Quinta-feira, Julho 10, 2025
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“Pontos quentes de radiação” detetados perto da zona olímpica de Fukushima

A Greenpeace disse esta quarta-feira que detetou “pontos quentes” de radiação perto do local partida do próximo lançamento da chama olímpica pelo Japão, escreve o jornal britânico The Guardian.

A organização ambientalista diz que detetou taxas de radiação de 1,7 microsieverts por hora a um metro de acima do solo nesta zona e ao nível do solo foram detetados “pontos quentes” de 71 microsieverts por hora, detalha a SIC Noticias.

De acordo com as normas de segurança do Japão, a taxa permitida é de 0,23 microsiervert por hora. Em Tóquio, a taxa normal ronda os 0,04 microsieverts por hora.

No geral, garante o Ministério do Ambiente do Japão, a zona é segura e as comunidades locais estão atentas até à abertura dos Jogos Olímpicos de 2020, a 24 de julho.

O Executivo japonês pretende utilizar o evento olímpico para mostrar que a zona de Fukushima recuperou do desastre. A central nuclear, recorde-se, sofreu um grave acidente a 11 de março de 2011 depois de ser afetada por um terramoto de magnitude 9 e um tsunami, que terminou no desastre nuclear.

A Greenpeace, por sua vez, exige novas medições e mais esforços de limpeza, uma vez que as últimas investigações apontaram níveis elevados de radiação no complexo desportivo J-Village, localizado a cerca de 20 quilómetros da central nuclear destruída.

O site da J-Village tem um quadro com valores detetados na região, dando conta que à entrada do centro a taxa detetada, na passada quarta-feira, era 0,111 microsieverts.

A Greenpeace diz ainda que enviou as suas medições ao Governo japonês, bem como aos organizadores locais e internacionais dos Jogos Olímpicos.

ZAP //



Espuma tóxica invade uma das praias mais famosas da Índia

Uma espuma branca tóxica cobriu uma das praias mais famosas da Índia, em Chennai, pelo quarto dia consecutivo na segunda-feira, criando um novo risco de poluição para o país.

Esta é a maior praia urbana da Índia e recebe dezenas de milhares de visitantes diariamente. Apesar dos alertas feitos aos pescadores para não entrarem no mar nesta região, as crianças brincam e os turistas tiram fotografias, sem notar o cheiro azedo que emana da espuma, segundo conta a AFP.

A espuma também é um visitante recorrente na praia, aparecendo todos os anos quando as chuvas das monções levam a poluição para o mar. A espuma será o resultado de uma mistura de resíduos de detergente e outros detritos, levados pelo vento e pelas ondas numa espuma.

Em declarações à agência de notícias, Pravakar Mishra, cientista do Centro Nacional de Pesquisa Costeira, disse que apenas 40% das águas residuais de Chennai são tratadas. O restante do esgoto da cidade de mais de sete milhões de pessoas é levado diretamente para o mar.

A espuma pode causar irritação e danos à pele. Uma autoridade ouvida pelo The Indian Express, citada pela BBC, afirmou que a poluição levaria “um ou dois dias” para ser diluída.

Jeyaseelan, um pescador, disse à AFP que o valor do peixe que capturou caiu para zero, já que os habitantes locais suspeitam que o peixe esteja contaminado pela poluição visível na praia.  Em 2016 e 2017, o escoamento da poluição causou a extinção de peixes em massa na costa perto de Chennai.

A poluição é um problema crescente na Índia. A poluição atmosférica obstruí as áreas urbanas em rápida expansão do país e as práticas inadequadas de saneamento de água criaram cursos de água tóxicos.

Em 2017, foram vistos meia dúzia de cães azuis brilhantes num subúrbio de Mumbai. Os cães tinham entrado no rio Kasadi perto de uma planta industrial que estava a libertar corante azul diretamente na hidrovia.

Poluição plástica e outros tipos de lixo também estragam as praias. “A poluição é agora uma ameaça maior para as praias da Índia do que o aumento do mar”, concluiu Mishra.

ZAP //



Açores são o único arquipélago do mundo com certificado de destino turístico sustentável

Logitravel

Ilha de São Miguel, Açores, Portugal

Os Açores são a primeira região do país certificada como destino turístico sustentável, distinção atribuída a apenas 13 regiões no mundo e entregue esta quinta-feira com a categoria de “prata” pela certificadora Earthcheck.

