Segunda-feira, Abril 28, 2025
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Aeroporto de Lisboa encerra de madrugada entre janeiro e junho

Tânia Rego / ABr

O Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vai fechar para obras de alargamento da pista de janeiro a junho, entre as 23h30 e as 05h30 da manhã.

De acordo com a TSF, o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vai estar temporariamente encerrado a partir do próximo ano, entre janeiro e junho de 2020. O encerramento, das 23h30 às 05h30, prende-se com as obras de alargamento da pista.

As obras têm como objetivo alargar a zona de “taxi” dos aviões, bem como estender a capacidade de aparcamento de aeronaves do aeroporto, e incluem-se no programa de expansão do aeroporto, segundo o Observador.

Numa conferência de imprensa, José Lopes, diretor-geral da Easyjet, declarou que esta informação já foi comunicada pela ANA — Aeroportos de Portugal às companhias áreas.

“A probabilidade de um voo chegar depois do aeroporto estar fechado é enorme. Esperemos que não existam demasiados eventos a atrasar voos e a complicar a situação”, afirmou José Lopes, citado pelo semanário Expresso.

Desta forma, as transportadoras aéreas vão ter de reajustar os seus voos, sendo que os que chegarem depois desta hora terão de ser desviados para outros aeroportos.

No caso da Easyjet, por exemplo, serão cancelados voos numa única rota, como é o caso do que liga Lisboa e Lille, em França.

ZAP //



Hotel japonês oferece estadia por 1 dólar (mas é preciso transmitir tudo no YouTube)

d.r. Huis Ten Bosch

O hotel japonês Business Ryokan Asahi, na cidade costeira de Fukuoka, oferece dormida por um dólar (130 ienes) desde que os hóspedes concordem transmitir toda a sua estadia através do YouTube.

De acordo com os média locais, a oferta da unidade hoteleira está sempre disponível, incluindo às sextas-feiras e aos fins-de-semana, havendo apenas uma condição imposta: toda a estadia será transmitida na plataforma de vídeos.

A gravação é feita com o consentimento dos clientes e os funcionários do hotel alertam antecipadamente os hóspedes para que estes não se dispam em frente às câmaras ou tenham comportamentos impróprio, detalha a Russia Today.

Caso contrário, o canal poderá ser bloqueado por violação das políticas do YouTube.

Pelos mesmos motivos, as imagens são transmitidas sem som: o YouTube, recorde-se, controla os direitos de autor e pode sancionar o proprietário de um canal se, durante um uma determinada gravação, forem utilizados conteúdos cujos direitos de autor pertençam a terceiros. Este caso é muitas vezes identificado na utilização de músicas.

Um repórter do jornal local Sora News 24 fez uma reserva no hotel em causa: o quarto disponibilizado, contou, consiste num pequeno cómodo decorado ao estilo japonês, incluindo um colchão dobrável, uma televisão e um computador com uma webcam através da qual as imagens são gravadas.

A casa-de-banho é partilhada e localiza-se no corredor, onde não há câmaras.

De acordo com o jornal, a transmissão da estadia para o YouTube era frequentemente interrompida devido ao mau funcionamento da câmara. Depois de reportar os erros à administração do hotel, o estabelecer prometeu atualizar o sistema utilizado em breve.

ZAP //



Lisboa entre as cidades com trânsito mais caótico do mundo

Florida Turnpike / Flickr

Um estudo da Mister Auto – marca líder de mercado na venda de peças para automóveis – agora divulgado revelou que Lisboa está na 74.ª posição no ‘ranking’ das cidades mais circuláveis. Ou seja, muito para lá da segunda metade da tabela, com uma média de 0,44 carros per capita.

Partindo de dados recolhidos em centenas de cidades do mundo inteiro, o estudo analisou vários aspetos, como o número de carros, o tempo que os condutores passam ao volante, a qualidade das estradas e dos transportes públicos, a idade dos carros, a qualidade do ar, os custos de estacionamento e dos combustíveis, o número de acidentes, que foram depois agrupados em três categorias: infraestruturas, segurança e custos.

