A Austrália pediu ao Google que remova do seu serviço Maps fotografias tiradas do topo de Uluru, o monólito aborígine sagrado que os visitantes estão proibidos de escalar desde o ano passado.
De acordo com a CNN, o Google Maps hospeda várias fotografias enviadas por utilizadores do topo da famosa rocha sagrada Uluru, tiradas antes da proibição entrar em vigor, bem como um caminho do Street View registado por um alpinista em 2018.
No entanto, Parks Australia, que trata dos tesouros naturais do país, pediu à gigante tecnológica para retirar as fotografias enviadas por utilizadores após reclamações do povo aborígine Anangu, os proprietários tradicionais de Uluru.
Os turistas foram proibidos de atravessar o local sagrado no final de 2019, depois de o povo Anangu dizer que estava a ser destruído por visitantes, que erodiam a sua superfície, deixavam lixo e poluiam poços de água próximos.
O Google “apoia este pedido e está em processo de remoção do conteúdo“, disse a Parks Australia, em comunicado. “A Parks Australia alertou o Google Australia sobre as imagens geradas por utilizadores no Uluru que foram publicadas na sua plataforma de mapeamento e solicitou que o conteúdo fosse removido de acordo com os desejos de Anangu, os proprietários tradicionais de Uluru, e as Diretrizes de Filmagem e Fotografia do parque nacional”
Em declarações à 7News, um porta-voz do Google disse que “entendemos que o Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta é profundamente sagrado para o povo Anangu. Assim que a Parks Australia levantou as suas preocupações sobre a contribuição do utilizador, removemos as imagens.”
Dezenas de milhares de turistas escalaram o local, anteriormente conhecido como Ayers Rock, todos os anos até que foi fechado em outubro de 2019.
No entanto, o uso da rocha há muito que enfurece a população local que pediu a proibição da escalada desde que o Parque Nacional Uluru-Kata Tjuta foi colocado nas suas mãos em 1985.
Uluru, Património Mundial da UNESCO, fica a 450 quilómetros a oeste de Alice Springs.