Quinta-feira, Junho 5, 2025
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Praia do Alemão interdita a banhos devido à presença da bactéria E.Coli

A praia do Alemão, em Portimão, foi esta terça-feira interdita a banhos devido à presença da bactéria E.Coli, detetada através de análises feitas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

A praia do Alemão, no concelho de Portimão, foi interdita a banhos esta terça-feira depois de as análises da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) terem detetado uma elevada concentração da bactéria E.Coli na água, avança o Observador.

A bandeira vermelha foi içada, sendo proibido entrar na água. No entanto, segundo o matutino, há pessoas que estão dentro da água apesar da bandeira vermelha, sem que os nadadores-salvadores intervenham.

A informação de que água tem uma elevada concentração da bactéria E.Coli não chegou a todos os banhistas, que estranham o facto de a bandeira vermelha ter sido içada ao mesmo tempo que as ondas estão pequenas.

Esta é a segunda vez que, na época balnear em curso, uma praia do Algarve é interdita a banhos após a deteção de um nível acima do recomendável de E.Coli nas águas. O primeiro caso aconteceu na praia de Faro.

ZAP //



Há novas regras para subir ao Everest. E é preciso apresentar currículo

Parahamsa / Flickr

O Nepal acaba de anunciar novas regras para escalar o Evereste. Com 8848 metros de altitude, é a montanha mais alta do mundo e verdadeira obsessão para alguns alpinistas, colecionadores de cumes, e cujo número parece estar a crescer.

Terá sido uma fotografia que correu mundo de um engarrafamento, com mais de 200 pessoas em fila a escalar o Evereste, a par da morte e desaparecimento de pelo menos onze alpinistas, em maio, que levou o governo nepalês a agir para prevenir mais situações do género.

Uma das medidas criadas é a obrigação de quem queira escalar a montanha já ter feito, pelo menos, uma subida até aos 6500 metros de altitude. A apresentação de um relatório médico atestando condições físicas para a escalada e contratação de um guia local são outras das imposições, escreve o Diário de Notícias.

Para o alpinista português João Garcia, que em 1999 chegou ao teto do mundo, sem recurso a oxigénio artificial, e lá colocou a bandeira portuguesa, num feito que custaria a vida do seu amigo, o belga Pascal Debrouwer, e a ele deixaria marcas para sempre – as queimaduras por congelamento das extremidades obrigaram à amputação de alguns dedos das mãos e dos pés e a um implante de nariz – estas são “regras para inglês ver”.

Crítico da forma como as autoridades tibetanas e as empresas locais gerem a exploração da montanha mais alta do mundo, o alpinista português, que já fez as 14 montanhas com mais de oito mil metros de altitude, considera estas medidas são manifestamente insuficientes para prevenir mortes, acidentes e tragédias e promover uma exploração mais responsável da montanha.

“Do ponto de vista físico e fisiológico, já para não falar do resto, estar a uma altitude de 6500 metros é muito diferente de estar a 8850, com ou sem oxigénio. No mínimo, para estas medidas terem significado, o alpinista teria de apresentar um currículo com experiência e teria de já ter feito montanhas a 7000 ou mesmo 8000 metros de altitude”, disse João Garcia.

O alpinista referiu ainda que, naquele contexto, estas regras são facilmente contornadas. “Estes certificados pode ser facilmente forjados”, afirmou.

Para João Garcia, muito mais importante seria garantir que “cada grupo tivesse experiência, condições e sobretudo uma equipa de socorro mil metros abaixo, mas isso custa dinheiro. Mais uma vez, é o negócio que norteia as decisões do governo do Nepal”, acrescenta o alpinista.

Mais de 300 montanhistas morreram no Evereste desde que alguém conseguiu alcançar o seu cume pela primeira vez, em 1953. Não é possível precisar quantos desses corpos ainda estão na montanha pois não existem dados. Centenas de alpinistas e os seus guias passam semanas no Evereste durante a primavera, que é considerada a melhor altura para subir a montanha.

