Se a medida proposta pelo ministro dos Transportes se concretizar, a partir de 2020, os cruzeiros não vão poder atracar no centro histórico de Veneza, em Itália.
De acordo com o The Guardian, o ministro dos Transportes italiano, Danilo Toninelli, propôs a uma comissão parlamentar, esta quarta-feira, que, a partir do próximo ano, os navios cruzeiro não possam atracar no centro histórico de Veneza.
O ministro propõe que os cruzeiros comecem gradualmente a ser direcionados para Fusina, um pequeno porto perto da cidade, ou para Lombardia, um terminal privado. O governante está sob pressão para encontrar uma solução, uma vez que este meio de transporte está a causar grande agitação entre os moradores, não só pelo excesso de turistas mas também pela poluição causada e pelos danos provocados na cidade.
Um desses exemplos aconteceu, em junho, quando o MSC Opera, cruzeiro de 13 andares, colidiu com um dos cais e um barco turístico no Canal Giudecca, que desagua na famosa Praça de São Marcos. Poucas semanas depois, o Costa Deliziosa, de 12 andares, quase colidiu com um iate durante uma tempestade.
Esta foi apenas uma sugestão lançada pelo ministro, do Movimento 5 Estrelas, sendo necessário ainda que a proposta seja aprovada por uma comissão que inclua o ministério e as autoridades locais e regionais. “Estas são as hipóteses de Toninelli. Ainda não há uma decisão final“, disse uma fonte do conselho de Veneza, citada pelo jornal britânico.
Toninelli entrou em conflito com os líderes locais depois de ter rejeitado uma solução encontrada pelo comité em 2017 sem os consultar. O Presidente da Câmara de Veneza, Luigi Brugnaro, e o presidente da região de Veneto, Luca Zaia, também se retiraram das discussões sobre propostas alternativas.
Veneza tem sido várias vezes notícia nos últimos tempos pela política mais rígida que está a adotar para conter o turismo em massa. Em julho, dois alemães foram multados em 950 euros e convidados a sair da cidade depois de terem sido apanhados a fazer café nos degraus da ponte Rialto.