“Considerando que os condutores passam em média 200 horas por ano ao volante, só nos [Estados Unidos] EUA, decidimos analisar os múltiplos fatores que influenciam os condutores diariamente, das infraestruturas e trânsito, ao comportamento ao volante”, refere a nota introdutória do “The 2019 Driving Cities Index”, citada pelo Expresso.

Posicionada em 74.ª, à frente de Turim, na Itália, e de Chicago, nos EUA, Lisboa destaca-se pelo número de carros per capita, superior a cidades como Barcelona (0.39), Berlim (0,29) ou Estocolmo (0,24). Atenas, a capital grega, é a que apresenta o maior número de automóveis por habitante: 0,77.

Lisboa fica melhor na segurança

Apesar de colocada quase no fim da tabela das cidades mais amigas do automóvel, no que respeita à segurança Lisboa surge em 30.º lugar, com uma taxa de acidentes fatais na ordem dos 2,30 por cada 100 mil habitantes. Ulaanbaatar, na Mongólia, é a que pior resultados apresenta neste aspeto (16,50), seguida de Moscovo, na Rússia (23,40), e Karachi, no Paquistão (6,60).

O estudo revelou ainda que Calgary, no Canadá, é a melhor cidade para se conduzir um automóvel, graças aos baixos congestionamentos e fatalidades, enquanto a cidade de Mumbai, na Índia, é a que obteve um desempenho mais baixo em todos os parâmetros.

Quanto aos custos dos combustíveis, Lagos, na Nigéria, é a cidade que tem os preços mais baixos (0,40 dólares/litro), seguida do Dubai (0,59) e de San António (0,64), nos EUA. Lisboa surge entre os últimos 20 lugares da tabela, na 83.ª posição, com os preços fixados nos 1,67 dólares/litro. Oslo, a capital da Noruega, é a cidade com os combustíveis mais caros do mundo (1,91 dólares/litro).

No que respeita ao estacionamento, as cidades mais caras são Sidney, na Austrália, onde o preço por duas horas de parque chega aos 39,23 dólares, seguida de Nova Iorque (38,54). Lisboa surge a meio da tabela, na 49.ª posição, com um preço de estacionamento que ronda os 5,97 dólares/2 horas.

No capítulo dos impostos sobre a circulação automóvel, Roterdão é a mais cara, com um preço anual de 578.33 dólares, e Lagos, na Nigéria, a mais barata:13.99 dólares/ano. Lisboa aparece na segunda metade da tabela: 191,86 dólares/ano.

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Para entrar nesta praia italiana, vai ser preciso pagar (e nem todos podem entrar)

Aos pés de uma antiga aldeia de pescadores, La Pelosa é uma atração turística muito célebre. Por isso, a autarquia decidiu tomar medidas para a proteger.

A famosa praia tem sido uma vítima da erosão natural e humana. Os milhares de pessoas que visitam La Pelosa, no parque natural de Asinara, aumentam os efeitos da erosão. O mar e o vento levaram parte da faixa de areia e a sobrecarga piora a situação. Hoje, de acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, a praia está cada vez mais fina e mais rochosa.

Em declarações à CNN, o autarca já tinha comentado que a praia chega a ter seis mil pessoas num só dia, o que “não é sustentável”. “É um equilíbrio geológico muito precário”, acrescentou, “temos de fazer isto para garantir o futuro” da praia.

As novas medidas vão entrar em vigor no próximo verão e terão um caráter experimental. Primeiro, para entrar, será preciso pagar. O preço do bilhete deverá rondar os 4 euros diários. À agência de notícias italiana ANSA, o autarca disse que o pagamento é “contributo” dos utilizadores para “subsidiar a manutenção e o monitorização da praia”.

Além do bilhete, a praia terá uma lotação máxima de 1500 adultos – as crianças não serão contadas – e multas até 500 euros para quem não respeitar as regras.