“É com profundo orgulho que hoje podemos dizer que os Açores são certificados como destino turístico sustentável. Somos o primeiro e único arquipélago do mundo com esta certificação. Somos a única região do país com esta certificação. Estamos na linha da frente”, adiantou a secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo dos Açores, Marta Guerreiro, em declarações à agência Lusa.

A governante falava na sessão de abertura do congresso anual do Global Sustainable Tourism Council, que reúne cerca de três centenas de participantes de 42 nacionalidades em Angra do Heroísmo, na ilha Tecreira.

O EarthCheck é um grupo internacional de certificação e consultoria de ‘benchmarking’ científico em viagens e turismo, com atividade desde 1987. A certificação respondeu aos critérios do Global Sustainable Tourism Council [Conselho Global de Turismo Sustentável], organismo internacional de acreditação para a certificação de turismo sustentável.

O processo de certificação dos Açores iniciou-se em 2017, proclamado pelas Nações Unidas como Ano Internacional do Turismo Sustentável.

“No final deste processo, reforço: foram dois anos de muito trabalho, aquele que nos permite hoje fazer parte de um conjunto de 13 regiões do mundo e de apenas oito países com esta certificação”, frisou a titular da pasta do Turismo nos Açores.

Questionada pelos jornalistas à margem do evento sobre as vantagens desta certificação, Marta Guerreiro salientou que a distinção vai permitir “não só internamente despertar os agentes do setor para a importância de posicionarem os seus negócios e as suas áreas dentro destas práticas”, mas também que os Açores consigam captar “segmentos que valorizam as preocupações na área da sustentabilidade”.

A secretária regional destacou, por outro lado, a responsabilidade que a distinção acarreta, alegando que os Açores têm “a obrigação” de cuidar do seu património. “Estamos a juntar nesta matéria uma oportunidade de crescimento fantástica que temos pela frente com a nossa responsabilidade de garantirmos que deixamos este território tão bem ou melhor cuidado quanto o recebemos”, salientou.

Certificação válida por um ano

A certificação é válida por um ano, mas a tutela pretende não só mantê-la como subir de patamar. “Este é o primeiro que é possível alcançar quando se faz a certificação — o ‘silver’ [prata] — mas com a permanência na certificação e com a evolução dos indicadores que são analisados temos condições para ambicionar mais. Não é um dado adquirido, exige trabalho de continuidade”, afirmou Marta Guerreiro.

Numa primeira fase, após um levantamento exaustivo de dados quantitativos e qualitativos, como emissões de gases com efeitos estufa, resíduos, gestão de água, conservação dos ecossistemas e gestão cultural, a região recebeu o estatuto de bronze.

“Entre muitos outros parâmetros, fomos considerados o destino de referência com a mais alta percentagem de área de conservação de ‘habitats’ e o destino de referência com a mais alta percentagem de área verde”, revelou a secretária regional.

A fase seguinte envolveu “a definição de um conjunto de compromissos sustentáveis” por parte do Governo Regional e de agentes privados, bem como uma auditoria no local da Earthcheck, com visitas às ilhas de São Miguel, Terceira e Flores. Entre janeiro e setembro de 2019, a atividade turística nos Açores cresceu 17%, ultrapassando o número de dormidas do ano anterior (2,5 milhões) e o executivo açoriano estima que até ao final do ano esse número se aproxime dos 3 milhões.

A secretária regional sublinhou, no entanto, que a estratégia da região não passa por um turismo de massas, mas por um crescimento “de forma sustentável e em pleno respeito pela preservação da natureza e do ambiente”.

// Lusa



As primeiras câmaras do mundo a detetar condutores ao telemóvel chegaram à Austrália

A utilização do telemóvel durante a condução é um dos principais problemas para a segurança rodoviária. Agora, na Austrália, um novo sistema quer ajudar a detetar a sua utilização.

Smartphones e condução são incompatíveis, pelo menos no que diz respeito à segurança rodoviária. As chamadas já não configuram uma grande ameaça, mas as aplicações tornam estes equipamentos muito apetecíveis, mesmo na hora da condução – o que pode ser um verdadeiro problema.

