Há agências de viagens que recorrem a alunos e que patrocinam as eleições das Associações de estudantes para angariarem clientes para as viagens de finalistas. Uma realidade que é abordada numa altura em que continua a polémica em torno dos incidentes de Torremolinos.
Depois dos estragos provocados por estudantes portugueses do Ensino Secundário, durante uma viagem de finalistas, num hotel de Torremolinos, em Espanha, surgem dados sobre a forma como as agências se movimentam para tentarem garantir a organização destes eventos.
O Público apurou que algumas agências de viagens recorrem aos próprios estudantes, a maiores deles menores, para angariarem outros jovens para estas celebrações de finalistas. Em troca, estes “dealers“, como são chamados, recebem dinheiro ou a viagem de graça.
Outra estratégia das agências de viagens passa por patrocinarem as listas concorrentes às Associações de Estudantes, nomeadamente dando apoio na “contratação de artistas, cantores, dj’s e atores de séries e telenovelas” e também facultando “brindes” e instalando “insufláveis”, conforme reporta o jornal.
Os candidatos apoiados que vencerem as eleições só têm que garantir às agências envolvidas a organização das viagens de finalistas.
Este processo decorrerá como uma promessa “verbal” e para garantir o seu cumprimento, as agências ainda garantem aos líderes das listas candidatas “regalias”, designadamente a oferta da viagem caso consigam angariar um determinado número de finalistas, refere o Público.
O sócio gerente da Slide In Travel, a agência que organizou a viagem de fim de curso a Torremolinos, fala de “um apoio logístico”, notando ao jornal que a prática está tão generalizada que, hoje em dia, “são as próprias listas” que concorrem às Associações que “exigem” este patrocínio com o intuito de “ganhar as eleições”.
“Nós ajudamos os estudantes e eles ajudam-nos a nós”, refere por seu turno o sócio gerente da Megafinalista, Tomás Linhares de Andrade, referindo ao Público que, neste ano, esta agência ofereceu “cerca de 100 viagens”.
A Slide In aponta “entre 30 a 40 viagens” oferecidas a estudantes.
Desde cedo se começa a fazer cambalachos, fraudes, chantagens o que quer que se lhe queira chamar!! E depois daqui a alguns anos temos vigaristas puros…
Acho que nos dias que correm se chama “empreendedorismo”.
Rui, só se for no teu mundo distorcido que chama empreendedorismo.
Cambalachos, fraudes, chantagens o que quer que se lhe queira chamar!! E depois daqui a alguns anos temos vigaristas puros…“empreendedorismo”.
Assim nasce o político profissional!
….. que ignora que se paga segurança social e que as escolas de pilotos tem aviões.
Nada admira como há agora tanto vigarista na politica e não só, começam logo nas escolas, passam mais tempo em praxes e férias de que a estudar, tudo gente de pouco trabalho e muitas mordomias, continuem assim depois queixem-se do holandês e do alemão que logo virão outros atrás a desabafar também.