolena (para eliminar infestação de traças)

-

Um exército de minúsculas parasitas vai ser colocado dentro da mansão inglesa onde Ana Bolena nasceu, a fim de caçar e erradicar as traças que ameaçam os móveis e artefactos da casa.

Blickling Hall, em Norfolk, no leste da Inglaterra, não conseguiu conter uma invasão de traças, que podem ser prejudiciais para os tapetes, móveis, roupas e outros objetos de lã e seda dentro da histórica casa.

Por isso, de acordo com a CNN, os gerentes da mansão vão colocar vespas parasitas microscópicas no edifício. As vespas – Trichogramma evanescens – medem cerca de 0,5 milímetros e são pouco visíveis para os humanos.

Estas vespas procuram os ovos das traças e colocam os seus próprios ovos dentro deles, fazendo com que nasça uma nova vespa em vez de uma larva de traça.

Assim que a sua missão for concluída, as vespas acabarão por morrer e desaparecer na poeira doméstica, segundo os administradores de propriedades, que acreditam que a tentativa de controle de pragas é a primeira deste tipo num ambiente histórico.

“Esperamos realmente que esta abordagem pioneira forneça um método prático e sustentável que qualquer uma das nossas propriedades possa usar para lidar com infestações graves”, disse Hilary Jarvis, conservadora assistente do National Trust, em comunicado. “Embora sejam raras, [as traças] às vezes podem mostrar-se imunes às nossas abordagens usuais e mais suaves, com resultados potencialmente graves.”

Segundo o National Trust, que administra a propriedade, as vespas serão fornecidas em pequenos distribuidores de cartões que podem ser “discretamente pendurados ou colocados em gavetas ou salas abertas“.

Blickling Hall foi listado no Domesday Book do século XI, o primeiro registo público da Grã-Bretanha, e foi propriedade de Geoffrey Boleyn. Acredita-se que a sua neta, Ana Bolena, tenha nascido em casa. Ana Bolena tornou-se a segunda esposa de Henrique VIII, dando à luz a futura rainha Elizabeth I e sendo, mais tarde, condenada à morte por decapitação, após não ter dado à luz um filho ao governante.

A mansão recebe visitantes, mas atualmente está fechada durante o terceiro confinamento nacional contra a pandemia de covid-19 de Inglaterra.

“Quando fechámos todas as nossas casas, sabíamos que os insetos provavelmente prosperariam, por isso a monitorização de pragas estava no topo da nossa lista de tarefas essenciais em 2020”, disse Jarvis, acrescentando que o inverno ameno da Grã-Bretanha também contribui para o aumento no número de traças.

Maria Campos, ZAP //



Uma lei (não oficial) proíbe as mulheres egípcias de reservar quartos de hotel

O Egito é considerado um dos países do mundo onde há uma maior desigualdade de direitos entre homens e mulheres. Este é apenas um dos pontos que marcam a acentuada discriminação feminina.

De acordo com o Centro Egípcio para os Direitos das Mulheres (ECWR), o problema é particularmente comum para mulheres com menos de 40 anos. A organização classifica esta proibição como uma forma de “tutela sobre as mulheres”, porém sublinha que esta prática discriminatória viola a constituição egípcia.

O facto das mulheres não poderem reservar quartos de hóteis condiciona várias circunstâncias das duas vidas e, em alguns casos, pode mesmo prejudicá-las.

“Do ponto de vista da carreira, as mulheres correm o risco de não serem promovidas porque não podem ficar em hotéis sozinhas quando estão em viagens de negócios ”, realça a ECWR“.

Já no que diz respeito à vida pessoal, a organização lembra que também não são capazes de se resguardar nestes locais quando são, por exemplo, expostas a situações de violência doméstica.

O Egito ficou em 134º lugar entre 153 países no Índice Global de Diferenças de Género de 2020, publicado pelo Fórum Económico Mundial. O relatório entoou o problema ao realçar o fosso de direitos entre os dois sexos.

O documento frisou que as mulheres egípcias têm taxas de alfabetização e emprego significativamente mais baixas do que os seus colegas homens, e o seu direito à propriedade, capital e produtos financeiros é limitado por lei. Estão também expostas a altos índices de violência de género.

“Eu viajo sozinha com muita frequência, já fiquei em hotéis em Hurghada, Alexandria e na maioria das cidades turísticas ao redor do Egito, e nunca tive problemas. Mas uma vez, um pequeno hotel no Cairo recusou-se a deixar-me ficar lá, apesar de ter quartos disponíveis. Tentei outro hotel na mesma zona e também recusaram. Tive que dormir na casa de um amigo”, conta Salma, de 30 anos.

Tal como esta jovem, muitas mulheres revelam não ter conseguido reservar um quarto de hotel. Algumas delas foram alertadas pelos funcionários de que estavam apenas a cumprir ordens da polícia de turismo egípcia, que supostamente proíbe que os quartos sejam disponibilizados para pessoas que residam na mesma cidade.

“Não há base legal para essas ordens”, disse a advogada Heba Adel, chefe da Iniciativa de Advogados Egípcios pelos Direitos da Mulher, ao Vice.

A advogada explica que a regra não existe oficialmente, e que muitos hotéis estão simplesmente a recusar hóspedes do sexo feminino devido às suas próprias políticas privadas. “Exigimos que a polícia de turismo nos mostre essa lei, se ela realmente existe, para que possamos recorrer dela”, rematou.

Ana Isabel Moura, ZAP //



Soberana 02. Cuba quer oferecer vacina contra a covid-19 aos turistas

Ernesto Mastrascusa / EPA

Num vídeo divulgado pela televisão TeleSur, Vicente Verez, diretor do Instituto Finlay de Vacinas de Havana, disse que os turistas que viajarem para Cuba vão poder ser vacinados contra a covid-19.

Cuba está a produzir uma vacina, chamada Soberana 02, e planeia produzir 100 milhões de doses este ano. Segundo as declarações de Vicente Verez, diretor do Instituto Finlay de Vacinas de Havana, à TeleSur, os turistas que viajarem para Cuba vão poder ser vacinados contra a covid-19.

A única contrapartida é que os visitantes terão de cumprir uma quarentena à chegada, antes de poderem ser vacinados. Segundo a EuroNews, o isolamento só termina depois da apresentação de um teste negativo, que deverá ser feito ao quinto dia após a chegada ao país.

“Se tudo correr bem, este ano toda a população cubana será vacinada“, acrescentou o responsável. Cuba tem cerca de 11 milhões de habitantes.

A Soberana 02 ainda se encontra em produção e está na fase III dos ensaios clínicos. O Instituto Finlay de Vacinas de Havana espera que a vacina seja aprovada por reguladores locais até finais de março.

José Moya, representante local da Organização Mundial da Saúde (OMS), está “otimista” isto porque “Cuba tem mais de 30 anos de experiência na produção das suas próprias vacinas e quase 80% das vacinas do programa nacional de imunização são produzidas no país”.

ZAP //



DESTINOS EM DESTAQUE