A TAP vai reduzir a sua operação a partir de segunda-feira e até 23 de abril, período durante o qual apenas prevê cumprir 15 dos cerca de 90 destinos que operava, revelou a empresa.
Numa comunicação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a transportadora aérea portuguesa diz que esta decisão “pode ser revista a qualquer momento, sempre que as circunstâncias assim o exijam”.
A TAP explica que a sua decisão surge em resultado das restrições impostas pelos vários Estados das geografias em que a companhia opera, “que têm vindo a ser configuradas como a principal medida de contenção da disseminação global da pandemia Covid-19”, a doença provocada pelo novo coronavírus.
“Tais restrições, combinadas com a acentuada queda da procura, têm vindo a gerar sucessivos cancelamentos de voos e suspensões de rotas, resultando numa redução do volume global de tráfego aéreo nas últimas semanas”, esclarece a companhia aérea.
Num comunicado à imprensa, a TAP diz que nas últimas 24 horas se verificaram “evoluções significativas das condicionantes acima referidas” e explica que vai “reduzir de forma expressiva a operação e parquear grande parte da sua frota de aviões”.
“A TAP assegurará os voos em todas as rotas e em que os mesmos sejam possíveis, de modo a dar resposta à missão de transportar os seus clientes para junto das suas famílias”, acrescenta.
“Estamos a trabalhar na continuidade do nosso negócio, convictos de que em breve voltaremos ao ritmo normal da nossa atividade, sempre com o foco no futuro, na sustentabilidade e no crescimento da nossa TAP. Agradecemos o empenho e o sentido de missão dos nossos colaboradores neste momento em que todos têm dado tudo de si para tratar dos nossos clientes e de Portugal”, afirma o presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, citado no comunicado.
A TAP já tinha anunciado esta semana que iria reembolsar, com a emissão de um voucher com a validade de um ano, os clientes que queiram cancelar viagens com início até 31 de maio.
Em alternativa, a TAP permite aos clientes “alterar as suas reservas para viagens com data de início até 31 de maio, remarcando a nova viagem para qualquer destino e para uma data até 31 de dezembro de 2020”, informou a empresa na terça-feira.
Na semana passada, a transportador aérea já tinha igualmente anunciado que iria alargar as situações em que permite a alteração de datas e destinos nos seus voos, sem penalização, tendo em conta o impacto gerado pelo surto de Covid-19, segundo um comunicado.