A praia já tinha um plano SOS, com regras que têm sido implementadas noutras praias da região: tem passadeiras de madeira para proteger as dunas, é obrigatório o uso de esteiras, não são autorizados vendedores, é proibido fumar, sabonetes ou detergentes, e é obrigatório limpar os pés à saída da praia nos espaços criados para o efeito. É também proibido levar sacos para que não se “roube” dinheiro ou conchas às praias de Sardenha.

Em breve, a estrada de alcatrão deverá desaparecer da praia. Construída nos anos de 1950, cruza as dunas. A autarquia já deu início ao processo para autorizar as obras, devendo as passadeiras de madeira substituírem o cimento e o betume em 2020.

Esta é mais uma medida para tentar controlar o sobreturismo em Itália. Em Veneza, que tem 50 mil habitantes e recebe 30 milhões de turistas por ano, a partir do próximo ano, vai ser cobrado bilhete de entrada e usar torniquetes. Também haverá multas para quem desrespeite as regras de comportamento cívico, sendo proibido em Roma sentar ou comer em monumentos, nomeadamente as escadas da praça de Espanha.

Recentemente, dois turistas foram apanhados a fazer café junto à ponte de Rialto e multado em 950 euros. Em agosto, um casal francês foi detido ao transportar 40 quilos da famosa areia da ilha da Sardenha, em Itália, e agora pode enfrentar até seis anos de prisão, caso a justiça italiana os considere culpados.

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Os burros-táxi de Espanha vão ter horários de trabalho, estábulos novos e deixar de carregar turistas de 80 quilos

Os burros táxis são uma atração turística de Mijas, província de Málaga, no sul de Espanha. Agora foram definidas novas regras que têm em conta os direitos e o bem-estar dos animais.

O serviço funciona como um táxi: quando um deles termina a sua carreira, vai até ao final da fila para esperar novamente pela sua vez. Durante o verão, Páscoa e outras festividades, cada burro vai trabalhar três a quatro vezes por dia. No inverno, apenas uma vez por semana. O resto do tempo passa-o na sombra “esperando ou descansando nos estábulos próximos”.

O novo “Estatuto de Trabalhador” dos burros-táxi prevê que os animais deixem de transportar turistas com mais de 80 quilos nos passeios históricos de 15 minutos pelo centro da cidade, que custam 15 euros por pessoa. Além disso, vão passar também a ter horários de trabalho, com horas estabelecidas para descansar.

Segundo Nicolás Cruz (PSOE), do Conselho de Transportes e Mobilidade Urbana, as normas anteriores estavam desatualizadas e foi preciso adaptá-las às diretivas europeias em matéria de proteção animal.

Há também críticas dos próprios turistas contra esta atividade. “A norma também é importante para mostrar uma sociedade moderna de respeito pelo bem-estar animal”, disse ao jornal espanhol El País.

As novas regras, que deverão ser aprovadas no início de 2020, estabelecem horários de trabalho rígidos – das 9h às 18h no outono e no inverno e das 8h30 e 21h30 na primavera e no verão com uma pausa para descanso antes das 17h e por turnos. Segundo Nicolás Cruz, citado pelo Diário de Notícias, os animais que trabalhem de manhã não poderão fazê-lo à tarde e vive-versa. Os burros só podem ingressar nesta atividade turística se tiverem mais de 3 anos.

Os burros de Mijas também vão ter melhores condições dos estábulos, que terão de ter obrigatoriamente um espaço digno que lhes permita deitar-se, brincar e correr. Os animais devem ainda ter acesso a água 24 horas por dia e as rédeas devem ter pelo menos 30 centímetros para poderem mexer a cabeça e afugentarem as moscas.

Francisco Javier Lara, do Colégio de Advogados de Málaga e um dos impulsionadores da iniciativa, diz que estas regras “já se cumpriam mais ou menos, mas agora têm uma base normativa, portanto sancionável”. As multas podem oscilar entre 750 e 3.000 euros. O município de Mijas já prometeu aumentar a fiscalização e o controlo veterinário.

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Os terrenos contaminados de Fukushima vão tornar-se num centro de “energia verde”

Fukushima, local que sofreu um dos maiores desastres nuclear do mundo, vai reinventar-se e tornar-se num centro de energia renovável.