ZAP //



Rent a car: Como encontrar a melhor oferta para as suas férias

(dr)

Se está a pensar alugar um carro, rapidamente irá descobrir que as ofertas se multiplicam, pelo que o maior desafio não será encontrar uma oferta adequada às suas necessidades de viagem, mas seleccionar a melhor opção de entre uma ampla selecção de possibilidades.

Com este artigo queremos deixar algumas dicas importantes que o podem ajudar no momento de escolher a melhor opção de rent a car para a sua próxima viagem.

Um dos aspectos mais importantes ao alugar um carro é o preço. Por isso, a nossa primeira sugestão é consultar o website de uma empresa intermediária que trabalha com diversas empresas de aluguer e lhe permite comparar as várias ofertas, tanto em termos de preços, como de condições.

O website da Auto Europe – empresa intermediária de aluguer de carros que trabalha neste sector há mais de 60 anos e com mais de 24,000 balcões de levantamento em todo o mundo – é bastante útil pois permite-lhe comparar as ofertas para uma determinada pesquisa por empresa de aluguer e por categoria de veículo.

(dr)

Também é importante ter em conta o preço de possíveis serviços extra, como viajar para outros países, dispositivo de Via Verde ou GPS, que vão afectar o preço final do aluguer.

Faça o planeamento da sua viagem com antecedência para encontrar o melhor preço para o aluguer base e verifique também o custo de itens ou serviços extra com as diferentes empresas para descobrir a melhor combinação entre preço do aluguer e preço dos extras.

Outro aspecto a ter em conta no momento de seleccionar a melhor oferta para as suas férias inesquecíveis é a categoria do veículo que vai alugar.

Esta escolha vai depender do número de passageiros e de malas, bem como dos quilómetros que pretende fazer e das condições da estrada onde vai circular. Pode seleccionar um veículo pequeno e prático ou grande e espaçoso, tudo depende de si!

Encontrar a oferta perfeita também significa que cumpre os requisitos exigidos pela empresa de aluguer. Para isso, é essencial ler os termos e condições de cada oferta para ter a certeza de que possui a documentação exigida para efectuar o levantamento do carro de aluguer.

Cartão de cidadão, carta de condução, e cartão de crédito, válidos e a nome do condutor principal são os documentos básicos pedidos pelas empresas de aluguer.

Também pode ser necessária a apresentação de uma Licença Internacional de Condução (LIC) caso o seu aluguer decorra num país que não pertença à União Europeia ou pode-lhe ser exigida a apresentação de um segundo cartão de crédito caso decida alugar um carro de luxo.

(dr)

Mas não tem de se restringir ao aluguer de um carro durante as suas férias. O mercado do aluguer de auto-caravanas está a expandir-se e é uma escolha cada vez mais frequentes entre os viajantes por esse mundo fora.

Se é um aventureiro e gosta de estar em contacto com a natureza, explorar as regiões mais desconhecidas e fora dos roteiros de viagem, nada melhor do que alugar uma casa sobre rodas, que também lhe permite descobrir o seu destino de viagem ao seu próprio ritmo e com toda a liberdade e flexibilidade de que precisa!

Sabemos que encontrar a oferta perfeita para as suas próximas férias pode não ser tarefa fácil, seja no momento de alugar um carro ou uma auto-caravana, mas esperamos que estas dicas o possam ajudar a seleccionar a melhor opção para si.

Desejamos-lhe uma boa viagem!

aeiou //



Turistas franceses arriscam seis anos de prisão. Roubaram areia de uma famosa praia em Itália

Um casal francês foi detido ao transportar 40 quilos da famosa areia da ilha da Sardenha, em Itália, e agora pode enfrentar até seis anos de prisão, caso a justiça italiana os considere culpados.

 O casal engarrafou areia da praia de Chia, no sul da Sardenha, e escondeu-a no porta-bagagens do carro em 14 garrafas de plástico. Os dois acabaram por ser detidos quando se preparavam para apanhar o ferry de Porto Torres em direção a Toulon, em França.

Confrontados com a ilegalidade do ato, os turistas franceses explicaram, de acordo com a BBC, que não sabiam que estavam a violar a lei e que a sua intenção era apenas levar souvenirs aos familiares e amigos quando voltassem a casa, no final das férias.