O governo local da região de New South Wales, na Austrália, teve uma ideia para tentar combater esta ameaça. Por isso, decidiu começar a utilizar câmaras com Inteligência Artificial (IA) que detetam condutores ao telemóvel.

Segundo o Russia Today, este novo sistema recorre à tecnologia para analisar fotografias captadas automaticamente. A Inteligência Artificial é utilizada para determinar se o condutor está a utilizar um smartphone durante a condução.

A IA é também responsável por filtrar as imagens do arquivo. Depois, um analista – desta vez, humano – despista os falsos positivos.

As câmaras serão instaladas em estradas públicas. Durante os primeiros três meses desta iniciativa, os condutores apanhados ao telemóvel vão ser alvos de um aviso. Depois, as infrações serão multadas com um valor mínimo de 233 dólares (cerca de 210 euros) e um máximo de 309 dólares (cerca de 279 euros).

Ainda assim, em ambos os casos serão subtraídos entre cinco a 10 pontos da carta de condução do condutor infrator.

As autoridades australianas estão convictas de que este novo sistema permitirá reduzir o número de incidentes provocados por uso indevido de telemóvel durante a condução. Aliás, segundo o Sapo Tek, as autoridades já levaram a cabo um teste que permitiu auferir que o sistema pode diminuir as incidências em cerca de 100 acidentes graves por cada cinco anos.

ZAP //



Japão vai comprar ilha desabitada para exercícios militares dos Estados Unidos

O Japão anunciou esta segunda-feira que concordou em comprar uma ilha desabitada destinada a exercícios militares dos Estados Unidos.

De acordo com a agência AFP, trata-se da ilha de Mageshima, no sudeste do país, para a qual o Governo do Japão desembolsou cerca de 146 milhões de euros.

O porta-voz do executivo japonês, Yoshihide Suga, afirmou que o acordo de compra foi firmado na passada sexta-feira, 29 de dezembro, após “negociações entre o Ministério da Defesa e a empresa imobiliária que detém a maior parte da ilha”.

A ilha deverá passar a abrigar os exercícios militares dos caças norte-americanos.

Em 2011, Tóquio e Washington decidiram mudar um centro de treinos de caças norte-americanos para Mageshima, a cerca de 30 quilómetros da costa do Japão.

Atualmente, os exercícios das aeronaves dos Estados Unidos são realizados em Iwo Jima – um importante campo de batalha da II Guerra Mundial -, a cerca de 1.200 quilómetros a sul de Tóquio. Esta localização, defendem os Estados Unidos, é muito distante da base militar norte-americana de Iwakuni.

Segundo Yoshihide Suga, será construída uma infraestrutura na ilha desabitada para que esta possa acolher exercícios de treino de pouso.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem insistido que tanto o Japão com outros dos seus países aliados devem contribuir mais para os custos da sua própria defesa. Tal como recorda o portal G1, o Japão depende em grande parte dos Estados Unidos no que respeita a defesa, havendo uma aliança bilateral de segurança entre ambas as nações.

Alguns moradores próximos da ilha de Mageshima mostraram preocupação com o barulho que a nova base aérea possa causar.

ZAP //



Coreia do Norte inaugura nova cidade. ONG’s acusam governo de recorrer a trabalho forçado

KCNA / EPA

Foi inaugurada a cidade de Samjiyon, na Coreia do Norte

O líder norte-coreano Kim Jong-un inaugurou na segunda-feira a nova cidade de Samjiyon, localizada perto do Monte Paektu, berço do regime. O projeto, mantido em sigilo até à sua exposição mediática, foi definido pelos meios de comunicação norte-coreana como o “epítome da civilização moderna”, mas há que ONG’s denunciam a utilização de trabalho forçado na sua construção.

De acordo com a AFP, citada pelo Sapo 24, o governo chinês investiu elevadas somas na reconstrução da cidade, projeto que ainda não está finalizado. Samjiyon já foi a capital de um condado fronteiriço com a China e, de acordo com a propaganda norte-coreana, é o local onde nasceu Kim Jong-il, pai e antecessor de Kim Jong-un.

O líder norte-coreano, continuou o Sapo 24, visitou os projetos de construção várias vezes. O Rodong Sinmun, órgão de propaganda do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia, publicou fotografias de Kim Jong-un a cortar uma fita para inaugurar a cidade perante milhares de pessoas.