Depois de ser atingido por um terramoto e um tsunami de 15 metros em 2011, três reatores da central nuclear de Fukushima Daiichi, no nordeste do Japão, sofreram colapsos catastróficos, no que se tornou o segundo desastre nuclear mais grave desde o evento de Chernobyl.

Agora, um novo projeto de 2,75 mil milhões de dólares (equivalente a 2,49 mil milhões de euros) foi lançado para transformar Fukushima, no nordeste do Japão, num centro de energia renovável, de acordo com o jornal japonês Nikkei Asian Review.

O plano inclui a construção e 11 centrais de energia solar e 10 centrais eólicas em áreas montanhosas e terras agrícolas que não podem ser cultivadas devido à radiação do desastre nuclear de Fukushima Daiichi em 2011. Quando estiver em funcionamento, o projeto prevê bombear a energia equivalente de dois terços de uma central nuclear.

A ideia de reinventar Fukushima para um centro de energia renovável está em negociações há vários anos, mas sofreu reveses com investimentos. Agora, com o apoio financeiro do Banco de Desenvolvimento do Japão e do Banco Mizuho, de propriedade do governo, a construção poderia ser concluída já em 2024.

Os combustíveis fósseis, ou seja, o petróleo, continuam a ser a maior fonte de energia primária no Japão, respondendo pela maioria substancial do seu consumo total de energia, segundo as estatísticas de 2015, divulgadas pelo IFLScience. Embora o seu setor de energia renovável esteja em ascensão, responde por cerca de 10% do consumo total de energia, notavelmente menor que a maioria dos países “economicamente avançados”.

“Antes do desastre, um terço da eletricidade da região metropolitana era fornecida por Fukushima e a rede de transmissão de eletricidade tinha sido implementada”, disse o governo de Fukushima em comunicado no ano passado. “Fukushima é o terceiro maior município do Japão, possui diversos recursos (solar, energia eólica, geotérmica, recursos hídricos, recursos florestais) e grande potencial para a introdução de energia renovável.”

Embora a decisão de Fukushima de avançar em direção a energias renováveis seja um movimento positivo para o planeta, o dano ambiental do desastre nuclear está muito longe de ser retificado.

Após o desastre nuclear em Fukushima Daiichi, desencadeado por um maremoto em março de 2011, o Japão reduziu o parque nuclear de 54 para 42 unidades, compensando esta redução com a exploração de centrais térmicas e um pequeno aumento na quota da eletricidade a partir de fontes renováveis de energia.

A onda gigantesca criada pelo violento de sismo de 9,0 de magnitude em 11 de março de 2011 submergiu as instalações, a eletricidade foi cortada, os sistemas de arrefecimento do combustível nuclear pararam, levando à fusão do combustível do núcleo de três dos seis reatores. As explosões de hidrogénio destruíram parte dos edifícios de Fukushima Daiichi. Só em maio de 2011, dois meses depois do acidente, a TEPCO usou a expressão “fusão do núcleo” do reator.

Mais de um milhar de enormes reservatórios guardam importantes quantidades de água, em parte contaminada, à qual ninguém sabe ainda o que fazer.

Atualmente há mais de 1,15 milhão de toneladas dessa água radioativa armazenada nas instalações em 960 tanques e continua a acumular-se a uma taxa de cerca de 150 toneladas por dia, o que significa que os tanques podem atingir a sua capacidade plena até ao verão de 2022. As autoridades nucleares japonesa e internacionais continuam a considerar o lançamento no mar.

Serão precisas pelo menos quatro décadas para desmantelar esta central, situada a pouco mais de 200 quilómetros a nordeste de Tóquio, com tecnologias que, na maioria dos casos, ainda estão por inventar.

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Praia finlandesa coberta de milhares de “ovos de gelo”

A praia de Marjaniemi, na ilha de Hailuoto, entre a Finlândia e a Suécia, foi invadida por milhares de “ovos de gelo”, um fenómeno meteorológico captado por um fotógrafo amador.