Desde a promulgação de uma lei de 2017 que é ilegal retirar areia, seixos e conchas da ilha da Sardenha, já que é considerado um bem de utilidade pública. Moradores da ilha, citados pela BBC, denunciam há anos o roubo de bens naturais, como a famosa areia rosada ou de outros tipos específicos, pelos turistas que ali vão.

Em 1994, o governo proibiu o acesso à praia de areia rosa Budelli, depois de vários pedidos de preservação da zona. As autoridades estão, desde então, preocupadas com o desaparecimento de toneladas da areia registado todos os anos.

“As praias são uma das atrações mais famosas na Sardenha. Existem, entretanto, duas ameaças: uma é pela erosão, parcialmente natural e parcialmente induzida pelo aumento dos níveis do mar, consequência da alteração climática; a segunda ameaça é o roubo de areia pelos turistas”, disse à BBC Pierluigi Cocco, residente da capital sardenha, Cagliari, e cientista ambiental.

“Somente uma fração dos turistas que visitam a Sardenha gastam o seu tempo a recolher 40 quilogramas de areia. Mas multiplicando metade desse valor por 5% do um milhão de turistas por ano, em poucos anos isso contribuirá significativamente para a redução das praias – a principal razão da atração dos turistas à ilha da Sardenha”, alertou o cientista e morador.

ZAP //



Vá de férias para uma ilha paradisíaca (e volte com um cão adotado)

Na ilha de Providenciales, no arquipélago das Ilhas Turcas e Caicos, nas Caraíbas, há cães a brincar pelo areal, prontos para serem adotados por turistas. A iniciativa pretende combater o abandono destes animais.

São os turistas que caminham os cães abandonados ao longo da praia de Grace Bay, em Providenciales, nas Ilhas Turcas e Caicos. Estes “passeios de socialização” foram planeados para os cães, mas os visitantes também os apreciam.

Os cães potcake são uma raça mestiça comum em várias ilhas das Caraíbas. O seu nome vem da ervilha congelada e mistura de arroz que os locais têm por tradição comer. Geneticamente este cães são uma mistura de pastor alemão, labrador e fox terrier.

Não se conhece o número exato de cães vadios vivem nas ilhas, mas uma pesquisa feita há alguns anos estimou-o em cerca de cinco mil só em Providenciales.

Segundo a CNN, cerca de 500 cães são adotados através da Potcake Place por ano. Mas os visitantes também podem passear os cães pela praia, sem ter a responsabilidade de levar algum para casa. Não há custo para os passear, mas é provável que haja fila.

Com 100% de voluntários, a organização de resgate trabalhou com o governo para facilitar a vinda de veterinários voluntários para as ilhas, para esterilizarem os cães mais velhos. Caso contrário, o número de crias cresceria cada vez mais.

O objetivo de Jane Parker-Rauw, fundadora e diretora da Potcake Place — instituição de caridade que se dedica a encontrar casa para estes cães —, é diminuir o número de cães nascidos nas ilhas para que não seja preciso a sua organização.

Não é a solução para o problema; precisamos de continuar a educar, esterilizar e castrar, esse tem sido o objetivo a longo prazo da Potcake Place”, explica Parker-Rauw.

A queda no número de cães vadios é notória e, se a diminuição se mantiver a este passo, a fundadora calcula que dentro de três a cinco anos o abrigo não vai ser necessário. “Pela primeira vez em muito tempo, tenho alguma esperança que estamos a chegar onde precisamos de estar”, disse Parker-Rauw.

DR, ZAP //



No Canadá, o “turismo de icebergues” cresce alimentado pelas alterações climáticas

A abundância de icebergues que deslizam do Pólo Norte para o Sul gerou uma nova atração turística estreitamente vinculada à aceleração do aquecimento global.

Na hora do crepúsculo, um icebergue desaparece no mar, terminando a sua jornada da Gronelândia até Terra Nova, uma ilha do Canadá que tem vista privilegiada para assistir ao derretimento destes grandes blocos de gelo – para o fascínio dos visitantes que procuram a região nesta época do ano.