A cidade inclui um museu sobre a revolução, um estádio para desportos de inverno, uma estância de esqui, uma nova linha ferroviária e uma fábrica de tratamento de mirtilo e batata – recursos mais importantes da região. Incluirá ainda 10 mil residências, capazes de acomodar quatro mil famílias e 360 quarteirões de edifícios, referiu a agência noticiosa oficial norte-coreana KCNA.

A Coreia do Norte tem sido alvo de várias sanções da comunidade internacional devido aos programas nucleares e balísticos, o que tem prejudicado a sua economia. Contudo, a KCNA apresentou Samjiyon como um sinal da resiliência económica do país. A inauguração coincide com um momento de estagnação nas negociações com Washington, após a cimeira de Hanói entre Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump, em fevereiro.

Numa visita recente, a AFP relatou ter visto milhares de pessoas a trabalhar nas obras de Samjiyon, incluindo militares. Estudantes foram também mobilizadas durante as férias.

Segundo a Reuters, alguns críticos – desde desertores a ativistas dos direitos humanos – consideraram os trabalhos como “escravatura”, visto que os envolvidos não são pagos, têm más condições de alimentação e poderão ter de trabalhar mais de 12 horas por dia nos próximos 10 anos para garantir a entrada na universidade ou nas bases do partido único.

“Kim entregou-se de corpo e alma para fazer do condado de Samjiyon o lugar sagrado da revolução, uma utopia urbana do socialismo”, divulgou na terça-feira a KCNA.

Pyongyang não informou quanto custou o projeto, que em princípio será realizado em fases. Kim Jong-un pediu que estivesse pronto para o 75.º aniversário da fundação do Partido dos Trabalhadores da Coreia em outubro de 2021, mas a falta de materiais de construção e de trabalhadores têm resultado em sucessivos atrasos.

ZAP //



Incêndios na Amazónia estão a intensificar o derretimento de gelo nos Andes

Os incêndios na Amazónia estão a fazer com que os glaciares nos Andes derretam mais rapidamente do que nunca. Isto afeta muitas populações que precisam dos glaciares como fonte de abastecimento de água.

Se ligou a televisão ou leu as notícias nos últimos meses provavelmente já ouviu falar dos incêndios que assolaram a floresta amazónica este ano. Os incêndios acontecem todos os anos, mas nos últimos 11 meses o número de incêndios aumentou mais de 70% em comparação com 2018, indicando uma grande aceleração na limpeza de terras pelas indústrias madeireiras e agrícolas do país.

O fumo dos indêncios subia alto na atmosfera e podia ser visto do espaço. Algumas regiões do Brasil ficaram cobertas de fumo espesso que fechava aeroportos e escurecia o céu da cidade.

À medida que a floresta arde, ela liberta enormes quantidades de dióxido de carbono, monóxido de carbono e partículas maiores do chamado “carbono preto”. O termo “enormes quantidades” dificilmente faz justiça aos números — num determinado ano, a queima de florestas e pastagens na América do Sul emite 800 mil toneladas de carbono preto na atmosfera.

Esta quantidade surpreendente é quase o dobro do carbono preto produzido por todo o uso combinado de energia na Europa num ano inteiro. Esta quantidade absurda de fumo não apenas causa problemas de saúde e contribui para o aquecimento global, mas, como mostra um número crescente de estudos científicos, também contribui diretamente para o derretimento dos glaciares.

Num novo artigo publicado há uma semana na revista Scientific Reports, uma equipa de investigadores descreveu como o fumo dos incêndios na Amazónia em 2010 fez os glaciares dos Andes derreterem mais rapidamente.

Quando os incêndios na Amazónia emitem carbono preto durante a estação alta de incêndios (de agosto a outubro), os ventos transportam essas nuvens de fumaça para os glaciares andinos, que podem ficar a mais de 5 mil metros acima do nível do mar.

Apesar de invisíveis a olho nu, as partículas de carbono preto afetam a capacidade da neve de refletir a luz do sol, um fenómeno conhecido como “albedo”. Semelhante à forma como um carro de uma cor escura aquece mais rapidamente sob a luz direta do sol, os glaciares cobertos por partículas de carbono preto absorvem mais calor e, portanto, derretem-se mais rapidamente.