No domingo, Risto Mattila caminhava com a sua esposa na praia de Marjaniemi, na ilha de Hailuoto, quando foram surpreendidos por milhares de bolas de gelo. Segundo o fotógrafo amador, que não perdeu tempo a registar o fenómeno, as formas maiores tinham um tamanho semelhante a uma bola de futebol.

“Estava a passear com a minha mulher na praia Marjaniemi. Estava um dia de sol, com temperatura de -1ºC, e ventoso. Foi quando encontrei este extraordinário fenómeno. Havia neve e ovos de neve por toda a praia, na linha de água”, disse Mattila à BBC.

Esta grande “coleção” de “ovos de gelo” foi o resultado de uma conjugação rara de condições climáticas. As pequenas bolas de neve são enroladas em simultâneo por ação do vento e da água, neste caso em particular, as ondas do mar.

Foi uma vista incrível. Eu nunca vi este fenómeno antes. O maior dos ovos era do tamanho de uma bola de futebol”, acrescentou o fotógrafo.

Um especialista em meteorologia, consultado pelo The Guardian, explicou que estes “ovos de gelo” não são um fenómeno raro na Finlândia. O fenómeno pode ser observado uma vez por ano sob determinadas condições atmosféricas e meteorológicas como “temperatura do ar abaixo dos zero graus, temperatura da água do mar gelada, uma praia de areia rasa e ligeiramente inclinada e ondas calmas”.

Também James Carter, professor da Universidade do Illinois, nos Estados Unidos, explicou ao jornal que o gelo começa por ser uma espécie de “lama” na superfície da água, que com o movimento das ondas se vai cristalizando até solidificar.

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Num jardim zoológico da Austrália, há concertos ao vivo (para entreter os elefantes)

O jardim zoológico de Melbourne está a desenvolver um programa mundial de músicos para tocar para a sua multigeracional manada de elefantes asiáticos em perigo de extinção para que melhore a ligação entre os seis animais.

À medida que os jardins zoológicos melhoram na forma de cuidar das necessidades físicas dos seus animais, também se estão a tornar cada vez mais preocupados em fornecer estímulo intelectual, também conhecido como enriquecimento.

“As manadas de elefantes na natureza deparar-se-ão com muitas coisas novas, seja um crocodilo no rio ou um pedaço de comida particularmente rica”, disse Erin Gardiner, ao IFLScience. “O ambiente do jardim zoológico pode tornar-se estático. O nosso objetivo é criar algo imprevisível”.

Quando uma banda de música que participava num dos programas de entretenimento do Jardim Zoológico de Melbourne, na Austrália, passou pelo recinto de elefantes numa noite, algumas das reações dos elefantes deram aos seus cuidadores uma ideia diferente.

Em vez de apenas conversar com os animais, o jardim zoológico está a experimentar tocar o maior número possível de músicas, enquanto observa as reações dos elefantes. Gardiner disse que a amostra não é suficientemente grande o para identificar um estilo favorito, mas até agora a melhor resposta foi à percussão.

“Há muitas investigações sobre a reprodução de músicas gravadas para animais, mas não conseguimos encontrar nada sobre música ao vivo para elefantes”, disse Gardiner.

Os cuidadores do jardim zoológico acreditam que a estimulação visual pode ser tão importante como o som. Os elefantes também valorizam as respostas dos músicos aos animais, alterando o seu desempenho para refletir as reações.

Os visitantes do zoológico são convidados a assistir se estiverem lá no momento certo, mas Gardiner enfatizou que o programa é projetado para os elefantes – e qualquer diversão humana é apenas um bónus.

Segundo a cuidadora, durante os concertos, os seis elefantes tocam-se uns aos outros com as suas trombas e batem as orelhas. Além disso, os elefantes mais velhos cercam os mais jovens, o que pode parecer alarmante, mas é, segundo Gardiner, típico em manadas que encontram algo novo para poderem avaliar se é positivo, negativo ou neutro. Essas reações aumentam a coesão entre a manada, que varia de cinco a 46 anos de idade.

Man Jai, o elefante mais novo e o único macho, às vezes, separa-se do grupo para se aproximar da cerca para interagir mais perto. Normalmente, os elefantes machos acabam por deixar a sua manada, enquanto as fêmeas geralmente ficam durante toda a sua vida.