Outrora epicentro da pesca de bacalhau, a província de Terra Nova e Labrador recebe agora nas suas tranquilas aldeias costeiras hordas de fotógrafos amadores que vieram imortalizar os pedaços gigantes de gelo, cada vez em maior número, que desaguam no leste do Canadá no fim do inverno.

“Melhora de um ano para o outro. Cerca de 140 autocarros turísticos chegam à povoação a cada temporada, é bom para a economia“, disse Barry Strickland, ex-pescador de 58 anos que se tornou guia turístico em King’s Point, no norte de Terra Nova, à AFP. Há quatro anos, organiza excursões relacionadas com estes gigantes de gelo milenares que podem atingir dezenas de metros de altura e pesar centenas de milhares de toneladas.

À mercê dos ventos e das correntes, as calotas polares realizam uma viagem de milhares de quilómetros para o sul, aproximando-se da costa canadiana. Em poucas semanas, a sua água doce voltará para o oceano, depois de se ter mantido congelada.

As expedições na pequena embarcação de Barry com frequência enchem durante a “temporada alta de icebergues”, entre maio e julho, e atraem para esta aldeia de 600 habitantes visitantes de todo o mundo. O menor movimento dos colossais blocos de gelo pode ser rastreado através de um mapa de satélite interativo disponibilizado na Internet pelo governo da província.

“Não há muito o que fazer para os habitantes destas pequenas e isoladas cidades portuárias, de modo que o turismo é uma grande parte de nossa economia“, explica Devon Chaulk, empregado de uma loja de souvenirs em Elliston, uma aldeia de 300 habitantes situada na trajetória do “corredor de icebergues”.

“Vivi aqui toda a minha vida e o aumento do turismo nos últimos 10, 15 anos foi incrível”, conta entusiasmado Chaulk, de 28 anos.

No ano passado, mais de 500 mil turistas visitaram a província de Terra Nova, a mesma quantidade de residentes, e contribuíram para a economia local com cerca de 570 milhões de dólares canadianos (385 milhões de euros), segundo estimativas do governo local. O turismo suplantou parcialmente os rendimentos cada vez mais baixos da indústria da pesca, em crise devido à exploração excessiva do oceano no fim do século passado.

Mas, por trás dos icebergues, esconde-se uma realidade obscura: a aceleração do aquecimento global no Pólo Norte, que favorece o aparecimento de icebergues mas também faz com que a temporada seja cada vez mais imprevisível, o que prejudica as atividades que tiram benefício do fenómeno.

O Ártico aquece três vezes mais rápido do que o resto do mundo. Em junho, a Gronelândia experimentou um derretimento de geleiras inédito para esta época do ano e temperaturas recorde foram registadas perto do Polo Norte em meados de julho. Com os anos, os icebergues entram cada vez mais a sul, criando um risco para a navegação comercial nesta rota marítima que une a Europa com a América do Norte.

ZAP //



Há uma cidade na Venezuela que é “invisível”

Guanta está lá, embora não seja fácil vê-la. Vistas a partir de El Morro, do outro lado da baía, as suas luzes piscam sob uma nuvem baixa.

É uma nuvem diferente das outras, mais espessa, mais pesada. Se for seguida com os olhos, é possível identificar a fonte que a emite, a fábrica de cimento Pertigalete, localizada a poucos quilómetros de Guanta e na área do Parque Nacional de Mochima, um dos paraísos naturais na costa da Venezuela.

Embora possa surpreender estrangeiros, os cerca de 45 mil habitantes de Guanta estão habituados a viver no ambiente saturado com resíduos de calcário e xisto que a central estatal usa para produzir cimento.

Como a maioria dos seus vizinhos, Gerardo Serra, de 77 anos, varre a casa diariamente, por dentro e por fora. “Aqui temos de estar sempre a limpar. Há dias em que a poeira cobre completamente a colina”, disse, com a vassoura na mão, à BBC. “Estamos todos preocupados em viver com este problema; é uma reclamação de todas as pessoas, mas…”

Em Guanta, a poeira permeia tudo, especialmente na época do ano em que chove menos. Árvores, cabines telefónicas, carros… Nada fica livre das partículas.