Os cientistas descobriram que os incêndios na Amazónia, em 2010, causaram um aumento de 4,5% no escoamento de água do Glaciar Zongo na Bolívia.

Fundamentalmente, os autores também descobriram que o efeito do carbono preto depende da quantidade de poeira que cobre um glaciar. A limpeza de terras é uma das razões pelas quais os níveis de poeira na América do Sul duplicaram durante o século XX.

Os glaciares são um dos recursos naturais mais importantes do planeta. Os glaciares dos Himalaias fornecem água potável para 240 milhões de pessoas, e 1,9 mil milhões dependem deles para alimentação. Na América do Sul, são cruciais para o abastecimento de água — em algumas cidades, como Huaraz, no Peru, mais de 85% da água potável vem dos glaciares durante os períodos de seca.

No entanto, estas fontes verdadeiramente vitais de água estão cada vez mais ameaçadas, à medida que o planeta sente os efeitos do aquecimento global. Os glaciares nos Andes têm decrescido rapidamente nos últimos 50 anos.

Com as comunidades que dependem de glaciares para obter água, e esses mesmos glaciares provavelmente derretem mais rapidamente à medida que o clima aquece, o trabalho de examinar forças complexas como as alterações de carbono preto e albedo é necessário mais agora do que nunca.

Centro histórico de Turim evacuado para retirada de bomba da Segunda Guerra Mundial

Mais de 10 mil pessoas que vivem no centro histórico de Turim foram retiradas da zona no domingo para que uma bomba inglesa não explodida – que remonta à Segunda Guerra Mundial – fosse desarmada, indicaram as autoridades locais.

Na “zona vermelha” ao redor da Via Nizza, no ‘coração’ da cidade, os habitantes foram simplesmente retirados, enquanto 50 mil outras pessoas foram convidadas a sair ou ficar em suas casas entre as 07:00 e as 16:00 de domingo (menos uma em Lisboa), noticiou a agência Lusa.

De acordo com as autoridades, tratava-se de uma bomba inglesa, com um explosivo de dinamite de 65 quilos, lançada há mais de 70 anos por aviões aliados durante a Segunda Guerra Mundial. Durante a desativação, o espaço aéreo de Turim foi fechado e o tráfego de comboios na estação Porta Nuova interrompido.

O comandante Elvio Pascale, que coordenou as operações, explicou que o procedimento consistiria primeiro em “desativar o fusível traseiro e, em seguida, cortá-lo na frente”, sendo assim destruído. Em seguida, um camião transportou a máquina desativada para Cirie, onde seria explodida numa pedreira desativada, segundo as autoridades.

Lusa //



Akure está a desenvolver-se a um ritmo acelerado (mas os habitantes não têm uma palavra a dizer)

Akure, a capital do Estado de Ondo, no sudoeste da Nigéria, viu a sua população aumentar em mais de 54% em apenas 13 anos. No entanto, em matéria de infraestruturas, os habitantes da cidade não têm uma palavra a dizer.

De acordo com o Censo Nacional de População e Habitação de 2006, havia 360.268 habitantes em Akure nesse ano. Graças a um aumento percentual anual de 3,2%, a população da cidade, em 2019, é agora de 559.940 pessoas.

O Estado de Ondo fez parte do Delta do Níger, uma região produtora de petróleo. Em 2006, Akure foi classificada como uma Cidade de Desenvolvimento do Milénio, como parte do seu compromisso com as oito metas de desenvolvimento que os Estados membros da ONU concordaram alcançar até 2015.

Como resultado, vários projetos de infraestruturas foram realizados nesta cidade, numa tentativa de melhorar a vida dos habitantes. No entanto, estes desenvolvimentos foram realizados, principalmente, “de cima para baixo” – o que contraria a tendência global, que viu a participação da comunidade enraizar-se.

Num artigo assinado no The Conversation, Ayoola Hezekiah Adedayo e Fakere Alexander Adeyemi, ambos da Universidade de Tecnologia de Akure, explicam que as pessoas diretamente afetadas por estes projetos estão a ser cada vez mais reconhecidas como uma parte essencial do processo.

Ou seja, a construção de uma casa que não considera as necessidades reais de quem a irá usar leva a resultados que não satisfazem as pessoas. Mas esta é uma tendência global que não se verifica em Akure.