Os músicos ficaram emocionados com o concerto incomum, embora os elefantes, por vezes, preferissem ficar no silencioso “espaço neutro” em vez de se divertir.

Ainda assim, mesmo depois de a música terminar, foram registados outros comportamentos de coesão. Porém, ainda não há dados suficientes para publicar as descobertas.

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Basta ter o apelido certo para reclamar um castelo na Escócia

O governo britânico publicou esta semana uma lista de propriedades por toda a Escócia, incluindo alguns castelos icónicos, que nunca foram reclamadas após a morte dos donos e que podem ser herdados por alguém da família que o reclame.

Na Escócia, sempre que alguém morre sem deixar testamento, todos os seus bens ficam automaticamente ao cuidado da Coroa britânica, havendo depois um organismo responsável por identificar possíveis herdeiros — o Office of Queen’s and Lord Treasurer’s Remembrancer.

De acordo com o jornal britânico Mirror, em alguns casos, poderá bastar ter o apelido certo. Apelidos invulgares, como Carlin, Hunniball, Malone-Philban e Raube, estão na lista e haverá poucas pessoas com este nome, o que pode facilitar o processo.

Neste momento, existem propriedades escocesas, incluindo mansões e castelos, na lista de propriedades ainda por reclamar, com valores que chegam às 370 mil libras (cerca de 428 mil euros).

As propriedades podem ser herdadas por quem provar que é parente do antigo dono. Para candidatar-se, basta preencher os formulários.

Este verão, a pensionista londrina Margaret Abbotts herdou mais de 300 mil libras de uma meia-irmã que nem sabia que tinha, depois de ter sido contactada por um escritório de advocacia especializado em genealogia forense.

Estima-se que haja mais de oito mil propriedades por reclamar em Inglaterra e na Escócia. Se não for possível identificar nenhum familiar do dono, as propriedades acabarão por reverter para a Coroa britânica.

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A cidade utópica da Google é um pesadelo para a privacidade dos cidadãos

Os piores receios sobre a “cidade do futuro” planeada pelo Sidewalk Labs da Google parecem confirmar-se, demonstrando que há mesmo motivo de preocupação com o caminho que está a ser seguido em Toronto, no projeto-piloto da empresa.

A Sidewalk Labs, divisão da Google/Alphabet, dedicada às cidades do futuro, promete uma gestão mais eficiente dos municípios, usando todo o tipo de recolha de dados para optimizar esse funcionamento: saber por onde andam as pessoas, optimizar rotas de transportes públicos, detectar potenciais problemas antes de se tornarem problemas, etc.

Mas entretanto foram levantadas uma série de preocupações, aparentemente com razão de ser, depois de em 2018 a CNBC ter revelado um documento secreto da Sidewalk Labs com detalhes sobre os planos da empresa – que incluem o que se poderá considerar uma cidade sob total controlo de empresas privadas.

O documento de 437 páginas, conhecido internamente como o “Livro Amarelo“, detalha os planos da Sidewalks para a Waterfront Toronto, agência governamental de revitalização da cidade canadiana, que vai testar num projeto-piloto a visão utópica da Google para as cidades do futuro.

Esses planos de controlo privado da vida das cidades incluem a educação, o fisco, a rede de transportes, forças de segurança e até autoridades judiciais privatizadas, num ecosistema onde seria mantida uma monitorização constante de todos os cidadãos.

Nesta cidade utópico, quem não aceitar partilhar a sua informação privada será penalizado, ficando sem acesso aos serviços de transportes, e classificado no fundo da escala de um sistema de “pontuação social” atribuída a cada cidadão, revela o The Globe, que teve acesso ao documento.

Considerando que há algum tempo que a Google removeu das suas regras a célebre frase que durante anos a norteou, don’t be evil, os planos da Sidewalk Labs não inspiram grande confiança no futuro — em particular aos cidadãos que leram Orwell e se lembram de que Big Brother não é um programa de televisão.

ZAP // AadM



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