Outro vizinho mostra as telhas no pátio de sua casa, afetadas por crostas de um material quase branco. Diz que quando chove, os materiais que emanam de Pertigalete também caem com a água. Se não conseguir limpá-los antes de o solo secar, os restos solidificam-se e permanecem ali para sempre.

Foi o que aconteceu com o carro que fica na sua garagem, coberto com sujidade que já não sai. Muitos na região cobrem os seus veículos com capas de plástico para evitar que lhe aconteça o mesmo.

Mas há coisas que não podem ser cobertas – como os pulmões das pessoas. No Centro de Diagnóstico Geral de El Chorrerón, o médico encarregado do serviço atende, acima de tudo, pacientes afetados por problemas respiratórios. “Infecções respiratórias, bronquiolite e pneumonia são as doenças mais frequentes aqui”, disse. “Esta semana tivemos entre 30 e 40 casos. Aqueles que mais sofrem são bebés e pacientes asmáticos.”

Este é um dos centros de saúde na Venezuela onde médicos cubanos trabalham e pacientes esperam atendimento ao lado de retratos de Hugo Chávez, Nicolás Maduro e Fidel Castro. “Quase não temos antibióticos”, dise o médico, antes de mostrar os nebulizadores, para os quais muitas vezes não há recargas.

Problemas respiratórios têm sido uma constante nos oito anos em que trabalha lá. “Como a poluição é a origem do problema, nunca pudemos oferecer uma solução definitiva, mas antes, pelo menos, podíamos tratar as pessoas; agora, não dá”, lamenta.

O médico não é o único que percebeu os efeitos que aparentemente a poluição da fábrica de Pertigalete tem sobre a saúde das pessoas. “Quando morei em Guanta, acordava todas as manhãs com uma reação alérgica”, lembra Manuel Fernández, um dos conselheiros que colaboraram na preparação de um relatório com o qual o deputado da oposição Armando Armas, do Estado de Anzoátegui, denunciou a ação.

O relatório descobriu que, devido à poeira, de cada dez crianças tratadas no ambulatório de David Zambrano, o principal centro de saúde da cidade, seis estavam lá por problemas respiratórios ou de pele. Problemas respiratórios também foram uma das causas mais frequentes de adultos consultarem um médico.

À BBC, nem as autoridades nem os responsáveis ​​pela central responderam sobre o problema da poluição. Nem o seu dono, a estatal Venezolana de Cementos (Vencemos), nem o responsável de Guanta, nem o Ministério da Comunicação, responsável por fornecer informações em nome do governo, responderam ao pedido de comentários.

A central pertencia à companhia mexicana Cemex até que, em 2008, o então presidente Hugo Chávez ordenou a desapropriação da empresa – sob o argumento, entre outros, de que não cumpria as suas obrigações de proteção ambiental.

A área em que a central está localizada tem um alto valor ecológico. Fica no Parque Nacional Mochima, quase cem mil hectares de “baías, praias, ilhas, golfos e enseadas de grandes maravilhas naturais”, privilegiado por uma “exuberante diversidade biológica”, segundo a descrição do Instituto do Parque Nacional. É um paraíso tradicionalmente visitado por turistas de todo o país em suas férias, embora a crise atual na Venezuela tenha reduzido drasticamente o fluxo de visitantes.

Muitos em Guanta acreditam que é mais provável que a fábrica acabe por se tornar inoperante antes de os problemas que a tornaram tão prejudicial sejam remediados.

ZAP //



Arranca a greve na Ryanair. Empresa não descarta atrasos ou mudanças de voos

Fernando Timon / Wikimedia

Vista frontal da turbina de um avião Boeing 737-800 da RyanAir, estacionado no Aeroporto de Dublin, na Irlanda

Os tripulantes da Ryanair começam esta quarta-feira uma greve de cinco dias, até domingo, convocada pelo Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e que conta com serviços mínimos decretados pelo Governo.