Para entender a participação da comunidade no desenvolvimento da cidade, os investigadores estudaram as características socioeconómicas dos moradores e a sua influência em cada decisão sobre o desenvolvimento das infraestruturas.

O estudo mostra que o Governo forneceu algumas instalações – como estradas asfaltadas, drenagem e abastecimento de água – a algumas comunidades, mas não a todas. Na investigação, os investigadores apresentou dois motivos que levaram o Governo a negligenciar o povo de Akure.

O primeiro relaciona-se com o facto de o Governo ter obrigado a população a recorrer à auto-ajuda. Já o segundo prende-se com o facto de, nas comunidades onde forneceu infraestruturas, o Governo não ter envolvido os beneficiários no processo de desenvolvimento – ou seja, as instalações eram planeadas e construídas com base em suposições feitas pelos próprios funcionários do Governo.

De acordo com o estudo, 92,2% dos residentes de Akure não estavam envolvidos no processo, uma percentagem que se revela muito alta e que tem implicações negativas.

Fatores como estado civil, género, rendimento, fontes de financiamento e agregado familiar influenciaram a consulta ou não das pessoas em questão. Os investigadores descobriram que as pessoas tinham maior probabilidade de participar no planeamento da infraestrutura quando eram proprietários e que as que tinham níveis mais altos de educação também estavam mais envolvidas.

Ayoola Hezekiah Adedayo e Fakere Alexander Adeyemi defendem a particapação da comunidade, pelo que consideram que a atual abordagem no fornecimento de infraestruturas da cidade não funciona.

Uma compreensão completa das comunidades, das suas necessidades específicas e da sua singularidade aumentará a probabilidade de atender às necessidades identificadas, rematam.

ZAP //



Nesta cidade da Finlândia, cada bebé vale 10 mil euros

Desde 2013, todos os bebés nascidos em Lestijärvi, uma das mais pequenas cidades da Finlândia, “vale” dez mil euros a serem pagos num período de dez anos.

Nesse ano, o governo de Lestijärvi decidiu combater a diminuição das taxas de natalidade e a perda de população da cidade, uma vez que apenas uma criança tinha nascido no ano anterior. O município introduziu um incentivo chamado “baby bonus”, que um residente poderia receber se tivesse um filho, tendo direito a dez mil euros, a serem pagos ao longo de 10 anos.

Desde então, de acordo com a BBC, nasceram quase 60 crianças naquela cidade – mais do que as 38 crianças que nasceram nos sete anos anteriores. Estes nascimentos representam um grande impulso para a vila com menos de 800 habitantes.

Jukka-Pekka Tuikka, de 50 anos, e a sua esposa Janika, de 48 anos, são beneficiários de um “baby bonus”. Ambos são empresários do setor agrícola. A sua segunda filha, Janette, nasceu em 2013, a tempo de poder ser chamada “a menina de dez mil euros”. “Estávamos a planear ter um segundo filho há algum tempo e estávamos a ficar mais velhos”, explicou Tuikka, em declarações à BBC. “Por isso não posso dizer que o dinheiro influenciou a nossa decisão de ter um bebé”.

Mesmo assim, Tuikka acredita que o incentivo é uma medida importante que demonstra que os líderes locais estão interessados ​​em ajudar as famílias. Tuikka economizou a maior parte dos seis mil euros que a sua família recebeu até agora e planeia usá-los de uma maneira que os beneficie a todos no futuro.

A Finlândia tem muitos programas para famílias, incluindo o mundialmente famoso kit básico para bebés, um benefício mensal para crianças de cerca de 100 euros por criança e uma licença de paternidade partilhada que dura até nove meses com 70% do salário pago.

Atualmente, vários municípios finlandeses introduziram o “baby bonus”, variando de 200 a dez mil euros. No entanto, apesar dos incentivos locais, a taxa de natalidade nacional da Finlândia não é a melhor.

Como em muitos outros países europeus, a taxa de natalidade finlandesa diminuiu significativamente na última década. Em 2018, atingiu um recorde mínimo de 1,4 filhos por mulher, comparada a uma taxa de reposição de 2,1. Dez anos antes, em 2008, a taxa de natalidade era de 1,85.

ZAP //



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