Graças a um explorador rico, em maio, alguns sortudos poderão escapar da pandemia de covid-19 durante um curto período de tempo, mergulhando ao ponto mais profundo conhecido dos oceanos da Terra.
O Challenger Deep é o ponto mais profundo conhecido do fundo do mar da Terra e está situado no extremo sul da Fossa das Marianas, no Oceano Pacífico Ocidental. A alta pressão da água nessa imensa profundidade significa que operar um submersível é uma operação delicada.
A primeira tentativa foi feita em 1960 pelo oceanógrafo Don Walsh e pelo oceanógrafo e engenheiro Jacques Piccard, atingindo cerca de 10.916 metros. Em março de 2012, a primeira descida solo foi feita pelo diretor de cinema James Cameron, que alcançou 10.908 metros.
Victor Vescovo, um explorador e oficial da marinha aposentado, fez a sua primeira viagem solo à trincheira em abril de 2019 e bateu o recorde mundial de maior profundidade, ultrapassando Cameron a 10.928 metros. Em maio do mesmo ano, Vescovo tornou-se a primeira pessoa a visitar o Challenger Deep duas vezes.
Em maio deste ano, Vescovo deverá regressar ao Challenger Deep com passageiros civis num navio de vigilância da Marinha aposentado que foi reaproveitado para investigações científicas.
A viagem terá a duração de oito dias e incluirá três mergulhos no Challenger Deep, custando 750 mil dólares por pessoa. Até agora, têm dois grupos totalmente reservados para maio.
De acordo com o IFLScience, não há critérios para os visitantes escolhidos. “Só precisam de ter menos de 100 quilos para encaixar numa escotilha bastante estreita”, disse Vescovo. A cápsula da tripulação permanece numa atmosfera constante durante todo o mergulho, para que não haja descompressão ou qualquer outro stress físico no corpo.
Assim, qualquer um pode ir ao fundo do oceano neste veículo.