Nesta terça-feira, a Ryanair referiu que não esperava “perturbações significativas” por causa da greve, mas salientou que não podia “descartar alguns atrasos” ou mudanças nos voos. “Faremos tudo o que pudermos para minimizar as perturbações causadas aos nossos clientes e às suas famílias”, garantiu a transportadora irlandesa, em resposta à Lusa.

“Os passageiros que não receberam um email ou uma mensagem podem esperar que os seus voos para e de Portugal se realizem normalmente esta semana”, assegurou a empresa.

Num comunicado do dia 1 de agosto, o SNPVAC adiantou que o pré-aviso de greve abrange todos os voos da Ryanair cujas horas de apresentação ocorram entre as 00h00 e as 23h59 dos dias previstos para a paralisação (tendo por referência as horas locais) e os serviços de assistência ou qualquer outra tarefa no solo.

Entretanto, tendo em conta que não houve acordo entre a Ryanair e o sindicato, o Governo decretou serviços mínimos a cumprir durante a paralisação, que abrangem não só os Açores e Madeira, mas também as cidades europeias de Berlim, Colónia, Londres e Paris.

Assim, os serviços mínimos incluem um voo diário de ida e volta entre Lisboa e Paris; entre Lisboa e Berlim; entre Porto e Colónia; entre Lisboa e Londres; entre Lisboa e Ponta Delgada, bem como uma ligação de ida e volta entre Lisboa e a Ilha Terceira (Lajes), hoje, na sexta-feira e no domingo.

O SNPVAC criticou esta decisão e “repudiou veementemente” os serviços mínimos e a fundamentação do Governo para os impor.

Na base deste pré-aviso de greve está, segundo referiu o SNPVAC no comunicado de 1 de agosto, o facto de a Ryanair continuar a “incumprir com as regras impostas pela legislação portuguesa, nomeadamente no que respeita ao pagamento dos subsídios de férias e de Natal, ao número de dias de férias e à integração no quadro de pessoal dos tripulantes de cabine contratados através das agências Crewlink e Workforce”.

No dia 9 de agosto, o sindicato denunciou que a companhia aérea tinha enviado aos tripulantes um questionário online com o objetivo de saber se vão participar na paralisação.

// Lusa



Bahia: o que conhecer neste estado brasileiro

Um dos estados brasileiros que valem a pena conhecer é a Bahia, um local com paisagens incríveis, cidades históricas e comidas típicas como vatapá, acarajé, bobó de camarão, moqueca de peixe, dentre outras.

Por conta da mistura entre indígenas, portugueses e negros, a Bahia é um dos sítios no Brasil onde a miscigenação é mais evidente, o que acabou resultando em uma enorme riqueza cultural.

Confira abaixo algumas sugestões de cidades para visitar na Bahia, com dicas sobre os principais pontos turísticos e a vida nocturna de cada sítio.

Abrolhos

Abrolhos é um arquipélago localizado no extremo sul da Bahia, a cerca de 250 quilómetros de Porto Seguro. Ao todo, são cinco ilhas que formam este arquipélago, mas somente em uma delas, chamada Siriba, o desembarque é permitido. O mais conhecido ponto de atração deste local são as baleias-jubarte e os pássaros únicos que por lá existem.

Os passeios para Abrolhos normalmente partem do município de Caravelas, e a duração de uma viagem de barco até lá pode durar de duas horas e meia a cinco horas, dependendo do tipo de embarcação que escolheres.

Se és o tipo de pessoa que gosta de bares e festas, é importante que saibas que essa ilha é mais buscada por quem deseja tranquilidade, por isso não esperes uma vida nocturna intensa neste sítio.

Feira de Santana

Feira de Santana pode não ser o primeiro sítio que surge na mente das pessoas quando pensam em ir à Bahia, mas os viajantes surpreendem-se quando conhecem essa cidade do interior, que possui uma cultura bastante rica.

Por tratar-se de um sítio menos turístico, os visitantes têm a oportunidade de entrar em contacto com a verdadeira cultura baiana. O Museu Casa do Sertão, que tem como objetivo preservar a cultura sertaneja, é bastante interessante e merece uma visita  se passares por Feira de Santana.

