A ilha indonésia de Bali encerrou esta quinta-feira o aeroporto internacional e limitou o acesso à Internet em dispositivos móveis, como parte da celebração hindu do Dia do Silêncio, que promove a introspeção e rejeita o materialismo.
Desde as 06h00 (22h00 de quarta-feira, em Lisboa), e durante 24 horas, o principal destino turístico da Indonésia, onde vive a maior parte da minoria hindu do arquipélago, mergulha num raro silêncio, com lojas fechadas e praias e outras áreas públicas vazias.
“É o anti-clímax da azáfama diária durante todo o ano. Nyepi é o drama do silêncio, onde o barulho se transforma em serenidade“, disse na quarta-feira o departamento de Relações Públicas de Bali, no Instagram, antes de cessar a atividade nas redes.
Pelo segundo ano consecutivo, o silêncio estende-se aos serviços de dados das empresas telefónicas de Bali, embora o acesso à Internet de banda larga continue em hospitais e outros serviços.
O Dia do Silêncio, ou “Nyepi”, celebra o ano novo de acordo com o calendário balinês, que esta quinta-feira entra no ano de 1941, e também inclui jejum, não trabalhar, viajar, comer, acender luzes, eletrodomésticos ou realizar qualquer atividade lúdica.
Na véspera, realiza-se um desfile de efígies hindus demoníacas e mitológicas, conhecido como “Ogoh-Ogoh”, que simboliza a purificação do ambiente e termina com a queima das estátuas no final da procissão.
A celebração hindu é o melhor dia do ano para a observação do céu noturno na ilha, já que praticamente não há luz artificial. A ilha indonésia de Bali, com mais de quatro milhões de habitantes, recebe mais de seis milhões de visitantes todos os anos.