Se o que buscas é um sítio com vida nocturna agitada para, quem sabe, conhecer alguém especial, Feira de Santana oferece várias opções de bares e casas nocturnas. Por meio do uso de aplicações como o Badoo, podes marcar um encontro com alguma pessoa interessante da cidade, caso estejas buscando por uma companhia.

Outra opção a considerar é visitar a cidade em abril, pois uma das micaretas – famosas festas populares de cunho carnavalesco que ocorrem em outras épocas que não a do Carnaval – mais famosas da Bahia, a Micareta de Feira, acontece nessa época.

Trancoso

Um dos sítios mais visitados da Bahia é Trancoso, que fica na região sul do estado e possui belas praias, assim como a parte central, conhecida por Quadrado e que é repleta de restaurantes e bares para passear durante o dia e a noite.

Dentre as praias que merecem ser visitadas, estão as dos Nativos e dos Coqueiros, mais movimentadas, e a do Espelho, que fica um pouco mais distante, mas é uma das mais bonitas da região.

Há muitos hotéis em Trancoso, e os visitantes podem tanto optar por se hospedar perto do Quadrado quanto um pouco mais distante, em regiões que proporcionam mais tranquilidade.

A Bahia oferece, portanto, inúmeras opções para os mais variados tipos de pessoas, daquelas que desejam sossego às que querem aproveitar a vida nocturna. Por isso, não deixes de incluir uma visita a esse estado brasileiro no seu roteiro pelo país.

aeiou //



Turismo sustentável promove o Alqueva, o “grande lago” da Europa

Thiago Kalisvaart vem de uma família holandesa que navegou durante gerações, seguiu a tradição e lançou-se à água. Mas não navega os mares. Iça as suas velas no Alqueva, o maior lago artificial da Europa ocidental.

Criado para revitalizar uma das zonas mais empobrecidas da Península Ibérica, o Alqueva tornou-se num polo turístico virado para o desenvolvimento sustentável desta região partilhada entre Espanha e Portugal. Ao todo são mais de 250 quilómetros quadrados e 13 municípios de ambos os lados da fronteira que se alimentam das águas do rio Guadiana.

“O grande lago”, como também é conhecido em Portugal, tem uma capacidade de armazenamento superior a 4.100 hectómetros cúbicos — suficientes para cobrir a procura de água de Lisboa durante 40 anos — e uma extensão de costa de 1.100 quilómetros, equivalente a todo o litoral marítimo português.

As suas águas, que impulsionaram a agricultura e a geração de energia, são também agora o epicentro do crescimento de um turismo sustentável que pode travar o ritmo do despovoamento que castiga esta faixa ibérica.

No Alqueva multiplicam-se os projetos turísticos e as atividades de promoção do meio ambiente apoiados pelos fundos FEDER da União Europeia, através do Programa de Cooperação Transfronteiriça Interreg V-A Espanha-Portugal (POCTEP) 2014-2020, com um orçamento global superior a 3,1 milhões de euros.

Segundo o presidente da Câmara de Reguengos de Monsaraz e da ATLAS (Associação Transfronteiriça do Lago Alqueva), José Calixto, “está a conseguir-se recuperar o turismo em Monsaraz”.

Às atividades associadas ao lago, como a navegação, o esqui aquático, a canoagem ou o paddle-surf, junta-se a oferta de passeios, observação de aves e voos.

Mas a oferta não estaria completa, admitiu, sem “um conjunto de eventos de caráter transfronteiriço que são hoje pontos de atração, tanto do lado de Espanha como do lado de Portugal”, que inclui desde percursos históricos até festivais de fado e flamenco.

Do lado espanhol, também o autarca de Alconchel está empenhado em aumentar o fluxo de turistas naquela localidade da Extremadura próxima da fronteira. O castelo que coroa a cidade recebe anualmente milhares de visitantes, mas Óscar Díaz trabalha para promover também a oferta hoteleira e gastronómica.

Pelas mãos do lago multiplicam-se as oportunidades para fixar a população ao território: “Há dez anos muitas das empresas que existem agora não existiam e não se faziam as atividades que se fazem agora”, lembra José Antonio Carrasco, coordenador da Alcor Extremadura, uma das empresas de atividades na margem espanhola do lago.

José Antonio Carrasco frisou que, se se considerarem “os mais de 80 quilómetros que há da cabeça à cauda [do Alqueva], pode assumir-se que uma lâmina de água tão grande gera oportunidades de fazer muitíssimas coisas“.

“Se a isto unimos o que já havia da parte cultural e histórica de cidades emblemáticas como Alconchel ou Olivença, no lado espanhol, e localidades no outro lado, como Monsaraz ou Évora… Juntamos água, possibilidades de lazer, cultura e tradições em todo este território e este atrativo de vir a esta região e conhecer uma zona nova coberta de água. É estupendo”, afirmou.

No entanto, o autarca português José Calixto lamentou a burocracia que afeta a navegação no Alqueva.

A linha imaginária que separa Espanha e Portugal, em pleno lago, atua como uma fronteira na água que não existe em terra. O problema, detalha o presidente da ATLAS, está nos diferentes requisitos para a navegação vigentes nos dois países, um obstáculo que afeta diretamente o turismo e que “é mau para ambos os lados”.

Em Espanha, a navegação em água doce está sujeita a taxas e impostos, enquanto em Portugal, no caso do Alqueva, não há taxas.

Por isso, os navios portugueses que cruzam o lago devem apresentar o pagamento correspondente para entrar em águas espanholas. Caso não o façam, arriscam-se a serem multados. Em resposta, também as embarcações espanholas podem encontrar impedimentos do lado luso.

Na prática, isto leva a que as embarcações de uma e outra margem prefiram não passar a linha fronteiriça. Os autarcas de ambos os lados defendem que as autoridades devem tomar medidas urgentes porque “há muito em jogo”.

“É um tema que não interessa a nenhum dos lados da fronteira. É um tema que a associação enviou aos governos porque nos preocupa que nestes dias não haja total circulação de embarcações no lago do Alqueva”, frisou Calixto.

Antonio Carrasco sugeriu que seja criada “uma só licença de navegação” para se circular no Alqueva. “É preciso conseguir que seja um só lado, nem espanhol nem português, mas o lago do Alqueva, e que tudo represente a união destes dois países, que não estejamos a falar de Espanha e Portugal”, disse.

O mercado turístico não se faz com barreiras, obviamente“, afirmou Calixto.

Navegar é, sem dúvida, uma das melhores formas de desfrutar do Alqueva. Parar nas suas ilhas, passear entre oliveiras à beira da água e é essa a proposta de Thiago Kaliwsvaart, a bordo de um velho cargueiro holandês, de 1930.

A sua compra foi uma ideia familiar. O seu pai, holandês, radicou-se na região nos anos 70 “e esperou que o lago enchesse para navegar nele”.

“O nosso amor é a vela, o vento, e estávamos à espera de um barco grande para estas águas”, afirmou, destacando que, além de antigo, o seu barco, é de ferro, pelo que “não sofre tanto com o calor como a madeira”, e o seu fundo é liso, podendo “atracar onde se quiser, como se fosse um embarcadouro”.

Uma grande vantagem quando se fala de navegar no Alqueva, pois grande parte da área portuguesa conserva debaixo da água os fundos intactos, com vegetação e, em alguns casos, até com o resto de velhas casas que ocupavam a zona.

Thiago admite que o lago mudou muito nos últimos anos, mas está protegido porque a legislação é muito estrita: “Não deixam construir nas margens. Está muito bem cuidado. É uma água potável e queremos utilizá-la para beber”.

Acabado de terminar um dos seus passeios turísticos pelo lago, Thiago amarra o seu velho cargueiro no cais do porto desportivo de Reguengos. Faz vento e foi difícil fazer as velas recuar, mas valeu a pena.

“A água é vida. Com água pode-se fazer de tudo”. Palavra de marinheiro.

// Lusa



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